korgman Veterano |
# ago/11 · Editado por: korgman
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Nossa voltei para o passado com este tópico galera.. pois tive um MC50 no inicio da década de 90, e usei muito este sequenciador naquela época, me foi muito util
Eu adquiri o Mc50 porque tinha uma idéia na cabeça. um sonho que consegui realizar.
Eu pensava, tenho um teclado multitimbral de 5 partes com duas saidas independentes, porque não adquirir um sequenciador para sequenciar instrumentos de uma banda para cada musica, criando assim uma banda virtual com todas as partes separadas de baixo e bateria, e que fossem enviadas em separado para o PA por um multicabo.
Assim achava "em tese" que teria a mesma qualidade sonora da "cozinha" de uma banda de verdade, e eu estava certo..
Depois de terminar o cansativo trabalho de sequenciar tudo, um trabalho stressante no que se refere ao sequenciamento musica por musica dos pattens e a edição manual da dinamicas de cada parte do drum kit que era efetuada individualmente para cada musica, acabei encontrando dois amigos que compraram a ideia, e então formamos esta banda tecno MIDI em 1990, que se chamava Tecnocover e fomos para a estrada.
http://pianissimas.blogspot.com/2009/04/1991-banda-tecnocover.html
a banda era integrada por mim nos teclados um guitarrista e um cantor, eu usava um D4 um D70 e o Mc50, sequenciei apenas as linhas de baixo e bateria de umas 45 musicas estilo pop rock, tinha Deep, New order, duran duran etc.., para que o carregamento fosse rapido e claro, por causa da polifonia baixa do D70, as partes de teclado fazia tudo em tempo real, sempre com cuidado de não exagerar no sustain para não explodir a polifonia e claro o que acontecia era.. o baixo desaparecia por alguns segundos.. coisas de um passado distante na area de sequenciamento rsrsr
Os sistema de carregamento era de pouca capacidade mas funcionava bem, carregava sempre grupos de 6 musicas, e demorava uns 10 segundos para importar os grupos do disquete, mas a vantagem é que voce podia fazer um set list interno com todas as musicas que irira se apresentar em uma hora, voce importava o primeiro grupo de 6 musicas e quando a 6a musica acabava o MC50 carregava automaticamente as proximas 6 musicas, um tempo pequeno, e na sequencia mandávamos mais 6 e assim sucessivamente até o fim do set..
O mais interessante é que, quando apertava o start da musica a ser executada, no primeiro segundo eu programei em todas as musicas para o MC50 "chamar" os timbres do teclado e do D4 daquela musica. Então após o start eu esperava 1 segundo para tocar.
Para ter a polifonia da bateria preservado eu utilizava as 4 saidas do D4, uma para bumbo outra para caixa outra para pratos e cymbal e a ultima para percussão, já no d70 era só o baixo, e o resto eu tocava as partes em split dentro de um comb, que era chamado em program change, logo se eu tinha 45 musicas, tinha dentro do d70 45 combs cada um representqando uma musica com as partes no canal MIDI 1 e o baixo incluso em um canal midi diferente para ser reproduzido pelo D50
E usava uma das saídas auxiliarres do d70, para o baixo e a outra para tocar uma guitarra distorção nesta saída eu conectava em um pedal BOSS distortion para fazer gtrs bases nas musicas que não tinham teclado, expediente que uso até hoje.
No palco o cantor "que era o dono do sistema de som do palco" direcionava o áudio do d4 "bateria " para um monitor atras da gente, e o baixo um outro monitor atras mas ligeiramente a esquerda, do palco.
Resumindo quando tocávamos tinhamos a nitida impressão que atras de nós tinha um baterista e um baxista de verdade, isto porque os kits e o baixo eram enviados em separado e eram equalizados de forma independente, na mesa do cantor, ou para o PA quando o lugar onde nos apresentávamos possuia tecnicode som. e o resultado era pesado e bem definido, mesmo com a baixa qualidade dos pcms da época do d70, mas com a bateria o som era muito bom..afinal tem gente que utiliza o D4 até hoje
Me lembro que eu passava o som, tinha um midi que eu disparava onde o que se escutava era um baterista tocando um bunbo caixa pratos cada peça com 15 segundos de execução, depois o baixo e finalmente todos juntos para a equalização final.. era muito divertido equalizar a cozinha em pa grandes, o som era incrivel
Uma experiencia bem interessante.. aprendi muito com esta maquininha, mas para hoje em dia ela não teria muita valia, pois muitos workstarion de hoje estão anos luz a frente deste sistema.
mas na época... era um must... tenho até hoje o MC50 em algum canto da minha casa guardado junto com os disquetes com estas musicas até hoje, guardadas em velhos disquetes 2DD, nunca tive coragem de vendê-lo.. sei lá porque.. é o único equipamento jurássico que não passei para a frente.
Hoje a tecnologia é outra é possivel pegar um teclado como Korg Kronos que possui 16 pistas de áudio, e gravar uma banda de verdade cada instrumento em uma pista personalizada, equalizar tudo direcionar para as saídas auxiliares e sair tocando com uma banda real tocando os incríveis programas do Kronos, sem problemas de polifonia.
Valeu Galera, espero ter colaborado com este tópico interessante
Áureo Galli - Suporte korg http://www.youtube.com/watch?v=BorWirl4Fwo
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