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ricolb Veterano |
# jul/12 · Editado por: ricolb
Este é um rápido artigo que elaborei para uma apostila que usei em um Workshop que tive a honra de conduzir, espero que o assunto possa interessar. Fiquem a vontade para opinar, se quiserem. ABÇS!
Improvisação - Conceito:
Improvisação – Segundo os dicionários, improvisar é “inventar,” preparar de repente.
“Improvisar é criar algo inédito ou transformar alguma coisa existente, no momento da sua execução.”
Requisitos para improvisar:
1 – Ser criativo; 2- Utilizar-se de boa técnica; 3- Manter a sensibilidade.
1-Criatividade ( O que fazer)
A Criatividade é um dom que faz com que as pessoas inventem, gerem soluções ou aperfeiçoem
As soluções que já existem. Ninguém possui ausência de Criatividade, só que uns possuem mais
Do que os outros, mas todos temos ela.
Diferentemente da “Técnica” e da “Sensibilidade,” a “Criatividade está mais ligada ao nosso interior
E a nossa percepção do meio externo e suas fontes inspiradoras, do nosso “modo de ver”.
Contudo ela pode e deve ser desenvolvida nas suas várias faces:
Falando rápido a respeito de algumas “faces” da Criatividade, todos nós temos mais desenvolvidas
Uma ou outra face dela, por exemplo:
Faces/ Quantidade/ Qualidade/ Prós/ Contras Sábio >50% Excelente Excelentes ideias Cria Pouco Alquimista + ou – 50% Boa/Excelente Melhora as ideias Média Tolo <50% Média a ExcelenteTransborda ideias Baixa
Como pode ser visto, a “face do tolo,” diferente do que se pode imaginar, é tão importante quanto
A do “Sábio,” pois é o indivíduo que sempre tem novas ideias, ideias boas e ideias não tão boas, mas
Que podem ser melhoradas pelo lado “Alquimista” ou “Experimentalista” da pessoa.
2-Técnica ( Como fazer )
A técnica é o conjunto de recursos mecânicos, físicos e habilidades motoras que vão facilitar a execução
De uma ideia. Esta é a parte que é mais perseguida pelos músicos, porém ela não é a mais importante,
Ela deve ser usada como um meio de demonstrar aquilo que está dentro da sua mente e coração e não
Como sua “principal arma musical.” Este também é o quesito que mais depende da sua dedicação e atenção.
3-Sensibilidade ( Quando fazer )
A sensibilidade muitas vezes é conseguida a base da “força”, na verdade alguém impõe regras
Para serem seguidas e aí tudo funciona como deveria. Em um mundo ideal todos deveriam respeitar
O seu espaço e o espaço dos outros. Trazendo para o âmbito musical, existe momento para tudo,
Existe o momento de “acompanhar” e o momento do “solo,” o momento “vocal” e o momento
“instrumental.” Quando a coisa acontece de forma improvisada, os integrantes do grupo ou banda
Devem se policiar e ficarem atentos uns aos outros para que não hajam excessos e para que seja promovida
A “coesão” sonora do grupo, é aí que entra a sensibilidade, saber começar, saber parar ou pausar
E respeitar as demais vozes e instrumentos do grupo.
Então:
O que deve ser feito na música = A Criatividade vai dizer!
Como deve ser feito = A técnica vai lhe mostrar!
Quando deve ser feito = A Sensibilidade vai dar o toque!
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carlcarl Veterano
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# jul/12 · Editado por: carlcarl
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ricolb estou 100% de acordo e acrescento que uma parte importante no processo de improvisação é conhecer e dominar seus limites(tanto maximo quanto minimo) abç Carl
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rhoadsvsvai Veterano |
# jul/12
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ricolb é acho bem importante esse texto , muitas pessoas esquescem que acima de tudo improvisação musical é algo extremamente pisicologico , e esquescem que alem da vizão puramente instrumental do assunto , é bom ter dominio de outras formas de ver.
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ricolb Veterano |
# jul/12
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carlcarl Obrigado por prestigiar o artigo. A idéia dele é passar algo que sirva pra qualquer área da música. ABÇS!
rhoadsvsvai muitas pessoas esquescem que acima de tudo improvisação musical é algo extremamente pisicologico Obrigado pela sua participação! E falando nisso, a gente observa o uso indiscriminado da técnica, busca-se muito mais a perfeição técnica, do que os outros atributos e sensações que uma boa improvisação pode proporcionar ao ouvinte ou executante. Aqui eu tento chamar a atenção para esses 03 "pilares" sem ordem de importância individual, mas como uma base forte quando trabalhados conjuntamente. ABÇS!
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soruji Veterano |
# jul/12
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observa o uso indiscriminado da técnica, busca-se muito mais a perfeição técnica, do que os outros atributos e sensações que uma boa improvisação pode proporcionar ao ouvinte ou executante.
Eu percebo isso muitas vezes, até mesmo em obras do grande gênio Oscar Peterson (pianista de jazz), onde se é utilizado muita técnica, mas pouca sensibilidade. Ele foi um grande virtuose do jazz, mas às vezes tinha um toque de prolixidade em suas músicas.
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ricolb Veterano |
# jul/12 · Editado por: ricolb
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soruji mas às vezes tinha um toque de [i]prolixidade em suas músicas. [/i] Caramba! Falou difícil, hein?! Tive que recorrer ao dicionário agora!
Desculpem a minha generalização, mas eu percebo que nos preocupamos e atentamos muito mais para o visual: Uma bela digitação de escala, articulação de dedos e pulsos, a elegância da pose e empunhadura do instrumento do que com o sonoro e aquilo que ele deve conter: Criatividade, sentimento, dentre outras coisas.
ABÇS!
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