Dúvidas sobre processamento de plugins e mixdown!

    Autor Mensagem
    Ale Lak
    Membro Novato
    # out/18


    Fala pessoal, dei uma boa procurada aqui no forum e acho que esse assunto vai ser complexo para alguém me ajudar. E, para quem entrou de gaiato aqui digo que é um assunto bem relevante para a produção de todos.

    La vai:

    Uso o Pro Tools HD em meu home studio, mas já usei quase todas as DAWs possíveis.. mas depois de 15 anos "brincando" me veio uma dúvida que não consegui uma resposta certa.

    Primeiramente:
    Seguindo o princípio de uma boa mixagem, quando trabalhamos com elementos como bateria, vocais, violões, ou qualquer um que necessite criarmos um BUS (grupo auxiliar), fiquei na dúvida do endereçamento dos canais de efeitos. Primeiramente, vejo que hoje em dia quase todas as DAWs possuem recursos de "freeze" ou "render" as tracks que estão consumindo muito do CPU.

    Então imaginemos um vocal. Tenho a track principal com inserts (compressão, eq, limiter se for o caso) e outras como auxliares ou buses de efeitos (delay, reverb, vocoder, etc), e por final um AUX BUS geral do vocal. O que eu faço?! Pego a track do vocal com os inserts e endereço todos os efeitos para os BUS que citei como exemplo, e por fim, endereço tudo ao BUS geral do vocal. Notei que muitas pessoas quando usam efeitos como auxiliares, os próprios canais dos efeitos vão direto para o MASTER. Na minha lógica, se você está aplicando um efeitos num vocal por exemplo e que não está sendo usado por nenhum outro elemento da mix, esse deveria ser endereçado para o BUS geral do vocal, e o mesmo para o MASTER.
    ALguém sabe me dizer se há alguma diferença? Na minha concepção se for para o BUS do vocal, eu controlo geral com o fader, se for para a MASTER, esse fica independente do que eu faço com minha track e seus auxiliares do elemento que estou trabalhando. Alguém concorda?

    Bom, seguindo...
    A opção de "freeze", "commit", "render", ou qualquer que seja o nome que a DAW da para a função de realmente exportar ou congelar a pista da sua mixagem para que livre o sistema da carga de processamento de plugins, vejo que há um vácuo na questão de quanto isso interfere ou não interfere no processamento final dessa track, como por exemplo, o delay gerado pela carga de plugins. Ou seja, se você grava uma guitarra em linha, aplica um Guitar Rig, bota um equalizador pesado vintage, um compressor vst tbm pesado, e sabe lá o que mais na mesma track como INSERT, sabemos que essa vai gerar um atraso na reprodução, e se exportarmos a mix assim notei que o aurquivo WAV final acaba vindo com esse problema.
    Então, juntando as duas questões....pensando numa mix grande e pesada... devemos "consolidar" todas as tracks que não necessitam mais de ajustes, mesmo os efeitos, e deixar que o MASTER ou MIXBUS fique livre para processar tudo?! Ou não?
    Até certo tempo quando usava Ableton Live, eu sempre exportei tudo na opção "export" como um arquivo... quando migrei e voltei a usar o Pro Tools, um profissional de um grande estúdio aqui em Curitiba me instruiu a antes de mais nada, criar uma pista de audio stereo (PRINT) e gravar a mixagem inteira nela, para dai sim exportar essa como arquivo final da mix, com a justificativa de que isso evita que plugins emuladores de analógicos ou outros mais pesados não deem um bug no meio do processo de exportação, como o delay que mencionei, ou alguns outro problema, automação, sei la...
    Então esse "PRINT" da mix seria uma segurança de uma mixagem processada e livre de problemas digitais. Mas mesmo assim, dentro da minha dúvida se as tracks e os BUSES e AUXs não estiverem "consolidados" vão gerar o mesmo delay (atraso) no resultado final.

    Bom...espero que alguém me ajude, rsrs
    Abs!

    makumbator
    Moderador
    # out/18
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    Ale Lak
    sabemos que essa vai gerar um atraso na reprodução, e se exportarmos a mix assim notei que o aurquivo WAV final acaba vindo com esse problema.

    Não vem não. O atraso é na reprodução apenas (em virtude do processamento em tempo real). No arquivo final gerado pela mixdown não ocorre atraso algum, pois o computador tem tempo para processar tudo e renderizar o arquivo final.

    Eu em geral nunca congelo nada (no Cubase se chama freeze). Meu computador é mais parrudo e aguenta coisas pesadas abertas, então nem ligo. Na maioria das vezes em que estou gravando uso monitoração direta (que torna a latência irrelevante). A não ser quando quero gravar já escutando o processamento de um plugin (por exemplo se for gravar guitarra e usar um plugin para amp, caixas virtuais, etc...), mas mesmo assim minha interface consegue uma latência baixa.

    Ale Lak
    Membro Novato
    # nov/18
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    Não vem não. O atraso é na reprodução apenas (em virtude do processamento em tempo real). No arquivo final gerado pela mixdown não ocorre atraso algum, pois o computador tem tempo para processar tudo e renderizar o arquivo final.

    Eu em geral nunca congelo nada (no Cubase se chama freeze). Meu computador é mais parrudo e aguenta coisas pesadas abertas, então nem ligo. Na maioria das vezes em que estou gravando uso monitoração direta (que torna a latência irrelevante). A não ser quando quero gravar já escutando o processamento de um plugin (por exemplo se for gravar guitarra e usar um plugin para amp, caixas virtuais, etc...), mas mesmo assim minha interface consegue uma latência baixa.


    Caro Makumbator...entendo o que diz..não sei se o Cubase mostra a latência de cada pista, apesar de eu ter uma ótima máquina também que pode rodar grandes sessões, noto que determinados plugins que emulam equipamentos analógicos possuem uma forma de processamento e algarítimos diferente dos demais como os da própria DAW...
    pensando nessa questão e fazendo algumas pesquisas, alguns concordam outros não...mas esses tempos tive a oportunidade de conversar com um grande produtor aqui em Curitiba e ele me instruiu sempre ao fazer a mixdown final, ou consolidar todas as pistas pesadas, freezar, bounce, qualquer que seja o termo para aliviar o processamento dos plugins mais complexos que na situação de simplesmente exportar a sessão pelo caminho que for da DAW, tais plugins, ou até mesmo automações, são calculados com uma margem de erro. Fui orientado a gravar sempre uma pista "PRINT" da mix inteira para aí sim exportar essa única pista já processada inteira. Olha...nosso ouvido engana, mas pude perceber melhoras em situações como alguns delays que vinham ocorrendo em tracks de bateria, até mesmo problemas de fase percebi na mix que anteriormente não constavam no projeto...
    Complicado...

    The Man Who Sold The World
    Veterano
    # nov/18
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    Ale Lak
    voce esta em duvida quanto ao endereçamento dos busses?
    cara depende do que voce quer fazer
    por exemplo, o vocal que voce me falou ai
    eu tenho minha track de vocal com o processamento insertado nela, um LA2A, um fabfiter e um deesser, ai eu quero colocar um reverb nessa voz
    eu faço assim: o output do meu vocal nesse caso, continua indo pro meu Mix bus (uma track auxiliar que eu crio pra receber todo mundo) mas faço uma mandada via bus pra um outro canal auxiliar com o reverb, e esse auxiliar também vai pro meu mix bus
    ai pra mixar, ou ouvir o seu reverb, ou você coloca solo safe no canal do reverb pra ouvir a voz com o reverb, ou faz a mandada pré fader, assim consegue ouvir só o reverb, lembre-se que esse canal e melhor deixar com a configuração no reverb para passar apenas o reverb e não a voz, faça isso na configuração Dry/Wet.
    mas esse lance de mandadas é algo muito individual e depende do som que quer tirar, as vezes um processamento paralelo pode pedir outro tipo de mandada, ou se quiser fazer um side chain, tudo depende haha

    quanto a essa latência ai ta estranha cara, em que qualidade voce está printando? tem certeza que não está movendo os tracks sem querer durante a mix?

    makumbator
    Moderador
    # nov/18
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    Ale Lak

    Acho a sugestão do produtor irrelevante se sua máquina aguenta sem problemas a sessão. Pra que perder tempo dando comandos de congelamento em um monte de pistas se não precisa? Só por um cara ter dito que era bom fazer? É contraproducente, pois se você precisa mudar alguma coisa em um instrumento virtual todo freezado vai ter que desfazer o congelamento, editar e refazer o freeze. Perda de tempo.

    Pra mim é assim: está pesado? Faz o freeze. Não está? Deixa aberto mesmo.

    Boa parte de suas impressões sobre problemas em relação a mix podem ter origem de efeito placebo. Inclusive, todas as DAWs operam os cálculos de plugins e demais processos internos em um nível mais alto de resolução de áudio (maior que o do arquivo original). Então mesmo em tempo real a DAW “sobe” a qualidade do arquivo, edita e “reduz” ele no fim da edição de cada plugin. O Cubase pro mais recente (9.5) por exemplo opera cada arquivo de som em 64 bits flutuantes (não confundir com a arquitetura do sistema operacional e dos programas), mesmo que sua sessão seja nativamente 24bits fixos (por exemplo).

    Ale Lak
    Membro Novato
    # nov/18
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    mas esse lance de mandadas é algo muito individual e depende do som que quer tirar, as vezes um processamento paralelo pode pedir outro tipo de mandada, ou se quiser fazer um side chain, tudo depende haha

    The Man

    Na verdade essa dúvida me surgiu quando eu comecei a assistir alguns vídeos no youtube de engenheiros conceituados, que eu percebia que ao agrupar um instrumento com seus inserts, buses, auxiliares, o que for, alguns deixavam que a mandada do canal de efeito fosse direto pro MixBus. Eu normalmente, num vocal por exemplo, usava a track principal, criava uma track para cada efeito (não processamento) e por fim um auxiliar geral para tudo isso. Porém, todas as pistas são endereçadas para esse auxiliar, assim eu tenho controle geral de tudo. Por exemplo, um reverb usado unicamente para o vocal com mandada pro mix bus, se eu mutar o auxiliar geral do vocal, ele continua tocando no fundo pois está indo pro mixbus. Entendeu? Enfim, o problema não é esse pois posso mutar o reverb, mas fiquei pensando se há alguma diferença na "quantidade" do efeito de um jeito ou de outro, pois se o efeito for para meu auxiliar vocal, ao abaixar o fader do aux, automaticamente o reverb vai junto, agora se ele estiver pro mixbus, não altera? Pergunta boba pois é só eu testar isso, rsrs...mas resolvi perguntar por curiosidade na forma com que cada um trabalha com essa organização, pois vaiiiii que tem alguma coisinha que alguém ai sabe que possa afetar essa questão ou não. Segue aqui um link de um print da minha tela de mix e como eu "organizo" meus grupos... nesse caso deixei o reverb do vocal para o mixbus para ver se dava diferença.
    https://ibb.co/kjcD7q

    Ale Lak
    Membro Novato
    # nov/18
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    Pra mim é assim: está pesado? Faz o freeze. Não está? Deixa aberto mesmo.

    Makumbator

    Realmente existe esse efeito psicológico, eu sei. Mas vou te dizer que para mim começou a piorar quando habilitei no Pro Tools a monitoração do delay de cada pista. Isso há tempos já, porém nunca levantei o assunto com ninguém.
    Antes, nas versões mais antigas não tinha o freeze. Hoje em dia acho o freeze ótimo pois não acho que toma tempo, ele é muito mais rápido comparando com um Commit ou Bounce, e também alivia um monte a máquina pois mesmo eu tendo um bom pc, vira e mexe ele para. Bom, eu trabalho com muitos VSTi, coisas que pesam, como Kontak, Addictive Drums, etc.. então se eu deixar tudo rodando em tempo real não dá.
    Bom..só para você saber, vai que to superestimando minha máquina, é em primeiro lugar um pc...windows...(eu sei, não precisa falar do mac, rsrs)
    Windows 10, processador i5 recente, 16gb de ram, placa de video GTX 1050ti... o que talvez me atrase um poucos (bastante) são meus HDs que são SATA mais antigos...e tenho 3 rodando na máquina...dai fica aquela bagunça que tem audio que ta em um, outro em outro...mas raramente, normalmente concentro tudo na mesma pasta do projeto.

    Mas enfim...ainda fico com a pulga atrás da orelha pois me lembro que quando comecei a gravar, no Pro Tools 5, se eu insertava coisa demais dava um puta delay.
    Mas ainda minha dúvida não é tanto voltada pra o processamento em tempo real, o que não deixa de ser importante pois se tiver atraso em alguma track a mixagem vai soar com outra perspectiva. A dúvida é mesmo se o bounce ou o print sem freeze vai compensar isso ou vai afetar a qualidade da mixdown.
    Compartilho aqui novamente minha tela de mix, se eu não "freezar" algumas coisas ali não tem como trabalhar...
    https://ibb.co/kjcD7q

    Casper
    Veterano
    # nov/18
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    Caro Ale Lak:

    Pessoalmente considero um erro utilizar
    o recurso de "freeze" em uma mixagem.

    Explico:

    Mixagem é um processo extremamente dinâmico.
    Uma alteração em uma coisa pode refletir muito
    em outra, muitas vezes de forma inesperada.

    Exemplo:

    Tem um back-vocal que foi mixado na altura correta
    e soa perfeitamente bem. Ele passou por um monte
    de coisa, depois foi "congelado".

    O cidadão começa a mixar e enfia um bus mixer no
    final da cadeia. Esse vocal certamente vai ficar com
    o volume muito mais alto que o necessário, e normalmente
    vai se corrigir isso no compressor desse vocal. Mas
    já está congelado, como fazer? Mexer só no volume?
    Desgongelar, re-arrumar e congelar de novo?

    Fazer esse processo em muitas trilhas é um saco.

    The Man Who Sold The World
    Veterano
    # nov/18
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    Casper
    acredito eu, que quem precisa "freezar" uma track, não trabalha com muitas tracks, não consigo pensar que em uma realidade de home studio apareçam gravações de 50 tracks
    fora isso, já mixei no meu notebook gravações com 32 tracks e funcionou numa boa, até pq existem alguns macetes pra isso, usando Buffer, e claro, criando mandadas de efeito, ao invés de usar nos inserts, faço isso com o reverb
    agora numa realidade de estudio é diferente, mas o investimento em um mac ou windows bom também é diferente nesse ambiente, fora que nesse caso, também se utiliza muito de processamentos externos

    Ale Lak
    Membro Novato
    # dez/18
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    Caro Ale Lak:

    Pessoalmente considero um erro utilizar
    o recurso de "freeze" em uma mixagem.

    Explico:


    Casper

    desculpa mas não consegui entender sua lógica...
    primeiramente porque não há necessidade de freezar uma track no início da mix onde você ainda tem processamento livre e também ajustem a serem feitos. Outra que esse bus mixer que você citou, subentendo como um mixbus...ou que seja qualquer outro. Ao menos eu, e pelo que sei a maioria dos profissionais que utilizam o PTdiariamente assim como eu, mesmo em caráter de home studio, possuem seu template. Eu ao menos já abro uma sessão (no estilo padrão de rock, pop) e tenho todos os canais de bateria separados, endereçados, com os buses, auxiliares, assim como guitarras, e baixo, vocais, backings, seus respectivos auxiliares, os canais de efeitos de mandada, os canais de compressão paralela que em algumas circunstâncias utilizo, e obviamente o MIXBUS, assim como um PRINT. Então não vejo dificuldades nesse processo que você citou....eu só vou freezar alguma track no momento que achar devidamente boa, e se for o caso de alguma correção como um equalizador, um um último desser, inserto no freeze mesmo...lembrando que o freeze também tanto manda pelo bus quanto recebe, ou seja, efeitos, compressão de outro canal ou o que for, afeta o freeze do mesmo jeito. Se eu quiser que os inserts que adicionei por último no freezer façam parte do freeze, é só "descongelar" que automaticamente ele entra junto e eu posso freezar novamente"....caso eu realmente ache que preciso alterar algum insert do free como um compressor, um eq, é só "descongelar", acertar, e freezar de volta....tirando instrumentos virtuais, pistas de áudios não levam mais que 5 segundos para isso acontecer....então não entendi a parte que você disse que é um saco...acho que talvez você esteja imaginando o recurso do freeze numa etapa errada do processo, ou talvez até mesmo seu processo possa ter alguma falha por ter citado a inserção do mixbus no meio da mixagem sendo que é praxe ter ele no início já com todos os roteamentos.

    Ale Lak
    Membro Novato
    # dez/18
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    Casper
    acredito eu, que quem precisa "freezar" uma track, não trabalha com muitas tracks, não consigo pensar que em uma realidade de home studio apareçam gravações de 50 tracks.....


    The Man Who Sold The World

    Desculpa, mas o que seria a realidade de um home estúdio para você? Produções amadoras de voz, violão, e alguns plugins emuladores de instrumentos virtuais?
    Eu possuo sessões, como uma atual que estou mixando com 57 pistas, neste caso, captadas em um estúdio parceiro meu o qual trabalho como produtor e para essas demandas o utilizo, mas trago para casa para mixar, e quer saber...não tenho nenhum analógico. Além de não querer investir, nos 15 anos que trabalho com áudio (pode retirar 5 que fiquei afastado), conheci muitos estúdios top, troquei muita informação em foruns, participei de muitos concursos de mixagem e sabe qual foi minha conclusão? Não adianta equipamento se você não sabe mixar direito. A maioria é cabeção...não gosta de ouvir critica, não troca idéia, não é humilde. E vou te dizer...já deixei empresário aqui em Curitiba mexendo em SSL de nariz torno com minha M-Track 2x2.
    Obviamente não estou anulando o puta processamento que esses equipamentos fazem...mas os recursos digitais estão tão próximos que deixar o cliente satisfeito com uma mixagem realmente profissional contra uma mixagem turbinada de periféricos porém um tanto "cabeçuda" é o que tem feito eu trabalhar.
    Justificando as 57 pistas....faço questão agora:
    - 12 de bateria (2 overs, 2 room, 3 tom, 2 caixa, 2 kick, 1 hh)
    - 3 de um take de violão (1 condenser capsula grande, um cond palito; 1 em linha pois é um dvd sertanejo fake como a maioria)
    - 3 da dobra do mesmo violão (ja são 6 do mesmo violão)
    - 6 do mesmo esquema do violão com acordes mais agudos no braço
    - 1 teclado
    - 02 mic para captação de um acordeon
    - 02 baixo (um di e um amp)
    - São 2 guitarras, cada uma foi gravada com 2 amps simultâneos em 2 salas diferentes, ou seja, 4 canais para as guitarras.
    - 3 instrumentos de sopro (trombone, 2 trompetes)
    - mais 01 guitarra, esqueci, essa apenas fazendo slides
    - 3 canais de strings (bass, cello, violino - vao para um aux claro)
    - 01 vocal
    - 01 vocal segunda voz
    - 03 backings vocais femininos

    Bom...ai entra os buses...você citou ai da manhã de usar o reverb e outro nas mandadas mas você acha que vou utilizar o mesmo reverb pra mixar isso tudo ai?! Cara, pra essa mix ficar boa eu quero que a guitarra tenha uma ambiencia room, quero que a guitarra slide soe em um plate, quero que a guitarra solo soe na room somada com um hall e ainda um delay ping pong....
    Vocais?? Uso pelo menos, no mínimo por que o estilo é sertanejo...4 inserts no vocal principal. Uma pista de drive, um delay que bem sutil, o reverb apenas para o vocal, configurado para o vocal, talvez uma compressão paralela porque o cara canta com muita dinâmica e não quero achatar e nem usar muita automação, e claro o Auxiliar Geral que controla isso tudo que ainda vai inserts como low pass pois não quero delay sobrando grave no stereo mesmo ajustando ele sempre sobra, a sempre aplico um leve compressor no vocal bus com redução de -1, -2 db no máximo e pra aproximar os efeitos o que vai causar também uma elevação de umas frequências que eu não queria, então la vem um eq preciso, vai sobrar uns agudos então vai precisar um desser ou um eq dinamico leve, e por fim quero que isso tudo acenda de novo sem acender o que já corrigi, e dai nada melhor que um emulador de analógico como por exemplo um schelps 73...
    isso só falando do vocal!

    Vejam bem...estou trabalhando sem periféricos, tentando atingir o melhor com um áudio bem captado, como não vou freezar as tracks?
    E o bus dos violões que eu citei? Eq em cada um, compressor como um CLA-76, diferentes microfones. As guitarras....bateria então?! Bus pro Kick, Bus pra Caixa, Uso pelo menos 2 reverbs mandados no kit, não gosto de mix com a mesma ambiencia...deixa mix pobre...sem profundidade!
    E o mix bus então?! NSL Channel, SSL Comp, Krammer Tape, Nugen Stereorizer 3...Ozone Dynamic Eq....

    É rapaziada...eu disse que já deixei nego dono de estúdio grande puto...mas tem um processo pra chegar lá....por isso levantei a questão se freezar afeta ou não a qualidade do áudio....mas, já descobri que não em uma comunidade da AVID, rs. Valeu a todos.

    The Man Who Sold The World
    Veterano
    # dez/18
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    Ale Lak
    Bom...ai entra os buses...você citou ai da manhã de usar o reverb e outro nas mandadas mas você acha que vou utilizar o mesmo reverb pra mixar isso tudo ai?!
    sim, até pq voce só pode fazer um send auxiliar...
    cara na moral tu é muito desumilde, a galera te ajudando e você usando isso como pedestal
    "hur dur eu dou pau em cara de SSL com minha m-audio"
    Desculpa, mas o que seria a realidade de um home estúdio para você? Produções amadoras de voz, violão, e alguns plugins emuladores de instrumentos virtuais?
    a realidade de home studio pra mim é orçamento baixo, eu simplesmente quis dizer, que o processamento de grandes estudios permitem que se trabalhe com varias tracks sem freezar, sem ter problemas com o buffer, gravar com mais canais, com bitrate e samplerate maior, é a mesma coisa que querer comparar o servidor da faculdade com o servidor da Google
    se o home studio do pessoal tivesse equipamento de ponta, não seria home studio, e não tem nenhum problema nisso...
    É rapaziada...eu disse que já deixei nego dono de estúdio grande puto...mas tem um processo pra chegar lá....
    uau mas quer dizer então que você é o Chris Lord Alge
    eu nem sei o que voce está fazendo aqui então, poderia muito bem estar ensinando, ou indo la buscar o seu grammy
    vamos fazer o seguinte, vou mandar o seu contato pro pessoal do Mix with the Masters, quem sabe eles tem o privilégio de ter voce para dar uma aula lá

    Casper
    Veterano
    # dez/18
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    Caro Ale Lak:

    Eu sou um amador e não tenho a menor
    pretensão de querer ensinar alguma coisa
    para alguém. Meu maior projeto pessoal teve
    20 canais, mas a média é abaixo de 14.

    Como disse acima sou amador, mas tenho
    amigos que trabalham profissionalmente e
    tenho a oportunidade de observar algumas
    sessões maiores e tentar aprender alguma coisa.

    É evidente que pensamos de forma bastante
    diferente. Talvez a maior diferença seja conceitual.

    Jamais vou abrir um template para fazer alguma coisa.
    Vou colocar aquilo que acho que tenho que colocar na hora.

    Sempre vou preferir um pré processamento externo
    antes de querer resolver tudo com software.
    A DAW só vai fazer uma automação e colocar
    algum pequeno detalhe, no máximo.

    Só para ilustrar, assisti uma sessão ano passado
    que o vocal usou um MXL 990 em um Manley
    VoxBox. A track já entrou praticamente pronta
    na mixagem, só precisou uma automação mínima.
    Se fosse feito só com software o resultado poderia
    até ficar melhor (mas eu duvido). Só que o trabalho
    seria maior.

    Eu fico com o pé atrás para colocar 1 (um) tipo de reverb
    na mixagem. Colocar como o senhor disse:

    ...eu quero que a guitarra tenha uma ambiencia room, quero que a guitarra slide soe em um plate, quero que a guitarra solo soe na room somada com um hall e ainda um delay ping pong...

    Só vai comer espaço na mixagem e confundir a cabeça
    do ouvinte, que fica ouvindo espaços inconsistentes
    o tempo todo.

    Dito isso, repito: - Sou apenas um amador curioso
    que tenta passar as impressões sobre o que ouve.

    The Man Who Sold The World
    Veterano
    # dez/18
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    Casper
    Cara, eu concordo com você, eu acredito que a partir do momento que criamos regras para gravar/mixar e masterizar, acabou a arte e o sentido dessa profissão/hobby...
    Eu entendo que a realidade do brasileiro é complicada com hardware analógico, tem coisa boa por um bom preço? Sim, mas a maioria é muito cara, uma filosofia que levo é de sempre gravar da melhor maneira possível, mas tbm fazer o que precisa ser feito no pro tools, seja no analógico seja no digital

    Ale Lak
    Membro Novato
    # dez/18
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    cara na moral tu é muito desumilde, a galera te ajudando e você usando isso como pedestal
    The Man Who Sold The World

    Cara, me perdoe se de alguma forma pareci prepotente, telvez tenho sido meio defensivo no entender do seu comentário que "ao seu entender numa realidade de home studio não haveria a necessidade de freezar" e na sequência já quis justificar exemplificando um trabalho atual de grande processamento e obviamente defensivamente confesso que me cresci um pouco ao fazer a triste comparação para tentar me colocar como profissional do mercado mas de uma forma infeliz e também exagerada sendo que a verdade é que após muitos anos estou ingressando novamente, então humildemente peço desculpas pois esse tipo de exaltação não faz parte da minha índole, muito pelo contrário, eu na medida que posso tento contribuir ao máximo compartilhando os meus conhecimentos e absorvendo o dos outros, tanto que essa questão do tópico é uma questão aparentemente tão simples mas ao mesmo tempo vejo em outros foruns que há anos é debatida, mesmo antes da função freeze existir, quando era apenas o bounce track e o commit. Curioso, você citou o Chris Lord Age...é um dos caras que eu tenho como referência...mas a grande verdade é que quem plantou essa pulga na minha orelha foi ´dono de um grande estúdio aqui em Curitiba que me ensinou a criar a PRINT track com a justificativa de que vc gravando sua mix ao invés de simplesmente dar um bounce, no meu caso no PT 12 com a opção offline que vai rapidinho, alguns plugins e automações poderiam ser exportados com erro, principalmente emuladores de analógicos pois a forma de processamento é diferente. Mas na minha lógica, fazer um print de uma mix pesada, você precisa que ela esteja livre de problemas com delay compensation senão obviamente você gravará esse atraso na print, o que não adinata nada....e a unica forma disso é ou freezar a track que está pesando, ou dar um bounce nela ou commit. Mas e se essa bendita track for a que possui diversas automações e inserts de plugins analógicos e quando você freezar ou bounce ou commit der um pequeno erro? rsrsrs....entendem? Tipo....o ciclo do erro....como se a única forma de evitar o erro que supostamente o processamente instantâneo de alguns plugins pode ocasionar fosse gravar a track processada em uma nova pista. Ou seja, eu teria que fazer um print de todas as tracks com plugins e automações suspeitas....mas nossa, que nóia ein?!
    Mas querem saber a verdade, nem print eu tenho feito mais....mando um bounce offline mesmo e fod...-se ...e não tenho notado nenhum problema.

    Pessoal, agradeço novamente vocês estarem ajudando e participando e mais uma vez peço perdão pela forma que me manifestei....de coração...sou totalmente o oposto profissionalmente, mas concordem comigo...o que tem de estúdio bem equipado que não tira som e nós aqui que trocamos ideia e aprendemos um com o outro tiramos leite da pedra tiramos vão dizer?! rsrs

    Abraços e Feliz Natal!

    Ale Lak
    Membro Novato
    # dez/18
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    Eu sou um amador e não tenho a menor...
    Casper

    Então meu caro, realmente, o bom pré processamento praticamente ausenta você de mexer em muita coisa na mix. Existem vídeos muito legais de mixagem digitais/analógicas no youtube só utilizando o console com o audio proveniente da DAW. Esses dias assisti um do Rick Bonadio mixando (achei que ele era mais um empresário do que engenheiro) em um SSL apenas usando os recursos do console e alguns inserts como reverb e um compressor. E na verdade é o correto pois a captação boa não necessita de muito processamento, porém, ao menos para mim em home studio, muitos instrumentos eu não tenho à disposição, assim como processadores... e nem sempre vou querer usar um simulador de console de uma SSL, se tenho a opção se usar um compressor diferenciado, um gate ou expander diferente, etc... tudo isso vai comendo processamento. Mas é o nosso diferencial também que as vezes compensa a falta de infraestrutura e equipamentos top de linha.

    Quando a questão das ambiências, eu reforço pois é uma técnica que aprendi em video aulas como as do Paulo Anhaia e do PureMix o qual assino. Nem sempre, mas em determinadas circunstâncias a combinação de reverbs na mesma track causam um efeito legal...esse recurso pode ser explorado de diversas formas...você pode usar um reverb curto e comprimido, um longo mas com pouca mandada...enfim, diversas técnicas e aplicações.
    Agora quanto a usar reverbs distintos para layers de instrumentos diferentes é importante pois isso que dará tridimensionalidade há música, e pode ter certeza que não irá confundir a cabeça de quem está ouvindo. A profundidade dos instrumentos são feitas por 3 processos...compressão, pan, e ambiência. Uma caixa de bateria que foi muito comprimida mas que você gostaria que ela soasse um pouco mais distante, você pode aplicar um reverb com um pré delay mais curto, e não necessariamente ele precisa ter uma calda longa.
    Um conjunto de guitarras onde você tem um stereo de guitarras ritmicas, 1 solo, e uma dedilhada. As ritmicas seria bem mais interessante um reverb mais curto, estilo room, para aproximar elas, para que soem próximas como se estivessem do lado de quem está escutando, a dedilhada pode estar um pouco mais atrás, um hall quem sabe, ou um plate curto, e o solo um mais longo porém não tão mixado, com um pouco de delay stereo para preencher mais e ter a sensação de estar mais longe, como em um palco, porém no ambiente todo...entende?
    Isso tudo é muito mais criativo do que você aplicar o mesmo reverb para todos os canais....
    deixa mix muito mais profunda, muito mais rica...porém só ai são 3 bus de reverbs para cada layer, e claro, você também pode utilizar esses reverbs para outros canais....eu muitas vezes aproveito para mandar para violões sutilmente, ou algum efeito tipo sample....tem que ter criatividade pois da pra criar o reverb pensando em usar pro contexto das guitas mas também pensando em outros elementos....ai que vc aprende a abrir mão de presets ou até mesmo fazer automação dentro dos próprio parâmetros do reverb.

    :D

    Como disse nosso amigos The Man Who Sold The World
    A mix não tem receita!

    Feliz Natal!!!

    The Man Who Sold The World
    Veterano
    # dez/18
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    Ale Lak
    Pessoal, agradeço novamente vocês estarem ajudando e participando e mais uma vez peço perdão pela forma que me manifestei....de coração...sou totalmente o oposto profissionalmente, mas concordem comigo...o que tem de estúdio bem equipado que não tira som e nós aqui que trocamos ideia e aprendemos um com o outro tiramos leite da pedra tiramos vão dizer?! rsrs

    agora voce se fez entender, eu concordo que equipamento não tira som, mas se até os mestres da mixagem usam musicas como referencia, quem somos nós? hahahaa

    Quando a questão das ambiências, eu reforço pois é uma técnica que aprendi em video aulas como as do Paulo Anhaia e do PureMix o qual assino. Nem sempre, mas em determinadas circunstâncias a combinação de reverbs na mesma track causam um efeito legal...

    sim, cada caso é um caso e o reverb serve pra criar um contexto, sendo muito sincero eu sempre tenho uma mandada de hall, room e de plate, mas nem sempre mando pra esses auxiliares, controlo a intensidade pelo fader mesmo (faço a mandada pós fader), só te dei essa sugestão pois isso reduz consideravelmente o consumo de processamento, do contrario, teria que insertar o reverb em cada track e lá se vai o processador
    mas essa é a minha forma de trabalhar, cada um tem a sua, e essa é a graça do negocio

    Como disse nosso amigos The Man Who Sold The World
    A mix não tem receita!

    essa é a unica regra da mixagem, o dia em que existir um roteiro, ai os robôs vão nos substituir
    feliz natal pessoal, tudo de bom pra todos

    Ale Lak
    Membro Novato
    # dez/18
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    contrario, teria que insertar o reverb em cada track e lá se vai o processador
    mas essa é a minha forma de trabalhar, cada um tem a sua, e essa é a graça do negocio


    The Man Who Sold The World


    Isso ai meu caro! mas s´para esclarecer esse ponto...eu também não inserto reverb diretamente na track...só em casos muito específicos quando é um solo que ninguém mais vai usar aquele reverb, dai ja controlo a quantidade no mix do reverb mesmo...se estiver tudo o que, ja freezo, hahaha!
    abraços!!

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