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    Autor Mensagem
    El Musicista
    Veterano
    # jan/09 · Editado por: Moderador


    Salve salve galera!

    Este tópico tem o intuito de auxiliar (ou ao menos tentar) a galera que vai prestar vestibular nas diversas Universidades do País no final deste ano. Todas (ou quase todas) as Universidades exigem a famosa (por muitos temida) redação, que quase sempre gira sobre uma atualidade. Como escrever sobre algo que não se conhece ou não se tem o mínimo conhecimento?
    Ou então, a própria prova objetiva ou subjetiva dos mesmos gira em torno das atualidades.
    Alguns Concursos Públicos, em seus respectivos editais de abertura, pedem que sejam estudadas as atualidades.

    Espero que este tópico realmente possa ser útil e ajudar muito dos companheiros OTnienses.

    Então, vamos começar:

    07/01/2009 - 15h33
    Guerra do gás
    Moscou pune calote de vizinho e afeta toda Europa

    José Renato Salatiel*
    Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação


    O que fazer quando uma briga entre vizinhos deixa todo o condomínio às escuras, sem energia elétrica? É mais ou menos o que está acontecendo hoje na Europa, mas com relação ao gás. Por conta de um desentendimento comercial, a Rússia interrompeu no Ano Novo o fornecimento do produto para a vizinha Ucrânia, prejudicando o abastecimento em toda região.

    O problema é que a Ucrânia redistribui, por meio de seus gasodutos, 80% do gás russo vendido para Europa - sendo que um quarto de todo gás europeu provém da Rússia. Como resultado, a briga entre os dois países ganhou dimensão internacional.

    O impasse afeta diretamente a população, uma vez que o gás garante a calefação das casas no inverno europeu, que registra temperaturas abaixo de zero. Além disso, a falta do hidrocarboneto nas empresas pode prejudicar ainda mais as finanças, em tempos de crise econômica mundial.

    Pelo menos 15 países europeus já foram afetados e, em alguns casos, tiveram o abastecimento reduzido em até 90%. Entre as nações atingidas estão Hungria, Polônia, Romênia, Turquia, República Tcheca, Bulgária, Áustria, Croácia, Bósnia, Grécia e Macedônia. Países da Europa Ocidental, como Alemanha, França e Itália, também sofreram cortes no fornecimento.

    Na Bulgária, por exemplo, 92% do gás consumido são de origem russa. O país anunciou que as reservas se esgotam em um mês, caso o abastecimento não seja regularizado.

    A União Europeia, em seu papel de "síndica" do condomínio, exigiu que as empresas de gás de Ucrânia e Rússia cheguem a um entendimento, mas evitou tomar partido de um dos países. Estão previstas novas rodadas de negociações.

    Dívidas
    Toda a confusão aconteceu porque Moscou acusou o vizinho de dar um calote, além de desviar o produto comprado por outros clientes. Há também interesses políticos em jogo, que ainda não foram totalmente esclarecidos pelos Estados.

    A Gazprom, empresa que detém o monopólio do gás na Rússia, é a maior exportadora de gás natural do planeta. Ela acusa a Ucrânia de roubar, todos os dias, 65,3 milhões de metros cúbicos de gás destinado a países do bloco. Os ucranianos negam a acusação de roubo.

    Mas o principal motivo das torneiras fechadas diz respeito ao contrato comercial entre as empresas de energia. A Naftogaz, firma de gás ucraniana, oferece US$ 201 (R$ 437) por mil metros cúbicos de gás, contra os U$ 250 (R$ 544) que a Rússia quer receber a partir deste ano. A Gazprom recusou a oferta.

    A Naftogaz apresentou então uma contraproposta de US$ 235 (R$ 514), e ainda aguarda uma resposta da gigante russa.

    Já a tarifa de trânsito, ou seja, a taxa cobrada pela redistribuição de gás natural russo pelos gasodutos ucranianos, hoje é U$ 1,76 (R$ 3,83) por mil metros cúbicos a cada 100 km. A Naftogaz quer aumentar o valor para U$ 2,05 (R$ 4,46).

    A Ucrânia alega que a crise econômica tornou difícil atender às expectativas comerciais do vizinho. Enquanto a Rússia diz que os preços são os melhores da praça.

    Além disso, a empresa russa cobra o pagamento de uma dívida de US$ 2 bilhões, referente a multas de atraso em pagamentos.

    Diariamente, a Rússia envia 326 milhões de metros cúbicos de gás para a Europa. Em 2006, uma briga semelhante levou a Ucrânia a barrar a passagem do combustível por seus gasodutos.

    Monopólios
    A política da energia, preponderante em boa parte das relações comerciais entre governos, também é fonte de conflitos no Oriente Médio e América Latina. O monopólio de derivados do petróleo por alguns países pode causar desde um simples desgaste nas relações diplomáticas até intervenções armadas, como no caso dos Estados Unidos em países árabes.

    Em 2006, por exemplo, a nacionalização das reservas de gás natural na Bolívia pelo presidente Evo Morales levou à ocupação de refinarias estrangeiras, incluindo a Petrobrás. A atitude provocou uma crise com o Brasil, que depende do produto boliviano para abastecer seu parque industrial.

    Na Venezuela, o petróleo é o principal motor da economia e também, nas mãos de Hugo Chavez, uma poderosa arma política para negociações.

    Mas esse panorama geopolítico vai mudar nas próximas décadas. A escassez de petróleo, somada a questões como o aquecimento global e crise econômica, deverá gradualmente aumentar os investimentos em fontes alternativas de energia (como os biocombustíveis, além do Sol, do mar e do vento), que não são exclusividades de algumas nações.

    Limpo e barato
    O petróleo e o gás natural são chamados combustíveis fósseis, que são aqueles formados no processo de decomposição de animais e plantas que leva milhares de anos. Para quase tudo dependemos do petróleo e seus derivados, desde o carro que nos leva ao trabalho até o plástico em que carregamos o lanche.

    Mas há um porém: são recursos escassos que, uma vez esgotados, não podem ser fabricados artificialmente. É preciso esperar outros milhões de anos para que a natureza os deposite novamente no subsolo.

    A tendência é que o combustível fique cada vez mais raro e caro. E, como o preço do petróleo puxa os demais, dispara a inflação, as pessoas consomem menos, a produção cai e aumenta o desemprego.

    Por isso, além de motivos ecológicos óbvios (a emissão de poluentes), há fortes razões econômicas para o mundo investir em fontes de energia mais baratas.

    E, diferente de petróleo e gás, todo país conta com uma reserva própria de energia renovável, vinda do litoral ou do Sol. Portanto, conflitos como os que ocorrem atualmente por conta do gás europeu serão, num futuro próximo, coisas do passado.

    *José Renato Salatiel é jornalista e professor universitário

    Fonte: http://educacao.uol.com.br/atualidades/guerra-do-gas.jhtm

    The_Fourth_Horseman
    Veterano
    # jan/09
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    El Musicista
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    14/01/2009 - 14h11
    Evolução da genética
    O gene nosso de cada dia


    José Renato Salatiel*
    Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação


    A empresa recebe o currículo de um candidato e, na internet, verifica que seu genoma apresenta traços de uma tendência para agressividade. O candidato perde a vaga. Em outro ponto da cidade, numa clínica médica, um casal "projeta" seu filho para nascer louro, de olhos azuis e, quando adulto, atingir 1,80 m de altura. "Quem sabe um Brad Pitt", dizem. A poucos quarteirões dali, num hospital público, um paciente recebe droga inibidora dos efeitos do gene do homossexualismo.

    Todos estes casos são fictícios, apensar da ciência genética os tornar bastante plausíveis e mesmo viáveis atualmente. Quais são os limites? Além de questões morais e religiosas que norteiam experiências de engenharia genética - principalmente as que envolvem embriões e clonagem - existe ainda o fato do genoma não ser um retrato fiel da essência humana, determinando desde condutas sexuais até o caráter.

    No último dia 9 de janeiro, nasceu o primeiro bebê britânico selecionado geneticamente para não ter o gene causador do câncer de mama e ovário. Os médicos selecionaram vários embriões com a técnica da fertilização in vitro e implantaram no útero da mãe aquele que não possuía o gene defeituoso.

    Os pais são portadores do gene e, provavelmente, teriam um filho com predisposição para desenvolver um tumor. No procedimento, os óvulos foram fertilizados fora do corpo da paciente e somente o embrião sem o gene específico foi implantado no útero.

    Na prática, apesar de estar livre da carga genética defeituosa, a criança não está totalmente isenta de desenvolver outros tipos de câncer, e mesmo de mama ou de ovário, devido a fatores externos ou genéticos. Mas, sem a seleção genética, a menina teria até 80% de possibilidade de ter um tumor no futuro, segundo os médicos.

    Em breve, os cientistas poderão identificar qualquer uma das 15 mil doenças hereditárias existentes antes da criança nascer, bastando para isso fazer o mapa genético da família, que descobre traços de genes causadores das doenças. Assim, poderão no futuro erradicar muitos tipos de males. Mas isso é só o começo.

    O DNA
    Os cientistas James Watson e Francis Crick descobriram a estrutura do DNA (ácido desoxirribonucléico) em 1953. Desde então, o campo da genética passou a fazer parte do cotidiano. Testes de DNA permitem provar o parentesco e descobrir criminosos, produzir alimentos modificados (os chamados transgênicos) e clonar animais, como a famosa ovelha Dolly, em 1997, o primeiro mamífero clonado a partir das células de um macho adulto.

    DNA é um código molecular formado por combinações químicas que possuem todas as informações necessárias para gerar um indivíduo e que são passadas de uma geração a outra. É como se fosse um programa inscrito em nossas células que contém os dados que garantem o funcionamento da máquina.

    O mapeamento completo do genoma humano possibilita, hoje, além de diagnosticar algumas doenças hereditárias antes mesmo do nascimento, saber se somos portadores de genes responsáveis por uma predisposição à obesidade, depressão e até para o divórcio.

    Mas até que ponto as escolhas pessoais são realmente determinadas pelas informações genéticas que o homem traz em seu DNA?

    Consumo genético
    Em um artigo recentemente publicado no jornal The New York Times (My Genome, My Self, ou "Meu Genoma, meu Eu"), o psicólogo cognitivo Steven Pinker questiona o quanto os genes podem responder pelos hábitos, personalidade e comportamento dos seres humanos.

    Pinker teve seu genoma sequenciado e inserido em um banco de dados público na internet pelo Projeto Genoma Pessoal, que possui em seu cadastro 100 mil genomas catalogados.

    Outras iniciativas deste tipo inauguraram, diz o autor, a era do consumo genético. O Knome (pronuncia-se know me, "conheça-me" em inglês) é a primeira companhia a vender o sequenciamento completo e análise do genoma por U$ 99.500 (R$ 230 mil). Já a 23andMe (23 se refere ao número de pares de cromossomos que o ser humano possui) oferece uma amostra dos traços característicos, risco de doenças e linhagem por U$ 399 (R$ 921).

    De posse destes dados, a medicina pode ficar personalizada - os remédios serão manipulados e prescritos para reagir à bioquímica de um organismo específico. Mas também pode fazer com que empresas cobrem mais caro pelo plano de saúde ou se recusem a dar cobertura, baseadas no mapa genético do cliente (por esta razão, os Estados Unidos aprovaram em 2008 uma lei que impede a discriminação com base em informações genéticas).

    As pesquisas, contudo, estão apenas iniciando a identificação de genes responsáveis por habilidades naturais e personalidades. Mas será que os genes podem dizer quem somos?

    Roleta
    A genética, na verdade, aponta algumas predisposições, que dependem ainda de fatores externos como cultura, família e hábitos pessoais. Se um indivíduo tiver péssimos costumes alimentares e uma tendência para colesterol alto, aumentam as chances de problemas coronários, por exemplo.

    Em resumo, os genes respondem ao ambiente. Uma criança muito inteligente não desenvolverá seus talentos se não houver um contexto propício para isso, se, por exemplo, nascer em uma região muito pobre e não tiver acesso à boa educação e carinho dos pais.

    Pinker chama atenção ainda para um fato poucas vezes levado em conta: os genes também estão sujeitos a mudanças no interior do organismo. Tudo o que temos são algumas apostas. Diz o cientista:

    "Para algumas condições, como a doença de Huntington [mal que ataca o sistema nervoso central], o determinismo genético é simplesmente correto: qualquer um que tenha o gene defeituoso e que viva o tempo suficiente vai desenvolver a doença. Mas, para a maioria dos outros traços característicos, toda sequência de genes será probabilística."

    É como se a vida fosse uma grande roleta e os genes fossem os dados. Você pode apresentar, como no caso de Pinker, 12,6% de chances de ter câncer de próstata aos 80 anos, comparado com a estimativa de 17,8% para a maior parte dos homens brancos, e 26,8% de chances de ter diabete tipo 2, enquanto a média é de 21,9%.

    Mas são apenas probabilidades, tudo vai depender de como vivemos e de como o genoma evolui.

    O melhor exemplo é o caso de gêmeos idênticos, que têm a mesma estrutura genética, convivem com os mesmos familiares, amigos e colegas e, mesmo assim, desenvolvem personalidades próprias. Não são totalmente iguais.

    Ética
    Os limites da genética são de ordem ética, que motivam debates como o ocorrido no ano passado em torno das pesquisas com células-tronco embrionárias, e da falta de legislação específica. A técnica de seleção genética de embriões, por exemplo, é proibida ou restringida em alguns paises europeus. No Brasil, não há ainda normatização para o método, que está em fase de estudo.

    *José Renato Salatiel é jornalista e professor universitário

    Fonte
    : http://educacao.uol.com.br/atualidades/evolucao-da-genetica.jhtm

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