Quando a música fica de lado

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    mano_a_mano
    Veterano
    # set/07 · Editado por: mano_a_mano


    Pessoal, num dia desses, sem nada para fazer (leia-se: domingo), me deu vontade de pesquisar no Google e no Youtube umas fotos e vídeos de tecladistas estrangeiros, principalmente da Europa e dos EUA, a maioria deles atuando na cena underground local. As fotos e vídeos eram diferentes uns dos outros, mas havia algo em comum, e esse algo me chamou a atenção: a maioria deles utiliza não mais que um ou dois teclados, e a maior parte nem possui instrumentos tão grandes e complexos, como os Triton, Fantom e Motif da vida. E não deixam de fazer boa música.
    Esta foi a conclusão à qual eu cheguei: enquanto a gente aqui no Brasil fica querendo toda hora trocar de teclado, sempre para pegar aquele outro maior e mais caro (e ainda criando critérios desnecessários como "TEM que ser synth", "TEM que ser workstation", "TEM que ter 128 vozes" e por aí vai), lá fora eles não estão nem aí para isso. Tudo o que querem é tocar e fazer seu público feliz.
    E então?

    Eduardo 336
    Veterano
    # set/07
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    mano_a_mano

    tu te refere a tecladistas amadores, certo?

    Eu discoro um pouco de ti, a maioria dos tecladistas amadores estrangeiros que ví realmente usam um ou dois teclados... no máximo três; mas na maioria das vezes ví bons teclados, talvez não tops de linha mas sempre bons teclados.

    E realmente, quem faz a música é o tecladosta. Eu dou meu velho PSR-260 pro Wakeman tocar alguma coisa ele vai fazer o mesmo espetáculo, agora, se eu pego um GEM dele não faço porcaria nenhuma :P

    Mauro Lacerda
    Veterano
    # set/07
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    mano_a_mano


    Putz, bicho, domingão eu tava pensando a mesma coisa: vou comprar um PC fodão, turbinar ele com todos VSTs, ou então comprar um outro teclado, etc...

    Claro que quero ter bons sons a minha disposição, mas eu estava gastando mais tempo com pensamentos mirabolantes a respeito de equipamentos que estava quase esquecendo da música. Liguei meu SP e comecei a tocar: fazia tempo que eu nem escutava o som dele, estava usando apenas VSTs. Não precisei ligar computador, MIDI, regular nada, liguei e toquei.
    Aí cheguei a seguinte conclusão: nenhum teclado irá me fazer tocar melhor, não é o teclado que é importante, mas o som, a música. Parece brincadeira, mas antes quando eu tinha um Minami eu passava mais tempo tocando, e agora eu passo mais tempo configurando e expeculando qual o ponto exato que o decay de tal som de tal synth deve ter...

    Claro que um belo som de Hammond, Clavs, etc... são muito bem vindos, mas há inúmeras possibilidades de teclados que em um palco quase não se percebe a diferença...

    Então me veio á cabeça um show de Jazz que eu vi em um lugar dias pra trás: somente músicos apreciam aquilo, era super complexo, bem elaborado, parte técnica irrepreensível, instrumentos fantásticos. Mas e o som? E o sentimento? Me pareceu apenas uma demonstração de técnicas e instrumentos (eu gosto de jazz, mas jazz com alma).

    Portanto concordo: melhor pensar na música um pouco mais e não ficar nessa masturbação mental de ter o mais, o melhor, o expetacular teclado de todos os tempos.

    mano_a_mano
    Veterano
    # set/07 · Editado por: mano_a_mano
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    Eduardo 336
    Eu me refiro no geral.

    É só olhar aqui.

    Nasch
    Veterano
    # set/07
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    Tempo atrás estava querendo trocar o meu 550 por um Juno D.....aí pensei.....se toco mal e porcamente um Yamaha...o que é que eu vou fazer com um Roland....
    Primeiro vamos aprender a tocar (mesmo que seja com um pianinho Hering) depois sim, pensemos em um instrumento de qualidade.
    Já ví em bares tecladista com equipamentos mirabolantes....mas na hora de tocar que fiasco!!!!!!!!!!!!!!!
    Abraços....

    Música de Preto
    Veterano
    # set/07
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    Nasch
    Pô cara, pensa assim não! Você vai realmente tocar teclado pro resto de sua vida? Compre o Juno-D.

    Sobre o tópico: acho que dois teclados ao vivo são essenciais. Mais do que isso é preciosismo, mas um preciosismo bem vindo. Pra terminar, eu passo muito tempo no Moog Modular V criano timbres.

    rafalevita
    Veterano
    # set/07
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    Mauro Lacerda
    Parece brincadeira, mas antes quando eu tinha um Minami eu passava mais tempo tocando, e agora eu passo mais tempo configurando e expeculando qual o ponto exato que o decay de tal som de tal synth deve ter...

    Bem interessante isso!!!

    Também penso que é melhor aprender a tocar o máximo que puder pra depois pensar no instrumento.

    sarpa
    Veterano
    # set/07
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    http://evilvince.com/wp-images/JasonYatesBlog1.jpg

    ... vamos tomar por exemplo esse tecladista aí: Um monte de teclados, todos eles com poucos timbres e tem um negócio feio alí de madeira que deve ser muuuuito pesado pra carregar.

    Que rapaz tonto ... um Oasys faria o trabalho de tudo isso, e ainda, cheio de luzes!

    :P

    mano_a_mano
    Veterano
    # set/07
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    sarpa
    http://evilvince.com/wp-images/JasonYatesBlog1.jpg
    Bah... Eu também queria uns teclados desses com poucos timbres e aquele negócio feio ali... Mas infelizmente eu ainda não ganhei na Lotofácil, então me viro do jeito que dá, hehehe :-P

    Scoth_Pr
    Veterano
    # set/07
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    Eu acho esse assunto repetitivo e longe de ter uma conlusão que todos aceitem. O negócio é o seguinte, cada um sabe do que e o quanto precisa pra se expressar em palco. Afirmações como:

    TEM que ser synth

    Se eu quiser modelar um timbre analógico ao meu gosto, sim, tem que ser synth.

    TEM que ser workstation

    Se eu quiser um sampler pra suprir a falta de um timbre e um sequencer pra disparar frases e loops em uma música: sim, tem que ser workstation.

    TEM que ter 128 vozes

    Se eu quiser fazer complexos arranjos orquestrais sem me procupar com número de timbres usados, sim, tem que ter 128 vozes.

    Se eu tivesse condições eu carregaria bastente coisa pra cima do palco, mas como não tenho, me viro com o que consigo. E esse exemplo dos músicos de fora, os "simplistas" são minoria. Direto vc vê os caras com Motif ES, Extreme, trocentos sintetizadores e módulos pra Dance e Hip Hop etc...

    Tem gente que se vira com um teclado só, outro precisa de um notebook, outro prefere invstir em um clonewheel e um synth, outro precisa de 3 teclados. Isso é muito, muito variado...

    aindavou
    Veterano
    # set/07
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    a maioria deles usam chapél e se acham um maximo, é a unica coisa comum em todos os tecladistas. segds6g265sdf4h16dfh6
    o meu chapel´agora é tipo pescador :D

    João Gilberto
    Veterano
    # set/07
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    Pensamento muito interessante.

    É algo que penso desde que entrei no forum.

    Aqui se fala muito se o modelo ZYAYA-7000 faz isso ou aquilo ou se o X-300 ou o G.O.D. Extreme faz aquilo mas quanto a música eu vejo muito pouco.

    Mauro Lacerda

    Eu tambem não gosto de música: pura demostração de técnica.

    João Gilberto
    Veterano
    # set/07
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    Eu pensei também em algo por outro foco:

    Quanto gastamos em equipamentos e quanto gastamos em estudos.

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