A história do Piano Jazz

    Autor Mensagem
    soruji
    Veterano
    # mai/16


    Pessoal, achei uma série de vídeos bem bacanas que contam através de trechos de músicas icônicas, a história de vários instrumentos desde os primórdios do jazz até os dias atuais. Esse do link refere-se ao nosso amado instrumento, o piano. O passeio dura 11 minutos, e as músicas vão desde Fats Waller até Robert Glasper. Vale a pena conferir.

    https://www.youtube.com/watch?v=IstFVThvo1A

    LeandroP
    Moderador
    # mai/16
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    marcando para ver depois...

    Synth-Men
    Veterano
    # mai/16
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    Não dá para acreditar que há tantas informações em apenas 11 minutos.

    Vale muito a pena ver.

    felipenove
    Membro Novato
    # mai/16 · Editado por: felipenove
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    Demais! Gostaria de aproveitar pra perguntar a quem entende bem:

    Comecei a me interessar pelo Jazz depois de algum tempo tocando pop-rock. Tenho lido e procurado muita coisa na internet. Mas sempre que se fala no estudo do jazz, vemos a famosa progressão II V I.

    Gostaria de saber se aqui há músicos de Jazz, e se há alguma regra de inversão para deixar os acordes de músicas comuns com o "colorido do Jazz".

    Acordes do tipo 7,9,11,13 é suficiente? 5+? Quartais?

    soruji
    Veterano
    # jun/16
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    Synth-Men

    Verdade. O jazz foi uma linguagem que se desenvolveu e evoluiu num espaço de tempo muito curto. As revoluções ocorreram em media, de 10 em 10 anos desde o surgimento do swing, até a era fusion. É fascinante, de fato.

    felipenove

    Sou um entusiasta dessa linguagem. Ouço e estudo, sempre que possível.

    Não sei se posso definir isso como uma regra-mor, mas a base do jazz para o piano, é tocar acordes sem a fundamental/tônica (pois essa seria a função do baixista, inclusive). Então, os acordes com cara de jazz são aqueles feitos a partir da 7ª ou 3ª do acorde. Exemplo:

    Um acorde C6/9, para ter uma sonoridade mais característica de jazz pode ser tocado dessa forma:

    Mão Esquerda: E - A
    Mão Direita: D - G - C

    Perceba que, não por coincidência, essa sequencia gera intervalos de 4ª Justas. O que podemos dizer que também é característico da linguagem jazzistica.

    Algo importante a ser ressaltado é que um acorde com um som mais cheio depende exclusivamente das tensões que você acrescenta e na variedade de notas, ou seja, quanto menos se repetir notas numa formação, mais complexo será o som desse acorde.

    Falando da progressão II - V - I:
    De fato, é uma das progressões mais utilizadas no jazz, pois ela trata de tensão e resolução (Subdominante - Dominante - Tônica). Então, ao estudar essas progressões, dá pra entender muitas coisas, como encadeamento de acordes e as tensões que são aplicadas nesses acordes (sobretudo nos acordes dominantes).

    Bom, o papo pelo visto vai ficar bom nesse tópico. Aos interessados, estarei por aqui pra tentar esclarecer dúvidas, pois também sou estudante e tenho as minhas. rsrs. No mais, recomendo fortemente esse site: www.jazzbossa.com/sabatella/

    Através dele, consegui entender muitas coisas legais sobre a linguagem jazzistica.

    felipenove
    Membro Novato
    # jun/16
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    Pois é amigo, acho que esse tópico tem tudo pra ficar poderoso!! Obrigado pelas dicas, vou executá-las e pesquisar cada vez mais.

    Já tinha passeado por esse site (jazzbossa) e alguns outros como o "descomplicandoamusica" e esse blog que tem amostras de jazzline (https://blogdomano.wordpress.com/2011/03/10/jazz-licks-bebop-lines/).

    Em relação aos tutoriais no youtube, gosto do canal "insidepiano", "masa ash", "jonny may" e outros. Mas estou me adaptando a essa nova linguagem, esse novo mundo. Sempre fui fã do metal, do rock e suas variações. Sintetizadores era pra solos e efeitos, órgãos, no máximo. Na igreja rolava alguns pianos acústicos e elétricos, mas sempre odiei piano com pads, strings, metais/sopros e etc. No teclado, minha brincadeira preferida era simular guitarras distorcidas, baixos e bateria. Parti pro caminho da produção em virtude disso e há alguns meses resolvi voltar a a me dedicar às teclas e buscar algo que realmente novo e que me trouxesse motivação.

    Encontrei no Jazz Piano! Como é viciante! Comecei ouvindo ouvindo e tentando tocar Autumn Leaves, e arquivei várias outras lindas composições.

    Como tenho banda (e ela não é de Jazz, mas de Pop Rock) tenho trazido esse "colorido do Jazz" às interpretações e estamos nos divertindo muito.

    Outside, escalas Hexafônicas, pentatônicas, modos... cada improviso a gente dá uma parada pra conversar, explicar o que cada um fez... muito legal!

    Mas pessoalmente, tenho gostado muito de tocar em casa, com um bom fone de ouvido. Recuperei essa vontade que há tempos não tinha. Só tocava com a banda e não praticava em casa, pois o que precisava fazer com o grupo eu já sabia como executar.

    À medida que fui lendo, ouvindo e vendo sobre jazz, percebi que eu não sabia nada sobre meu instrumento. Agora estou travando uma batalha pessoal pra me aperfeiçoar. Tenho exercitado os trítonos, quartais, tensões e, principalmente, o ouvido pra me ambientar com essa nova sonoridade.

    Muito obrigado pelas contribuições!

    soruji
    Veterano
    # jun/16
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    felipenove


    Bacana. Pesquise, sim. Há muita coisa interessante na internet. Muitas delas em outra língua, é verdade, mas como a música é uma linguagem universal, você acaba aprendendo também.

    Obrigado pela dica do blog, vou dar uma olhada depois. Eu leio um antigo, que inclusive pararam de postar coisas: farofa moderna. Tem muita coisa interessante lá, em termos de artistas de jazz americano, europeu, e música instrumental brasileira. Conheci inúmeros artistas por lá (Jason Moran, Esbjörn Svensson, The Bad Plus, etc...).

    Geralmente, quem passa a se interessar por jazz, já vem de outras linguagens musicais. Eu vim do pop evangélico. E quando comecei a pesquisar e ouvir jazz, fiquei fascinado pela linguagem. É algo muito abrangente. Quando se está acostumado a fazer uma tríade de C e te apresentam um C6/9, sua cabeça muda na hora. rsrs

    Tocar em casa é bacana, pois você tem tempo pra explorar, pesquisar, descobrir, porém, nunca substitua isso pela verdadeira escola que é a prática, tocar em grupo, com cantores. É a forma mais divertida e dinâmica de absorver o jazz.
    Estudar com métodos como Aebersold, ou outros play alongs é muito válido, sim, mas tocar com pessoas de verdade amplia as experiências e as possibilidades, uma vez que esse tipo de prática é mais orgânico que tocar sobre uma backing track, porque o nível de aprendizado é coletivo e simultâneo.

    Exercitar tudo isso que você falou é importante, mas mais do que apenas exercitar, é necessário tocar, sempre! É a forma mais eficaz de se ambientar a essa linguagem vasta que é o jazz.

    Estamos aí, à disposição.

    sobrevivente
    Veterano
    # jun/16
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    Marcando pra ver.

    Thiago V. Colares
    Veterano
    # jun/16
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    O vídeo é excelente! Produção muito criativa e, como disse o amigo Synth-Men, é quase inacreditável tanta informação em 11 minutos, rs...

    Abraços a todos e muito jazz :)

    felipenove
    Membro Novato
    # jun/16
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    Achei esse sobre a evolução dos solos de piano no Jazz:

    https://m.youtube.com/watch?v=RElhynCn-UU

    São 46 minutos só a primeira parte

    ThiagoMafra
    Veterano
    # jun/16
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    Cara, meramente Sensacional o vídeo!!!!!

    Eu ainda parei pra assistir os outros do mesmo coletivo...

    o de violino é estupidamente bom tb: Paganini vendeu sua alma ao diabo e virou o melhor violinista aí pergunta o que vc tem feito com a sua vida....rsrsrsrrs,

    mas o "The History of Man Moving on" é hilário demais!!!

    ThiagoMafra
    Veterano
    # jun/16
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    felipenove

    Cara, tu mora no rio? se quiser posso te indicar um professor pra vc estudar jazz com ele... ele é americano...

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