Câmara dos EUA rejeita pacote de Bush, a casa vai cair

Autor Mensagem
MANFREDINI
Veterano
# set/08
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tomara que os EUA se fodam mesmo, mesmo que a gente sinta lago por aqui no Brasil, chega, já deu, tá na hora deles puxarem os freios

Jio-kun
Veterano
# set/08
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Rejeição a pacote nos EUA derruba bolsas na Europa e na Ásia

mercados da Ásia e da Europa voltaram a cair nesta terça-feira, refletindo a decisão da Câmara dos Representantes dos EUA de rejeitar o plano do governo americano para tentar barrar a crise econômica.

Logo após a abertura, os principais indicadores europeus registraram quedas em torno de 2% - mas logo se recuperaram diante da esperança de que uma ajuda ao setor financeiro, adiada agora, venha mais adiante.

Às 05h22 do Brasil, o índice FTSE 100 registrava leve alta de 0,05% para 4.821,40 pontos em Londres, enquanto o CAC 40 recuava 0,49% para 3.934,17 pontos em Paris e o DAX perdia 1,19% para 5.738,04 pontos em Frankfurt.

Os mercados europeus registravam indicadores melhores que algumas praças asiáticas, onde os resultados foram acentuadamente negativos.

Na Rússia, as negociações foram suspensas logo após o início do pregão e até a hora do almoço, para evitar perdas maiores. Um dia antes, o principal índice, RTS, fechou em queda de 7,11%, enquanto o MICEX havia perdido 5,5%.

Em Tóquio, o índice Nikkei 225 fechou em queda de 4,12% para 11.259,86 pontos, o nível mais baixo dos últimos três anos.

Já a queda em Seul foi menor: 0,57%.

E em Hong Kong, o índice Hang Seng chegou a se recuperar e registrar alta: 0,8% para 18.106,21 pontos.

Na China, a bolsa de Xangai está fechada para feriado até o dia 6 de outubro.

Nesta terça-feira, líderes asiáticos manifestaram sua preocupação com o futuro do pacote de ajuda de US$ 700 bilhões dos Estados Unidos aos bancos.

"Isto (o fracasso do plano) vai ter um grande impacto na economia dos EUA e também vai afetar a economia global", afirmou o ministro da Economia do Japão, Kaoru Yosano.

Já o primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, afirmou ter conversado com o premiê britânico, Gordon Brown, e os dois teriam concordado em pedir ao Congresso americano urgência para aprovar o acordo.

Na Austrália, a bolsa de Sidney marcou queda de 4,3%.

Pronunciamento de Bush


O presidente George W. Bush fará um pronunciamento sobre a crise na manhã desta terça-feira. Mas, segundo Justin Webb, correspondente da BBC na América do Norte, o discurso não deve ter grandes efeitos sobre a economia.

O Congresso não deve se reunir novamente até a próxima quinta-feira, o que tornará difícil uma outra votação sobre o pacote antes do final de semana, segundo o correspondente da BBC em Washington, Jonathan Beale.

A Câmara dos Estados Unidos rejeitou nesta segunda-feira, por 228 votos contra 205, o megapacote econômico de US$ 700 bilhões proposto pelo governo americano.

Cerca de dois terços dos deputados republicanos, correligionários do presidente George W. Bush, votaram contra o pacote.

Os deputados republicanos levantaram objeções tanto quanto ao conteúdo do pacote como à pressa em que ele foi colocado em votação.

No fim de semana, líderes partidários haviam chegado a um acordo em relação a pontos polêmicos, como mecanismos de supervisão do mercado financeiro, proteção para os contribuintes e limites aos salários de executivos de instituições financeiras.

As concessões, porém, não foram suficientes para convencer boa parte dos congressistas a seguir a orientação dos líderes no plenário.

Na segunda-feira, a Bolsa de Valores de Nova York registrou sua maior queda em pontos em um único dia na história.

O índice Dow Jones fechou a segunda-feira com queda de 6,98%, e o índice da bolsa eletrônica Nasdaq recuou 9,14%.

O Dow Jones acumulou uma queda de 777,68 pontos. A baixa recorde anterior era de 721,56 pontos, alcançada no primeiro dia de negócios na bolsa de Nova York após os ataques de 11 de setembro de 2001.

Seguindo a tendência americana, a Bolsa de Valores de São Paulo também despencou. O índice Bovespa terminou a segunda-feira com queda de 9,36%, depois de alcançar baixa de 13%.

As negociações chegaram a ser paralisadas depois que o índice Bovespa recuou mais de 10% no início da tarde.

Ééééééé...

Koisa
Veterano
# set/08
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Ta bom, quem saiu perdendo nessa história? E quem saiu ganhando?

maizena e o um
Veterano
# set/08
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Koisa

Genial!

Ronin
Veterano
# set/08
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"Os fundamentos da economia estão sólidos."
John McCain, no dia seguinte à bancarrota do Lehman.

"Essa recessão é mental."
Phil Gramm, principal conselheiro econômico de McCain.

"O que nós temos aí é um governo disfuncional que não está preparado para enfrentar uma crise de grandes proporções. Porque o Congresso se compõe de um bando de loucos e ninguém acredita numa vírgula do que a Casa Branca diz. Como disse um amigo meu, ontem à noite: nós nos tornamos uma banana republic com bomba atômica."
Paul Krugman, no New York Times online.

Jio-kun
Veterano
# set/08
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Terça-feira, 30 de setembro de 2008, 08:54 | Online

Surpresa de setembro

NOVA YORK - O congresso dos Estados Unidos não aprovou o plano de resgate dos bancos, para a surpresa de todos. Está demonstrado o valor da disciplina partidária. Esse pacote tinha o apoio de John McCain (republicano) e Barack Obama (democrata), os candidatos à Presidência que, juntos, contam com o apoio de praticamente todos os membros do Congresso.


Mas uma maioria de congressistas votou com Bob Barr, o libertário que afirmou que "precisamos fazer com que Wall Street sofra as conseqüências das suas irresponsáveis decisões de investimento", e com Ralph Nader, o candidato independente que descreveu o pacote como "um resgate para os vigaristas de Wall Street".


Imaginei que as lideranças no congresso fossem capazes de garantir que um número suficiente de membros de ambos os partidos tapassem seus narizes e votassem a favor do pacote para obter uma pequena margem e conseguir a aprovação. Mas o que temos aqui é uma rejeição do que Nader chama de "os dois candidatos das corporações".


O resultado da votação foi divulgado pouco depois de eu ter publicado o texto anterior, chamado de "Surpresa de Outubro". Vamos torcer para que a indústria bancária sobreviva até lá.


A indústria bancária está em apuros com ou sem pacote de resgate. Seus esforços para alterar as regras de contabilidade para ocultar os problemas são tristes e estarrecedores. O pacote rejeitado teria autorizado a SEC (Comissão de Valores Mobiliários local) a suspender a regra de reajuste a preço de mercado, que obriga os bancos a admitir o quanto apostaram e perderam. A SEC já cedeu à pressão política e proibiu a venda de ações a descoberto no mercado financeiro e, portanto, é possível que cedesse igualmente à pressão dos contadores.


"A verdade é a primeira baixa", antiga frase que descreve o jornalismo de guerra, parece se aplicar também ao jornalismo econômico em tempos de crise financeira. Os economistas dizem que os mercados onde a venda a descoberto é proibida têm menor probabilidade de apresentar eficiência e maior probabilidade de apresentar distorções sob a forma de preços excessivmente altos.


Assim, apresentamos aos investidores empresas cujo preço foi provavelmente superestimado e provavelmente estão se esforçando para esconder o baixo valor atual dos seus ativos. Por algum motivo, poucos querem comprá-las.


Ontem, no programa Esta Semana, da rede ABC, Newt Gingrich argumentou em favor da suspensão da regra contábil de reajuste dos preços no nível do mercado, afirmando que os preços do mercado estão agora baixos demais e não condizentes com a realidade. Para comprovar essa tese, ele destacou que tanto o secretário do Tesouro quanto o presidente do Fed (banco central americano) acham que os preços estão mais baixos do que deveriam.


Eles afirmam isso argumentando que o governo pode pagar por ativos problemáticos preços acima do valor de mercado e no fim lucrar com eles. Quando você imaginou que veria uma das principais figuras conservadoras dizer que as autoridades do governo poderiam avaliar valores com maior competência do que o próprio mercado?


Na ausência do resgate rejeitado, o governo está tratando com os bancos frágeis, um a um, propondo aquisições (enterros seria um termo mais apropriado) quando possível. Tanto no negócio do Washington Mutual quanto no do Wachovia, os depositantes estão passando bem, enquanto os acionistas sofrem. Isso desencoraja uma corrida dos depositantes aos bancos, o que é bom, mas encoraja o que chamaremos de "corrida ao mercado de ações" por parte dos acionistas de qualquer banco que possa estar no mesmo barco que essas instituições financeiras problemáticas.


(Se o seu banco alguma vez se gabou dos seus empréstimos hipotecários, é melhor tomar cuidado.) Ainda acho que o congresso vai salvar alguma coisa do pacote - supostamente ao elaborar mudanças que agradem a um número suficiente de discordantes -, mas com o início do feriado judaico, esta noite, pode demorar até que isso ocorra.


O risco de um grande resgate era que isso fizesse os investidores pensarem que os bancos estavam numa enrascada ainda maior do que aparentavam. Henry M. Paulson Jr., o secretário do Tesouro, tentou estruturar esse resgate sob a forma de uma aquisição de ativos, de modo que os bancos, recebendo o dinheiro, não ficassem manchados por fazê-lo.


Mas a decisão de forçar estes bancos a entregar parte de sua participação patrimonial pode ter acabado com essa jogada e as mudanças a serem feitas agora no pacote podem muito bem torná-lo mais punitivo. Isto pode ser bom em termos de justiça, mas ruim em se tratando de conter a crise.


Parece que esta será uma semana muito interessante nos mercados, que não iam muito bem das pernas antes da "Surpresa de setembro".

http://www.estadao.com.br/economia/not_eco250702,0.htm

Black Fire
Gato OT 2011
# set/08
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Por que ninguém fala sobre isso
: http://en.wikipedia.org/wiki/Community_Reinvestment_Act ?

r2s2
Veterano
# set/08
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http://www.projetobr.com.br/web/blog?entryId=9173

Black Fire

Siceramente? Nem sei o q é isso!

Ronin
Veterano
# set/08
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Jio-kun
O risco de um grande resgate era que isso fizesse os investidores pensarem que os bancos estavam numa enrascada ainda maior do que aparentavam. Henry M. Paulson Jr., o secretário do Tesouro, tentou estruturar esse resgate sob a forma de uma aquisição de ativos, de modo que os bancos, recebendo o dinheiro, não ficassem manchados por fazê-lo.

É impressão minha ou a questão não é sobre aprovar ou não o pacote, e sim sobre estudar uma forma de executar o pacote, liberar a grana, intervir na economia, mas fazer parecer que não?

"Ops... esquecemos estes 600 milhões aqui, que sorte aquele banco falido ter encontrado, não. Dar a ele? Claro que não... mas nos perdemos, eles acharam, nada mais justo, não?"

Jio-kun
Veterano
# set/08
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Ronin

É o que parece.

r2s2
Veterano
# set/08
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Os defensores do liberalismo dizem: Tem que ajudar, senão o mundo quebra, aí as pessoas perdem mais do que se o governo salvasse os bancos.

Ou seja, eles querem que o mundo continue refém dos especuladores e que o povão pague a conta sempre que aqueles extrapolarem tudo.

Eu não concordo. Mete o mundo numa recessão e começa de novo. Só lamento.

r2s2
Veterano
# set/08
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Ainda bem que não sou o presidente dos EUA!

Ronin
Veterano
# set/08
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r2s2
Ou seja, eles querem que o mundo continue refém dos especuladores e que o povão pague a conta sempre que aqueles extrapolarem tudo.

Como se chama o inverso de populismo?
Ou seja, um populismo voltado aos especuladores e investidores?

r2s2
Veterano
# set/08
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Ronin
Como se chama o inverso de populismo?
Ou seja, um populismo voltado aos especuladores e investidores?


Entreguismo, de quatrismo, elitismo, status quo anteismo, tomanorrabismo, subservientismo, ilha de carismo, éfe-agá-cê-ismo etc

Ronin
Veterano
# set/08
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r2s2
Entreguismo, de quatrismo, elitismo, status quo anteismo, tomanorrabismo, subservientismo, ilha de carismo, éfe-agá-cê-ismo etc

Eu incluiria o "neo-libertinismo". ^_^

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