Pergunta pra quem leciona aulas de guitarra.

    Autor Mensagem
    ferbarper
    Veterano
    # mai/13


    Bom pessoal tenho 4 anos de guitarra e comecei a dar aulas há um ano , alguns alunos meus tem se destacado e pra quem leciona isso é um orgulho , mas todo ser humano é diferente claro , e alguns por mais que eu insista não vão pra frente no improviso , não sei se é porque fui autodidata , nunca nem fiquei sabendo de métodos empregados pra ajudar alguém com as ideias no improviso . Oque há muito também é a divisão de dois grupos de alunos algumas não se saem bem na parte ritimica do solo sempre repetitivo mesmo estando há um ano pegando aulas , outros tem a parte ritimica boa mas não encaixam bem as notas , oque vocês fariam nessa situação pra ajudar-los ? Algum exercício ?

    Lelo Mig
    Membro
    # mai/13
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    ferbarper

    Cara, não entenda o que irei escrever como crítica ou reprovação, entenda apenas como uma opinião sincera, pessoal e analítica.

    Talvez, não sei, você toque muito bem. Mas isso não o gabarita a dar aulas. E pela colocação de sua dúvida e considerações, me parece, em primeira instância, que você não esta apto para tal.

    Lecionar, é conhecer as ferramentas necessárias para ensinar e desenvolver seu aluno, assim como, ajuda-los e orienta-los, conhecendo as variantes para casos específicos e individuais, métodos a serem aplicados e saber analisar os resultados obtidos.

    Você parece não dominar essas ferramentas. Repetindo, saber tocar, por melhor que seja, não é o mesmo de saber ensinar. Você, no mínimo, deveria estar estudando também, e esse alguém, poderia te orientar e sanar algumas dúvidas.

    Em tempo: "Quem leciona, leciona algo a alguém", dessa feita "lecionar aulas" é um pleonasmo.

    ALF is back
    Veterano
    # mai/13 · Editado por: ALF is back
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    ferbarper
    cara, acho q o melhor exercício pra improvisaçao é o solfejo...vc pode trabalhar isso rodando uma bt e pedindo pro seu aluno cantar um solo...muitos deles tem criatividade, mas não tem aquele tato...o reconhecimento das notas e intervalos pra pegar pras nota q imaginou...seu aluno canta o solo...vc grava isso e dos iram o solo q ele cantou na guitarra...isso funciona mto bem, mas o cara tel q ser extrovertido...se tiver vergonha, não vai topar cantar solo nenhum com a boca...pra esses casos, acho q a única solução é reforçar mto bem os intervalos pra ele assimilar bem o impacto q cada nota pode causar na harmonia!

    Edit: concordo com o Lelo, mas acho q tem alguns autodidatas por ai q, apesar de nunca terem feito aulas em Conservatório, sabem o conteúdo e tem didática tbm...isso é suficiente pra dar aulas...acho mais valido um cara q não sabe mto, mas o pouco q sabe, consegue passar a Info, do q um cara q sabe mto e não sabe passar nada...tudo isso leva em conta a motivação...é muito desestimulante vc ter um Prof q não sabe ensinar...vc perde o gosto pela coisa...ja o cara q sabe passar, quando vc vê q dali não sai mais nada, procura outra coisa...mas o cata q te dava aulas te manteve motivado com o pouco q ele sabia...claro q esse "pouco" não é a mesma coisa q nada...é algo bem subjetivo...mas como não sabemos em qual categoria vc se enquadra, podemos partir do principio q vc sabe o q esta fazendo!

    ferbarper
    Veterano
    # mai/13
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    Lelo Mig
    entendo , talvez não me encaixe totalmente no que você diz , já que alguns tão se saindo bem de mais , mas em outra parte se soubesse lecionar melhor poderia já ter ajudado os outros
    valeu
    abrçs

    ALF is back
    Valeu vou ver isso do sofejo .
    abrçs

    sebber
    Veterano
    # mai/13
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    ALF is back

    Também curti essa dica do solfejo. Me sinto estagnado quanto à execução de solos de improvido porque acho que estou um pouco preso num determinado estilo que me agrada.

    Porém quando me imagino cantando o solo ele flui melhor. Tentarei fazer isto de gravar a ideia melódica.

    Valeu

    ALF is back
    Veterano
    # mai/13
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    sebber
    ferbarper
    desculpem pelo texto acima cheio de palavras misteriosas...é q tava no cel e o corretor ortografico é uma bosta!
    o solfejo é infalivel...acontece cmg e creio q com muitos...eu tenho certa facilidade pra imaginar os solos, as melodias, as articulações...mas na hora de improvisar mesmo, nem sempre vc pega aquela nota especifica q vc imaginou...isso é falta de intimidade com as notas do braço, com noções de intervalo, ou mesmo com os shapes da escala...e solfejo trabalha exatamente isso! a intimidade com as notas...o ato de vc imaginar uma nota e buscala no braço sem precisar semitonar (pegar a vizinha e dps chegar na nota alvo)
    aproveitando o espeçao, um grande erro ao improvisar é vc insistir em uma ideia q deu errada...se vc pensa numa ideia e ao buscar a nota q pensou, toca ela e ve q está errada...que nao era bem aquilo q vc queria, a tendencia é vc repetir o lick pra acertar...as vezes erra de novo...nassa brincadeira de tentativa e erro, o tempo ta passando, seu improviso ta acumulando erros e de quebra vc ainda está repetindo as figuras musicais, pq o timing do q vc pensou tende a nao vir errado, pois é algo mais facil de acertar...ai vc repete, por exemplo, semicolcheia, semicolcheia, colcheia, colcheia, semínima e semínima pontuada...ai vc repete isso por 3, 4 vezes tentando acertar o maldito lick q vc mentalizou...a dinamica do seu solo começa a ficar falha...começa a ficar cansativo, repetitivo...
    isso acontece muito em blues, mas esses mestres da improvisação conseguem fazer com q essas repetições soem bem...nao estao tentando e errando...é diferente!
    mais um ponto pro trabalho do solfejo, que corrige essas inseguranças!
    abç

    Drinho
    Veterano
    # mai/13 · Editado por: Drinho
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    ferbarper

    Velho estudei firme por 4 anos que é bem menos da metade do tempo que eu toco, no restante do tempo estudei sozinho buscando materiais e etc....

    E nesse tempo estudando eu vi esses assuntos teóricos, exercícios e etc. Mas nunca vi NADA relacionado á desenvolvimento de idéias que eu pudesse falar, NOSSA AGORA QUE EU ESTUDEI ISSO TÁ FÁCIL PARA EU IMPROVISAR COM A GENIALIDADE DO SHAWM LANE.
    Na minha humilde opinião a melhor escola para se desenvolver idéias seja para improvisar ou mesmo para compor uma banda inteira é apenas ouvir música e estudar em paralelo para enxergar as coisas de forma científica e desenvolver ferramentas para aplicar o senso musical que seu cérebro adquiriu ouvindo música.
    Ouvir música devia ser matéria.



    ouça o bom gosto das melodias, mesmo com as guitarras exageradamente virtuosas, isso é uma obra prima e não esqueça do groove, dos times....

    isso é vivência velho, estudo pesado para aplicar, mas vivência musical para expressar....

    Denis Guitar
    Veterano
    # mai/13
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    ferbarper
    As pessoas são diferentes então a abordagem também deverá ser diferente. Alguns são intuitivos (lado direito do cérebro), como parece ser o seu caso, então o improviso flui naturalmente. Outros são muito racionais (lado esquerdo do cérebro), para esses você terá que explicar os mecanismos da improvisação. Acredito que um bom músico deve tentar equilibrar os dois lados do cérebro, ser espontâneo, natural, mas também saber o que está fazendo. Claro, o músico poderá ter uma tendência, mas deve sempre procurar trabalhar também com o lado oposto do cérebro.
    Se você não conhece as "mecânicas" da improvisação talvez seja hora de desenvolver esse lado racional, assim poderá lidar melhor com a música que faz e melhor ainda, com alunos desse tipo.
    De qualquer maneira algumas dicas:

    Quando o iniciante tenta improvisar ele acha que deve inserir sempre idéias novas. Logo elas se esgotam e o solo para. Explique que um solo deverá ser o desenvolvimento de uma idéia e não uma sequência interminável de frases inéditas. Cada frase deve ser vinculada, ter continuidade. Como criar esses vínculos?

    1 - Repetindo a frase.
    2 - Invertendo a frase.
    3 - Repetindo a frase e mudando o início ou final.
    4 - Repetindo a frase e ampliando o início ou final.
    5 - Pergunta X resposta (tensão X relaxamento).
    6 - Transpondo a frase para outros pontos da escala (inside).
    7 - Transpondo a frase para outros pontos do braço mantendo o shape (outside).
    8 - Repetindo a frase mudando as células rítmicas.
    9 - Repetindo a frase em posições rítmicas diferentes.

    Lembre também de pensar no solo como um todo, com começo, desenvolvimento, ápice e conclusão.

    ferbarper
    Veterano
    # mai/13
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    Drinho
    também não vi quase nada relacionado a desenvolvimento de ideias , tive que me virar sozinho , mas agora que to dando aulas tenho que me focar mais ainda.
    Denis Guitar
    Poxa valeu cara vou propor esses exercícios em cima das frases , acho que com esses teus conselhos , até eu que sou intuitivo vou voltar a me desenvolver .

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