uma composição minha. o que acham ?

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ana cris.
Veterano
# nov/08
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"Se as coisas são inatingíveis, não é motivo para não querê-las. Que tristes seriam os caminhos se não fora a presença distante das estrelas."
(Mário Quintana)

ana cris.
Veterano
# nov/08 · Editado por: ana cris.
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Sombra

Ao anoitecer sigo meu caminho
E comigo,
Sei que segue mais alguém
Que cresce repentino
Nunca podendo o ver
Mas adoraria conhecer tua face
Pois ouço teus passos
Em meio à escuridão
Eu contemplo teus vultos
E o anseio
Dizendo: mostra-te a mim,
Morte ou alma do mal
Aparece-te!
E toma-me à tua sombra.

natyhc
Veterano
# nov/08 · Editado por: natyhc
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SHOWWWWWWWWWWW ALGUMAS ME
FAZ LEMBRAR AS MÚSICAS DO DANCE OF DAYS!!!!!
BJUSSSSSSSS


Tento pensar em coisas
Que não me deixem lembrar
Das noites em que
Fiz planos para
Trocar os meus olhos
Por estes restos de comida e
Cinzas de cigarro molhadas
Impressas no tapete
Em festas que estive
E ninguém me viu
Atirar bolo aos peixes

Pra que teorizar sobre estar só
Se o inverso de ser feliz
É a certeza de saber que
Nem sempre temos
Respostas que queremos ouvir?

Então me liga! - ela disse
Na verdade sequer lembra o meu nome
Ligo sim... é claro. – respondi
Acabo sempre ligando

"Sabe, hoje talvez passe
aquele filme que eu gosto tanto..."

É eu podia ser gentil
E perguntar coisas fúteis,
Mas o que eu queria mesmo
É ter um copo de água suja
Pra beber e parar de fingir
No saber se o vazio é bem maior
Agora que sabemos ter feito
O melhor pra nós dois
E deixamos tudo mais pra depois.

Sabe,
Às vezes, penso mesmo que dizer
Â"deixa pra láÂ" cansa menos
e você?

ana cris.
Veterano
# nov/08
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cuma
Muita saudade de você ;D

cuma
Veterano
# nov/08
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ana cris.

eu tambem, quero mto falar com vc, te adorooo...

ana cris.
Veterano
# nov/08
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cuma
Ai, meu Deus! Como você me faz tanta falta, Marcelo ;D
Amo você, beijooos.

PS: Também quero conversar com você.

eduardo_du
Veterano
# nov/08
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Sem lástimas nem resignações às minhas desventuras com computadores, estou de volta.
Beijos e abraços.

ana cris.
Veterano
# nov/08 · Editado por: ana cris.
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eduardo_du
Que bom que você voltou, Eduardo ;D
Você faz muita falta aqui e eu senti saudade.
Bom, meu computador também anda louco, mas logo que entrar de férias vou ter mais tempo para escrever e postar minhas poesias, tenho uma pronta aqui, mas não vai dar para postá-la agora.
Um beijo pra você.

eduardo_du
Veterano
# nov/08
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ana cris.
Obrigado pelas cortesias de recepção Ana, eu também não estou em momentos de colher palavras da lua, tenho dois poemas prontos mas ainda hei de edita-los.
Que epidemia! Tomara que volte ao normal logo.
Também senti saudades de ti querida, outro beijo pra ti.

ana cris.
Veterano
# nov/08
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Cálice Transbordante

Avistava-se de longe
Algumas plumas brancas
Pairando sobre o céu
Escuro pela noite

E também via-se
Descer um corpo
De inexplicada metafísica
E lastimável estado

Comtemplava-se ali
O enterro de uma alma
Que pediu socorro
E rasgou-se até sangrar

Um nobre demônio
Que invocou, ali chegara
Pondo a mão sobre tua cabeça
Sussurou: tu és minha
Então a levou contigo

Deixando o amanhecer arder
E algumas plumas no chão
Vermelhas como o sangue
Violetas como o vinho.

eduardo_du
Veterano
# dez/08
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ana cris.
Ana, não hei de lhe valer com adjetivos, pois não quero-te desmerecer de tamanho brio.
Que estas palavras ali ditas sejam dignas e suficientes do louvor meu à tua poesia.
Beijo encantadora Ana.

ana cris.
Veterano
# dez/08
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eduardo_du
Você é sempre tão incrível, Eduardo. É uma grande honra receber tal comentário de sua parte, sendo você fantástico escritor de versos encantadores. Beijo.

eduardo_du
Veterano
# dez/08 · Editado por: eduardo_du
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ana cris.
Honrado sou agora por receber tais elogios de vossa mercê, obrigado. Que bom que é de teu agrado minhas sinceras palavras e meus pensamentos devotos à grande poesia, que assim é a tua, assim eu a elogiarei, não por compromisso pároco, mas por verdadeiro encanto.

eduardo_du
Veterano
# dez/08
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E quanto à minha poesia, estou num momento de inovação. Tendo novas sensações e lendo outras cousas dignas, e ouvindo nova música, ou a velha como nova.
Um discreto abraço.

ana cris.
Veterano
# dez/08
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eduardo_du
Ontem foi meu último dia de aula, merecedor descanso há por vir logo, pois ainda estou tendo aulas e lecionando inglês. Talvez tenha mais tempo agora para escrever, quem sabe sair um pouquinho de casa para me inspirar, mesmo que por aqui perto. Meu coração anda cheio de amor sincero, mas como de gênio do meu ego estou um tanto revoltada, entenda, eu tenho um ar revolucionário, (talvez isso seja bom), eu estou sempre em busca de liberdade - o que me fascina. Sem ter onde escrever meus pensamentos acabei por gravá-los num guardanapo a qual imagino ter perdido, espero não, caso o encontre lhe conto. Um grande abraço e beijo, de sua sincera admiradora Ana.
Ps: Conto o tempo para poder contemplar novas palavras tuas.

Chespirito
Veterano
# dez/08
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ana cris.

Quanto tempo vc compõe?

ana cris.
Veterano
# dez/08
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Chespirito
Quase três anos.

Chespirito
Veterano
# dez/08 · Editado por: Chespirito
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ana cris.

Quase três anos.

Dê onde vem essa inspiração?

ana cris.
Veterano
# dez/08 · Editado por: ana cris.
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Chespirito
edit post*

ana cris.
Veterano
# dez/08
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Chespirito
Eu escrevi minha primeira poesia há uns anos atrás, desde então não parei. Minha maior inspiração é o meu amor. Mas dentre outros, eu escrevo sobre coisas que eu gosto, que eu vivo, me inspiro em autores que leio, as coisas que observo, que aprendo, que concateno a minha vida.

Chespirito
Veterano
# dez/08 · Editado por: Chespirito
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ana cris.

Ah tá, parabéns pelo seu trabalho!!!

ana cris.
Veterano
# dez/08
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Chespirito
Muito obrigada ;D

eduardo_du
Veterano
# dez/08 · Editado por: eduardo_du
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ana cris.
Ditosa Ana, disse-me que fôra teu último dia de aula mas que continua as tendo. Não compreendo...
Ah liberdade!
O fascínio do poeta, o medo do capitalista, a condição dos deuses, o desejo do músico, a razão e morte do eterno enamorado.
Tão falada, nunca vista, tão aspirada, nunca apalpada, tão linda no horizonte, horizonte que se perde em auroras aleatórias, flor sem espinho, flor leve, flor do vento.
Enfim, cega. Nem existe, mas é tão bom fingir.
Acho que o que vale é a esperança.

Estou igualmente ansioso pelo teu apaixonado guardanapo guardião do digno amor que sinto que têm.

Espero escrever também, mas por enquanto acho difícil Ana querida, obrigado por admirar essa silhueta comum.
Beijo.

eduardo_du
Veterano
# dez/08
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ana cris.

SONETO DE AMOR

Amor, amor, as janelas se fecham
Pra nunca mais abrir, jamais refletir
E os olhos cegos, tão cegos te cegam
Mas o teu coração ainda posso sentir

As loucas plumas que pairam no ar
São Omo doce brisa e teu sorriso
Entre tuas luas e meu luar
Os anjos flertam no paraíso

O pássaro canta em minha janela
Uma canção que aproxima alegria e dor
Dentre as poesias e os suspiros de amor

Onde está a flor que trouxestes pra ela
E onde está o segredo do amanhecer
Debaixo do travesseiro os vou esconder.


Pra lembrar as belas cousas já escritas aqui.

slash_web
Veterano
# dez/08
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filha vai no DIVULGE SEU TRABALHO

ana cris.
Veterano
# dez/08
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eduardo_du
Minhas aulas na escola se puseram a terminar, mas no ccaa meu trabalho e estudos continuam.
Muito obrigada, também me admirei um tanto deste soneto.

Um beijo.

Ps: não encontrei meu guardanapo, mas lembrei-me de seus escritos, que aqui vos posto em seguida.

ana cris.
Veterano
# dez/08
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As pessoas passam
em nossas vidas
Muitas se vão
e poucas ficam
Os dias concatenam
voando livres
Mas o amor sincero
pra sempre vive.

(Palavras à solta sobre um amor sincero)


ana cris.
Veterano
# dez/08
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Amor Desmedido

Deslizavam os meus dedos
Pelos teus cabelos negros
E sussurrava baixo e lírico
Bem perto do teu ouvido
Vendo o sol por dentre o reino
Resplandecer em nossos corpos lívidos
Próximos para um (último) beijo
Distantes quando despedidos.

eduardo_du
Veterano
# dez/08
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PROCURA DA POESIA

Não faças versos sobre acontecimentos.
Não há criação nem morte perante a poesia.
Diante dela, a vida é um sol estático,
não aquece nem ilumina.
As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.
Não faças poesia com o corpo,
esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica.

Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro
são indiferentes.
Nem me reveles teus sentimentos,
que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem.
O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.

Não cantes tua cidade, deixa-a em paz.
O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas.
Não é música ouvida de passagem, rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma.

O canto não é a natureza
nem os homens em sociedade.
Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam.
A poesia (não tires poesia das coisas)
elide sujeito e objeto.

Não dramatizes, não invoques,
não indagues. Não percas tempo em mentir.
Não te aborreças.
Teu iate de marfim, teu sapato de diamante,
vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família
desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável.

Não recomponhas
tua sepultada e merencória infância.
Não osciles entre o espelho e a
memória em dissipação.
Que se dissipou, não era poesia.
Que se partiu, cristal não era.

Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.

Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?

Repara:
ermas de melodia e conceito
elas se refugiaram na noite, as palavras.
Ainda úmidas e impregnadas de sono,
rolam num rio difícil e se transformam em desprezo.

Carlos Drummond de Andrade.

(Não era essa Ana, ainda não achei aquela, mas ler-se-á essa não menos digna e bela).

ana cris.
Veterano
# dez/08
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eduardo_du
Muito lindo, Eduardo. Eu fico sem palavras para descrever tal poesia.
Realmente, palavras não são suficientes.

Logo que o encontrar, então, terei o prazer de lê-lo.
Um beijão.

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