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diegobs Veterano |
# dez/03
Fico encucado com uma coisa?
Quem inventou o campo harmônico?
Por que músicas que possuem acordes dentro do campo harmônico soam melhor aos ouvidos? Por exemplo,'raramente se escuta uma música que possua C,D#,Eb se ela não muda de tom. não é?
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mazza Veterano |
# dez/03 · Editado por: mazza
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????
quem inventou a gravidade???
ninguém inventou nada, isso é só uma maneira de expressar a relação entre os sons, música é matemática pura, sabia disso?? e os acordes que soam fora do campo harmônico soam "ruins", justamente por esse fenômeno...
veja só: a nota Lá central no piano vibra em uma frequência de 440 hertz. Isso quer dizer que a corda do piano vibra 440 vezes por segundo quando você toca (e do violino, viola, qualquer outro instrumento de corda e mesmo de sopro). Se você tiver uma corda vibrando a 220 hertz, você ouvirá a nota lá UMA OITAVA ABAIXO, e se você tiver uma corda vibrando a 880 hertz, você ouvira uma nota lá UMA OITAVA ACIMA, percebeu???
para que você tenha um som harmônico (AH! O CAMPO HARMÔNICO), é necessário que você toque a nota lá com alguma nota em que o resultado da divisão entre as frequências dê um número inteiro, para que o som seja bonito. Se você tocar essa nota com alguma outra que o resultado da divisão entre suas frequências seja uma dízima ou mesmo um número fracionário, o seu ouvido vai entender como uma DISSONÂNCIA, e naum vai gostar... é isso aí. Por isso que algumas notas "casam" e outras naum, sem falar nos harmônicos propriamente ditos, mas daí a teoria começa a se extender...procure estudar e entender a série harmônica e você vai perceber melhor isso aí. Valeu? :-)
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O pianista Veterano |
# dez/03
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Poxa, boa explicação Mazza, você já deu aula alguma vez?? Achei muito interessante.
Ah, quem quiser ouvir bastante disonância, quebra das regras de harmonia (as tradicionais), ouçam música contemporânea, como Stravinsky, Satie, Bartok e quando se acostumarem, partão para Schoenberg, Berg, Boulez e etc.
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diegobs Veterano |
# dez/03
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Valeu Mazza!
Esse papo é bem interessante. É incrível descobrir todos os dias como a música realmente é muito matemática (já ouvi várias vezes esse comentário). E é muito legal descobrir que a música é um lindo mistério infindável.
Valeu!
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conte Veterano |
# dez/03
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mazza
po cara ,curti sua esxplicaçao..
vlw!
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mazza Veterano |
# dez/03
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blz, pessoal, valeu vocês!! é bom saber que gostaram... obrigado.
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Dennis_Tecladista_Doido Veterano |
# dez/03
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ae mazza, vc manja muito
sim, música é pura matemática, partindo de que a matéria prima da música é o som
tem todo um estudo sobre o som e até mesmo harmonia, existe um curso, curso de harmonia, vc poderia fazer sabe...
um curso ae que estuda sobre os fenomenos dos sons sucessivos, tem de melodia e ritmo
oq seria um "campo melódico" chamamos de linha melódica, naum diga "campo melódico" hein
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Quebrador de Corda Sí
Veterano
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abr/10
Claro, por exemplo... se você tocar em um violão o Ré Bemol, e inverter a harmônica dois tons e meio abaixo, você vai cair para uma oitava sexta menor... e a dissonante vai se estender para 440htz, obviamente, eu não precisaria dizer isso, mas poucos entenderiam, obtermos um Sí Fumól Bemolizado... Simples, não?
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fernando tecladista Veterano |
# abr/10 · Editado por: fernando tecladista
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Quebrador de Corda Sí
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JV-90 Veterano |
# abr/10
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Sete anos depois...
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mazza Veterano |
# abr/10
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meu que viagem...
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Cleber Vaz Veterano |
# abr/10
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Sete anos depois...
E sem acrescentar algo significativo...
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Mestre Duarte Veterano |
# abr/10 · Editado por: Mestre Duarte
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Pô! Dava tempo do cara concluir um curso superior em música. Mas de qualquer forma, é interessante. Um assunto sempre atual. Embora eu seja funcionalista e pense que isso que vocês chamam de "Campo Harmônico" na verdade não passe de um elemento estético da música, mas a explicação do Mazza estava perfeita e argumentada dentro dos conceitos do modelo tradicional de Musicologia. Se querem conhecer algo diferente, visitem meu blog: musicologiafuncional.blogspot.com
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Alisson Souza Veterano |
# abr/10
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Na verdade, essa explicacção que o mazza deu aí é bem furada. A aceitação que nosso ouvido tem de campo harmônico, acordes, intervalos dissonantes e consonantes, afinação, etc, é meramente cultural, o que parece afinado ou consonante aqui no Ocidente não é igual na China por exemplo.
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mazza Veterano |
# abr/10 · Editado por: mazza
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Alisson Souza
pô. to tomando na cabeça... depois de sete anos... ah, tudo bem, pelo menos tive meus sete anos de glória. Pena que acabou..
mas a explicação do Mazza estava perfeita e argumentada dentro dos conceitos do modelo tradicional de Musicologia.
VALEU!! pelo incentivo, Mestre!! É de gente assim que esse fórum necessita.... brigadão!!!!
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caioscattini Veterano |
# abr/10
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Não acho furada a explicação. A interpretação cultural é que varia quando é ouvida a dissonância, soando agradável ou não. Assim vale para sabores, cores, etc.
A dissonância não deixa de ser dissonância só porque agradou o ouvido.
o que parece afinado ou consonante aqui no Ocidente não é igual na China por exemplo.
Afinação não é sinônimo de consonância.
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Alisson Souza Veterano |
# abr/10 · Editado por: Alisson Souza
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Caio,
citando o mazza: para que você tenha um som harmônico (AH! O CAMPO HARMÔNICO), é necessário que você toque a nota lá com alguma nota em que o resultado da divisão entre as frequências dê um número inteiro, para que o som seja bonito.
Essa explicação é furada...
Tenta dividir Mi 5 (659.26 Hz) por Lá 4 (440 Hz), e vê se dá um número inteiro...
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mazza Veterano |
# abr/10
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Então... sem querer botar mais lenha na fogueira mais colocando assim mesmo, segue um trecho extraído de http://www.revistarepertorioteatroedanca.tea.ufba.br/11/arq_pdf/oqueei stoaudicaomusical.pdf (programa de graduação em artes cenicas da Iniversidade Federal da Bahia)
"....Como vimos, a experiência pitagoriana descortinou as superposições sonoras da corda esticada, os ditos Harmônicos. À ordenação desses Harmônicos numa determinada seqüência, foi dado o nome de Série Harmônica. Grosso modo, os primeiros Harmônicos de uma série – os que se encontram mais próximos ao Som fundamental (isto é, o Som resultante do comprimento total da corda) – são considerados Consonâncias, pois, devido ao seu posicionamento (e a outros fatores como sua "repetição" dentro daquele espectro sonoro), provocam uma sensação de estabilidade, "de chão"; Já aqueles Harmônicos que se encontram mais afastados são considerados Dissonâncias, e por estarem mais afastados provocariam uma sensação de instabilidade. O que determina se um Acorde é ou não Dissonante é sua estrutura. Vale ressaltar que as Dissonâncias podem estar relacionadas tanto à Linha Melódica quanto à estrutura dos Acordes e isso nos aproxima ao ponto em que não mais é possível tratar os eventos musicais separadamente: Harmonia, Ritmo, Linhas Melódicas, tudo se entrelaça, eles se "afetam" uns aos outros. Há também questões históricas da música que determinam as aplicações (e validação dos conceitos) das Dissonâncias e Consonâncias. Por exemplo, o Trítono, nome de um Intervalo Dissonante específico, era abominado pela igreja católica da Idade Média. Seu uso foi proibido e ganhou o apelido de Diabolus in musica..."
portanto, nem tanto ao céu nem tanto à terra, o que entendemos de consonância ou dissonância tem mais a ver com a posição dos intervalos dentro da série harmônica, bem como com relação aocontexto cultural em que determinada peça foi escrita (ocidental, oriental, musica duodecafônica, etc. etc. etc. ) ou, segundo o próprio texto cita, "...Consonância é um conceito abstrato que varia conforme o período da história da música, e seria, portanto, impossível fixar-lhe uma definição stricto senso.
Acho que é por aí.
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Alisson Souza Veterano |
# abr/10
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mazza Claro, mas não confunda campo harmônico com série harmônica, são duas coisas diferentes.
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Smyslov Veterano |
# nov/10 · Editado por: Smyslov
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Poxa Allison,
A explicação do mazza de 7 anos atrás foi tão boa que a imprecisão matemática que você muito bem observou
Tenta dividir Mi 5 (659.26 Hz) por Lá 4 (440 Hz), e vê se dá um número inteiro...
eu até desconsideraria em pról dos méritos didáticos do mazza e também pelo fato de toda a música ocidental moderna atual ser baseada na escala temperada que divide matemáticamente a oitava em 12 intervalos iguais, impossibilitando o batimento matemático de intervalos musicais a exceção dos intervalos de oitavas... Exemplo: frequencia (La 5) =2 x frequencia (La 4)
Desta aparente "imprecisão" é que possibilitou o surgimento da transposição que é fundamental quando se quer fazer música com mais de uma fonte sonora/instrumento... (imagina se toda música fosse um solo... rsssrrss)
Se considerássemos ainda a escala pitagórica, a afirmação do mazza além de um sentido "musical", também teria uma precisão matemática, mas musicalmente falando, a idéia de batimento aproximado de frequência para explicar a "simpatia" entre determinadas notas musicais, base da explicação inicial do mazza é, na minha opinião, muito válida pois independentemente de sua VERDADE com precisão matemática, explica muito bem a idéia de harmonia da música moderna que é toda baseada na escala temperada que por sua vez também é uma aproximação em pról de um bem maior!
Como todos utilizamos a escala temperada acho que é válido dizer que somos mais ou menos imprecisos em favor da música como arte, sem depreciação da matemática que em seu cerne se encontra...
PS: se viajei muito na maionese, segue um link do youtube que explica o cálculo da escala temperada...
e também do link que explica muito bem a relação da música e da matemática e do porquê do surgimento da escala temperada.
Abs a todos
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Smyslov Veterano |
# nov/10
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Ih, o último post foi de abril, foi mal (7 meses)...
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mazza Veterano |
# nov/10
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Smyslov ah, mas valeu, um voto a favor é sempre um voto a favor... brigadão!!!
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