Boa notícia para importação

Autor Mensagem
Shellby_Guitar
Veterano
# abr/13


http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2013/04/05/cae-vota-isenc ao-de-impostos-para-instrumentos-musicais/tablet

(...)
O texto especifica que a isenção é concedida a orquestras ou entidades afins; ou ainda a músicos individualmente, desde que para uso pessoal destes.
Todos devem comprovar a atividade profissional e o benefício é limitado a uma vez a cada três anos. Cada pessoa física só pode adquirir com isenção um único instrumento. Os instrumentos não poderão ser vendidos antes de três anos.
(...)

O que acham?

Lelo Mig
Membro
# abr/13 · Editado por: Lelo Mig
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Shellby_Guitar

Já é algum avanço...contudo, não se iludam, porque não poderá haver prejuízo a industria nacional, o texto diz:

"sobre instrumentos musicais e acessórios sem similar nacional",

ou seja, guitarras elétricas, pedais, violões, contrabaixos elétricos, baterias e a grande maioria dos instrumentos populares não serão beneficiados por essa lei.

A maioria dos instrumentos que não se enquadram nesses termos são instrumentos sem ou quase nenhuma fabricação nacional industrial, como Fagotes, Trompas, Tímpanos e etc...

Edson Caetano
Veterano
# abr/13
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Lelo Mig
E os teclados de alta tecnologia, Não vejo nenhuma empresa construindo isso por aqui, tirando poucos nacionais, mas não se trata de similares

Imagine eu não poder importar um mega Workstation porque a Tokai fabrica órgão eletrônico, aí fica complicado...

Tomara que dê certo

rhoadsvsvai
Veterano
# abr/13
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sem similar nacional",

lei mal escrita , não informou bem substituto e sim bem similiar, vc pode alegar q nenhuma guitarra produzida no brasil é similar a gibson q vc trouxe de fora , ai o estado vai alegar q são sim similares , mas isso fica de acordo com a interpretação da autoridade que vai interpretar .

Shellby_Guitar
Veterano
# abr/13
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Se for similar, uma Les Paul qualquer vendida aqui vai barrar a isenção das Gibson. Se for assim, phodeu!

lei mal escrita
Ben vindu au braziu bródi

Paulo P
Veterano
# abr/13
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Tem um detalhe no texto: sem similar nacional....

Lelo Mig
Membro
# abr/13 · Editado por: Lelo Mig
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rhoadsvsvai

Cara, desculpe, mas dessa vez vou ter que tomar uma postura com relação à direito, proteção da industria nacional e etc, INDEPENDENTE de interesses pessoais.

Uma guitarra elétrica nacional é similar sim, a qualquer guitarra internacional. Uma "Gibson Les Paul" é uma Gibson Les Paul e nenhuma outra guitarra no universo será igual à ela, mas uma lei não pode se basear nesse tipo de questão.

Não somos somente nós músicos que sofremos o excesso de impostos, burocracias com importação, preços exorbitantes, taxas mais altas do mundo.

Esse é um problema Nacional, que não será mudado com a liberação de um determinado produto (ainda que me interesse) em detrimento de outro.

Pagamos um preço por termos nascido num país de 3o Mundo, mas temos de olhar muito além de nosso umbigo.

Eu não posso ter todos equipos musicais que queria, mas posso comer carne todo dia, coisa que um Japonês, por exemplo, não pode, nem que queira.

Tudo têm dois lados.... não podemos enxergar uma nação com os olhos restritos à música.

Existem no Brasil, questões muito mais importantes, relevantes e urgentes hoje, do que a liberação de importação, seja de instrumentos musicais, seja de tinta óleo para artistas plásticos, ou microscópios para biólogos.

Alex Vaughan
Veterano
# abr/13
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Quem quiser comprar uma Trussard de R$5000,00 já vai dar.
Não tem similar.
A Zeimathis também dá.

Slash_1989
Veterano
# abr/13
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achei isso mais preocupante....

"Todos devem comprovar a atividade profissional e o benefício é limitado a uma vez a cada três anos. Cada pessoa física só pode adquirir com isenção um único instrumento."

ou não?

Shellby_Guitar
Veterano
# abr/13
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achei isso mais preocupante....

"Todos devem comprovar a atividade profissional e o benefício é limitado a uma vez a cada três anos. Cada pessoa física só pode adquirir com isenção um único instrumento."

ou não?


Eu ouvi dizer que se vc tiver uma carteirinha da Ordem dos Musicos do Brasil, você é isento do imposto.
Comprovar atividade profissional, comecem a dar aula e ao comprovar a atividade, só marcar autônomo. Creio que assim dá certo.

rhoadsvsvai
Veterano
# abr/13
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Lelo Mig
mas ai é uma questão interessante de se conversar, seria protecionismo justo ou injusto? é justo que uma guitarra feita por um luthier top nacional , com um custo de produção muito mais baixo (pois não passa por inumeros impostos de importação) seja tão cara quanto uma guitarra top importada? as duas tem qualidade igual e a nacional pode muitas vezes ser superior , mas ainda sim deveria ser mais barata , minha percepção é que a industria nacional explora o consumidor e a unica forma de melhorar pro lado do consumidor é dificultar pro lado da industria nacional aumentando a competição .... me parece que se todo mundo puder trazer gibsons do exterior as zagganinis da vida (só como exemplo) vão cair de preço , em curto prazo seria sim prejuizo , mas a longo prazo o consumidor brasileiro tendo produtos nacionais de melhor qualidade a preço mais acessivel ,afinal pq pagar 3000(dolares) em uma gibson custom shop (fora por gas) podendo pegar uma zaganini top por 3500 reais ( custo real de produção + lucro)... sei la só minha opinião. geraria desemprego ,geraria , mas pessoas que tem como fator principal para sua fonte de renda o estado funcionar errado (ricos ou pobres) merecem passar fome.

pscb
Veterano
# abr/13
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Em qualquer fórum, as reclamações são as mesmas sobre os impostos. Pode ser de carros, relógios, perfumes, eletrônicos etc. Assim, a indústria nacional parece jogar o preço para cima também, pois qualquer real a menos é um "favor" ao consumidor.

Curioso que se nós comprarmos uma PRS, terá autoridade dizendo que as guitarras nacionais são similares. Porém, vários carros oficiais são importados (Fusion, Omega), afinal a lei limita a compra a carros nacionais, exceto se não houver similar. Carro de luxo para governo pode, mas guitarra top para músico não pode.

HortaRates
Membro
# abr/13
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rhoadsvsvai

Eu concordo com você em partes cara. Eu só descordo da parte que vai dar desemprego. Não vai não, porque mesmo se os caras cortarem bastante o preço, ainda vão lucrar. Estamos acostumados a pagar demais por tudo, e os lojistas sabem disso.

Se você pegar por exemplo uma epiphone les paul standard. É uma guitarra de altíssima saída (venda), quase todo guitarrista já teve, terá, ou considerou adquirí-la. Aqui no brasil eles vendem ela nova por R$2600,00 em uma grande loja de varejo. Numa loja americana, ela sai por aproximadamente R$800,00. Nas mesmas lojas, uma gibson tribute 50", sai por R$3600 e R$2000,00, Brasil e EUA, obviamente. Essa é uma guitarra que não sai tanto. A que sai mais, custa 3,2x mais que na loja americana, e a de baixa saída custa 1,8x mais.

Será que a Gibson coitada, pegou mais imposto? Ou será pura safadeza dos lojistas e trouxisse de nós consumidores?

Crossqb
Veterano
# abr/13
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Pessoal, tambem fiquei tentado quando li sobre essa matéria, mas pensando bem, isso não ira nos beneficiar muito. A parte de termos que provar o uso profissional do item, não chega a ser complicada, uma carteira da OMB resolve isso.
O maior problema é que, TODA guitarra elétrica produzida no Brasil PODE ser considerada similar a QUALQUER outra guitarra produzida nos EUA. Mas porque isso ?
Bem, no momento de importar um bem, vc ou a empresa de importação deve declara-lo pela sua NCM ou NBM que é o codigo que informa o que é o produto. Ao fazer isso vc declara que esta importanto uma guitarra eletrica mas não especifica o modelo, marca, nada disso. Então guitarra por guitarra a receita pode considerar tudo igual já que temos industria nacional produtora de guitarra, pedais, amplificadores e etc.
Outro ponto a se considerar....para provar que somos profissionais importanto a guitarra para uso proprio, teriamos que contratar uma empresa de importação, despachante aduaneiro, advogado, etc...não adianta comprar pela Amazon, por exemplo, e esperar que vão adivinhar que vc é profissional ou achar que a receita vai pesquisar se vc está inscrito na OMB. Você vai acabar gastando uma grana com terceiros pra poder usar o beneficio de isenção de imposto que no final das contas não vai ser tanta vantagem assim.

A tentativa é boa, tenta ajudar a desenvolver a cultura musical no Brasil facilitando o acesso a instrumentos musicais....infelizmente foi feita nas coxas ou com resalvas propositais, não posso afirmar qual das duas.

Abraço!

rhoadsvsvai
Veterano
# abr/13
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infelizmente foi feita nas coxas ou com resalvas propositais, não posso afirmar qual das duas.

como tudo nesse pais hehehe

ALF is back
Veterano
# abr/13
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o q o pscb falou é interessante
Já ouvi falar q o governo justifica a compra de fusions (carro oficial da Dilma) pois nenhum carro nacional atende aos requisitos mínimos (quais seriam?)
Pronto! Como em qualquer outra lei no Brasil, essa tem belas brechas...esse é um dos muitos fatores q fazem a justiça do pais ser tão morosa...
Mas na pior das hipóteses, eu compro uma gaita de fole q eu sempre quis ter! =P

alv2707
Veterano
# abr/13
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A industria brasileira já tá capengando, se abaixarem os impostos igual a galera quer vai é quebrar de vez. Tenta montar alguma fabrica no país hoje, vai falir rapidinho. Reclamação de todo empresário: "concorrência asiática". kkkkkkkkkkkkkk



ALF is back
Já ouvi falar q o governo justifica a compra de fusions (carro oficial da Dilma) pois nenhum carro nacional atende aos requisitos mínimos (quais seriam?)

Não conheço a história mas carro nacional pra mim é o Troller kkkkkkkkkkkkkkkk

Thejapamuri
Veterano
# abr/13
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alv2707

Mas na boa, os impostos são exagerados... Você paga o dobro, triplo as vezes por causa do maldito imposto.

E se o cara quiser abrir uma fabrica, tendo qualidade, vai conseguir reconhecimento. Agora vem um cara que faz produtos meia boca, cobra alto e ainda quer falar que tem concorrência asiática.

Die Kunst der Fuge
Veterano
# abr/13
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"Proteger a indústria nacional" com medidas como impostos proibitivos significa apenas obrigar a maioria (os consumidores) a pagar mais para uns poucos e incompetentes se manterem no mercado (Não vamos usar de eufemismos, se um cara brasileiro tem o sonho de produzir instrumentos e resolve abrir uma empresa, ninguém mais tem nada com isso, o fato dele ser brasileiro não muda nada. Se ele precisa de protecionismo para se manter no mercado, ele é um incompetente, e ninguém deveria ser "obrigado" [ou 'induzido', se preferirem] a mantê-lo).

Se o argumento é geração de empregos, sabe-se muito bem que protecionismo não cumpre este propósito. Se querem gerar empregos, e se a produção de instrumentos musicais em solo nacional é viável economicamente (o que não duvido que seja), que tornem plausível a instalação de empresas estrangeiras ou nacionais competentes (mas sem favorecimento de empresas com boas conexões governamentais, e sim QUALQUER empresa que quiser entrar no mercado. Deixem que quem decida se elas são dignas de permanecer no mercado seja o principal envolvido no assunto: Os consumidores). Vale ainda lembrar que isso não significa que a organização da produção deva seguir o padrão Chinês para que seja competitiva.

Isso não vale apenas para instrumentos musicais, mas para qualquer bem econômico.

Minha opinião.

alv2707
Veterano
# abr/13
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Thejapamuri

E se o cara quiser abrir uma fabrica, tendo qualidade, vai conseguir reconhecimento. Agora vem um cara que faz produtos meia boca, cobra alto e ainda quer falar que tem concorrência asiática.

Se fosse fácil assim eu montava um negócio pra mim cara, o que se vê é muito fábrica fazendo produto de qualidade quando começa, mas ai pra sobreviver tem que diminuir a qualidade com o tempo.

Produzir no Brasil é muito caro. O minério de ferro sai daqui de Minas, vai de trem até Vitória, vai de navio até a China, é tributado. Eles transformam ele em aço colocam no navio até Vitória, ele é tributado e colocam num trem de volta pra Minas.

Essa aventura toda sai mais barata que produzir o aço aqui em Minas. Tecnologia é obsoleta, não tem infraestrutura, não tem mão de obra qualificada, burocracia é demais. Ai o que a industria daqui faz? Diminui a qualidade pra poder sobreviver.

Eu falei pra aço, mas isso se aplica a praticamente toda a industria brasileira. O Brasil só tem competitividade em produtos pouco manufaturados (tecnológicos) e de baixo valor agregado: agrícolas, comida, roupas, etc. E se eu não me engano, os impostos de importação são bem mais moderados nessas categorias.


Procure se informar sobre a atual situação econômica do país. Manutenção da minima histórica da taxa Selic mesmo sobre ameaça de inflação. Investimento recorde de 33 bilhões em tecnologia e inovação. Redução das tarifas de energia. Essa semana saiu noticia que o governo zerou o IOF pra investimentos em infraestrutura.

Medidas visando a industria, aumentar competitividade delas no mercado
Tudo isso era coisa que era pra ter sido feita antes, mas com o crescimento PIB eles foram deixando pra depois, agora que o país tá estagnado tão loucões tentando correr atras do prejuízo.

Não é só abaixar os impostos que a industria vai ser forçada a melhorar, se fosse fácil assim não precisava de curso superior em economia. Mas o problema do brasileiro é justamente esse: acha que qualquer um pode ser técnico de futebol, que qualquer um pode ser um governante, que qualquer um pode fazer a função do chefe dele no trabalho. Brasileiro não valoriza classificação. Acha que um cara que nem ensino fundamental possui tem capacidade de sentar na cadeira mais importante do país, acha normal o ministro da Fazenda ser um médico e não um economista e por ai vai.

geronimo.correa
Veterano
# abr/13
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ALF is back
Já ouvi falar q o governo justifica a compra de fusions (carro oficial da Dilma) pois nenhum carro nacional atende aos requisitos mínimos (quais seriam?)
Mas daí provavelmente é comprado por licitação, não é compra direta... daí o cara faz um edital lá e coloca que o carro precisa ter, sei lá, motor v8, rodas de 19 polegadas, duas portas, espaço para dois ocupantes... pronto, todo mundo de Camaro! hahaha mais ou menos assim...:( agora vai explicar pro cara na alfandega que a tua fender custom shop é diferente de uma jennifer (nada contra quem tem)... desculpa ai se falei bobagem, abraço!

rhoadsvsvai
Veterano
# abr/13 · Editado por: rhoadsvsvai
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geronimo.correa
tu pode argumentar q a diferença de preço prova a não similariadade ,eles vão dizer que não , tu entra com mandato de segurança , eles ficam como depositarios da tua guitarra e ai! se acontecer alguma coisa com ela , logico q a não ser q tu seja advogado ou tenha amigos/parentes advogados tu vai gastar mais na brincadeira doque pagando o imposto , mas se quiser jogar merda no ventilador é muito facil , e se todo mundo "jogasse" merda no ventilador eles iam deixar passar tudo pra não ter problema pra eles.

Edson Caetano
Veterano
# abr/13
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Vamos parar de comprar iPhones para proteger a coitadinha da Gradiente e seu iPhone...

Isso mesmo, a empresa já morta descobre que tem o poder do nome iPhone, lança um clone de qualquer coisa chinesa, um android qualquer e manda ver, trouxa do brasileiro que compra achando que é o original e acreditem isso acontece

Não sei quem falou aí que a industria brasileira precisa de proteção, precisa não, precisa de competência, inovação, inteligência, dizer que é injusto produzir no Brasil é porque tem medo de dar as caras, o Sebrae está lotado de excelentes exemplos de brasileiros se dando muito bem

Trabalho com serviços, tenho uma concorrência brava, e ainda sou violentado para comprar material de trabalho, e consigo me virar, quem precisava de facilitações e proteção do governo eram os coitados dos cirurgiões dentistas para levar saúde oral aos brasileiros que, de novo acredite, tem milhões de desdentados Hehe

Para a nossa sorte a industria nacional de instrumentos musicais é fraca comparada com outros ramos, não sei até que ponto iriam conseguir impedir a importação, e outra, as que tem representações nacionais, como a Roland e Yamaha, será que não gostariam de montar fabricas aqui, com o devido incentivo

alv2707
Veterano
# abr/13
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Para a nossa sorte a industria nacional de instrumentos musicais é fraca comparada com outros ramos, não sei até que ponto iriam conseguir impedir a importação, e outra, as que tem representações nacionais, como a Roland e Yamaha, será que não gostariam de montar fabricas aqui, com o devido incentivo

Provavelmente não, produzir no Brasil é muito caro, é mais barato produzir em outro lugar e trazer pra cá. Tem fabrica brasileira fazendo isso também, vide a Seizi que produz na China pra vender aqui. O aço chinês mesmo usando matéria prima brasileira é mais barato que o brasileiro.


Não sei quem falou aí que a industria brasileira precisa de proteção, precisa não, precisa de competência, inovação, inteligência, dizer que é injusto produzir no Brasil é porque tem medo de dar as caras, o Sebrae está lotado de excelentes exemplos de brasileiros se dando muito bem


Só frisando "industria brasileira precisa de proteção para se estruturar". Por mais competente, inovativo e inteligente sem infraestrutura tá todo mundo fadado ao fracasso. Nós estamos falando de competição, por melhor que você seja, os outros também tem caras bons. A diferença é que aqui no Brasil os bons tão correndo de Fusca enquanto em muitos países os bons vão de Ferrari.

Não é comprar porcaria pra apoiar a industria nacional, mas também fazer abaixo assinado e manifestação pra abaixar os impostos (me desculpe, mas essas pessoas merecem o país que tem). O ideal é exigir uma industria de qualidade AQUI no Brasil, é cobrar do governo para que ele dê Ferraris pros nossos caras bons correrem. E ai sim abaixar os impostos, quando isso acontecer ninguém nem questão de importar mais vai fazer ou não?

Die Kunst der Fuge
Veterano
# abr/13 · Editado por: Die Kunst der Fuge
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Só frisando "industria brasileira precisa de proteção para se estruturar".

O velho argumento falacioso da "Infant Industry". Não há a mínima evidência empírica de que ele é eficiente no que se propõe, no entanto continua sendo repetido pelos senhores economistas (especialmente os que nunca leram nada de economia que não parta do pressuposto de que é necessário que o estado intervenha em todos os campos da economia).

Já li os argumentos favoráveis e os contrários, e o que me convenceu é o de que não funciona, recomendo que todos pesquisem e leiam os dois lados da moeda (O Brasil é um ótimo exemplo de como protecionismo é uma merda, temos exemplos ruins de todos os lados, e confesso que nem sempre é tão fácil associar uma coisa à outra, eu só comecei a perceber as relações quando comecei a ler os argumentos dos mais iluminados sobre o assunto, algo que recomendo a todos).

Alguns pontos que me vêm à mente:

Primeiramente, acho muita ingenuidade confiar que este tipo de política seja realizada de maneira totalmente honesta e exatamente como se propõe, pois a tendência óbvia é que os políticos favoreçam as empresas que possuem melhores contatos (lobby, etc). Isso é fato e está cheio de exemplos históricos. Sendo assim, é melhor (e mais provável de ser cumprido) que não exista um meio de favorecer alguém do que concentrar os benefícios a uns poucos (Favorecimento de poucos é o que nós temos hoje em dia, em fato, é o que estamos reclamando aqui no tópico). Sem contar que isso é uma medida teoricamente temporária, a ser exercida até que a empresa seja capaz de competir no mercado mundial. Sejam honestos consigo mesmos, uma vez que seja realizada, vocês esperam que os beneficiados por esta medida permitirão que ela seja cancelada? Claro que não. E como eles podem exercer influência política, é certo que darão um jeito para que a proteção continue indeterminadamente, é assim que acontece.

Segundo, todo mundo sabe que o que faz uma indústria se desenvolver é justamente a concorrência com as demais, se você retira a concorrência, como você espera que a indústria se desenvolva? Que incentivos ela terá para isso? E mesmo que haja algum desenvolvimento, com certeza será muito lento.

Terceiro: Quem defende a proteção incondicional de uma indústria nacional parte da premissa de que é necessário que tal indústria DEVA existir no país e ser nacional. Ora, essa indústria só deve existir no país se houver VANTAGEM COMPARATIVA para que ela exista neste país, e a melhor forma de se saber isso é através do próprio mercado, e não por planejamento central, muito menos protegendo as empresas às custas dos outrosl!! Se não existe vantagem comparativa de produzir relógios no Brasil, então que todos sejam importados da Suíça. Assim não haverá desvio de mão de obra, matéria prima e recursos escassos para algo que pode ser comprado mais barato de fora, e estes recursos escassos ficarão livres para serem utilizados em outras áreas, nas áreas onde EXISTE esta vantagem comparativa.

Quarto: Se existe a vantagem comparativa de se produzir aqui, qual o problema de permitir que indústrias estrangeiras de ponta se instalem em solo nacional? Elas irão explorar ao máximo este potencial com todo seu know-how, além de permitir uma troca de conhecimento (o que aí sim contribui para o surgimento de indústrias nacionais mais competitivas) e elas mesmas providenciariam a infra-estrutura. Um exemplo disso são as próprias empresas empreiteiras brasileiras que estão migrando para a África e estão levando infra-estrutura pra lá, construindo ferrovias, casas, criando empregos lá. Certamente o Brasil tem muitas vantagens comparativas para indústrias em várias áreas, a única coisa que precisa é que sejam retirados os empecilhos imbecis que o governo coloca aqui, não precisa nem incentivar nada, é só tirar as restrições, muitas delas estão disfarçadas com argumentos rasos e o argumento "infant industry" é apenas um entre muitos outros que nego aceita bovinamente sem questionar.

Enfim, espero que meu texto sirva para pelo menos despertar a curiosidade sobre argumentos contrários, tem economistas que fazem a argumentação contra a "infant-industry" de maneira bem melhor e completa, recomendo que vocês busquem pela internet.

SkyHawk
Membro
# abr/13
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Demagogia pura !!!! Não tem essa de lei mal escrita, isso é proposital para ser ineficaz !!! A exigência de "sem similar nacional" barra a possibilidade de isenção para qualquer instrumento popular.

Protecionismo é um conceito político/econômico comprovadamente ultrapassado.

HortaRates
Membro
# abr/13
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Vocês falam como se o governo fosse o cara mau por trás de tudo. Tá certo que o governo é extremamente ineficiente, mas vivemos uma cultura onde o cara tem orgulho de ser esperto e tirar dinheiro de gente mais boba.

Exemplo disso é quando a Dilma mês passado anunciou redução de preço nos itens que compões a cesta básica, e no dia seguinte os supermercados aqui da região aumentaram tudo em 20%, pra quando a redução for efetivada, abaixar o mesmo tanto que tinha aumentado e poder lucar mais em cima de todo mundo.

Enquanto essa cultura permanecer, podem colocar 0% de imposto nos instrumentos que as lojas vão abaixar 500 reais numa gibson e falar que tá bom, e o pior é que vai lotar de nego comprando, achando que tá se dando bem.

SkyHawk
Membro
# abr/13 · Editado por: SkyHawk
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Não sou contra políticas públicas inteligentes, sou contra qualquer tipo de protecionismo. Não sou simplesmente contra de graça, tenho formação acadêmica e profissional na área e essa é minha opinião técnica.

rhoadsvsvai
Veterano
# abr/13
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governo fosse o cara mau por trás de tudo
é exatamente essa a realidade amigo.

alv2707
Veterano
# abr/13
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Enfim, espero que meu texto sirva para pelo menos despertar a curiosidade sobre argumentos contrários, tem economistas que fazem a argumentação contra a "infant-industry" de maneira bem melhor e completa, recomendo que vocês busquem pela internet.

O argumento não é pos-protecionismo, pelo seu texto parece que você não entendeu muito bem. Mas mesmo assim, me cita um país que não adota praticas protecionistas?? Nenhum, não existe. Se existe cite por favor. Teoria é muito bonitinho mas na pratica isso não existe. EUA que é o que mais critica protecionismo, é o que mais prática. Não só o Real mas muitas moedas de países emergentes valorizam nos ultimos anos. Por que??????????????????????????????????????????????????????????????????? ????? PROTECIONISMO

Antigamente costumava dar até guerra por causa dessas coisas kkkkkkkkkkkkkk, hoje a guerra é mais econômica. E eu sei que economia não é "exata", as opiniões sempre divergem.

Terceiro: Quem defende isso parte da premissa que é necessário que tal indústria DEVE existir no país e ser nacional.
Ninguém falou isso cara, nada a ver. Eu acho que você não faz parte do meio, leu alguma coisa e tá postando aqui. Quando se fala industria nacional, quem é do meio sabe que se fala da industria em território brasileiro. Um exemplo é a automobilística que mesmo sendo estrangeira faz parte da industria nacional e é protegida pelo governo também.

Quarto: Permitir que indústrias estrangeiras de ponta se instalem em solo nacional faz com que haja uma troca de conhecimento, além delas trazerem a própria infra-estrutura necessária para a produção.

Não é bem assim cara, a Toyota tá aqui no Brasil. Mas a Toyota daqui é um ferro-velho comparada a do Japão. O Punto que chegou aqui a pouco tempo rodava na Europa no começo dos anos 90. Tem muitas empresas de alta tecnologia no país, mas elas não produzem isso por é caro fazer no Brasil.

Mas aqui, eu concordo com você totalmente nisso. O meu argumento é focado inclusive nisso. A infraestrutura, a burocracia, a falta de mão de obra do país que são os problemas, encarecem a produção de produtos de alta tecnologia, é mais lucrativo fabricar no México e trazer pra cá (vide os Fords do governo) sendo que tem fábrica da Ford aqui. As multinacionais instaladas no Brasil produzem produtos de qualidade inferior e voltados na quase totalidade pro mercado interno, no máximo algum vizinho do Mercosul. Ao contrário do que acontece na China ou no México.

O que devia ser feito: Investir em infra-estrutura e mão de obra pra depois abaixar o "grau" de protecionismo. Ai sim o País iria atrair alta tecnologia, tirar o protecionismo agora é tudo que quem tem multinacional na China quer. Ai fazem artiguinhos e teorias pra galera que nunca nem pisou numa industria ler na internet e achar que o protecionismo que atrapalha o crescimento da industria.

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