14 verdades incômodas sobre o áudio analógico e digital

    Autor Mensagem
    rhavierpc
    Veterano
    # ago/12


    Zapeando por ai achei este artigo muito interessante sobre a eterna discussão analogico digital:
    #1: Uma gravação digital e uma analógica soam de forma diferente. Talvez o X da questão esteja em saber se essa diferença é melhor ou pior. Gravar em analógico é caro e complexo: requer bons músicos (algo não muito fácil), máquinas em perfeito estado de manutenção (algo caro e pouco justificável), e fita (também muito caro). Gravar em fita tem certas características musicais desejáveis (por exemplo, a compressão, a distorção e o colorido que agrega, especialmente na bateria e no baixo), mas pouco justificáveis em 99% dos casos. Ultimamente tem existido um "revival" com os plugins simuladores de fita que devolvem esse colorido, mas…
    #2: Os efeitos digitais de simulação de distorção não soam iguais que os analógicos. Dito isso, uma versão digital bem feita é praticamente indistinguível, mesmo que requeira de grandes quantidades de processamento, e essas diferenças são inclusive menos notórias numa mixagem. Veja esse artigo na revista Electronic Musician (http://www.emusician.com/techniques/0768/showdown-at-the-clubhouse--a mp-software-vs-amps/141292) onde engenheiros/produtores/guitarristas diferenciam uma guitarra processada digitalmente do som do amplificador simulado. O resultado somente pode ser diferenciado em 38.5 % dos casos, ou seja, indistinguível.
    #3: Os filtros digitais não soam iguais aos analógicos. Graças ao meu gosto por sintetizadores, tenho uma boa coleção de instrumentos analógicos e digitais que permite filtragem de sinais externos e também alguns filtros externos e cada um com seu colorido único. Por outro lado, tenho a maioria dos plugins de filtragem disponíveis e dificilmente têm a mesma característica, o que me força a complementá-los com saturação ou distorção.
    #4: Pro Tools é o padrão mundial para intercambio de sessões. Não é a fita, não é o Nuendo, nem o Logic, nem Cakewalk e não depende do país em que você esteja. Apesar de ser um fã adorador do Nuendo (no Mac), sempre tenho o Pro Tools à mão e sei que ele me acompanhará ainda por muito tempo. Então, se você deseja entrar de verdade no mundo do áudio é de suma importância saber operar corretamente o Pro Tools.
    #5: Uma mixagem a 96 Khz não soa como uma de 44.1 Khz. Muitos instrumentos musicais possuem conteúdo espectral fora da faixa de audição humana (estabelecida em 20 Hz-20Khz, e, mesmo que existam pessoas que podem chegar a 25-30 Khz, a grande maioria não supera os 18Khz). São frequências que, ainda que possam perceber auditivamente, muitos afirmam que se pode sentir corporalmente. Segundo Nyquist, para representar digitalmente uma faixa de frequências, temos que usar uma frequência de amostragem que multiplique por 2 o valor mais alto, o que nos dá 40 Khz, ou, de acordo com o desenvolvedor de conversores Dan Lavry 70 Khz (que para ele é a frequência ótima de amostragem). Na teoria, 44.1 Khz deve ser suficiente, mas temos que considerar a filtragem necessária nos conversores. Trabalhar a 88.2/96 Khz torna com que isso seja menos óbvio que a 44.1 Khz, além de aumentar consideravelmente a largura de banda. Trabalhar nessas frequências de amostragem tão altas faz com que o processamento digital requeira de, pelo menos, duas vezes mais processo. Tampouco os efeitos e sintetizadores atuam igualmente em altas frequências, sendo comum ver como 88.2 e 96 Khz geram menos "aliasing". Conscientes disso, alguns fabricantes usam "oversampling" para melhorar sua resposta em frequências mais humanas. Por outro lado a maior parte do legado musical clássico foi gravado em fita e processado com equipamento analógico que não era característico, precisamente, nem por suas taxas de baixo ruído, nem por sua grande largura de banda, o que faz com que o ouvido humano se sinta muito à vontade sem esse brilho extra. Na minha opinião, a diferença sonora não justifica a sobrecarga de processamento (sobretudo porque em 99% dos casos costuma-se filtrar os sons tanto acima como abaixo), sendo assim quase sempre trabalho em 44.1/48 Khz e 24 bits, usando usando uma mistura de hardware externo e software de alta qualidade.
    #6: Usar dithering não faz o áudio soar melhor. Em alguns foruns sobre áudio profissional de língua inglesa se tem feito muitos testes e a surpresa aconteceu quando a maioria das pessoas preferia o áudio sem efeitos de dithering aplicado. O que nos faz recordar o princípio do áudio profissional:
    #7: Se está soando bem, então está tudo bem. sem nenhum discussão aqui.
    #8: A presença de uma válvula não garante que afete o som. As válvulas requem alta voltagem para desenvolver seu verdadeiro colorido. O fato de um equipamento ter um led iluminado indicando válvula não significa que algo esteja sendo incorporado no som.

    #9: Uma mesa de mixagem analógica não soa igual que a soma digital de qualquer software. A diferença somente é óbvia quando se força os níveis, mas aposto apostaria que ninguém é capaz de distinguir uma mixagem numa mesa digital de uma analógica, caso a mix tenha sido feita corretamente. Roger Nichols, e um dos mais respeitados engenheiros de som dos últimos anos, declarava abertamente isso na revista inglesa Sound On Sound (http://www.soundonsound.com/sos/jun06/articles/rogernichols_0606.htm) .
    #10: A maioria dos equalizadores digitais soam iguais. Sim, esta é outra verdade que vai surpreender muitos. No âmbito digital somente existem três tipos de equalizadores: paramétricos (PEQ), paralelos e de fase linear. 99% dos EQ digitais, desde os incluídos no Cakewalk até o mais exotérico da Softtube, são do tipo PEQ, ou, em alguns casos, do tipo PEQ+algo, onde esse algo pode se algum algoritmo de saturação. A única diferença notável entre eles é a forma de gerenciar as faixas, Q e inclusive a interação entre bandas e parâmetros, o que faz com que muitos não sejam diretamente equivalentes. Devo possuir uns 40 plugins de EQ e no final acabo usando 4 ou 5 que, pelo seu algo extra ou sua configuração particular das bandas, são melhores para o resultado final que busco. Mas você não precisa acreditar cegamente em mim: eis alguns gráficos e mais informação em http://rhythminmind.net/1313/?p=361.
    #11: A soma digital em TODOS os programas de mixagem é idêntica, menos as baseadas em DSP externo. Isso já chegou à discussões acaloradas em alguns foruns: alguns dizem que o Samplitude soa melhor que o Cakewalk, outros que o Pro Tools HD, e outros o Nuendo. No domínio digital, a soma dos sinais é isso mesmo, uma soma, e não tem outra forma de fazer isso. A maior diferença está no manejo dos números e nisso temos duas tendências: ponto flutuante e inteiros. Não irei me aprofundar, visto que muitos não têm conhecimentos avançados de matemática, mas resumindo, as DAW que funcionam em ponto flutuante (todas menos as que usam hardware externo para somar, como Pro Tools HD/TDM ou alguma versão do Pyramix) têm resolução praticamente infinita em cada canal EXCETO no master, que está limitado pela resolução do motor de áudio (tipicamente 32 bits inteiros). Isso significa duas coisas: que o áudio somente vai saturar no master e que TODOS os motores de soma são iguais. Nos sistemas baseados em DSP isto se faz com números inteiros, no caso do Pro Tools 48 bits, ainda que isto tenha sido alterado na nova versão.
    #12: Uma mixagem ITB (in the box=100% digital) pode ser tão boa como uma OTB (out of the box=analógica ou híbrida). Para um dono de estúdio analógico que investiu milhares de reais em equipamentos analógicos essa afirmação pode fazer com que ele xingue a sua mãe, mas hoje em dia as ferramentas disponíveis digitalmente permitem desenvolver mixagens com a mesma "calidez", "profundidade" e qualquer outra palavra que queira usar para descrever uma mixagem analógica. A grande diferença é que…
    #13: Conseguir que uma mixagem ITB soe como uma OTB requer MUITO mais esforço e talento. Como comentei antes, a sonoridade dos discos de nossa infância (isso serve para aqueles com mais de 20 anos de idade) é analógico e é o que temos em nosso DNA musical. Um sistema digital puro ou híbrido sem somador não possui uma sonoridade definida: isso é bom porque podemos conseguir o matiz que quisermos, mas isso requer muita experiência do engenheiro, porque…
    #14: Não existe plugin ou equipamento analógico que vá fazer com mixemos melhor, porque, infelizmente a qualidade das mixagens depende do talento e da experiência e o talento não é tão abundante e a experiência só se consegue com anos de trabalho duro.

    MauricioBahia
    Moderador
    # ago/12 · Editado por: MauricioBahia
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    rhavierpc

    Na minha opinião, existe uma verdade: cada caso é um caso! Não tem mistério ou espanto; muito menos a necessidade de textos longos...

    O que importa é fazer música, o resto que se dane! hehe Tá bom, vamos mixar etc. Mas se não tivermos a competência do artista (o produtor também entra nessa), não há nada!

    :)

    Edson Caetano
    Veterano
    # ago/12 · Editado por: Edson Caetano
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    Te Juro que pela falta de tabulação, um texto todo embolado, desisti de ler...

    Quer usar um texto de terceiros, pelo menos, pelo menos cite a fonte antes, e separe os ##

    E pergunto, que lição tomou das 14 "verdades"?? entendeu todos os termos usados

    To momento chato ON hehe
    tranquilo heim

    MauricioBahia
    Moderador
    # ago/12 · Editado por: MauricioBahia
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    Edson Caetano: Te Juro que pela falta de tabulação, um texto todo embolado, desisti de ler...

    Nem li, mas pretendo ler!

    ;)

    ps. mas a curiosidade me chama!!! hehe

    The Red Special
    Veterano
    # ago/12
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    Na minha opinião, existe uma verdade: cada caso é um caso! Não tem mistério ou espanto; muito menos a necessidade de textos longos...

    O que importa é fazer música, o resto que se fod@! Tá bom, vamos mixar etc. Mas se não tivermos a competência do artista, não há nada!

    :)


    Concordo plenamente.

    Tem nego cheio das piras com equipo analógico, isso e aquilo, cheio de frescura. Cara, eu gravo com muta qualidade com equipamentos que juntos não sairam 6 mil reais. Dai vem um camaradinha falando que eu tenho que ter uma mesa de 784 canais da Audiophille, ou seja la qual for a mais top, microfone neumann de 5 mil dolares, isso e aquilo, bla bla bla.

    Cara, eu tenho 4 dinamicos sm57, 2 condensadores, uma interface de 8 canais, um par de monitores, um Desktop bem potente, bons fones, um controlador midi, variados instrumentos, e criatividade. Orçamento baixo? Mas mesmo assim é possível fazer um som de qualidade, gostoso de ouvir. Mas tem gente que só de ouvir que o meu equipo inteiro custa menos que um microfone deles, já vem cheios de frescuras falando que não é o ideal, que vai ficar ruim isso e aquilo. Eu nem ligo! Feliz sou eu que com pouco consigo chegar aonde quero :)

    Lelo Mig
    Membro
    # ago/12 · Editado por: Lelo Mig
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    Prá mim só existe uma regra de três:

    1- Quanto melhor os músicos executarem seus instrumentos mais perfeita a gravação.

    2- Quanto mais e melhores equipamentos e maior o leque de opções e variações disponíveis para se "tentar" gravar de diversas formas, melhor o resultado.

    3- O técnico tem que ser melhor ou tão bom em sua área, quanto os músicos em seus instrumentos.

    Infelizmente o que não falta nem NUNCA faltou é aventureiro atrás de mesa de som.

    Quem já entrou, mais de uma vez em estúdio, sabe bem o que eu tô falando.

    Gravação caseira, aventureiro, faço eu. Se for pagar, quero profissional. Se o cara não sabe a diferença de um resistor para um capacitor... vá fazer outra coisa. Só confio em técnico que além de áudio, conheça eletrônica e acústica à fundo!

    O resto? Aventureiros fazendo gravação...assim como eu!

    A diferença é que tem uns metidos a "expert", depois de ler meia dúzia de revistas de aúdio, e impressionam os incautos com palavras difíceis.

    rhavierpc
    Veterano
    # ago/12
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    Zapeando por ai achei este artigo muito interessante sobre a eterna discussão analogico digital:

    #1: Uma gravação digital e uma analógica soam de forma diferente. Talvez o X da questão esteja em saber se essa diferença é melhor ou pior. Gravar em analógico é caro e complexo: requer bons músicos (algo não muito fácil), máquinas em perfeito estado de manutenção (algo caro e pouco justificável), e fita (também muito caro). Gravar em fita tem certas características musicais desejáveis (por exemplo, a compressão, a distorção e o colorido que agrega, especialmente na bateria e no baixo), mas pouco justificáveis em 99% dos casos. Ultimamente tem existido um "revival" com os plugins simuladores de fita que devolvem esse colorido, mas…

    #2: Os efeitos digitais de simulação de distorção não soam iguais que os analógicos. Dito isso, uma versão digital bem feita é praticamente indistinguível, mesmo que requeira de grandes quantidades de processamento, e essas diferenças são inclusive menos notórias numa mixagem. Veja esse artigo na revista Electronic Musician (http://www.emusician.com/techniques/0768/showdown-at-the-clubhouse--a mp-software-vs-amps/141292) onde engenheiros/produtores/guitarristas diferenciam uma guitarra processada digitalmente do som do amplificador simulado. O resultado somente pode ser diferenciado em 38.5 % dos casos, ou seja, indistinguível.

    #3: Os filtros digitais não soam iguais aos analógicos. Graças ao meu gosto por sintetizadores, tenho uma boa coleção de instrumentos analógicos e digitais que permite filtragem de sinais externos e também alguns filtros externos e cada um com seu colorido único. Por outro lado, tenho a maioria dos plugins de filtragem disponíveis e dificilmente têm a mesma característica, o que me força a complementá-los com saturação ou distorção.

    #4: Pro Tools é o padrão mundial para intercambio de sessões. Não é a fita, não é o Nuendo, nem o Logic, nem Cakewalk e não depende do país em que você esteja. Apesar de ser um fã adorador do Nuendo (no Mac), sempre tenho o Pro Tools à mão e sei que ele me acompanhará ainda por muito tempo. Então, se você deseja entrar de verdade no mundo do áudio é de suma importância saber operar corretamente o Pro Tools.

    #5: Uma mixagem a 96 Khz não soa como uma de 44.1 Khz. Muitos instrumentos musicais possuem conteúdo espectral fora da faixa de audição humana (estabelecida em 20 Hz-20Khz, e, mesmo que existam pessoas que podem chegar a 25-30 Khz, a grande maioria não supera os 18Khz). São frequências que, ainda que possam perceber auditivamente, muitos afirmam que se pode sentir corporalmente. Segundo Nyquist, para representar digitalmente uma faixa de frequências, temos que usar uma frequência de amostragem que multiplique por 2 o valor mais alto, o que nos dá 40 Khz, ou, de acordo com o desenvolvedor de conversores Dan Lavry 70 Khz (que para ele é a frequência ótima de amostragem). Na teoria, 44.1 Khz deve ser suficiente, mas temos que considerar a filtragem necessária nos conversores. Trabalhar a 88.2/96 Khz torna com que isso seja menos óbvio que a 44.1 Khz, além de aumentar consideravelmente a largura de banda. Trabalhar nessas frequências de amostragem tão altas faz com que o processamento digital requeira de, pelo menos, duas vezes mais processo. Tampouco os efeitos e sintetizadores atuam igualmente em altas frequências, sendo comum ver como 88.2 e 96 Khz geram menos "aliasing". Conscientes disso, alguns fabricantes usam "oversampling" para melhorar sua resposta em frequências mais humanas. Por outro lado a maior parte do legado musical clássico foi gravado em fita e processado com equipamento analógico que não era característico, precisamente, nem por suas taxas de baixo ruído, nem por sua grande largura de banda, o que faz com que o ouvido humano se sinta muito à vontade sem esse brilho extra. Na minha opinião, a diferença sonora não justifica a sobrecarga de processamento (sobretudo porque em 99% dos casos costuma-se filtrar os sons tanto acima como abaixo), sendo assim quase sempre trabalho em 44.1/48 Khz e 24 bits, usando usando uma mistura de hardware externo e software de alta qualidade.


    #6: Usar dithering não faz o áudio soar melhor. Em alguns foruns sobre áudio profissional de língua inglesa se tem feito muitos testes e a surpresa aconteceu quando a maioria das pessoas preferia o áudio sem efeitos de dithering aplicado. O que nos faz recordar o princípio do áudio profissional:

    #7: Se está soando bem, então está tudo bem. sem nenhum discussão aqui.

    #8: A presença de uma válvula não garante que afete o som. As válvulas requem alta voltagem para desenvolver seu verdadeiro colorido. O fato de um equipamento ter um led iluminado indicando válvula não significa que algo esteja sendo incorporado no som.

    #9: Uma mesa de mixagem analógica não soa igual que a soma digital de qualquer software. A diferença somente é óbvia quando se força os níveis, mas aposto apostaria que ninguém é capaz de distinguir uma mixagem numa mesa digital de uma analógica, caso a mix tenha sido feita corretamente. Roger Nichols, e um dos mais respeitados engenheiros de som dos últimos anos, declarava abertamente isso na revista inglesa Sound On Sound (http://www.soundonsound.com/sos/jun06/articles/rogernichols_0606.htm) .


    #10: A maioria dos equalizadores digitais soam iguais. Sim, esta é outra verdade que vai surpreender muitos. No âmbito digital somente existem três tipos de equalizadores: paramétricos (PEQ), paralelos e de fase linear. 99% dos EQ digitais, desde os incluídos no Cakewalk até o mais exotérico da Softtube, são do tipo PEQ, ou, em alguns casos, do tipo PEQ+algo, onde esse algo pode se algum algoritmo de saturação. A única diferença notável entre eles é a forma de gerenciar as faixas, Q e inclusive a interação entre bandas e parâmetros, o que faz com que muitos não sejam diretamente equivalentes. Devo possuir uns 40 plugins de EQ e no final acabo usando 4 ou 5 que, pelo seu algo extra ou sua configuração particular das bandas, são melhores para o resultado final que busco. Mas você não precisa acreditar cegamente em mim: eis alguns gráficos e mais informação em http://rhythminmind.net/1313/?p=361.


    #11: A soma digital em TODOS os programas de mixagem é idêntica, menos as baseadas em DSP externo. Isso já chegou à discussões acaloradas em alguns foruns: alguns dizem que o Samplitude soa melhor que o Cakewalk, outros que o Pro Tools HD, e outros o Nuendo. No domínio digital, a soma dos sinais é isso mesmo, uma soma, e não tem outra forma de fazer isso. A maior diferença está no manejo dos números e nisso temos duas tendências: ponto flutuante e inteiros. Não irei me aprofundar, visto que muitos não têm conhecimentos avançados de matemática, mas resumindo, as DAW que funcionam em ponto flutuante (todas menos as que usam hardware externo para somar, como Pro Tools HD/TDM ou alguma versão do Pyramix) têm resolução praticamente infinita em cada canal EXCETO no master, que está limitado pela resolução do motor de áudio (tipicamente 32 bits inteiros). Isso significa duas coisas: que o áudio somente vai saturar no master e que TODOS os motores de soma são iguais. Nos sistemas baseados em DSP isto se faz com números inteiros, no caso do Pro Tools 48 bits, ainda que isto tenha sido alterado na nova versão.


    #12: Uma mixagem ITB (in the box=100% digital) pode ser tão boa como uma OTB (out of the box=analógica ou híbrida). Para um dono de estúdio analógico que investiu milhares de reais em equipamentos analógicos essa afirmação pode fazer com que ele xingue a sua mãe, mas hoje em dia as ferramentas disponíveis digitalmente permitem desenvolver mixagens com a mesma "calidez", "profundidade" e qualquer outra palavra que queira usar para descrever uma mixagem analógica. A grande diferença é que…


    #13: Conseguir que uma mixagem ITB soe como uma OTB requer MUITO mais esforço e talento
    . Como comentei antes, a sonoridade dos discos de nossa infância (isso serve para aqueles com mais de 20 anos de idade) é analógico e é o que temos em nosso DNA musical. Um sistema digital puro ou híbrido sem somador não possui uma sonoridade definida: isso é bom porque podemos conseguir o matiz que quisermos, mas isso requer muita experiência do engenheiro, porque…


    #14: Não existe plugin ou equipamento analógico que vá fazer com mixemos melhor, porque, infelizmente a qualidade das mixagens depende do talento e da experiência e o talento não é tão abundante e a experiência só se consegue com anos de trabalho duro.

    fonte: http://reveletronicamusicaudio.blogspot.com.br/2012/03/14-verdades-inc omodas-sobre-el-audio.html



    Desculpem a desorganização

    Casper
    Veterano
    # ago/12
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    Caro rhavierpc:

    Concordo com a maioria das afirmações.
    Mas:

    a) Não sei afirmar se é tão importante gravar em 96Khz (#5).
    Já ouvi porcaria em altas taxas se amostragem, também.

    b) Dithering em excesso é perceptivel e destrói o som.

    Adler3x3
    Veterano
    # ago/12 · Editado por: Adler3x3
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    rhavierpc
    Bem interessante o post.

    Lelo Mig
    A diferença é que tem uns metidos a "expert", depois de ler meia dúzia de revistas de aúdio, e impressionam os incautos com palavras difíceis.

    É uma forma de sofismar moderna, como por exemplo:
    - Para melhorar o áudio tem que sequenciar dinamicamente aplicando os recursos dsp com sutis variações buscando o equilíbrio da pré mixagem considerando a panorâmica que se quer obter.
    Sem esquecer da automação das backtraks e do fluxo contínuo do sinal de áudio, atentando para as interrupções e sons das frequências indesejáveis, que podem fazer com que o trabalho não atinja o nível ideal de balanceamento entre os canais e também subtracks.
    Para eliminar as frequências indesejáveis tem que saber usar plugins de filtro (do latin philtru), e usar equalizadores com visualizadores de ondas sonoras.

    Ou seja palavras pomposas mas no contexto não dizem nada.

    rsss

    .omni
    Veterano
    # ago/12
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    Casper
    a) Não sei afirmar se é tão importante gravar em 96Khz (#5).

    É sim.
    Em ambiente de home studio não.

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