Tonante Por Preço de Gibson.

Autor Mensagem
MauricioBahia
Moderador
# fev/14
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makumbator
JJJ
renatocaster

Que fase negra. Os preços subiam diariamente, mesmo! Era uma loucura. Não sei como meus pais conseguiam organizar as finanças pois era impossível fazer uma projeção de gastos.

O.o

JJJ
Veterano
# fev/14
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renatocaster
Cruzeiro, Cruzado, Cruzeiro Novo, Cruzado Novo, Cruzeiro Real...

Continuando a lista: Real, Real Novo... hehehe

JJJ
Veterano
# fev/14
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MauricioBahia
Não sei como meus pais conseguiam organizar as finanças pois era impossível fazer uma projeção de gastos.

A gente meio que esquece (a mente tem umas "defesas" que nos fazem lembrar só que era bom e esconder a parte ruim - salvo quando há trauma), mas era mais ou menos assim (peguei o fim dessa praga):

Quando o sujeito recebia o salário, corria pras "compras de mês" (carrinhos e mais carrinhos de supermercado - gente pra cacete no início do mês). Daí pagava as contas e tal. Se sobrasse um troco, tinha que ir correndo pra poupança, porque se ficasse em conta corrente ou dinheiro, a cada dia o poder de compra daquele montante ia sumindo...

Aliás, lembrei aqui que, pra evitar essa coisa das pessoas evitarem manter dinheiro em conta corrente, os bancos tinham umas opções doidas de conta corrente com rendimentos diários.

Enfim, existia toda uma "logística" pra se defender da maldita inflação. Mas ela sempre comia uma parte do salário, inevitavelmente...

Por isso, quando o pessoal mais velho vê esses números de inflação crescentes, as "maquiagens" nos índices, os "ventos" que vem da Argentina e tal, fica logo apavorado... rs

MauricioBahia
Moderador
# fev/14
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JJJ: Enfim, existia toda uma "logística" pra se defender da maldita inflação.

Os defensores devem ter ganho muito dinheiro. Seriam os banqueiros, como sempre?

:)

JJJ
Veterano
# fev/14
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MauricioBahia
Seriam os banqueiros, como sempre?

Esses sempre se dão bem.

inExperienced
Veterano
# fev/14
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john Norum

Pode ser uma SRV Finder se for é isso mesmo.

LeandroP
Moderador
# fev/14 · Editado por: LeandroP
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Esta lista de preços deve ser de uma certa loja, em meados do anos '80 (rsrsrsrs)

- E aí cara, aonde você comprou essa guitarra maneira?

- Foi lá na Shop Music

°.°

john Norum
Veterano
# fev/14
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inExperienced
Ta bom,kkkkkkkk........


LeandroP

Para escolher entre as melhores marcas: Tonante,Jeniffer, kashima.......

vintagentleman
Veterano
# fev/14
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Vocês velhos deram uma levantada neste tópico inicialmente merda. Ficou interessante a discussão histórica e econômica entre os dinos rsrsrs

Luis A.
Membro Novato
# fev/14
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vintagentleman

Tou quase procurando umas revistas velhas aqui e tirando umas fotos pra aumentar o acervo kkkkkk

john Norum
Veterano
# fev/14
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Para vocês velhos,como era o Brasil em 1900 ?

JJJ
Veterano
# fev/14
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LeandroP

"agora + 1 telefone" é phoda! kkkkkkkkkkkk

Denuncia totalmente a época, anterior à privatização, quando um telefone levava anos e anos da compra até a instalação...

Um dia, se Deus quiser, os correios também passarão por isso e vamos lembrar com "saudade" dos tempos em que uma simples encomenda levava 3 meses pra chegar...

JJJ
Veterano
# fev/14
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john Norum

Em 1900? Não sou tão velho assim... Vai ler nos livros de história! hehe

renatocaster
Moderador
# fev/14
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Lelo Mig, MauricioBahia e JJJ são da época dos "contos de réis", rsrsrsrsrs.

JJJ
Veterano
# fev/14
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renatocaster

Nem tanto, nem tanto...

Além do mais, como disse Bryan Adams: eighteen till I die!

Lelo Mig
Membro
# fev/14
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MauricioBahia
JJJ

"Os defensores devem ter ganho muito dinheiro"........

Como sempre, em todas as épocas, têm coisas piores e melhores......

Uma coisa que melhorou muito, apesar de as pessoas não perceberem isso diretamente, é que com o fim da inflação, além dos efeitos que todos sabem, entrou muito dinheiro em circulação e refletiu diretamente na produção.

Isso porque o número de Ricos Vagabundos, no período de inflação era gigantesco.......quem tinha muito dinheiro não precisava trabalhar, nem investir em trabalho, nem produzir.........os caras simplesmente coçavam o saco e viviam de renda.......é só lembrar, vocês devem ter tido algum tio ou primo que não fazia pikas e só vivia de renda.

Essa gente, mesmo sem intenção, colaborava para que o País vivesse afundado.

MMI
Veterano
# fev/14
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renatocaster

Lelo Mig, MauricioBahia e JJJ são da época dos "contos de réis", rsrsrsrsrs.

Eles devem ter vivido isso mesmo, eu não. Fico imaginando que desde aquela época a inflação comia solta, um conto de réis significava 1 milhão de réis.

Lembro da década de 80, quando tinha minha conta no banco e ganhava meu dinheirinho... Todos os dias o saldo tinha uma correção, teve épocas que o supermercado remarcava os preços 2 vezes ao dia. Outra época os preços eram indexados, criavam índices - por exemplo, alguns cobravam em dólares. Era tanto zero, notas carimbadas, nem sei mais explicar: WTF??? Hard times...

JJJ
Veterano
# fev/14
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MMI

Tu não é tão mais novo assim não, cara... hehehe

vintagentleman
Veterano
# fev/14
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Pessoal,

A galerinha mais nova não faz nem ideia, mas nos anos 80 algumas coisas eram verdadeiros luxos no Brasil, coisas inacessíveis no dia-a-dia da classe média. Quem tinha acesso era média alta ou rico mesmo:

1. Comer bife (carne de gado de primeira): só se comia frango, bife do olhão, carne de segunda. Se você fazia um churrasco e convidava um pessoal, era considerado até ostentação;

2. Viajar de avião: era um luxo. Ainda peguei os bons tempos da VARIG. Como dói uma saudade... Você se arrumava para viajar, todo mundo cheirosinho e com roupas boas, o serviço era impecável, não se ouvia falar em atraso, overbooking etc. Mas não era pra menos... Uns poucos privilegiados viajavam. Eles serviam uma maletinha com comida de verdade e de qualidade até em voos de média distância. Refeição mesmo. Isso em rotas domésticas! Qualidade da comida e bebida equivalente ao que se vê numa classe executiva em voos internacionais de hoje, ou numa econômica de empresa muito boa de hoje, tipo Air France... Agora tenho que aturar TAM e mix de castanha e água mineral... cruel...

3. Computadores: Tinha uma tal de reserva de mercado, que impedia a importação desse tipo de produto. Logo as empresas tinham que comprar uns IBM montados aqui com tudo importado. Custavam o preço de um carro barato, e pareciam tecnologia alienígena. Eu criança mexia às vezes, quando ía com o pai no trabalho dele, ou quando fui fazer o meu primeiro curso de informática (DOS, DBASE etc). Em casa nem pensar.

4. Videocassete: O cara era o Panasonic. Fomos a primeira casa da rua a comprar e juntou uma multidão de crianças da vizinhança para assistir "O Exorcista" na primeira sessão do "cinema". Depois veio a putaria de pegar fitas pornô. Minha mãe acabou com a festa quando percebeu que eu e os meninos acabamos com toda a comida da casa;

5. Viagem internacional: Essa aí nem eu que era meio playboyzinho consegui na época. Era coisa pra rico mesmo. Só fui até o Paraguai. Uma porrada de vezes. Bom que a mãe deixava eu comprar tênis importado, o que me leva ao item abaixo;

6. Tênis importado: Aqui eu me dei bem. Fui pioneiro na escola, talvez na cidade, a ter Reebok e Nike, enquanto a tigrada andava de Rainha System rsrsrs

7. Automóvel: Vocês acham carro nacional caro e ruim certo? Eu também acho. Agora vocês tinham que ver como era nos anos 80. O pai foi o primeiro a comprar na cidade um Gol GT 1.8 em 1984. Era A MÁQUINA! Engraçado que não tinha nem 100 cavalos, o vidro era de manivela, não tinha direção hidráulica, nem ar condicionado. A verdade é que ocorria com carro a mesma coisa que ocorria com computadores. Protecionismo de mercado. O Collor fez uma coisa boa abrindo esse mercado no início dos anos 90, quando constatou o que todos já sabiam: andávamos em carroças.

Então moçada, a verdade é que vocês têm vida mais fácil hoje. Os dinos aí vão confirmar rsrsrs

MMI
Veterano
# fev/14
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JJJ
vintagentleman

Os dinos aí vão confirmar rsrsrs

Não sei nada disso, só ouvi falar. huahuahuahua

vintagentleman

Viajar de avião

A Varig dava comida e inclusive talheres de metal. Confesso que uma vez trouxe para casa os talheres, tenho até hoje. kkkkk

Tênis

Tinha muito Kichute. Depois tive um chinês que veio do Paraguai de uma muambeira, esse aqui. Sem comentários...

vintagentleman
Veterano
# fev/14
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MMI

A tigrada usava muito Kichute mesmo... eu lembro que sobrava (muito) cadarço e os meninos davam voltas nas canelas. Eu queria muito um para me integrar ao grupo mas a mãe não comprou porque saiu um papo na época que o negócio deformava o pé rsrsrsrs

Agora ela comprou um DESSES pra mim. E o bicho deslizava...kkkkkk

Luis A.
Membro Novato
# fev/14
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E tmb nao existia essas coisas de politicamente correto kkkkkkkkk

JJJ
Veterano
# fev/14 · Editado por: JJJ
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vintagentleman
O Collor fez uma coisa boa abrindo esse mercado no início dos anos 90, quando constatou o que todos já sabiam: andávamos em carroças.

E foi a única coisa boa que ele fez... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Gol GT 1.8 em 1984. Era A MÁQUINA! Engraçado que não tinha nem 100 cavalos

A eficiência dos motores era péssima naquela época...

MMI

Tinha muito Kichute

Não tinha muita opção em termos de chuteira. Era Kichute no pé e bola Dente de Leite!

Luis A.

IMPAGÁVEL!!!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
(o detalhe é que o gosto dessa porcaria era bom!!! rs)

renatocaster
Moderador
# fev/14
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Cof, cof, cof...Tópico cheirando a mofo!!! kkkkkkkkkkkk.

Na década de 80 eu era criança, mas me lembro de muitas coisas relacionadas a esses perrengues da inflação e trocas de moedas. Uma delas era aquela frenética remarcação de preços nas mercadorias.

Os preços nos produtos eram marcados com aquela maquininha manual que colava a etiquetinha com o preço no produto (não tinha nem barcode, hehehe). Tu pegava um produto e percebia que ele já tinha uma porrada daquelas etiquetinhas com o preço, uma por cima da outra, rsrsrsrs.

Kichute, Bamba, Conga, tênis Montreal, isso eu tive aos montes. Nike, Reebok, Asics, Mizuno, eu só vim a conhecer no início da década de 90, ninguém do meu círculo de convívio tinha acesso a esses tênis nos anos 80. Computador então, putz...Meu primeiro contato com um PC foi lá pra 1992, 1993...

Agora, alguém mais antigo do que eu aí consegue mensurar quanto custava e o quão difícil era importar uma Gibson, por exemplo? Nem consigo imaginar, kkkkkkkkk.

john Norum
Veterano
# fev/14
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Gibson no Brasil nos anos 80 nem era coisa de rico era de milionário mesmo, por isso existia a giannini e outras marcas que copiavam as lp da gibson.

john Norum
Veterano
# fev/14
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Como estão falando de preços,olhem o que achei:

http://www.ebay.com/itm/GIANNINI-GCRA-202-EL-FM-ELECTRIC-CRAVIOLA-GUIT AR-Lt-CHOCOLATE-BURST-HARDCASE-/350990818048?pt=Guitar&hash=item51b8ae db00

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-528907125-guitarra-craviola-gcr a-202-vermelha-giannini-_JM

Cara isso e uma merda, o nosso próprio produto nacional custa mais barato la fora, por que não fazem assim com as gibson e fender também

JJJ
Veterano
# fev/14 · Editado por: JJJ
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john Norum

Eu já tinha visto isso da Craviola (até falei aqui, em algum tópico perdido). É um absurdo mesmo.

Uma possibilidade interessante, caso alguém queira muito uma dessas e vá pra lá, é comprar e passar na boa na alfândega sem entrar na cota (afinal é produto nacional... acho que não podem cobrar imposto sobre produto nacional, né?).

Tem algo parecido com isso aqui (notícia velha, mas acho que vale):
http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=1&not icia=4642

EDIT:

Na IN1059, tem o seguinte:

"TÍTULO IV

DO TRATAMENTO TRIBUTÁRIO DE BENS DE VIAJANTE

CAPÍTULO I

DO TRATAMENTO TRIBUTÁRIO NA IMPORTAÇÃO

Seção I

Da Não-Incidência

Art. 30. Não haverá incidência de tributos no retorno ao País de bens nacionais ou nacionalizados de viajantes residentes no Brasil.

§ 1 o O disposto no caput se aplica inclusive a animais de vida doméstica.

§ 2 o No caso de bens de origem estrangeira, a autoridade aduaneira poderá solicitar a comprovação da nacionalização, para aplicação da não-incidência."

***

Agora, cá entre nós, é o fim da picada pagar mais barato por um produto nosso lá fora...

***

EDIT 2, a missão: o tópico desvirtuou de vez... uhauhauhauhau

john Norum
Veterano
# fev/14 · Editado por: john Norum
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JJJ
Impressionante como o Brasil é, isso e um dever do país deixar um produto nacional sem impostos, mas infelizmente........ enquanto nos músicos não agir nada vai acontecer, vamos continuar sendo explorados absurdamente,isso porque antigamente era pior.

MMI
Veterano
# fev/14
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renatocaster

Agora, alguém mais antigo do que eu aí consegue mensurar quanto custava e o quão difícil era importar uma Gibson, por exemplo? Nem consigo imaginar, kkkkkkkkk.

Vovô Lelo pode te contar essa história. kkkkkkkk

Era uma época que o mercado era fechado para muita coisa, importar legalmente era muito mais difícil, algumas coisas beiravam o impossível ou simplesmente eram completamente inviáveis. Por outro lado era também uma época em que a lei era para os inimigos, os amigos conseguiam tudo. Então tinha muita gente amiga dos militares que enriquecia com coisas do tipo de apagar multa de trânsito ou mesmo fechar os olhos na alfândega. A imprensa era censurada, não tinha microcâmeras e aparelhos portáteis de gravação.

Então tinha um mercado de muambeiros muito ativo. Os primeiros videocassetes eram todos contrabandeados. Soube até de quem contrabandeasse Mercedes Benz e conseguisse licenciar normalmente (quase não existia nas ruas!). Então era uma opção, mas ainda assim era caríssimo - as coisas ficaram mais fácil, mas a cultura do importado caríssimo ficou.

Jhon Stuart
Membro Novato
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fev/14

Queria tirar uma dúvida: Ibanez gio de R$ 1.089,00 ou Strinberg Flying V de R$ 600,00 ?

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