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Richard Guitar Veterano |
# abr/14 · Editado por: Richard Guitar
Galera, uma dúvida besta, mas não achei em lugar nenhum a resposta.
Porque que só no intervalo de Sétima Maior temos que escrever assim = 7M
Uma vez que nos intervalos de segunda maior, terça maior e sexta maior não precisamos botar 2M, 3M, 6M pois simplesmente se tiver o 2,3 ou o 6, subentende-se que eles já são maiores.
Não seria muito mais prático e lógico colocar os intervalos da escala maior assim:
1 2 3 4 5 6 7
Sem essa frescura de botar o tal do M no 7 rsrs
Abraço
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Luis A. Membro Novato |
# abr/14 · Editado por: Luis A.
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Richard Guitar
C7 é diferente de C7M (Cmaj7)....
C7 = Do de sétima da dominante, com Si bemol... C7M = Do de sétima maior, com Si natural...
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Richard Guitar Veterano |
# abr/14
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Obrigado Luis, mas não é isso que estou em dúvida.
A pergunta é mais sobre cifragem dos intervalos mesmo.
Na verdade é uma dúvida bem conceitual e diria até contestativa sobre a forma de cifrar esse intervalo específico.
Abraço
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geronimo.correa Veterano |
# abr/14
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Richard Guitar Por exemplo C7 indica 7 dominante, não 7 maior. Por isso quando for efetivamente 7 maior tem que especificar o 7M. Corrijam-me se estiver errado, Abs!
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Luis A. Membro Novato |
# abr/14
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Richard Guitar
Pois é, eu achei ate estranho a duvida, pois vi um tópico seu com substituição tritônica, então imagino q vc ja tá por dentro destas questões teóricas...
Existem algumas maneiras diferentes de cifrar, americanos, europeus e brasileiros às vezes usam simbologias diferentes pra msm coisa....
Mês passado houve um tópico sobre a origem das cifras, eu ainda não o li todo... mas vou deixar o link....
http://forum.cifraclub.com.br/forum/3/313404/
Abraço.
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makumbator Moderador
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# abr/14 · Editado por: makumbator
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Richard Guitar
Mas a questão do da sétima maior na cifragem de acordes exigir o M é justamente para diferenciar da notação clássica do acorde de sétima dominante (X7), que não é com sétima maior (e sim um acorde maior com sétima menor).
Caso sua ideia fosse lavada a cabo, o acorde X7 seria visto como acorde com sétima maior. Seria mais lógico em virtude de seguir o que se faz com os demais intervalos na cifragem de acordes, mas ficaria contra a prática já estabelecida na maioria dos lugares, em que o X7 significa o acorde de sétima dominante (que aliás é muito mais comum que o X7M).
Em muitos casos as regras de notação tradicional e de cifragem de acordes não seguem uma lógica perfeita, então a prática acaba consagrando procedimentos que não são homogêneos (e muitas vezes ilógicos).
Claro que nada impede que você use na sua notação o X7 valendo como X7M, ( e o de sétima dominante sendo notado como X7m) mas é claro que isso pode criar problemas se você for dividir esse material com outras pessoas já acostumadas com a forma tradicional que se usa no Brasil.
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Richard Guitar Veterano |
# abr/14
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Obrigado geronimo.correa
Mas não é isso que eu estou em dúvida.....
O que eu quero saber é porque o 7 sozinho não é Maior? Uma vez que o 2 sozinho é Maior, o 3 sozinho é Maior, o 6 sozinho é Maior.
Na verdade o título que ficou equivocado... Era pra ser algo assim:
Uma pequena dúvida de cifragem de intervalos
Abraço.
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makumbator Moderador
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# abr/14
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Richard Guitar O que eu quero saber é porque o 7 sozinho não é Maior?
Mero uso, prática. No final ficou estabelecido que seria assim de tanto usarem.
repito o que escrevi na postagem anterior:
Em muitos casos as regras de notação tradicional e de cifragem de acordes não seguem uma lógica perfeita, então a prática acaba consagrando procedimentos que não são homogêneos (e muitas vezes ilógicos).
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geronimo.correa Veterano |
# abr/14
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Richard Guitar O que eu quero saber é porque o 7 sozinho não é Maior? Então, ele não é maior porque é dominante rsrs como disse o makumbator Mero uso, prática. No final ficou estabelecido que seria assim de tanto usarem.. Abs!
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Richard Guitar Veterano |
# abr/14
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makumbator
Perfeito !!
Pois é justamente por ser ilógico que é estranho....rsrs Pois estou fazendo um método e acabo me pegando nessas questões ilógicas.. Isso para explicar para alunos é complicado. É chato ter que dizer: - É porque isso caiu em consenso então ficou assim mesmo.
É como se deixassem as coisas de qualquer jeito. rsrs
Valeu !!! Abraço !!
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Richard Guitar Veterano |
# abr/14
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Luis A.
Valeu Luis, vou lê esse tópico, salvei aqui nos favoritos, parece ser ótimo!!
Abraço!!
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LeandroP Moderador |
# abr/14 · Editado por: LeandroP
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Richard Guitar
Acredito que seja classificado e grafado desta forma pela força da inversão e das possíveis dilatações do intervalo de 7a; ou o intervalo de 2a (já que são inversões um do outro). Seguindo a regra de inversão, onde maior vira menor e vice-e-versa, aumentado vira diminuto e vice-e-versa e, os justos permanecem justos, temos o seguinte:
2a menor = 7a maior 2a maior = 7a menor 2a aumentada = 7a diminuta
Na inversão:
a tônica vira oitava, a segunda vira sétima, a terceira vira sexta, e a quarta vira quinta.
Esta é a força da inversão. Já a dilatação pode ser demonstrada através da escala cromática. Logo abaixo eu classifiquei os intervalos em número de tons e separei os graus em grupos. Observe que alguns grupos são divididos com 2 intervalos e outros grupos divididos com 3 intervalos. Ou seja, alguns grupos têm uma dilatação maior que a outro, e por isto é necessário que a grafia compreenda esta maior dilatação, de modo que se evite confusão na interpretação desses graus específicos.
Cromática: _______________________________
Tônica - 0,0
2a menor - 0,5 tom 2a maior - 1,0 tom 2a aumentada - 1,5 tom
3a menor - 1,5 tom 3a maior - 2,0 tons (trítono com a 7a menor)
4a justa - 2,5 tons 4a aumentada - 3,0 tons (trítono com a tônica)
5a diminuta - 3,0 tons (trítono com a tônica) 5a justa - 3,5 tons 5a aumentada - 4,0 tons
sexta menor - 4,0 tons sexta maior - 4,5 tons
sétima diminuta - 4,5 tons (trítono com a 3a menor) sétima menor - 5,0 tons (trítono com a 3a maior sétima maior - 5,5 tons
oitava (tônica) - 6,0 tons
_______________________________
Você deve ter observado na cromática acima que para as quartas e quintas, embora também sendo inversões umas das outras, somente às quintas eu vejo uma aplicação mais prática, deixando as 4as simplesmente como 4a justa ou 4a aumentada e nunca 4a diminuta (grau ou grupo limitado a dois intervalos). Isto porque a 4a diminuta ocuparia o lugar da 3a maior. E eu não vejo razão de substituir a escrita da terça maior pela quarta diminuta. Pelo menos não na cifragem.
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Filippo14 Veterano |
# abr/14
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Richard Guitar Existem 3 sétimas 7M - 7 - 7b
Abraço
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Richard Guitar Veterano |
# abr/14
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LeandroP
A inversão dos intervalos se a Sétima Maior fosse grafada sem o M, ficaria assim:
2m = 7 2 = 7m 2# = 7d
Não entendi a sua resposta no contexto da minha pergunta... Poderia explicar melhor ?
Abraço.
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LeandroP Moderador |
# abr/14
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Richard Guitar
Se fosse grafada da maneira como você postou, a simbologia utilizada também cobriria esta "dilatação" dos intervalos de sétima. Aí é como disse o makumbator, "ficaria contra a prática já estabelecida na maioria dos lugares, em que o X7 significa o acorde de sétima dominante (que aliás é muito mais comum que o X7M)."
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Denis Warren Veterano |
# abr/14
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Olá Richard Guitar!
O que foi adotado na formulação do sistema de cifragem é a simplificação da escrita dos acordes elementares do sistema tonal. Foi tomado como ponto de partida o acorde maior, e esse aparece na cifra fazendo referência apenas a tônica, exemplo: C
Observe que a terça maior e a quinta justa estão omitidas na escrita.
A segundo estágio de um acorde de tríade é o menor, onde a terça é reduzida meio tom para uma posição mais instável. A cifra recebe a designação menor, exemplo: Cm.
O trítono era condenado durante a idade média mas passou a ser usado no final do período e depois no renascimento. Sua aplicação era condicional, deveria ser preparado e resolvido. Dessa forma criou-se movimento na música através da expectativa criada pela tensão. Era o início do princípio tonal e da tonalidade. Esse acorde com trítono passou a ser conhecido como "acorde de sétima da dominante" e foi cifrado com o número 7 indicando a inclusão, exemplo: C7.
Uma nova categoria, que conhecemos hoje como tétrades, apareceu como forma de expandir as estruturas de cada grau do campo harmônico. Os acordes menores ganharam a sétima menor (7) e os demais acordes a sétima maior, que passou a ser cifrada de inúmeras maneiras. Exemplos: Cmaj7, C7M, C∆.
Os demais intervalos foram inclusos com a evolução do sistema tonal e a aceitação das novas condições, seja de tensão, suspensão ou alteração de estrutura. Primeiro a sexta maior, ocorrência comum nas inversões de acordes com sétima, cifrada com o 6. Depois a segunda maior e a quarta justa, comuns nas práticas de appoggiatura e finalmente suspensão, cifrados como 2 e 4. Os demais símbolos vieram para representar as tensões que faltavam e usou-se b ou #. Exemplos: b9, #9, #11, b5, #5, b13.
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