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Adler3x3
Veterano |
# dez/16 · Editado por: Adler3x3
Por que muitos músicos e compositores deixam de produzir boas músicas com o passar do tempo a medida que envelhecem e outros quanto mais velhos ficam, mais música de qualidade fazem?
Depende do estilo?
Varia de pessoa para pessoa?
A perfomance instrumental e vocal decaí pelo efeito da própria natureza?
E alguns sabem conviver bem com isto e outros não?
Não é uma regra geral?!?!
Como explicar?
Exemplos:
01- Beethoven fez as suas melhores composições perto da morte, e no decorrer da vida sempre compôs bem.
02- O John Fogerty do Creedence nos anos 60 e 70 criou rifs e rifs uma sucessão incrível de músicas boas, e depois...
03- O Vangelis sempre produziu boa música, e não será nenhuma surpresa se a qualquer momento lançar uma nova obra prima.
04- E existem inúmeros outros exemplos, músicos que pararam de produzir música boa, e outros que se renovam.
05- Muitos compositores digamos, passam por fases, que depois dá para fazer uma análise, dos períodos de criatividade e evolução musical.
Em outros casos não dá para entender o que aconteceu.
6 - Ou existe a música mais datada que fazem quando jovens, aquela rebeldia, o ambiente, o clima daquela década, que depois não pode mais ser reproduzida por quem quer que seja.
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acabaramosnicks
Membro Novato |
# dez/16
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Os motivos podem ser infinitos, mas quase sempre são muito particulares, não tem como generalizar ou colocar regras e tendências. Música é uma coisa muito orgânica, entra muita quebra de paradigma na música, então cada caso é um caso.
Fazendo um paralelismo: tem gente que fica mais velho e fica mais sábio, tem gente que fica mais velho e fica mais chato.
Tem gente que adoece e fica com complexo de braço quebrado, fica de muletas pra tudo na vida pela vida toda. Tem gente que adoece e se adapta para viver de uma maneira diferente juntamente com a doença, cria métodos para executar determinadas coisas.
Vamos às especulações.
01 - Beethoven
Como dito, ele sempre fez ótimas composições durante a vida toda. Ele começou a "falhar" quando ficou surdo e meio biruta, vazou óleo da cabeça, perdeu-se uns parafusos... tavelz a nova visão de mundo, a nova maneira de experimentar e abordar as coisas é que fizeram ele criar as melhores obras no final da vida, quando conseguiu se reestabelecer depois da crise.
02 - Creedence
Acredito que neste caso o problema foi que ele nunca "saiu da caixa", ficou sempre com os mesmos tipos de pensamento, ficou engessado.
03 - Não conheço esse
04 - Pink Floyd
Desculpa, mas os albuns antigos foram muito melhores que esse novo aí. Talvez seja culpa das drogas.
05 - Metallica
Desculpa, de novo. A banda tem um som totalmente diferente do que era antes, então os puristas não gostaram, escutaram os novos CDs com uma certa espectativa. Mas os novos CDs tem um monte de música boa SIM.
06 - Iron Maiden e ACDC
Os caras não fizeram nada de novo ultimamente. As músicas novas são boas, mas tem a mesma cara das antigas, meio que não dá muito gosto de escutar, parece tudo a mesma coisa. É mais ou menos o caso do Creedence.
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Adler3x3
Veterano |
# dez/16 · Editado por: Adler3x3
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acabaramosnicks
O Tom Jobin, Villa Lobos, Cartola, são exemplos de bons compositores ao longo da vida.
Pink Floyd
Concordo gosto mais dos primeiros Álbuns, eles influenciaram muita gente.
Mas o problema é que a formação do grupo mudou.
Vangelis
Você já deve ter escutado muita coisa boa dele, principalmente das músicas incluídas em filmes.
Realmente acho que você esta certo em afirmar que existem infinitas possibilidades de explicar o que acontece, cada caso é um caso.
Mas...
De certa forma tem alguns estilos, ou música de natureza mais jovial, que depois que a pessoa envelhece não tem como mais fazer com a mesma qualidade ou espontaneidade.
Ou existem estilos que são mais adaptáveis, ou até mais complexos que mesmo décadas depois podem ser feitos como música atual.
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Jube
Veterano |
# dez/16
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Adler3x3
Mas...
De certa forma tem alguns estilos, ou música de natureza mais jovial, que depois que a pessoa envelhece não tem como mais fazer com a mesma qualidade ou espontaneidade.
Seria o rock um desses estilos?
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Adler3x3
Veterano |
# dez/16 · Editado por: Adler3x3
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Juve
Seria o rock um desses estilos?
parece que sim.
Não tem como fazer algo mais autêntico, espontâneo e criativo usando o estilo do rock dos anos 50, a tal da rockabilly (rockhabilidade, não sei a grafia correta).
Uma música nova feita neste estilo vai soar datada demais pelo menos para mim, mas para quem nunca escutou nada neste estilo pode soar nova.
E o paradoxo é que tem muitas antigas de séculos anteriores que nunca escutamos, e pode ser boa o suficiente para parecer algo novo para nós.
Então o novo pode ser relativo.
Mas por outro lado existem muitas variações e até inovações que se pode fazer no estilo como um todo, difícil dizer.
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acabaramosnicks
Membro Novato |
# dez/16
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Adler3x3
De certa forma tem alguns estilos, ou música de natureza mais jovial, que depois que a pessoa envelhece não tem como mais fazer com a mesma qualidade ou espontaneidade.
Levando em consideração que o rock é jovial, tem o caso do ACDC que eu citei, os caras continuam fazendo músicas muito boas e tocando como se tivessem 20 anos de idade.
Porém, não fizeram nada de novo. As composições que antes eram muito fodas, hoje são mais do mesmo.
E o paradoxo é que tem muitas antigas de séculos anteriores que nunca escutamos, e pode ser boa o suficiente para parecer algo novo para nós.
Então o novo pode ser relativo.
Inovar é fazer um som que as pessoas não estão acostumadas a escutar. As vezes você pode encontrar um som "novo", na verdade incomum no seu estilo, dentro de outro estilo, que pode ser novo ou não.
Voltando ao caso do ACDC, as músicas deles continuam boas, mas não inovaram.
Fala-se em rock e pensa: guitarra, bateria e baixo. Já pensou em colocar uma harpa no meio? Seria invoador, se vai dar certo ou não é outra história.
Já tentou colocar escalas, cadências e intervalos de jazz no meio? Tem o Revocation (death metal) que faz isso, é uma inovação que deu certo.
Vamos nos recordar também que o teclado foi uma inovação no rock que hoje é normal. Antigamente o teclado ear a versão eletrônica do piano, que era um instrumento quase que exclusivamente erudito, depois foi ficando mais popular, até que alguém resolveu inovar e colocar isso no blues, de depois ele acabou aparecendo também no rock, e hoje tem no metal e em tudo o que vc imaginar.
As vezes basta um arranjo novo para inovar o suficiente para se manter no mercado por mais tempo. Tem o Natiruts, por exemplo. Eles tocam reggae, mas continuaram muito tempo estourando quando resolveram pegar as mesmas músicas de sempre e mudar o arranjo, colocaram mais instrumentos de sopro, mudaram o arranjo pra colocar 3 violões, percussão mais completa e cheia, colocaram xilofone e ficou muito bom, etc...
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JJJ
Veterano
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# dez/16 · Editado por: JJJ
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Adler3x3
Lamento não concordar contigo, caro colega.
Acho que os casos que você citou são apenas as exceções que confirmam a regra...
Particularmente, as bandas principais pro meu gosto (TODAS, absolutamente todas, as de hard rock e de rock progressivo setentistas) entram no rol daquelas onde, na média, a primeira metade dos álbuns (eventualmente apenas retirando um ou dois iniciais, quando a banda ainda não tinha encontrado o seu "som"), é bem melhor que a segunda metade...
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acabaramosnicks
Membro Novato |
# dez/16
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JJJ
Então vc acha que depois que o cara fica velho fica mais difícil produzir musica boa? Pq se for seguir esta lógica, beethoven foi meio que o contrário, mesmo velho ele mandava bem, e no final da vida é que vieram os golds
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JJJ
Veterano
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# dez/16
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acabaramosnicks
Eu acho que tem vários aspectos...
1-as ideias "inovadoras", "revolucionárias", etc, ficaram pra trás;
2-fica-se, de modo geral, mais técnico e menos inspirado;
3-a grana já veio, então, muitos fazem só mais do mesmo, pra manter a clientela;
4-a pressa é inimiga da perfeição - as primeiras musicas tiveram anos de maturação, as ultimas tem que ser feitas correndo porque o produtor está no pé dos caras.
Enfim... "n" motivos. Ainda assim, há exceções, claro. Mas que, pra mim, só fazem confirmar a regra.
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acabaramosnicks
Membro Novato |
# dez/16
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JJJ
1-as ideias "inovadoras", "revolucionárias", etc, ficaram pra trás;
Na maior parte dos casos é verdade. De novo trago o exemplo do ACDC. Daí cabe ao músico reiventarse, inovar, buscar novidades, escutar coisas diferentes e arriscar tocar fora da zona de conforto
2-fica-se, de modo geral, mais técnico e menos inspirado;
Isso é verdade... acho que a paixão vai acabando, né? rsrsrs
3-a grana já veio, então, muitos fazem só mais do mesmo, pra manter a clientela;
Isso vai da pessoa querer tipo manter o emprego ou realmente ser um musico inovador. Ser alguém ou ser só mais um. Acho que isso acaba aparecendo em toda profissão.
4-a pressa é inimiga da perfeição - as primeiras musicas tiveram anos de maturação, as ultimas tem que ser feitas correndo porque o produtor está no pé dos caras.
Isso depende da banda, depende de quanto que os caras estão na coleira do produtor. Muitas vezes as primeiras músicas na verdade saem sem querer, tem o lance da inspiração envolvido.
Então acho que, como em qualquer carreira, a tendência é essa mesmo, passa o tempo e o cara vai ficando cada vez menos músico. Talvez por isso que o negócio seja não ser músico profissional? Pra não perder o tesão, a paixão?
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JJJ
Veterano
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# dez/16
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acabaramosnicks
Talvez por isso que o negócio seja não ser músico profissional? Pra não perder o tesão, a paixão?
Acho que agora você está querendo criar polêmica... kkkkkk
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