Wrvieira Veterano |
# mai/10
Bom dia, rapaziada! Ando meio afastado do FCC, mas tinha que postar isso aqui.
Ontem estive no Carioca Club, em SP (é, acredite se quiser...rs) para prestigiar dois dos maiores vocalistas da história do Hard Rock: Eric Martin e, uma das maiores razões para eu estudar canto, Jeff Scott Soto.
Primeiro, a casa: eu não conhecia. Agora em São paulo virou moda buscarem espaços alternativos para shows de rock de pequeno/médio porte. A casa parece ser eclética, daquelas que recebem desde Calcinha Preta até Morbid Angel... Mas a qualidade de som estava excelente (muito melhor que da última vez que estive no Credicard Hall, por exemplo). Fácil acesso, várias opções de estacionamento, razoavelmente organizada. Ponto positivo!
Às 19h30, aproximadamente, sobe ao palco Eric Martin. Eu não tinha muita informação sobre a sua banda solo, então fui buscar na internet: sua banda solo conta com Matt Isola (bateria), Mark Chole (baixo) e Mark Holley (guitarra).
A banda é muito boa. Cozinha coesa e de bastante pegada, mandando muito bem nos vocais de apoio também. O guitarrista também não desapontou os fãs de Paul Gilbert, mostrando bastante técnica.
Agora quem me surpreendeu muito, e positivamente, foi o Mr. Eric Martin. Ouvindo o CD/DVD do retorno do Mr. Big gravado ano passado no Japão, fiquei bem decepcionado com a performance geral do vocalista. Pensei que tivesse acabado seu gás.
Mas ontem ficou provado que eu estava MUITO enganado. O cara estava com tudo, agitando e gritando como um louco! Seu timbre e técnica vocal tem tudo a ver com o Hard Rock. Para os fãs de Mr. Big, ele pediu desculpas por não incluir o Brasil na turnê deste ano, mas prometeu voltar com a banda ano que vem. Dentre os sons em quase uma hora de show, destaco Price You Gotta Pay, Super Fantastic, Wild World (com grande interação do público) e The Whole World Is Gonna Know (que, na minha opinião, tem um dos riffs mais phodas do Hard Rock). As músicas de sua carreira solo tocadas também foram excelentes, embora eu sinceramente não conhecesse muito.
Depois de um rápido intervalo, mais ou menos às 20h45, sobe ao palco um dos meus maiores ídolos, Jeff Scott Soto. A sua banda solo foi a mesma que gravou o CD/DVD Live in Madrid, contando com os brasileiros do Tempestt Edu Cominato (bateria e vocais) e BJ (guitarras, teclados e vocais), além dos espanhóis Fernando Mainer (Baixo e vocais) e Jorge Salan (Guitarra e vocais). Esse último merece um destaque em separado: como toca esse espanhol! Técnica invejável mesmo e um belíssimo timbre. Acho que o JSS não exagera quando diz na apresentação da banda que é um dos melhores guitarristas com quem já tocou.
Agora, Mr. Soto é um caso a parte. A potência vocal desse camarada é algo impressionante, sem falar na sua presença de palco e domínio da platéia. Ele estava muito feliz e, conforme foi virando suas famosas caipiroscas (com direito ao famoso "vira, vira, vira" cantado pela galera), sua simpatia e carisma foram aumentando...rs Normal. Ele usou uma pedaleira para alguns delays, revebs e harmonizações, mas não consegui identificar a marca.
Infelizmente o show foi marcado por uma série de problemas técnicos por parte da guitarra do BJ, que ficou visivelmente decepcionado. Acontece e em nada tirou o brilho do show, que chegou a quase 2h30!! Eita gogó de ouro esse! rs
Destaques para as músicas do seu novo projeto W.E.T., que não tinham sido incluídas no CD ao vivo, o medley de clássicos do Talisman de 8 minutos (excelente!), a justíssima homenagem a Deus, digo, Dio, com um trecho de Holy Diver e o momento solo no piano (sempre emocionante por sua interpretação perfeita).
No bis, Eric Martin subiu ao palco e tocaram juntos Daddy, Brother, Lover and Little Boy (mais conhecida como música da furadeira...rsrsrs) com direito a inclusão de To Be With You no meio. Detalhe: Eric e JSS resolveram fazer uma brincadeira dividindo o público entre lado direito e esquerdo com a clássica cena "eu canto e vcs repetem". Ali ficou nítida a potência da voz de JSS sobre a de Eric Martin, que já dava claros sinais de cansaço (segundo ele próprio, devido às caipiroscas no backstage...rs).
Quando todos pensaram que havia acabado, a banda volta e manda Stand Up and Shout (trilha do filme Rock Star, com direito a brincadeira de Edu com introduções clássicas de bateria, como We Will Rock You, We're Not Gonna Take It, etc). Depois, entra o guitarrista do Tempestt, Léo Mancini e eles tocam a música que gravaram com o JSS em seu CD autoral, Insanity Desire (belíssima performance do vocalista BJ, que também tem uma voz bem característica de Hard Rock). E pra fechar, uma emocionante homenagem de JSS à Marcel Jacob com Since You've Gone, cuja letra foi justamente dedicada a ele. Coisa de irmão mesmo...
Resumo da ópera: Duas grandes apresentações de dois grandes vocalistas. A casa estava razoavelmente cheia, suficiente para agitar e fazer barulho. Realmente um grande momento para ficar na memória.
|