Review - violão Rozini RX315 C -

    Autor Mensagem
    Aust
    Veterano
    # dez/11


    RX315AT-C

    Andando la na famosa Teoróro Sampaio em SP, procurando algum Tagima, Eagle, Condor, ou outro pedaço de madeira que alegrasse meus ouvidos. Sem dar muita fé no folk da Rozini toquei de primeira só as cordas soltas, me surprendi mesmo.

    "Acústica"
    Desplugado tem um som muito gostoso, graves apetitosos, mesmo com dedos e palheta; já também tem um brilho (um pouco mais quando se usa palheta), não aqueeeele brilho,mas possui o suficiente, o suficiente pra tirar um som legal e encorpado. Ele vibra bem, por inteiro. É legal tocar com a boca do corpo do violão perto do nariz, pra sentir o cheirinho da madeira (viagem minha kkkk).

    Como diz no site da Rozini, é aconcelhável tocar com aquele coiso pra boca do violão (esqueci o nome), pra evitar o feedback quando se usa a opção de captação do microfône. Nas lojas ele ressonanceava (talvez seja este o verbo) muito quando eu estava perto da caixa, tinha que me virar e afastar um pouco (muito), então use o "anti-feedback" na boca do violão. No equalizador da pra escolher entre o piezo e o microfone, também da pra misturá-los, o som fica interessante. Ah sim, a captação e equalização da Artec (EDGE - BT)... é boa, pra mim que testei o tagima jumbo tuner e achei melhor do Rozini, além daqueles botões beeem zuados do Tagima, não da pra saber onde você deixou equalizado, parece uns parafusos mesmo,
    atrativo a menos.

    "Violão em si"
    Defeitinhos a parte as madeiras são bonitas, dão uma boa sonoridade e visual. Este modelo creio que ainda tenha só na cor natural. Para os vintage (como eu), vai gostar de ver a madeira la, a mostra. Tampo sólido de pinho sueco (o famoso spruce pessoal), lateral e fundo laminados de louro preto, braço de cedro com tensor, escala e cavalete de jacarandá.
    Os defeitinhos que digo são da construção... cola sobrando, alguns arranhõezinhos na madeira, mas acho que isso da um timbre diferenciado rsrsrs Mas pelo que notei, Condor, Tagima, Eagle, etc, na mesma faixa de preço (alguns mais caros) não ficam a tanto a frente não. Talvez pelo fato de a empresa ser nova, uns 15 anos, eles tem a preocupação de produzirem seus intrumentos com o mínimo de qualidade possível (eles dão 1 ano de garantia), ao contrário das outras que tem que prodizir muuuitos, assim acho que algum erro pode passar despercebido (ou percebidamente) e ir parar na tua mão (geralmente 3 meses de garantia).

    O braço... confortavelmente confortável, pra aqueles que tem mania de tocar certinho, com o dedão no meio do braço, é mais magrinho na vertical e mais largo na escala, possui pestana de 46 mm, quem está acostumado com 43, ou 42 mm vai achar meio difícil, mas gostei muito dele. Só uma coisa meio ruim, fazer bends com as cordas mizinha, si e sol ficam meio secos, acho que se passar aquele óleo para condicionamento e limpeza nas cordas fica supimpa!
    As tarrachas, não são da maior perfeição, mas até que seguram a afinação. Isso porque as cordas estavam totalmente afrouxadas, afinei direitinho na loja e quando cheguei em casa estavam pouca coisa desafinadas... isso porque até a minha casa é 1 hora e pouco, vou de busão e metrô. Talvez seja a tensão, as cordas não estavam aostumadas ainda, nem o braço, então é bom debois de um tempo (alguns dias acho) regular o tensor.
    Achei simples e bem legal a headstock, quadradona e com um traço que mostra a madeira na lateral, com o logo "R" da marca.
    A altura das cordas estão até que na medida pra mim, não muito altas, não dificuntando passagens rápidas, nem muito baixas, não a ponto de ficaram tracejando. Numa loja toquei com afinação em D e notei um pouco de tracejamento, mas se for pra usar .011 fica bom em afinação D, sem tracejar, em afinação padrão pode ficar meio altas. As cordas são D'Addario .010 de fábrica. O vendedor me aconcelhou a colocar .011 pra dar uma encorpada a mais, deve ficar 10, mas prefiro .010 mesmo. Nenhum lugar do braço notei tracejamento, nem no começo, no meio ou la pra 18ª casa da escala (a ultima casa).

    O corpo... repetindo novamente e de novo: faz um lindo som, bem encorpado e com um brilho, deve ser sua construção e as madeiras. Tem também cutaway e aquele escudinho pra poder apoiar a mão, bater a palheta a vontade e tals!

    "Custo benefício"

    Como ta ai no título: custo benefício. E é verdade, consegui 580 dinheiros nesse folk.
    Na mesma faixa, e que fiquei em dúvida tinham: Strinberg JS 02C; Tagima Jumbo Turner, california,
    dallas, Hofmas (esqueci os modelos), Eagles; Fender, Cort e Tanglewood (bons quanto, mas fugindo da verba já né).

    Apenas os de qualidade que vi com tampo sólido: Cort, Tanglewood talvez o Fender também, mas né (!)
    Tagima jumbo tuner já esqueci, então sobrou-me este lindo Rozini, de vista parece estranho,
    mas se acostumando e tocando pela primeira vez você pode gostar muito.
    O melhor custo benefício que consegui, talvez tenha um violão melhor escondido que não tenha visto na loja,
    mas agora já foi kkk
    Se souber dar aquela chorada cara, você leva até bag de graç (isso que eu fiz). Recebi uma da Rozini mesmo, meio sujinha, era a ultima
    sobrevivente no estoque, o preço talvez seria de 40 ou 50 reais, mas levei de graça, então paguei só violão, até a bateria ganhei.

    "Contras"
    Só pra deixar mais explicito aqui, escrevi tanto os prós que talvez tenham ficado um pouco escondidos os defeitos.
    Da pra notar um pouco de cola sobrando nos trastes, alguns arranhões na madeira (não tantos), ah sim, e não possui o parafuso pra colocar uma correia, necessitando parafusar mesmo a ferragem na madeira, mas pra mim isto não faz tanta diferença.
    O afinador é ofuscante, daqui uns 2 anos talvez se ele continuar assim eu perco mais uns 20% da visão, sem brincadeira... acho que isso serve de incentivo pra afinar de ouvido logo. Vou tentar colocar algum plástico por cima dele porque não da mesmo.
    Bends são meio secos nas cordas mizinha, si e sol, em todo o braço, mas após alguns dias isto melhora (só um pouco).


    PS.: NÃO CONFUNDA ESTE COM O MODELO DE MADEIRA ESCURA, ELE NÃO TEM TAMPO SÓLIDO, QUASE QUE EU LEVO O OUTRO (por filhadaputisse de vendedor, mas isso é pra outra história...),
    mas é 100 dinheiros mais barato, tem o tampo laminado e som semelhante ao de tamapo sólido, muito gostoso também, então se a verba não der, aconselho a testar também esse RX315AT-CT. O de tampo laminado tem a letra T a mais no final no nome do modelo e possui a madeira escura (do tampo) e sem o escudo no corpo do violão.

    E também vai do som, da pegada, do estilo de violão que cada um curte. Eu sempre toquei e toco em um Nicol folk, paguei 100 reais, então pensei que qualquer coisa seria bem melhor, mas pelo que vi todos com som melhor, porém semelhante e só o Rozini superando, para os meus ouvidos e mão.

    Se alguém aguentou ler tudo isso, comente ai vai kk
    Valeus à galera do cifraclub e os leitores.

    Aust
    Veterano
    # dez/11
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    Putz... até ia esquecendo

    Está aqui as fotos do violão, logo logo gravo um video, mas agora, em tempo de provas na facul ta difícil.

    Aqui: http://yfrog.com/user/todogusto/photos

    Abraços!

    Juan_Rodrigues13
    Veterano
    # out/12
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    Eu sei que já faz quase um ano e ninguém comentou, então deixa eu perguntar...
    Ainda está com o violão?
    O que tem a dizer dele a longo prazo?

    RenatoPage
    Veterano
    # out/12
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    Bonito violão. Gostei.

    Aust
    Veterano
    # fev/13
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    Juan_Rodrigues13

    Bom, desculpa pela demora rsrs mas é que nunca vejo se tem respostas nos meus tópicos, mas blz, espero que ainda ajude em algo...

    Então, a longo prazo ele continua firme e forte, to usando 0.011 nele e ta de mais. Optei por esse encordoamento porque eu uso muitas afinações abertas então da pra explorar muito esse lado, porém eu tenho até um pouco de medo de deixar sempre na afinação padrão com esse calibre de cordas porque vira e mexe estourava a sol, não sei se é por causa da tarraxa ou porque 0.011 não aguentava mesmo, mas é só ter cuidado e sempre cuidar das cordas, limpando, etc.

    Pra regular o tensor, foi umas 3 vezes, isso pelo fato de eu ficar variando a afinação das cordas.

    Até recomendo, não comprar de cara, mas colocar ele na lista de tua procura pra testar com outros violões, pra mim agradou muito o som cheio que ele tem, ainda mais trocando pra 0.011. Vale pensar também que no preço de um Eagle de tampo laminado, você pode pegar esse que tem tampo sólido... então daqui uns aninhos o som amadurecido dessa madeira vai dar mais gosto de ouvir.

    Flw! Espero ter ajudado...

    E ainda faltam os vídeos, depois que eu vi rsrs mas nesse tempo consegui gravar dois pelo menos...

    Aust
    Veterano
    # fev/13
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    Aust
    Veterano
    # fev/13
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    E esse é um estilo que comecei a tocar e que usa diferentes tipos de afinação, mas também usa a padrão.



    jutom
    Membro Novato
    # nov/13
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    caro amigo aust, seguinte comprei o modelo rx415 ct ac, cara tem um som muito bom apesar de ser laminado graves forte queria um de 12 cordas com um bom timbre plugado então e de mais pis tem dois tipos d e captação , toco sertanejo estou contente, tenho um yamaha acústico fx 310 e um eagle 889 bk ambos são excelente é isso. abraço

    Guto Cst
    Membro Novato
    # abr/14
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    Muito legal o review!!

    Acabei adquirindo esse violão após testar em uma loja. Sem duvida a sonoridade me seduziu e não tive duvida que essa era a melhor opção em relação ao som que um violão pode proporcionar nessa faixa de preço!

    Porém, fiquei encabulado com UMA COISA.

    O TAMPO não é feito de uma peça única de madeira e sim duas metades coladas por uma linha que passa no meio do violão. Isso é normal? Devo entrar em contato com a Rozini???

    Obrigado

    Jéfi
    Veterano
    # abr/14
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    Guto Cst
    É normal e aconselhável na construção de um violão. Tanto o tampo traseiro quanto o dianteiro de qualquer violão são construídos dessa forma.

    Guto Cst
    Membro Novato
    # abr/14
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    Talvez eu tenha dado azar de pegar um com isso bem aparente então, pois até as cores das placas são um pouco discrepantes. Já vi outros violões de tampo sólido que parecem ser uma peça unica, mas talvez seja a fabricação bem feita que não deixou "rastro".

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