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Leo Vaz Veterano |
# fev/13 · Editado por: Leo Vaz
Transcrevendo os diálogos com o Edson no outro tópico, para uma discussão mais aprofundada:
Leo Vaz Membro citar · editar
A gente vem discutindo sobre iPad e seus aplicativos, e muitas vezes a gente lê sobre a questão da pressão (puch, peso, etc..) de um som virtual.
Bem, acho que alguns fatores influenciam: Ex.: o sample foi gravado em camadas? Um som tocado com pressão 30 tem que ser diferente daquele tocado a 127, não tão somente mais baixo (volume), mas com outras características. Isso influencia na trabalheira que dá para gerar o som, bem como no custo em memória, etc...
Outro ponto intrigante é o Dynamic Range da saída. Esse eu vou comentar com total empirismo, pois não saberia dizer tecnicamente o quão isso influenciaria no resultado final:
O Ipad, conforme apurei depois de muito custo em um site, tem 90,2dB de dynamic range, que é o intervalo entre o som mais baixo e o mais alto que uma saída pode gerar. (Fonte)
Já uma plaquinha simples, externa, como a Fast Track da M-Audio, é capaz de gerar um puch de 104dB. (Fonte)
Fico pensando que isso talvez tenha muita influência, pois, afinal é o que muitas vezes encarece o equipamento. Tem boa relação sinal/ruído, bom índice de distorção harmônica, dentre outros parâmetros, é o resultado do uso de componentes eletrônicos caros. Sample, é caro para produzir, mas se ganha com a venda em massa, ao contrário do componente eletrônico, que é caro e não se ganha tanto, proporcionalmente, ao vender em larga escala, pois cada peça é uma peça, com todos os seus custos de produção.
Continuemos a filosofar pra ver se elucidamos a velha história do sem peso, com peso...
Edson Caetano Veterano citar · votar · denunciar
Estes dias estava lendo que nossos ouvidos não entendem uma pressão sonora de mais de 70dbs? Vou correr atrás disso para ver se entendi certo mesmo ou estou viajando
Mas a realidade Léo é bem coara para mim, o iPad esta, no quesito peso, anos luz atras de um teclado top, mas que ele tem muitos pros isso ele tem
É covardia tocar o Kronos com ele, o iPad fica muito aquém então acredito que suas fontes tenham razão mesmo, mas é interessante a discussão, então o famoso peso, punch poderia ser medido ? Ai encerraria muitas discussões afinal com números ninguém discute
Leo Vaz Membro citar · editar
Edson Caetano
O que eu tenho lido a respeito, inclusive, de caixas de som, é que esse punch é determinado pelo Dynamic Range, ou SPL (acho). Que a potência é um parâmetro, medida em Watts, mas, o Dynamic Range é outro e tem forte influência no resultado. Tenho entendido isso pelo que venho lendo, mas vamos estudar e aquecer essa discussão antes de formarmos a concepção. Talvez, se tivermos no grupo um engenheiro de som, poderemos elucidar isso...
Mas, outra observação empírica: Testa uma mesma música em uma placa dedicada e na placa onboard de um micro. A diferença era mais evidente na época dos Pentium II. Mas hoje tb dá pra sentir, desde que vc use um bom fone, tipo o porta pro.
Extrai esse trecho da Wikipedia: The dynamic range of human hearing is roughly 140 dB.[7][8] The dynamic range of music as normally perceived in a concert hall doesn't exceed 80 dB, and human speech is normally perceived over a range of about 40 dB.[9] (...) The 16-bit compact disc has a theoretical dynamic range of about 96 dB[11] (or about 98 dB for sinusoidal signals, per the formula[10]). Digital audio with 20-bit digitization is theoretically capable of 120 dB dynamic range; similarly, 24-bit digital audio calculates to 144 dB dynamic range.[7] All digital audio recording and playback chains include input and output converters and associated analog circuitry, significantly limiting practical dynamic range. Observed 16-bit digital audio dynamic range is about 90 dB.[11] (...) In modern recording, this range is often limited through audio level compression, which allows for louder volume, but can make the recording sound less exciting or live(...)
Fico pensando também, se esses sons dos softwares não seriam altamente comprimidos, dando essa impressão de pouca pressão...
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silvG8 Veterano |
# fev/13
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Leo Vaz Li sobre o assunto no outro tópico e fui ficando curioso. Estarei acompanhando este tópico para ver a que conclusão o pessoal chega por aqui...
Uma experiência que eu já vi funcionar é o uso de booster analógico com instrumentos digitais dando um peso maior ao som. Será que a explicação seria a mesma?
Sou totalmente leigo no assunto para discutir mais a fundo. Boa contribuição para o FCC!
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Leo Vaz Veterano |
# fev/13
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Grande silvG8
Bom vê-lo por aqui. Um bom exemplo de qualidade de componente eletrônico é o seu DX. Acho que ele custava novo 3000 dólares, ou seja, componentes de primeira. Vou pesquisar pra saber qual a faixa dinâmica que ele trabalha, pra tentar ajudar na teoria, haja vista a pressão que ele da.
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silvG8 Veterano |
# fev/13
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Leo Vaz é o seu DX Meu DX?? É sigla pra alguma coisa?? Tenho um Moog LP e um V-Synth GT. :)
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Leo Vaz Veterano |
# fev/13
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dx7 I
Through measurement, it's clear that the 12-bit envelope value is a simple Q8 fixed-point representation of logarithmic (base 2) gain. Linear gain is equal to 2^(value / 256). The steps are particularly clearly seen in plots of amplitude for slow-decaying envelopes (todo: insert decay30.png image). This gives a total of about 96dB of dynamic range, in steps of approximately 6 / 256 = .0234 dB, which is smooth to the ear. Fonte
DX7s
A 'cost effective' alternative to the DX7II line of synthesizers. It uses the same enhanced voices as the DX7II, but is monotimbral and produces monaural sound. It has everything the DX7 has plus: 44.1kHz 16-bit DAC for improved freq. response and dynamic range
Vejam que o Dx7s, por dedução, tem mais de 96dB de DNR...
Continuemos pesquisando...
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Leo Vaz Veterano |
# fev/13
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silvG8
Hehehe, desculpa a confusão meu caro! Jurava que vc tinha um DX7 II no seu Set!
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silvG8 Veterano |
# fev/13
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Leo Vaz Nada! Sem problemas!! De qualquer forma, imagino que quase todos os instrumentos ditos "top" possuem essa mesma dynamic range...
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Casper Veterano
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# fev/13
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Range dinâmico típico de alguns equipamentos:
Música ao vivo 100-120 dB (muito alta!) CD 96dB. LP 65dB Cassete,Rolo 55-60 dB
fonte:
http://stereos.about.com/od/glossary/g/dynrange.htm
90,2dB de dynamic range é basicamente igual ao CD, eu considero mais que satisfatório.
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Leo Vaz Veterano |
# fev/13
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Casper
Mas é isso que temos no iPad, dynamic de Cd... No entanto, toque um synth ou workstation Top do lado de um cd e veja o que tem mais pressão...
Toque em um MM6 (falo por experiência e frustração no PA) e veja se aquele piano não é um CD tocando? Ouça uma banda ao vivo, e o cd no intervalo da banda e compare a pressão sonora. (não volume). As caixas são as mesmas, com o mesmo dynamic range. Mas, se o dynamic range de saída é inferior ao que a caixa de som atinge, limitaremos pelo primeiro.
Mas, enfim, acho que a discussão do "peso" não se restringe ao Dynamic Range. Ele é só um parâmetro de muitos.
Você se lembra daqueles equipamentos da década de 80, da Gradiente, que tinham uma tecla chamada "loudness"? Especificamente, naqueles equipamentos, havia uma diferença grande entre aumentar o bass ou treble e acionar o loudness. Com esse último, era possível perceber um "peso" maior na reprodução das caixas.
Outro exemplo: Liga um Mp3 genérico e um iPod no mesmo sistema de sonorização e compare. O mesmo Mp3, tudo em flat, encontre volumes equivalentes. É possível perceber um Punch maior no iPod, o que me permite inferir que se trata de circuito de saída (hardware), e possivelmente envolve o Dynamic Range, que também é fruto da qualidade desses componentes eletrônicos.
Voltando ao CD, ainda temos um agravante, o uso de compressores, limiters, que influenciam no resultado.
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