maggie Veterana |
# out/03
Banda alcança a versatilidade
Tudo ainda parece feito para um musical de Judy Garland, mas é uma delícia
Divulgação
Com uma orquestra de 42 músicos no apoio, mais uma respeitável variação de temas e de sons, Dear Catastrophe Waitress é um disco que traz o Belle & Sebastian à sua melhor forma. E qual é a melhor forma do B&S?
Bem, o grupo especializou-se em cerzir melodias com habilidade e senso de entretenimento, não muito diferente do que é a tradição da música pop inglesa. O CD é um pouco mais sombrio do que de hábito. É mais versátil também. A faixa-título, na qual o grupo se dirige à "garçonete da catástrofe", é cheia de ironia e sarcasmo, o que parece soar estranho ao estilo dancehall do B&S.
Mas tudo se encaixa com perfeição, da mccartneriana Step Into My Office, Baby, que abre o disco, à balada esquisitinha Lord Anthony, na qual a banda faz a crônica do garoto maltratado na escola, uma vingança de todos os bullied boyz.
Alguns críticos viram ecos de Billy Joel e Joe Jackson nos arranjos. Pode ser, mas é esparso. Os sebastianistas escoceses foram mais perto do que imaginamos. Em Stay Loose, estão flertando com o David Bowie setentista, em sua fase de art-rock mais mecânica, mais artificial. Delícia total.
Continua tudo tendo aquele climão de cançonetas que parecem construídas para musicais de Judy Garland, apesar de um tempero moderno. É sempre descaradamente GLS e, como tal, divertido e desopilado. (J.M.)
Pra quem não conhece, taí uma boa oportunidade!
Não é muito o tipo de som que toca nas rádios.
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