fabricio92 Veterano |
# jun/12
Admito que, desta vez, não baixei antes de comprar; fui direto à loja e adquiri meu CD original, porque com SLASH não tenho medo de errar. Cheguei em casa e pus no sonzão da sala no volume mais alto. Estou surpreso e tentando digerir tudo o que ouvi - várias vezes - até agora. Vamos lá... A faixa-título abre o álbum e já na introdução temos uma das marcas registradas do cartoludo: um pedal wah-wah marcando a introdução e ditando o rumo da canção, com riffs simples e matadores, além de linhas vocais fantásticas por parte de MYLES KENNEDY (ALTER BRIDGE).
Chega então "One Last Thrill", uma faixa acelerada e pesada, com os vocais malucos do MYLES ditando as regras. Aliás, vale citar dois pontos: um deles é que neste álbum SLASH mostra um entrosamento fantástico com a banda que o acompanhou na turnê de seu primeiro álbum e que gravou este com ele, o que faz o conjunto soar mais como banda do que no trabalho anterior; o outro é que, sem sombra de dúvida, este é o álbum mais pesado que SLASH gravou na vida. Meu Deus, é absurdo como ele fez este álbum pesar toneladas nos ouvidos. Trabalho fantástico!
"Standing in the Sun" é o segundo single do álbum e abre com um riff que, de início, parece uma "Detroit Rock City" esculhambada, mas toma um rumo delicioso de ouvir com a entrada da bateria de BRENT FITZ e do vocal calmo, mas poderoso, de MYLES KENNEDY, crescendo no refrão e mostrando que é uma daquelas que todos cantaremos juntos e pulando nos shows do cara no final deste ano. "You're a Lie" tem cara do que é: música nova, atual. Não que isso seja tão bom quanto possa parecer; apesar de ter sido a escolhida como primeiro single do álbum (tendo sido lançada antes mesmo do próprio álbum), ela parece algo do "Chinese Democracy", de sua antiga casa - é óbvio que, ainda assim, com qualidade e vocais incrivelmente superiores, e com um refrão que com certeza será entoado a plenos pulmões nos shows.
"No More Heroes" começa marcada na bateria e tem um clima mais introspectivo, o que contribui bastante, mas essa está longe de ser um destaque, ao contrário de "Halo", que tem uma levada diferente e interessante, algo que lembra o METALLICA pela quantidade de riffs numa mesma canção, exceto pelo vocal de MYLES, que é algo absurdo. As notas que ele alcança nessa canção, em particular, são absurdamente maravilhosas e emocionantes. Aliás, ele está muito solto neste disco, livre pra criar ao lado de SLASH. O resultado é divino, e dizer que MYLES é um dos melhores vocalistas da atualidade é chover no molhado.
"We Will Roam" tem um riff introdutório meio "alegrinho" que começa com um vocal grave do MYLES, e um groove de bateria e baixo que dá vontade de dançar - se tocasse numa balada, eu não me surpreenderia. Entretanto, não dá pra considerar um destaque também, ao contrário de "Anastasia", provavelmente a canção mais trabalhada de todo o álbum e, na minha opinião, a melhor e a mais bonita do trabalho, bem como uma das maiores canções que SLASH compôs/ gravou/ lançou na vida. Começa com um violão que lembra muito o trabalho que ele fez no final de "Double Talkin' Jive", para depois entrar a banda junto com a guitarra elétrica, num riff construído do mesmo modo que o de "Sweet Child o' Mine", mas com uma pegada que mistura modo de música clássica ao mesmo tempo (imagine só o que deu esse riff maluco, hahaha). A pegada fica pesada nas bases e o refrão tem um vocal muito raçudo do sr. KENNEDY. Música perfeita!
"Not for me" tem um riff bem Heavy Metal que cai numa base limpa, simples e muito bela, e por cima um vocal quase sussurrado por parte do MYLES. Power ballad do álbum, lembra algo como "Starlight", mas sem tanto brilho assim. "Bad Rain" tem um sex appeal irresistível; não tem como não imaginar mulheres gostosíssimas fazendo striptease ao som dessa canção, sem mais. "Hard & Fast" cumpre o papel que o título propõe e traz alegria aos fãs saudosistas - é a faixa mais "GUNS N’ ROSES" do trabalho. Sério, o riff lembra demais o de "Move to the City", mas é mais acelerada. Não tem como não imaginar o AXL ROSE das antigas cantando essa canção, exceto no refrão, que tem mais a cara da dupla voz MYLES KENNEDY/ TODD KERNS (baixista & back vocal). Outro grande destaque do álbum.
whiplash
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