Review do novo violão M Laghus

    Autor Mensagem
    Rico BA
    Membro Novato
    # jul/15


    Review do violão M Laghus

    Quando decidi vender meus instrumentos “meia boca” pra comprar um violão decente, profissional passeia fazer várias pesquisas, analisando pontos fortes e fracos de cada instrumento, enfim, buscando um instrumento definitivo e acabar com aquele troca troca de instrumento, procurando uma pequena e interminável melhoria.
    Foram feitos testes em diversos modelos e marcas de diferentes preços, alguns intermediários, que apesar de viáveis ainda não eram definitivos e eu já havia cansado de ficar trocando de instrumento a toda hora, partindo recentemente então para um instrumento definitivo.
    Vou utilizar um comparativo de alguns violões que são referências para mim e todos foram testados para identificar os pontos fortes e fracos em relação ao meu violão M Laghus, as marcas comparáveis e analisadas são Frameworks (custa mais de R$ 15.000,00), Godin (Custa mais de R$ 7.000,00), Gibson Chet Atikins (Custa mais de R$ 10.000,00 usado) e o Sadowsky (custa mais de R$ 15.000,00).
    Em relação ao Frameworks posso dizer ambos tem um timbre equilibrado, mas o M Laghus possui graves mais claros, a falta de madeira no Frameworks faz com que, para se almejar um som grave, tenha que deixar o timbre um tanto velado, o que não acontece no M Laghus, pra mim o que o Frameworks ganha no M Laghus e em qualquer outro violão é o peso que realmente é o grande ponto positivo. Em relação ao Godin que era a minha primeira opção antes do M Laghus posso dizer, é um instrumento indiscutivelmente maravilhoso sobretudo no corpo que para tocar sentado é perfeito, também tem recurso de equalização independente e a possibilidade de uso de MID (como o Frameworks), além de ter um punch no seu pré que elimina a necessidade de um booster clean (que eu uso em qualquer violão), o Godin, apesar de ser um instrumento maravilhoso não tem a tocabilidade do M Laghus pois o braço é largo (até na versão slim), as cordas são relativamente altas e o instrumento é pesado. Já o Gibson Chet Atikins é um instrumento de características e sonoridade singulares, os antigos são os melhores, de todos é o que possui o timbre mais aveludado e é o mais pesado também, tornando inviável o seu uso em pé durante muito tempo, mas não é a toa que é o instrumento preferido por músicos para gravação. O último violão a ser comparado é o Sadowsky, é uma marca fabricada pra ser um violão com design de guitarra, confortável e versátil. É o instrumento utilizado por alguns músicos como Djavan, Gilberto Gil e Bell Marques.
    Foi baseado no Sadowsky que Jacimário da M Laghus desenvolveu o violão M Laghus, mas promovendo algumas significativas alterações que irei pontuar abaixo:
    1- Madeiras: O violão utiliza madeiras como Pérsia Indica no corpo, a qual vai conferir um equilíbrio de frequências interessantes com favorecimento de médio grave, braço em marfim, o que vai garantir equilíbrio, resistência e durabilidade, é uma madeira super estável, ou seja, não haverá problemas como empeno por umidade ou variação de temperatura. A escala, ponte e knobs são feitos em jacarandá da Bahia, o que é um luxo, simplesmente a melhor madeira do mundo para essa aplicação, já o top é feito utilizando madeira de diversos tipos, o que vale é a estética. O meu é de Ash, madeira que favorece frequências agudas.
    2- Design: O violão M Laghus tem as dimensões exatas do Sadowsky mas foram feitas algumas melhorias, no encaixe do tróculo, houve um abaulamento e também uma inclinação no cutway para dentro do corpo do instrumento, favorecendo a tocabilidade da região aguda do braço. Em relação ao braço ele aplica o shape igual ao Sadowsky, mas preferi fazer um shape em “U”, e não em “C” como normalmente é feito. Esse shape foi inspirado no magnífico violão do luthier baiano Fernando Cardoso e deixou o violão extremamente confortável. Outro destaque para o design do violão a altura das cordas que em nenhum violão dos citados acima tem, no M Laghus você pode ter as cordas “no chão” ou seja, muito próximo da escala, isso só é possível com a aplicação do raio composto, uma técnica que ele utiliza no braço de todos os instrumentos e no lixamento do braço e escala em superfície de vidro 100% plana.
    3- Hardware e peças: Utiliza tarraxas Wilkson ou Gotho, pestana em marfim, rastilho em fibra de carbono, jack Switcraft, potenciômetros e componentes elétricos de alta qualidade.
    4- Acabamento: O acabamento do meu violão é impecável, ele utiliza marcações em aço, uma pintura honeybrush maravilhosa, acetinada, bem natural, aonde ele isolou uma faixa contornando todo o corpo simulando um blind natural.
    5- Elétrica: A elétrica é a parte mais importante desse instrumento, Jacimário projetou utilizando os mesmos parâmetros do circuito do Sadowsky, mas acrescentou alguns componentes importantíssimos, ele colocou um trimpot para regular os graves do violão, posso garantir a vocês, não faltarão graves, e outro trimpot para regular a indutância do captador, recurso importantíssimo pois permite que o músico regule esse parâmetro para adequar a qualquer tipo de pegada, de quem toca mais leve ou extremamente pesado, tornando o violão extremamente versátil. Um destaque interessante também é para o knob de tone que na verdade faz um corte de agudo, deixando o instrumento muito adequado a tocar gêneros como Jazz e MPB. O knob de volume é especial, pois ele tem uma curva logarítimica, incomum para essa finalidade, mas o fato é que ao diminuir os parâmetros do knob vc vai deixando o som mais magro, ideal para o uso de efeitos de Chorus, outras modulações e até um over drive pra quem quiser se ousar. Em relação a captação, ele usa a mesma marca e referência de captador do Gibson Chet Atikins. Um último ponto sobre a elétrica desse violão que gostaria de salientar é o consumo da bateria, fiz um teste com uma bateria normal ligada direto e ele aguentou cerca de 150 horas, uma alcalina vai durar bem mais que isso.
    6- Versatilidade: Apesar da aparência de guitarra, esse violão tem um som muito orgânico, a dinâmica é o seu ponto principal, com ele você pode simular o som de um violão clássico microfonado, tocar dedilhado com um timbre bem macio e aveludado e fazer levadas e batidas com um timbre bem metálico, ideal também para o flamenco, além de ser muito bom para palhetar (quem curte isso em violão de nylon) . Quem pensa que um violão bom precisa ter equalizador, tem que entender que violão bom precisa na verdade de timbre equilibrado e com presença, sem faltar ou sobrar frequências, equalizador vai servir apenas para refinar uma frequência ou outra na mesa de som ou caixa. Em relação a custo benefício posso dizer que esse violão custa aproximadamente o preço de um Godin usado, o detalhe é que o mesmo é bem mais leve, mais versátil e mais macio de tocar que o Godin, além de ter um visual bastante atrativo.

    Natanael Gama
    Veterano
    # jul/15
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    Rico BA

    Caramba que review confuso..

    afinal esse é um violão MIDI? ou algum violão semi acustico?

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