Análise harmônica "Vela - Human Abstract"

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    stormizinhu
    Veterano
    # ago/13


    Do nada bateu uma vontade de testar meu conhecimentos, e me deparei com essa música, com sua base e primeira sequência de sweeps.

    Gostaria q analisassem, se está certo pois isso tudo está a meu ver, pq está errado, como que eu sei se o guitarrista quis usar tal cadência, enfim.

    Vela, together we await the storm

    E Maior

    I ii iii IV V vi viiº

    E7M F#m7 G#m7 A7M B7 C#m7 D#m7(5b)


    -Progressão da base-

    bVi bIII| bViiº bVi| V bVi| bii viiº |

    C G | D C | C# C | F D# C |

    -Progressão dos sweeps-

    Cm G | Dº Cm| C# Cm| G Fdim |

    Como eu saberia dizer em qual "escala" está cada sweep, provavelmente seguindo alguma cadência, provavelmente modulante, mas me matei aqui e ainda não achei uma "lógica"

    Filippo14
    Veterano
    # ago/13
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    Cara, nunca ouvi essa música, mas se isso estiver correto, ela não está em tom algum.

    No blues principalmente, acordes dominantes tem uma melodia com a escala menor na mesma tonica. Ex C7 com um solo em Cm.

    Ve se esses acordes estão certos ou se são tétrades dominantes.

    Se os arpejos estiverem corretos e tudo estiver correto e no tempo certo ao que você deu. Não há nada certo. Tudo ai sairá errado, pois tem muitos intervalos de 2b entre a harmonia e a melodia, Ex o D com o arpejo de D diminuto. as terças e as quintas vão chocar, e se tiver a sétima no acorde tambem.

    O que pode estar ocorrendo é o fato dele tocar só o baixo na harmonia. Ai nada chocaria

    Abraço

    stormizinhu
    Veterano
    # ago/13
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    http://www.youtube.com/watch?v=L1n5IWbHqu8 o link da música

    sim a base, é apenas a 6 corda como baixo, não há mais notas, na real sempre que ele faz sweep ou tapping, apenas uma nota de base, mas o que quero chegar é alem do som agradável, um porque que se pode usar isso, qual o fundamento.

    To ligado nesse esquema de choques e tal, mas isso é teoria, e se na prática ele quiser esse choque mesmo, pq não poderia usa-lo, saca?

    essas anotações são minhas mesmo, fiz na hora, pra mim tem certa coerência, mas foge de mais esse modalismo

    sidguitar1
    Veterano
    # ago/13 · Editado por: sidguitar1
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    stormizinhu
    da pra analizar de varias maneiras as sequencias de acordes, cada guitarrista usa e analizada de varias maneiras, vai depender de seu conhecimento harmonico, do som q vc quer dar a esses acordes, etc

    os dois primeiros compassos pra mim sao bem tranquilos se vc quizer fazer o obvio( ja q da pra vc pensar em acorde por acorde e nao em cadencias se vc tiver conhecimento e quizer complicar a coisa, mas o melhor e agrupar o maximo de acordes q tenham algo em comum pra ficar mais susse ate pra improvisar
    )

    o Cm e o G vc tem a escala de do menor harmonica q possui esse dois acordes, o D diminuto pode ser considerado uma inversao do G7(b9), q e o quinto grau da menor harmonica tambem, o terceiro compasso depende dq o cara q criou a sequencia pensou pra esse C#, teoricamente ele pode estar substituindo o dominante(G), mesmo estando sem a setima ja q esta usando triades mas o certo seria um C#7(b9) por exemplo, q e um subV7 (substitiu o G7 para o Cm neste caso)
    e por ultimo aparece o dominate novamente do Cm o (G), e esse fa diminuto tambem substitiu o G7(apesar de nao ter aparecido a setima , mas pela ordem dos acordes um dominante), o fa diminuto possui o mesmo tritono do G7 e pode substituir ele, uma regra q existe e q acorde diminuto meio tom atras do acorde q vc vai tocar pode ser usado como dominante(uma substituiçao do V7b9), nesse caso o fa diminuto e uma inversao do Bdiminuto q esta a meio tom do Cm q por coincidencia e inversao daquele mesmo D diminuto hehe

    essa e so uma maneira de analizar, mas faz bastante sentido pra mim, tirando o C# toda a sequencia pode ser usada a escala de Cm harmonica,espero ter ajudado,abraçao


    so uma observaçao, faz todo sentido a sequencia dos arpejos, q provavelmente e a sequencia de acordes, as q vc passou acima onde todos os acordes eram maiores estao erradas com certeza e nao fazem sentido, se for essa ordem q passei dos arpejos( ja q arpejos tem as notas dos acordes, ai a sequencia passa a fazer sentido

    stormizinhu
    Veterano
    # ago/13
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    como dito ali em cima, fiz meio rápido , pois me deu uma explosão analitica =), e os "acordes da base" não chegam a ser acordes e sim apenas a nota descrita, fiz mesmo pra ver até onde eu ia, EM fez sentido pois a intro e boa parte se mantém nela, mas essa parte fugia legal dela, por isso quis fuçar.

    e esse Dº é diminuto e o Fdim é tretrade meio-diminuto, não sei se ficou tão claro, mas agora com essas dicas vou re-analisar e depois a gente ver =).

    stormizinhu
    Veterano
    # ago/13 · Editado por: stormizinhu
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    Olhei novamente e acho q agora está bem mais certo =)

    "Vela, Together we await the storm"

    C menor harmônico

    Cm7M Dm7(5b) Eb7M(5#) Fm7 G7 Ab7M Bbº

    --BASE--

    i V | ii i | SubV7 i | iv iii i | Possível progressão
    C G | D C | C# C | F Eb C | Apenas o baixo
    Cm7M G7 | Dº Cm7M | C#7(9b) Cm7M | Fº Eb7M(5#) Cm7M | Se fossem acordes


    --SWEEPS--

    i V | ii i | SubV7 i | V iv | Possível progressão
    Cm G | Dº Cm | C# Cm | G Fdim |

    O Segundo grau Dm7(5b) é meio-diminuto, mas a tensão do modo (Lócrio 6M) permite transforma-lo em diminuto.

    O Quarto grau Fm7 é um acorde normal menor com sétima, mas a tensão do modo (Dórico 4#) permite transforma-lo em diminuto.

    Agora é isso ae mesmo? Achei muito bom praticar e ter alguém para trocar uma ideia e se aperfeiçoar cada vez mais.

    Será q rola mais analises? =)

    sidguitar1
    Veterano
    # ago/13
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    stormizinhu
    agora ficou legal tua analize e colocando os acordes de maneira mais precisa, o Dm7(b5) vc nao precisa nem tranformar em diminuto pra usar escalas na hora de improvisar(e tambem arpejos, ai vai do gosto e escolhar q fizer), pq o segundo grau da menor harmonica e um acorde meio diminuto mesmo, mas vai analizando e trocando ideias com o pessoal q esse o caminho, cava vez vc aprende mais, lembrando q em estilo neo classico, melodico e afins e bem comum misturar os campos menor natural, harmonico e melodico, ai vira uma festa de opçoes de escolha pra improvisar, abraçao

    sidguitar1
    Veterano
    # ago/13
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    stormizinhu
    agora ficou legal tua analize e colocando os acordes de maneira mais precisa, o Dm7(b5) vc nao precisa nem tranformar em diminuto pra usar escalas na hora de improvisar(e tambem arpejos, ai vai do gosto e escolhar q fizer), pq o segundo grau da menor harmonica e um acorde meio diminuto mesmo, mas vai analizando e trocando ideias com o pessoal q esse o caminho, cava vez vc aprende mais, lembrando q em estilo neo classico, melodico e afins e bem comum misturar os campos menor natural, harmonico e melodico, ai vira uma festa de opçoes de escolha pra improvisar, abraçao

    stormizinhu
    Veterano
    # ago/13
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    Não tem será um tópico só sobre isso, tipo desafios da vida, fulano posta e geral monta e aprende junto? será q rola fazer isso , eu me pilho pq como sou autodidata, se não me disserem q realmente pode ser isso, a dúvida permanece até alguém esclarecer.

    Vlw ae pessoal, e keep rocking!

    Filippo14
    Veterano
    # ago/13
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    stormizinhu
    Cara, uma pergunta e uma resposta para a possível resposta ahahahah. Qual o tipo de música que você gosta de tocar?
    O que acontece com músicas com uma harmônia não tão simples é a ideia e dica de ver tudo separado. Você colocou uma possível progressão que pelos acordes está certa, mas que não vai adiantar nada. Tem algumas progressões que funcionam. V-I é uma delas. Isso sempre funciona, e com os relativos isso também serve (Ex III-VI). O problema é que se você abrir isso para anti-relativos e emprestimos modais, a coisa fica muito grande e confusa. Anti-relativo seria o relativo do dominante, no caso do modo maior partindo do jonio ele seria o frigio. Ele pode ser usado no lugar do relativo menor ou do proprio acorde maior. Pensa que se for pensar em substituições essa cadência já fica com algumas possibilidades. Tem uma outra que é bem parecida que é o famoso II-V-I, tanto maior como menor (maior sendo o I um acorde maior, geralmente o jonio e menor sendo a mesma coisa, sendo o I o eólio). Se for fazer substituições já aumenta tudo de novo. Tem aquela com emprestimo modal IV-IVm-I. As substituições, mesmo que mais limitadas ainda funcionam nesse caso. Onde eu quero chegar? Você descreveu muito as progressões, colocou elas certinhas lá e tal, mas o que isso te ajudou? A maioria ali são cadências que não encaixam nessas 3, não são "comuns" como essas. Não precisa usar aquilo, pensa nos acordes e pronto. A minha dica é a de tentar encontrar essas 3 cadências ali no meio e tentar pensar "blocado". Pensar em blocos de acordes, ou mini cadências, tonalidades dentro da música. Isso facilita na hora de mudar de tons, improvisar de forma modal etc. Portanto, tenta só analisar as cadências e pensar em blocos, sem criar essas cadências gigantes que não ajudam. As vezes um IV, V podem ser um I em outra cadencia e por ai vai. A questão que eu quero chegar é em olhar da forma mais simples e objetiva os acordes, de forma que você consiga escolher as melhores coisas para tocar.

    Abração

    stormizinhu
    Veterano
    # ago/13
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    Gosto de tocar música boa, seja qual for, de bomberman, a parkway drive, protest the hero, trivium, enfim.

    Entendo bem seu ponto de vista e concordo, mas ai que eu quero chegar =), V-I e outras cadencias simples , q "funcionam", não são necessariamente as que precisam acontecer, pra mim música é arte, e dane-se cadencia (de certo modo), pois tenho composições que não seguem cadência alguma e acho a sonoridade além disso.

    Essa forma "blockista" auehuahaeh que tu disse, vou começar a usar mais isso mesmo, essa música até está além de minha alçada, fiz pq me deparei com ela mesmo, tanto que errei feio no começo aueuehauhea.

    Qual a moral disso em si? Bom, volta e meia me deparo com um som qualquer e digo, "é daquela música do system" e já encontro rápido o modo, e todas suas relações além de música criar regras para serem quebradas xD, quero ver quanta coisa "quebrada" acho por ai.

    Filippo14
    Veterano
    # ago/13
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    stormizinhu
    Então, justamente ahahhaha. Musica é arte, por isso que na minha opinião é meio sem objetivo pensar em tudo como uma gigantesca cadeia ahahhaha. O lance é se encontrar essas cadencias nas musicas facilita para saber o que fazer durante aquele pedaço, mas fora isso elas são meio inuteis. Só se forem usadas para compor uma parte que não ta saindo.

    Não lembro pq eu queria saber que tipo de música você gosta de ouvir ahahha, mas suave.

    Quanto as quebradeiras, analisa-las de forma bem blocada é muito bom, porque mesmo que não sejam cadencias, você consegue separar as tonalidades e modos que estão rolando nas partes, facilitando a visualização e improvisação.

    Se quer ouvir quebradeira de verdade eu sugiro você começar a ouvir jazz, bossa, choro e todo esse tipo de música considerada mais cult ahahhaha. Jazz é caracterizado por uma liberdade harmônica fantástica.

    Se quiser quebradeira ritmica tem umas bandas tipo king Crimson de progressivo que abusam disso.

    Abraço

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