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rhoadsvsvai Veterano |
# nov/18 · Editado por: rhoadsvsvai
Primeiramente, falo aqui em um contexto de rock, nada erudito ou progressivo. Principalmente guitarra, e quando falo em composição não estou falando em letra.
Componho instrumental de musicas quase que diariamente, principalmente nos últimos tempos, e quando a gente faz muito uma coisa a gente começa a perceber nossos pontos fortes, porém sobretudo nossos pontos fracos.
Eu geralmente estou tocando, derrepente tenho aquela luz, aquela ideia, fico ansiosíssimo", gravo, crio linhas de bateria no midi, faço linhas em torno dessa ideia, e crio outras partes que encaixam com ela, a ideia pode melhor se encaixar como uma introdução, um verso, um refrão ou qualquer outra coisa, eu crio em torno dela.
porém... sempre que termino o primeiro refrão, eu sinto um grande branco, parece que o amor acabou, eu resisto a ideia de simplesmente copiar e colar tudo dai pra frente, mas tenho muita dificuldade em pensar em pontes, quebradas e outros e mecanismo que evitem a repetição tediosa sem ao mesmo tempo fazer a musica perder a coesão dela.
a impressão é quando a gente começa a criar temos um grande branco, onde podemos fazer o que vem entendemos, porém ao começar a escrever a historia, se fica cada vez mais prisioneiro dos fatos que foram já escritos, no caso, da harmonia, do ritimo, é possivel fugir, mas é dificil faze-lo, caso mal feito, fica uma historia sem pé nem cabeça etc.
sugestões?
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entamoeba Membro Novato |
# nov/18
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Tem que ver o que te incomoda, as saídas são muitas:
fazer um mini solo depois de cada refrão; retomar a base com arranjo diferente; fazer uma ponte com compassos diferentes (Tool faz isso muito bem); retomar a música em outro tom; começar com uma linha de baixo simples e retomar com uma linha de baixo mais elaborada; começar com uma linha de bateria mais simples e retomar com uma linha mais elaborada etc.
Tem uma técnica de criatividade que diz: modifique, elimine, substitua, combine, rearranje, adapte e inverta. Uso muito na música. .
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rhoadsvsvai Veterano |
# nov/18
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entamoeba suas dicas são interessantes, mas tenho bastante dificuldade de aplicar sem perder a coesão.
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fernando tecladista Veterano |
# nov/18 · Editado por: fernando tecladista
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nada erudito ou progressivo porém... sempre que termino o primeiro refrão, eu sinto um grande branco, parece que o amor acabou muita dificuldade em pensar em pontes, quebradas e outros e mecanismo que evitem a repetição tediosa
mas ai se colocar muita firula quebras e etc... fica o risco de se tornar progressivo se sua ideia é que soe mais pop, que te ficar entre 3 e 4 minutos, uma ponte de 4 compassos 8 no maximo, entre a estrofe e o refrão, e sim vai repetir talvez colocando a virada da bateria diferente, uma leve convenção ou uma mudança de tom acima como você não quer que soe progressivo tem que apelar pra recursos de música pop
tá divulgando, canal de youtube, SoundCloud ou que seja, porque ficar gravando em casa e enfiar na gaveta pode dar nisso, precisa ter um feedback
brinque com ela nessa minha, primeira versão que fiz achei muito cheia de frescura, solos.. coisa que músico gosta, teclado fritando efeitos, mas publico final não então refiz, deixei o tema curto, cortei uma parte de enrolação e comecei a brincar com a bateria para tirar o tedio dela, entra caixa, volta, some bateria, volta, sai caixa novamente...
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rhoadsvsvai Veterano |
# nov/18
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fernando tecladista muito bacana essa sua musica! deixei meu like lá!
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entamoeba Membro Novato |
# nov/18
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rhoadsvsvai tenho bastante dificuldade de aplicar sem perder a coesão.
Tem que ver o que está causando essa perda de coesão, se é uma questão de timbre, de ritmo, de harmonia, de perda de "massa sonora".
É natural que a volta do refrão seja meio broxante, já que o refrão é o ápice da música. Eu recomendaria escutar músicas em que você considere que isso não acontece e tentar identificar os recursos que foram utilizados para manter a coesão, tentar achar o elemento coesivo.
Algumas estruturas que podem funcionar, e que não fogem do pop, como o fernando tecladista disse:
verso limpo refrão com distorção verso com distorção.
verso sem bateria refrão com bateria verso com bateria.
refrão com todos os instrumentos parada, com uma frase no baixo verso com todos os instrumentos.
verso com caixa no tempo 3 (4:4) refrão com caixa nos tempos 2 e 4 verso com caixa nos tempos 2 e 4.
verso refrão verso com um fraseado de guitarra.
verso refrão verso com baixo pulsante.
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rhoadsvsvai Veterano |
# nov/18
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Eu recomendaria escutar músicas em que você considere que isso não acontece e tentar identificar os recursos que foram utilizados para manter a coesão, tentar achar o elemento coesivo.
boa dica, parece ser o caminho, vou fazer isso, obrigado!
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Lelo Mig Membro
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# nov/18
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rhoadsvsvai
Tenho um método de compor, diferente do seu, então acho que minha forma não lhe será muito útil, mas, vou descrever, talvez sirva para alguma coisa...
Na maioria das vezes, me vem um frase, parte, lick, solo, riff... não importa, mas é algo que "vem de graça" do nada, e que costumo chamar de "parte inspirada".
Quando a "parte inspirada" vem, eu gravo fazendo o som com a boca, porque se tentar tirar num instrumento na hora já vira outra coisa e já estraga tudo... Depois, tiro igualzinho nos instrumentos, arranjo, e deixo "praticamente" pronto tudo que imaginei...(guitarra, baixo, bateria, teclado, o que for...)
Mas, esta parte, sempre é muito pouco para uma canção... daí prá frente, ou prá trás, ou para todos os lados, todo resto é trabalho ducão.
Aí começa um processo que as vezes a canção sai em 1 hora, ou meses......as vezes tenho de esquecer por um tempo, e retomar muito depois.
Meu maior problema ERA lidar com a ansiedade, querer terminar a música rapidamente e acabar cagando uma boa ideia, ou desperdiçando um riff sensacional numa canção medíocre.
Quando consegui lidar com isso, e entender que não havia problema algum ter 200 trechos incompletos, consegui fazer músicas que considero boas.
Pego uma delas, ouço, deixo as ideias fluirem, vou "colando" os cacos de ideias que aparecem, somados a improvisos e coisas que acontecem sem querer e a música vai tomando forma.
Chega uma hora que ela tem um corpo definido, uma forma, aí é só "colorir", não há mais perigo de estragar a essência.
Abraço!
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MatheusMX Veterano |
# nov/18
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Meu esquema é parecido com o do Lelo Mig. Porém, ainda tenho pouca experiência com composições. Mas a forma como tenho trabalhado é essa... às vezes estou tocando de boa, tomando um whisky, aí vêm "aquela idéia". Eu gravo a guitarra na hora, depois já mando uma batera no EzDrummer, gravo a linha de baixo, e fecho a mix desse trecho. Daí fica um tempão lá esquecida e incompleta, mas de vez em quando pego pra ouvir esses trechos e vêm novas idéias pra ir completando. É um processo bem lento. Meu album com umas 10 músicas deve demorar uns 3 anos pra sair, rs.
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rhoadsvsvai Veterano |
# nov/18
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Lelo Mig gostei da sua metodologia, vou experimentar.
MatheusMX É um processo bem lento. Meu album com umas 10 músicas deve demorar uns 3 anos pra sair, rs. kkkkkkkkkkk
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