rafael2307992 Membro Novato |
# mai/17
Sempre quis ter uma strato dos anos 60, e após a decepção com minha antiga American Special, resolvi partir para uma guitarra reedição dos anos 60 e que de preferência tivesse um visual envelhecido, já que sou bastante fã do John Frusciante do RHCP. Após bastante pesquisa vi que a série Road Worn tinha um bom custo beneficio e boas críticas em reviews, porém não encontrei muita coisa em português e resolvi criar este tópico, então vou listar as principais partes da guitarra e minha nota de 0 a 10.
1- Corpo (6,5/10): o corpo é um dos pontos que menos me impressionou, apesar de ser decente. Ele é feito em Alder e acredito que em 3 a 5 partes de madeira. Como escolhi a cor sunburst, achei os veios não tão bonitos, e mais importante: o corpo não é tão ressonante quanto outras guitarras um pouco mais elevadas, assim como a própria American Special que eu possuía, porém mantém um bom timbre característico das strato.
2- Braço e escala (9/10): Sem dúvidas o braço é o ponto forte da Road Worn, principalmente para aqueles que gostam de um braço um pouquinho mais fino. Por ser uma guitarra envelhecida, não possui o verniz atrás do braço, que garante uma tocabilidade fantástica. Além disso, a escala de Rosewood é uma maravilhosa peça e com certeza o que eu mais gostei. A única ressalva são os trastes, que apesar de serem 6105, um pouco maiores que os vintage, não estão 100% retificados nas últimas casas, mas é quase imperceptível.
Ponte (7,5/10): a ponte é cromada apenas e não cromada e niquelada como nas americanas, o que visivelmente fica um pouco mais "vagabundo", mas só quem é muito exigente e conhece vai notar, mas o mais importante é que ela faz bem seu papel. Talvez o problema de ressonância se deva ao fato da ponte não ser de grande qualidade, porém esse é um teste que farei depois com uma ponte americana.
Tarraxas (7,5): Também não possuem revestimento de níquel porém resistiram com alguns bends e dificilmente desafinaram sem o uso do tremolo, porém a guitarra desafina com o uso intenso do tremolo... Recomendo trocar por Klusons e usar alguns métodos de "travar " a corda na hora de troca-las.
Captadores e parte elétrica (7/10): Os captadores que vem com ela são os Fender Tex Mex, até que de médio-alto ganho para uma guitarra vintage. No braço, ele proporciona crunches excelentes e bem bluesy, para quem curte Stevie Ray Vaughan é ótimo, porém não é tão clean e cristalino quanto algumas reedições dos anos 50/60 da Fender ou os Seymour Duncan SSL-1. O do meio se aproxima muito ao do braço e como não uso muito não tenho muito o que comentar. O problema que eu encontrei foi o captador da ponte, que não tem aquela característica de stratocaster para funk e nem para blues, e apenas fica legal para sons bem distorcidos. Além disso, eles possuem um ruido alto em relação a outras guitarras que eu já testei. Os potenciometros e a chave seletora também são de média qualidade, nao são os melhores que já testei.
Acabamento (7/10): Apesar do acabamento ser em nitrocelulose, as marcas de "uso" nao são tão realistas como nas custom shop porém são legais e a não ser que você seja muito exigente a guitarra é bem bonita.
Custo x Benefício (8/10): neste tópico levo em consideração o preço dos EUA, 900 dólares, que só não valem tanto a pena pois provavelmente os captadores e algumas partes do hardware terão que ser trocados e então ser desembolsado mais um bom dinheiro. Aqui no Brasil, você não encontrará nova por menos de 6 mil reais, o que é até absurdo, e usada eu não pagaria mais do que 4 mil.
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