Hering mad Cat e o polímero

    Autor Mensagem
    DuG
    Veterano
    # ago/09


    Gostei da cara da Hering Mad Cat signature, porém não tenho ainda nenhuma referência da mesma.

    O que me deixa grilado, é que o corpo dela é do mesmo material que a black blues, por sinal muito criticado...
    Esse tal de polímero parece ser invenção da Hering, e não consigo confiar muito. A impressão que tenho é que quiseram um material de alta densidade visando a vedação do instrumento, mas o respaldo na sonoridade não foi dos melhores...
    mas não sei, nem peguei uma na mão ainda!

    alguma referência sobre ?

    abs
    Du

    AlexB
    Veterano
    # ago/09
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    Eu tive uma cromática deste polímero transparente e acho excelente, mas acho que a diferença é só cosmética em relação ao plástico.
    Abraço,
    Alex

    vajman
    Veterano
    # ago/09 · Editado por: vajman
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    DuG


    Não acredito que a relevância na escolha do material utilizado no pente, ou em qualquer outro componente da gaita, seja baseado única & exclusivamente na vedação, mas sim no timbre. Claro, os fabricantes podem também estar reduzindo custos e, até mesmo, apostando em estética na escolha deles. Se bem que, em ambos os casos, eu não saberia o que dizer. Seria perfunctório demais para mim que priorizo a sonoridade. Além disso, há fatores bem mais primordiais que podem comprometer a vedação do instrumento. Enfim, voltando ao timbre, vamos pensar em densidade & absorção sonora. Vamos lembrar que aquela nota que parece uma coisa linear e abstrata é, na verdade, uma onda mecânica. A unidade métrica dessas ondas (frequência) é o hertz (hz) e, quanto mais grave uma nota, menos hz ela tem, afinal, mais abertas são suas ondas. Essas notas vêm como uma parede e são muito difíceis de serem absorvidas. É por isso que um idiota qualquer pode estragar seu Little Walter quando passa com o carro ouvindo aquela porcaria de techno mesmo com os vidros fechados. Você ouve aquele "tunts" de... (os adjetivos que eu reservei para isso com certeza não passariam pelos moderadores), mas não se ouve as notas mais agudas, não é? Esses agudos, frequências mais fechadas, morrem no estofamento e em outros materiais menos densos do automóvel. Agora, quando você está no banheiro e seu Prestobarba bate na pia não vira um barulhão só? Então, acontece que frequências mais agudas como essa, embora mais fáceis de serem absorvidas, quando emitidas no banheiro não encontram materias absorventes como o carpete, as cortinas e outros materiais tão porosos como os que você tem no seu automóvel ou no seu quarto, e ficam ricocheteando (reverberando) nos materiais densos, no caso, os azulejos. Em suma, gritar no quarto é a mesma coisa que cochichar no banheiro. Respectivamente, um absorve, o outro repele. Na harmônica acontece a mesma coisa. Um pente de madeira, por ser mais poroso, tende a absorver mais os agudos e, mesmo que perdendo volume, vai aveludar mais o som. Já um material denso como o polímero, pode até dar mais volume, mas o timbre com certeza será mais agudo. Na hora de adquirir uma gaita, imagino que o timbre dela & o seu bom gosto deveriam ser as prioridades. Estética e custo são secundários... Quero dizer, pra mim!

    Agora, sabe o que é mais triste nisso tudo? Sempre haverá um idiota ouvindo techno perto de você! Hehehehe...

    Grande abraço

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