Tente imaginar como é

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Clauber guns
Veterano
# jun/10
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ghostbastard
pensa nisso ainda:


imagina que uma criança nasce enxergando cores trocadas. Uma especie de daltonismo que troca realmente as cores.

Digamos que ela veja o nosso vermelho no lugar do nosso azul.


Ela aprenderá que aquela cor que esta vendo, é vermelho, e quando ela se referir a cor vermelha, ela vai ver azul, mas dirá vermelho e nos enenderemos que é vermelho.


Mas quando uma criança nasce ela não sabe o que é vermelho ou azul
Ela sabe apenas que aquilo existe
Só vai dar nome pra tal cor quando lhe for ensinado.
No caso que o que ela vê azul é azul e o que ela ve vermelho é vermelho

Como saber que essa criança enxarga azul e não vermelho?
mas afinal, se ela nomeia aquela cor como vermelho, por que isso precisa necessariamente estar errado?
como fica a questão de cor quente e cor fria, nesse caso?


Nós a condicionamos a isso, nós a ensinamos que o que ela ve é vermelho ou azul

Dressaaa
Veterano
# jun/10
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Agora tente imaginar como o mundo deve ser DE VERDADE. Fora dos nossos olhos, como ele realmente é?

Considerando que diversos observadores têm interpretações diferentes de cada objeto/evento, como é que a gente consegue chegar ao "realmente é" sendo que sem observação sequer saberiamos de sua existência. Não falo só de observação visual, nem mesmo de somente observação humana.

Mesmo que você tivesse uma visão mais apurada do que a sua atual você não continuaria sendo um observador, influenciado por um grupo de condições. Pense, e se o sol fosse neon? Imaginando o grupo de condições que poderiam ser modificadas e que influenciam na sua observação você ainda acredita que exista um como "realmente é"? Além das diversas formas de interpretação dos nossos sentidos em diferentes condições, imagine as multiplas formas que temos para descrevê-las em linguagem comum.

As coisas realmente são como a gente conhece porque chegou-se a um consenso de como descreve-las de forma clara a todos, baseando-se nas observações mais comuns (mais prováveis). E isso foi ao longo do tempo adotado como verdade absoluta (bom para o senso comum que permitiu que vivessemos em sociedade, mas muito ruim para o ego), mas com o advento da física quântica o ser humano novamente se encontra com este paradigma (tiveram que aceitar a relatividade das coisas para poder observar algo).

Dizem que os místicos das filosofias e religiões orientais conseguem compreender as coisas além de como elas nos parecem por observação, mas encontram uma dificuldade em traduzir suas experiências em linguagem comum. O máximo que conseguem é transmitir algumas parábolas.

Champz, todos temos o direito de imaginar o mundo de uma forma diferente ao comum em diversos sentidos, para isso também existem as drogas alucinógenas (huaahuahauhauaha), mas não acredite em "realmente é", isto nón ecxiste, existe a relatividade das coisas e existe o senso comum.

ghostbastard
Veterano
# jun/10
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Dressaaa


não é isso.

Existe um mundo realmente real, com todas as faixas de frequencia, agora tente, com essa nossa capacidade limitada d einterpretação, imagina como o mundo deve ser realmente, mais no sentido visual e sonoro.

segure um objeto na sua frente e pense que as cores que vc ve nele são interpretações. Que ele ressoa, e vc não ouve. Tente imaginar uma camera saindo de dentro da sua cabeça e filmando o mundo como é sem passar pelo filtro das nossas retinas e timpanos.

isso que eu quero dizer, sem julgamentos, sem nada de convenções, sem o 'social'. Só o mundo.

Dressaaa
Veterano
# jun/10
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ghostbastard

Pois então, estas tentando ver um mundo além do que os teus sentidos podem alcançar, eu entendo.

Só quis dizer que mesmo que você tivesse sentidos mais aguçados, que pudesse ouvir o som do objeto ressonando, ainda não seria o que ele realmente é. Porque para definir o senso comum a gente depende das relações e do observador.

Se você pudesse excluir tudo que influência a observação do objeto, e isso exclui você mesmo, o observador, o que seria o "realmente é" desse objeto?

Come um cogu, huhuhuhuhu.

ghostbastard
Veterano
# jun/10
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estas tentando ver um mundo além do que os teus sentidos podem alcançar


masi ou menos isso.

Tentando ver o mundo sem sentidos.


isso da agonia, por saber que tudo é diferente, e que não vemos assim.

Endurance
Veterano
# jun/10
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Falaram ali encima em distorção do tempo.
Mas se considerarmos que o tempo é uma invenção humana? O tempo nada mais é do que uma sequencia de fatos. O que é do passado pertence ao passado e o que é o presente pertence ao presente. O futuro é abstrato...
Nos contamos o tempo porque nossa vida é limitada. Nos nascemos e morremos.
Se nos somente "existissemos", não faria sentido contar o tempo.

Dressaaa
Veterano
# jun/10
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ghostbastard

Pois eu estava te falando da relatividade justamente para tentar aliviar sua angústia, visto que mesmo que você enxergasse ou ouvisse "diferente" ainda assim não seria o que "realmente é".
Mas daí ao problema do ser humano sempre achar que poderia ser diferente mesmo sem saber dizer porque, daí é um problema sexual de cada um.

Por que você gostaria que fosse diferente?

Endurance

Esse é o próximo capítulo do livro, já li a introdução sobre que fala isso porém ainda sem condições de dissertar a respeito =D

ghostbastard
Veterano
# jun/10
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Dressaaa


eu não gostaria. É só um exercicio. E não é diferente, é sem filtro.

brunohardrocker
Veterano
# jun/10
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É só tentar imaginar como uma pedra pensa.

Ela não tem olhos, nem nariz, nenhum sentido e não pensa. Ela sim compreende as coisas como realmente são. Se coloquem no lugar de uma pedra.

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