ThyagoAmaral Veterano |
# nov/12 · Editado por: ThyagoAmaral
Bom galera, quem mais falou e tirou onda desse teclado fui eu, e o tempo passou e quem acabou pegando um como muitos já sabem? Exatamente caros companheiros de fórum, eu mesmo! E como aqui no fórum tem muito pouco material sobre o Jupiter-80, vou tentar explicar um pouco do equipo sendo o mais racional possível, e evitar ao máximo me passar por um BOT (Baba ovo de Teclado).
Demorei para fazer o review (quase 2 meses depois) para poder ter tempo de usar em estúdio, ao vivo, ter mais de uma referência de som e ambientes, e mais tempo para uso (catucar) mesmo.
Bom, começar falando do básico, é um equipamento diferente de tudo que já tive falando em termo de arquitetura e GUI. É um equipamento muito bem construído (uma coisa que a Roland sempre fez bem), o teclado tem aquela cara que foi feito para durar. Bom, vou tentar dividir por tópicos para ficar mais fácil o entendimento da coisa!
Construção: Como falei lá em cima o bicho é bem cosntruído e parrudo, alguns detalhes que chamam a atenção: o Tampo do teclado é de madeira, sim madeira aquele material pesado pra @#$%, porém parece ser um laminado com um filtro UV e de espessura inferior a 6mm; O display tem uma textura diferente de um iPad e do display do M3, a tela é fosca e mais lisa, o dedo tende a deslizar com mais facilidade o que ajuda na seleção / edição de faders e knobs.
Conexões: Como todo mundo sabe o padrão ele tem, Audio outs L e R, sub out 1 e 2, todos os midis, XLR, USB padrão, nesse caso nada de destaque, destaque sim, tem, uma cagada grande da Roland, tem um jack stereo para entrada, e ai você deve ta se perguntando, para que isso? Até hoje não sei, ligar um iPod, enfim pq só serve pra isso, vc não tem controle nehum sobre ela, apenas um potenciometro de volume, esqueça jogar um reverb, um efeito qualquer outra coisa nada, Ahh pode enviar para um par de saida separada também, assim como click, ou direcionar o Audio Out da USB (sim ele funciona como placa de som externa) por outros canais. (isso é arretado) (Y).
Como controlador: Midi e Audio via USB, tranquilo amostragem dentro dos padrões, não tive problemas no OSx , não testei no Windows. Controlar via MIDI? Só bend e teclas, o resto esqueça, não envia nada dos knobs nem dos faders, esqueça. (Tipo de coisa que voce só sabe depois que compra). E por falar em Teclas, pra mim as melhores na classe dos Synths, semi-pesadas, muito legal mesmo e corrigiu aquele problema das pretas serem menores e mais estreitas que tinha nos Fantons,
GUI: (agora o negócio começa a ficar bom) Diferente de tudo que já tive e já usei, o lance é o seguinte: você tem 1900 timbres (single) que a Roland chama por um nome bonitinho de Live Alguma coisa que são os timbres padrões que você pode distruibuir pelas partes do Teclado e onde você pode juntar até quatro timbres dessa tipologia no Upper e no Lower (depois eu explico essas tal partes) e mais 2.500 "combi" que servem para o seguinte, você juntar os seus timbres com splits e todo aquele bla bla bla de que vocês já sabem. As Partes, o Jupiter ele é dividido em 4 partes "literalmente" sendo elas: Upper (canal midi 1) Lower (Canal Midi 3) Solo (canal midi 2) e Perc (Canal midi 4), bom vou tentar simplificar ao máximo o negócio é seguinte: no Lower e no Upper você pode juntar até 4 timbres daqueles 1900 e fazer oq quiser com eles, nas outras 2 partes apenas um timbre, porém 1 deles, aquele que é dedicado para os orgãos que tem as drawbars e blá blá só pode ser colocado no Lower ou no Upper no resto é sem limitações, resumindo você consegue agrupar até 10 timbres no Jupiter, 4 no lower, 4 no upper, 1 no solo e 1 no perc, outras limitações dos modos solo e upper quando usados é o detalhamento das funções de edições nesse caso é melhor editar lá na aba dos singles salvar como e trazer pra cá já pronto e alinha no modo tone nas edições geral do grupo. É diferente, mas você se acostuma depois acha arretado, mas como passei muito tempo na KORG as vezes quero uma coisa e não tem, ou tem outro nome, ou é bem mais chato de fazer. Por exemplo? Sabe aquela besteira (uma merda) de você montar um timbre de metais e quiser aplicar um delay na entrada dos timbres, o sax entrar 2ms de segundos depois do trumpet e o trombone entrar 1ms e assim indo? Para pode simular as entradas dos músicos que nunca entram exatamente no mesmo milesimo de segundo? Pronto, esqueça. ELE NÃO FAZ ISSO (RIDICULO E VERGONHOSO) - mais um dá série: só sabe depois que compra. E o suporte da Roland me responde dizendo que o nome disso em sintese é Atack. ¬¬ Decidi me recolher e malhar o pau por outros meios. Mas na KORG tá lá em todas as Combis a 15 anos DELAY TIME na aba de parametros do timbre.
Timbres e Efeitos A criança vem abarrotada de Timbre, por costume com a KORG mais uma vez, estranhei a KORG dá nome pra tudo na Roland você tem Synth Lead 01, 02, 03 ,04 só número... kkk frescura minha ou perfumaria mesmo, mas ai entra outra coisa curiosa do teclado são 2 motores sonoros para quem quiser chamar para se fosse o Bert da YAMAHA ele dizia que teria mais de 15, um para cada tipo de timbre, mas vamos ser objetivos: Seção SuperNatural Acoustic e a SuperNatural Synth a parte dos acusticos realmente é fenomenal, cada timbre tem suas ediçoes "detalhadas" no que a Roland acho que importa, em um Trumpet você tem a força do sobro, a velocidade do glissando, o stacato, e mais umas firulas (Arretado, merece joinha) Pianos Acusticos: a mesma coisa, abertura de tampa, ruido do pedal, ruido da resonsancia, ruido de martelo, key on e key off agora esqueça você tá nessa engine de Piano e querer ir até as waves e destrinchar o timbre, isso não existe na parte SN Acoustic, vc só edita o que tá ali e pronto, não condeno a Roland, são timbres muito trabalhos e ricos em detalhes, destrinchar isso tudo era sem necessidade até pq no outro lado (SN Synth) vocÊ tem algumas amostras para quem gosta de fazer isso, e ai você também tem um tuia de parametro pra violão, para a parte de Malets e bla bla bla é fenomenal o negócio. Entrando na SN Synth é como muitos falaram é um GAIA com Touch muito legal mesmo fácil de entender de onde e pra onde tá indo o som e como ele tá montado. Sobre isso não vou falar muito deixo os créditos do nosso amigo SilvG8 no blog dele onde ele fez um excelente review sobre o JP-80. - http://synthway.wordpress.com/2012/05/31/jupiter-80-um-pequeno-review/ #more-249 - Sobre os órgãos vou ser sincero, não achei nada demais não, prefiro meu M3, Tem coisa mais interessante na parte de Synth do que naquela tela bonitinha de DrawBars, não sei se meu ouvido tá exigente demais pois um dos equipos que rodaram com a entrada do Jupiter foi um TX5, e o JP tá longe disso, anos luz, não me achei ainda com essa parte que dizem que é um VK da Roland, que pra mim ainda falta algo, pode ser uma besteira mas falta, o nivel de detalhe é incrivel, controles de key on e key off e todo os ornamentos dos classicos, a leslie, o Rotary VK e a Rotary não sai muito do "padrão Roland" curiosamente gosto mais do som da Rotary a do VK parece mais outra coisa que eu não estou acostumado e bem longe dos timbres que eu curtia e fazia quando usava a RT-20 da Boss. Mas acho que nesse caso o problema sou eu mesmo, tenho que editar e chegar onde eu acho o ideal.
Ao vivo: Primeiro ensaio que fiz com ele, senti a falta de peso de alguns timbres, porém eu tirei da caixa na quarta, levei pro estúdio na quinta. Durante o ensaio eu ia mexendo ali e aqui, um ajuste de Ganho na saida, um ajuste de equalização, uma curva de sensibilidade no Teclado e assim fui melhorando. Hoje eu noto um som mais magro sim em relação ao o M3 ou coisas do tipo (Korg na veia) mas na parte de Acustico e em alguns timbres o negócio é tão cristalino que não some, na parte de Synth ai o negócio mata a pau mesmo, pau a pau com o M3 a criança fala grosso, mas aos poucos a gente vai editando e vai chegando onde achamos o ideal e vem a satisfação de se ter um equipo desse porte.
Pq não um KRONOS? Como eu sei que essa pergunta vai aparecer como já apareceu várias vezes em conversa com amigos, vou tentar ser breve, no meu caso eu tendo um M3 73, com Radias, Fire Wire e EXB-M256, ou seja, totalmente expandido e em estado de zero, (todo cuidado ali é pouco) sem manchas sem nada, e eu não tinha a necessidade de ter outra Workstation nem pretenção de vender o M3, resumindo se eu precisar do Sampler teria o M3 ou Macbook PRO, o mesmo serve para o Sequencer até pq nunca usei no teclado sempre parti para o Computador, desde de quando tive o TR tb nunca usei o sequencer dele. Enfim no meu caso para mim o JP foi a melhor escolha levando em conta de já ter uma work top, caso contrário seria o Kronos na cabeça sem dúvida nenhuma.
Considerações Galera basicamente é isso, o que eu for descobrindo eu volto aqui e publico, breve eu vou adicionar algumas fotos de algumas telas do Teclado, se precisarem de algo mais detalhado sobre o tal, podem solicitar. O Teclado vale os R$ 10.000? Vale dependendo do que você vai querer dele ou espera dele ou como você vai comprar, no meu caso foi uma negociação de troca foram 4 equipamentos por 1 sem mecher no bolso. E sem sair da espinha dorsal do meu set que era todo montado no M3, ou seja foi uma coisa muito particular e que caiu como uma luva para as minhas necedidades e enxugar o set por questão de espaço, bom é isso, qualquer dúvida podem postar por ai.
EDIT: Aguardem a Jupiter Legacy Collection, vai ser lançada essa semana tem gente falando de uma nova OS, com os Timbres do D-50 e alguns clássicos da Roland, outra linha de pensadores (chutadores) acha que vem mais umas sinteses por ai, e outros acham que é só mais timbres fechados comos os SN Acoustic. Link do Teaser: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=PT4_sGgtKGM
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