Entrevista - Serginho Herval

    Autor Mensagem
    Julia Hardy
    Veterano
    # ago/06 · Editado por: Julia Hardy


    acabei de ler essa entrevista com o Serginho, e resolvi colocar essa parte aqui.

    Site Batera: Nossa entrevista é direcionada para um público jovem e muitos deles pensam em dedicar suas vidas à arte dos tambores. Qual o conselho que você dá para esse baterista que pensa em se profissionalizar? Deve estudar? Se tiver oportunidade de estudar no exterior, deve ir ou deve estudar por aqui mesmo? Deve procurar trabalhos voltados para aquele estilo que mais gosta ou sabe tocar, ou deve tocar tudo muito bem e aceitar qualquer espécie de trabalho, indiscriminadamente?

    Serginho Herval: "Vamos de novo por partes: O conselho que eu posso humildemente dar aos leitores desse site é: ouçam de tudo, mesmo que não gostem. É claro que vocês devem ouvir o que mais gostam, mas nunca se sabe quais situações estaremos no futuro. Por exemplo: Você pode ser um excelente batera de “fusion” (Dave Weckl e cia...), mas, se ao longo da sua carreira pintar uma possibilidade de ganhar dinheiro e sobreviver acompanhando um cantor popular (aí segue a sua imaginação) você terá alguns grandes problemas com o artista ou com o diretor musical dele, pelo fato de estar habituado a usar “muitas notas”. Observem que, nos discos de grandes cantores internacionais populares, tais como: James Taylor, Elton John, Robbie Williams Barry Manylow, Barbra Streisand, Celine Dion, Shania Twain nunca aparece o nome de um baterista de fusion neles. Por que será? Preconceito ou cuidados com os arranjos? Pensem nisto!!!

    Quanto à oportunidade de se estudar no exterior, só se eu fosse burro pra não apoiar uma idéia dessas. Embora o custo seja muito caro e, hoje em dia, tenhamos muitos músicos que estudaram por lá e trouxeram o know – how pra cá, continuo achando vantajoso estudar lá e estar no convívio de grandes feras, além de uma pequena possibilidade de ser visto por algum produtor importante. Ficar aqui, muitas vezes significa estar longe das possibilidades. É como diz a velha expressão “Estar no lugar certo na hora certa”. Quanto a última questão, devo deixar bem claro que tudo na vida depende de um equilíbrio. Se você puder escolher aonde trabalhar e com quem, ótimo, mas essa, infelizmente, não é a realidade do mercado."

    qto ao fato de bateras de jazz ou fusion não gravarem com artistas populares, oq vcs acham? Comentem ae!

    fonte

    janick
    Veterano
    # ago/06
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    Julia Hardy
    Roupa!
    \o/
    Vou ler.

    janick
    Veterano
    # ago/06
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    Curti, é bem isso que o Serginho falou mesmo, sobre as possibilidades lá fora. Sobre isso dos bateras de Jazz/Fusion, acho que é mais pela limitação que se impõe neles nessa vertente. O mesmo que acontece com quem toca estilos trabalhosos como Metal por exemplo. Mas o músico hoje em dia tem que ta preparado pra tocar o que precisar. Tem que ser versátil, senão rodô. A também porquê, os estilos ali citados, não necessitam de um profissional tão habilidoso.

    Rodrigo Salles
    Veterano
    # set/06 · Editado por: Rodrigo Salles
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    Olá.

    Primeiramente, gostaria de observar minha simpatia pelo grupo Roupa Nova e a minha admiração pelo Serginho, sou fã mesmo!!

    Mas uma coisa é inegável: o cara é mala demais!!

    Quanto à oportunidade de se estudar no exterior, só se eu fosse burro pra não apoiar uma idéia dessas.

    Sim, vc não é burro, mas é um mala pra falar uma dessas. É bem verdade que os E.U.A e a Inglaterra são exemplos de uma das maiores cenas de rock do mundo.

    Mas e daí?? O Brasil é a maior cena de samba, de MPB (dãã!!), de forró, de sertanejo, enfim, o Brasil também é um país rico musicalmente.

    Se vc gosta de rock é quer ser profissional, é evidente que suas chances são consideravelmente maiores lá fora, pois, de fato no Brasil é difícil, não somos valorizados e blá...blá...blá... aquele papo todo que já estamos carecas de ouvir.

    Se vc quer estudar lá fora pra enriquecer a cultura do nosso país, blz (
    Embora o custo seja muito caro e, hoje em dia, tenhamos muitos músicos que estudaram por lá e trouxeram o know – how pra cá)

    Agora, se vc quer sair daqui pq o Brasil é (ou vc acha) uma merda, então vá, toda a sorte do mundo pra vcs, não volte nunca mais!!!

    Serginho Herval: vc é um mala traidor da pátria!! Mas ainda sou seu fã!!

    DrummerZ
    Veterano
    # set/06
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    Rodrigo Salles
    Mas cara... Infelismente a vida no meio musical eh assim cara.
    Pode ver: há mta prostituição por parte dos musicos com relação ao q se toca. Pq a prostituição não eh apenas relacionada à sexo, mas sim, a td q vc faz sem gostar, por motivos variados.
    Acontece q a nossa cena musical, por melhor q seja, continua fraca demais, se vc for comparar c um país estrangeiro. Pode ver mew: musico ganha pouco, e dificilmente eh valorizado. As pessoas vêem um musico como alguem vagabundo q naum tem capacidade de ser um cirurgião ou um advogado.
    Ms não eh bem por aí.
    Acontece q se vc quer ganhar dinheiro com isso, não adianta vc querer impor suas vontades sobre a mídia. Vc tem q seguir suas tendencia (obviamente tocando algo q te faça bem), mas qse certo q vc vai ter q ceder às vontades de uma mídia consumista, com produtores q te exploram mto.

    Ms enfim, eh assim a vida cara... Pelo menos até vc pegar um nome reconhecido, vai ter q tocar o q eles querem q vc toque, e dificilmente o q gostaria.

    Abraços!

    Rodrigo Salles
    Veterano
    # set/06
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    DrummerZ

    Pode ver mew: musico ganha pouco, e dificilmente eh valorizado. As pessoas vêem um musico como alguem vagabundo q naum tem capacidade de ser um cirurgião ou um advogado.
    Ms não eh bem por aí.


    É claro que não é por aí, mas isso acontece em qualquer profissão. Olha só, eu sou funcionário público, e aí?? Por causa disso vc vai me chamar de vagabundo?? Sim, pq todo funcionário público é vagabundo.

    Veja os professores: ganham mal, trabalham como uns condenados, ninguém dá a devida atenção!! Agora imagina se não houvessem professores, se todos eles se vendessem à riqueze do dinheiro. Eles sabem que ganham mal, que trabalham pra caralho e que ninguém dá atenção, mas eles levantam uma bandeira, fazem o que amam.

    ISSO É AMOR, CARA!!

    Com o músico é a mesmíssima coisa, se ele quer ganhar dinheiro, então se venda, seja um falso moralista, um hipócrita medíocre e infeliz que não vai merecer o meu respeito.

    Mas se ele tem amor à música, abraça a causa e se importa com as pessoas que gostam do som dele, então ele não se importará em levar a vida aos trancos e barrancos, ele não vai ter luxo, evidentemente, mas vai viver bem, feliz por ter mantido seus princípios, sua ética.

    Não minha opinião, isso é o que conta.

    Falou!!

    DrummerZ
    Veterano
    # set/06
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    Rodrigo Salles
    Sim cara. Concordo totalmente ctg e não abro mão não.
    Mas eh isso q eu falei: se o músico toca o que quer, morre nos barzinhos e casas "underground", num sub-mundo musical, onde mta banda ou musico deixa de ser conhecido e ter suas idéias expostas por causa da mídia!!
    Se vc quiser ganhar dinheiro (isso geralmente em qlqr coisa), não adianta apenas vc ser bom e gostar. Se naum mudar seu jeito, a fila anda e vc fica pra trás.
    Infelismente eh assim cara.
    Oras... Já existe um GUIA de como fazer uma música q se enquadre no q a mídia pede atualmente pra ser um sucesso! Isso eh um absurdo!
    A mente dos musicistas está cada vez mais sendo tomada por idéias capitalistas banais, e mto musico bom, se vende pra bandinhas quaisquer pra terem deinheiro. Pode olhar ae qlqr dupla sertaneja, banda de axé (naum eh preconceito. Eh a realidade).
    Ms se vc quiser viver de musica naum há outro jeito. Suas idéias e ideais, tais como sua conduta e moral, tem d serem mudadas para adesão ao mundo publicitário e ser divulgação pela mídia. =X
    Nos deveríamos lutar contra isso! Embora seja qse impossivel reverter esse quadro.

    Abraços!

    B4TER4
    Veterano
    # set/06
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    tah intendo tudo q disseram

    mais agora me digam:

    QUEM PODE ENSINAR ALGO PARA O SERGINHO AKI NO BRASIL???

    na praia dele naum tem nenhum batera q c iguale, vai pidir prum pelado i insinar algo pra ele?? ou um bacalhau?? naum tem como, estilos e pegadas totalmete diferentes

    eu penso assim, vai pro exterior logo, aprende com ken REALMENTE sabe toca e ganha a vida com a musica naum importando em que pais esteja

    sobre os professores depende mtttttttttooooooooo dos professores, professores com qualidade pode t ctza q naum ganham pouco naum, professores decentes ganha uns 150 pila(baixo valor ainda) por mes por aluno

    minha opiniaum

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    agora sobre a entrevista a melhor parte que foi dele falando sobre os pratos RMV Arabian e sobre a troca do pedal duplo DW pelo RMV

    Amok
    Veterano
    # set/06
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    a melhor parte que foi dele falando sobre os pratos RMV Arabian e sobre a troca do pedal duplo DW pelo RMV

    Decadência... =P
    Brincadeira: acho muito legal um cara prestigiado como o Serginho dar essa força pro produto nacional.

    O lance do batera de Fusion é o seguinte: se vc é profissional, não vai querer dar uma de virtuose num sessão de sertanejo. Sinceramente, eu invejo os chamados "bateras de estúdio". O cara dá uma lida no mapa, conversa com o produtor e em dois ou tres takes resolve a parada. Profissionalismo é isso: encarar o que tiver, fácil ou difícil, e trabalhar pro resultado final, não pro próprio ego.

    Duas curiosidades:
    1. Um dos melhores bateristas de fusion que eu conheço era simplesmente o Paulo da falecida banda "Os Virgulóides", aquela do "Bagulho no Bumba". O cara cansou de passar fome estudando jazz e foi ganhar dinheiro, qual é o problema ?

    2. O Dave Weckl, junto com Mike Stern (guitarrista f*dido de jazz/fusion), gravou uma trilha chamada "Basically Eighths" (ou algo parecido), que é uma levada muito simples em seminimas, para estudantes de bateria iniciantes. E vou dizer: mesmo tocando algo tão simples, vc consegue perceber a categoria do desgraçado...

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