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Mensagem |
thecreamofclapton
Veterano |
# jun/07
É incrível como um país com tão pouca tradição musical no que diz respeito à guitarra elétrica conseguiu influenciar tanto na sua história, com marcas como Roland/Boss, Maxon, Ibanez, etc.
A propósito, alguém saberia me dizer quem foi o primeiro guitarrista famoso a usar os Tube Screamer da Ibanez/Maxon?
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Iago
Veterano |
# jun/07
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thecreamofclapton
deve ter sido SRV mesmo..
detalhe q o TS-808 era um pedal barato da época... bizarro como hj nêgo so falta se matar pra conseguir fazer um clone.. e o preço de um original, nem me fale...
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Silas Hammett
Veterano |
# jun/07
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Com mao de obra escrava e a inteligencia daqele povo em fuçar em tudo,ai ficou facil.
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Mickey Mouse IV
Veterano |
# jun/07
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bizarro como hj nêgo so falta se matar pra conseguir fazer um clone
Não é por nada não mas o TS-808 é um projeto relativamente fácil.
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jimmy vandrake
Veterano |
# jun/07
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Muito bom seu tópico, acho que o japão é um pouco discriminado como origem de produção de bons instrumentos, e no entanto fizeram tanto quanto os americanos, em equipamentos e instrumentos incluindo guitarras. Tenho minha Yamaha SG500 Setenta e alguma coisa, e lhe garanto é pau a pau com a Gibson Les Paul Standard.
Na linha Fender, existem algumas strato japonesas da década de 80 que são simplesmente pau a pau com as americanas.
Palmas para os Japoneses.
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kaus
Veterano |
# jun/07 · Editado por: kaus
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bizarro como hj nêgo so falta se matar pra conseguir fazer um clone
Não é por nada não mas o TS-808 é um projeto relativamente fácil.
paguei 70 pila no meu clone só que é o ts-9
comparei lado a lado é a mesma bosta
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Iago
Veterano |
# jun/07
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Mickey Mouse IV
e o tal ultra raro chip jrc ou algo assim?
se é tao simples, todos devem ser perfeitos.. então pq sempre tem mais um dizendo que eh melhor do que o outro? puro marketing? incluindo hand-mades? e até estes atingem preços altissimos.. ora eh um pedal simples nao eh?
odeio essa gente :D
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Bog
Veterano
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# jun/07
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thecreamofclapton
Meu, tá aí... Acho que o que aconteceu no mundo dos instrumentos foi a mesmíssima coisa que aconteceu com coisas como eletrônicos, automóveis e motocicletas. Após a 2a. guerra, o Japão apostou em investimentos para baratear e modernizar o processo de produção das coisas. Eles pegavam coisas boas produzidas no exterior, abriam, entendiam como funcionavam, e criavam seus projetos, sempre com foco numa produção mais barata, moderna, mecanizada e com controle de qualidade forte. Ou seja, em vez de cortar custos diminuindo a qualidade (com materiais vagabundos, por ex), eles focaram no processo industrial, na logística, na linha de produção...
O negócio parece ter funcionado muito bem para coisas onde o aspecto técnico é determinante. Sabia que até os anos 70, existiam por aqui clones praticamente perfeitos de guitarras da Fender e da Gibson, por preços bem menores? Isso deu até origem a uma série de processos, e casos curiosos, como o da Fender Japan, que na verdade era uma outra marca que produzia clones da Fender - mas eram tão bons que a Fender comprou a marca e adotou os processos!
Tenho um amigo trabalhando na Fujitsu, e eu mesmo trabalho numa parceria com a Matsushita (Panasonic). São empresas monstruosas, cheias de regras - é um enorme apego à burocracia (lado ruim) e à padronização (lado bom). Agora, empresa REALMENTE foda é a Yamaha - eles devem ter uma área de atuação maior que as organizações Tabajara!!!
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Bog
Veterano
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# jun/07
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thecreamofclapton
Ah, só uma coisa quanto à falta de tradição... Talvez seja verdade, se contarmos os guitarristas famosos e as origens da guitarra. Mas não se iluda.
Aqui em Tokyo, eu vejo pessoas andando nas ruas carregando instrumentos musicais, ou bandas tocando em parques, numa proporção *MUITO* maior àquilo que eu via no Brasil. A quantidade de músicos amadores por aqui é fantástica - e os clubes das universidades vivem movimentados. Além do mais, existe uma produção musical massiva, muita coisa mesmo. Independente de grandes bandas ou guitarristas renomados, aqui existe muito mais mercado para instrumentos musicais que no Brasil. Conheço lojas imensas, e que vivem movimentadas. Com certeza, os preços baixos são um fator fundamental para essa diferença, mas aqui também existe bastante incentivo para os jovens, nas escolas e universidades. E isso não é só com guitarras - eu NUNCA vi no Brasil alguém andando com um violoncelo nas costas, e aqui eu volta e meia topo com alguém caregando aquele trambolho num trem. No Brasil, o negócio quase sempre é um violãozinho, e olha lá.
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thecreamofclapton
Veterano |
# jun/07
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Bog
Aqui em Tokyo, eu vejo pessoas andando nas ruas carregando instrumentos musicais, ou bandas tocando em parques, numa proporção *MUITO* maior àquilo que eu via no Brasil.
Sim, tudo bem... não disse que eles não gostam de guitarras. O mundo todo gosta de guitarras...
Eu quis dizer o seguinte: a guitarra elétrica está diretamente ligada à história do rock e sobretudo do blues... As primeiras guitarras elétricas foram americanas, fender e gibson... Imaginar guitarra sem pensar em blues é a mesma coisa de imaginar samba sem cavaquinho. Já imaginou se o mais famoso fabricante de cavaquinhos fosse uma empresa russa??? Mesma coisa: estranha a influência do japão. Já ouviu falar de algum grande guitarrista japonês. Qual um dos maiores amplificadores no mundo do jazz, um estilo completamente americano? O Roland Jazz Chorus! Estranho, né?
Qual o mais lembrado overdrive (pedal) quando se fala em blues, estilo genuinamente americano? O Ibanez Tube Screamer. Também estranho, né?
É mais ou menos isso!! :)
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Bog
Veterano
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# jun/07 · Editado por: Bog
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thecreamofclapton
Sim, eu sei o que você está falando. Mas o Japão também não inventou o televisor, a motocicleta, o rádio, o automóvel, o computador...
Você se lembra de algum grande piloto de F-1 japonês? Qual era o motor do carro com o qual o Senna ganhou tantas vezes?
Construir guitarras ou pedais não tem necessariamente ligação com tradição musical. É "simples". Eles pegaram o que havia de melhor na época, copiaram, melhoraram onde achavam que dava para melhorar, baratearam a produção, apostaram no controle de qualidade e venderam para o mercado interno e externo. Pronto. Tradição não quer dizer nada. Se fosse assim, um luthier brasileiro faria guitarras piores que um luthier estadunidense, já que o Brasil tem menos tradição no mundo guitarrístico.
O que importa é entender a tecnologia, dominar os processos de produção e ter qualidade, e só. Ou você acha que a Embraer faz aviões top de linha porque o Brasil tem uma tradição na produção de aeronaves? (vai ver, o fantasma do Santos-Dumont faz visitas regulares à fábrica) Acha que um time de pesquisadores brasileiros jamais poderia projetar um processador mais eficiente ou econômico porque o Brasil "não tem tradição" na área de projeto de processadores?
Heheheh, desculpe o discurso todo, mas eu me lembro que quando eu morava no Brasil, trabalhei no desenvolvimento de um medidor para a qualidade da energia elétrica oferecida pelas concessionárias. Pegamos os medidores importados de marcas grandes, Siemens, GE, coisas do tipo, e analisamos. Descobrimos que eles eram fracos em vários aspectos, e usamos isso em nosso favor. Fizemos um negócio que custava menos, que resistia às bizarrices da rede elétrica brasileira, e que atendia a todas as normas da ANEEL. Mas as concessionárias preferiram fazer pressão para que a ANEEL baixasse a lista de requerimentos, só para que elas pudessem usar os produtos de marcas "tradicionais". Eles estavam dispostos a pagar mais para ter um produto pior, mas "de tradição". O nosso medidor jamais virou produto.
Outra historinha: uma vez um grupo de engenheiros japoneses foram nos visitar. Esperávamos conseguir dicas preciosas com eles. Afinal, quem entende de eletrônica é japonês, né? Qual o que. Ficaram foi várias horas aprendendo como se faz um isolamento parrudo, capaz de aguentar as oscilações bizarras da nossa rede elétrica.
Hehheeh, como trabalho com tecnologia, eu às vezes me incomodo profundamente com a idéia de que é preciso "tradição" para que um país produza algo bom. Seja guitarras, televisores ou carros, o que importa não é a "tradição", e sim o INVESTIMENTO e o conhecimento técnico. E daí se o Japão não tem tradição guitarrística? Com produtos melhores e mais baratos sendo vendidos por aí, precisa?
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Soulface
Veterano |
# jun/07
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Bog
Entrei pra falar umas coisas, mas vc já falou tudo pra variar...
Agora, empresa REALMENTE foda é a Yamaha - eles devem ter uma área de atuação maior que as organizações Tabajara!!!
E a Mitsubishi... Embora viva na corda bamba no setor de automóveis...
thecreamofclapton
Só pra dar um exemplo mais próximo aqui do pessoa sobre tudo oq o Bog falou...
O Seiji, luthier muito conhecido aqui no fórum por seu exelente trabalho na construção de guitarras. Faz guitarras perfeitas e com acabamento superior à muita marca conhecida e com tradição por aí...
Pois então, este mesmo Seiji, mal sabe tocar o instrumento q faz com tanta maestria.
Ou seja... uma cosia é uma coisa, outra coisa é ooooutra coisa!
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Christhian
Moderador
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# jun/07
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E a Toyota tb... A aisin, que é da toyota, faz desde Colchão de molas, ar-condicionado a coração artificial...
ahuhuauha coisas de japas!
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Bigode Ozzy
Veterano |
# jun/07
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Soulface
o Seiji nção sabe fazer uma penta sequer...nem um acordezinho...nada...
e as guitarras que o cara faz são foda!!
Christhian
Soulface
Bog
A sony entra nessa história támbem?
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Bog
Veterano
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# jun/07
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Bigode Ozzy
A Sony fechou ano passado os salões de cabelereiros (!) hahahah...
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thecreamofclapton
Veterano |
# jun/07
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Soulface
Bog
Não me referi à qualidade, ou seja, em influência por qualidade, mas sim influência em padrões de timbres... :P
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