Dúvida na utilização de vst: Kontakt - Sibelius

    Autor Mensagem
    Caio Facó
    Veterano
    # jun/12


    Bom galera, consegui recentemente um conjunto muito bom de samples (200 gb no total) . Já usava o Sibelius 7 para compor minhas músicas, agora estou utilizando o kontakt para rodar estes samples nas minhas composições.
    Estou descobrindo aos poucos as maravilhas destes samples, gostaria de tirar apenas uma dúvida com vocês que já entendem do assunto:

    Como eu faço para mudar a articulação de um instrumento de acordo com a partitura do Sibelius?

    Ex: Quando eu carrego o banco de sons de violino, eu consigo perceber várias articulações pelo kontakt (sustain, tremolo, pizz...) mas ao utilizar este banco no sibelius, ele não responde aos comandos que eu coloco (não consigo mudar de arco para pizz por exemplo). Gostaria que os samples fossem tocados com base no que eu digito no Sibelius.
    Não sei se foi possível entender, qualquer coisa me falem ok?
    Abraço

    makumbator
    Moderador
    # jun/12
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    Caio Facó

    Vc pode usar o dicionário do Sibelius, ligando determinada expressão escrita ou símbolo a uma ação dos samplers. Mas aqui quando eu escrevo pizz ele já muda corretamente para o som adequado (vale o mesmo para arco, spic, surdina, etc...). Mas isso depende do sampler ter as devidas articulações (obviamente).

    Eu uso o Sibelius 7.1.2 com o Sibelius 7 sounds atualizado, GPO 4 (que o Sibelius consegue manipular automaticamente sem problemas) e Addictive drums 1.5.3 para bateria (esse eu tive que editar os sound IDs).

    Mas minha principal preocupação não é o realismo extremo ao escrever, pois quando preciso de algo mais trabalhado exporto o midi do Sibelius para o Cubase, e aí nele utilizo muita edição midi, key switchs e VST expression para ter melhores resultados.

    Caio Facó
    Veterano
    # jun/12 · Editado por: Caio Facó
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    makumbator
    Mas aqui quando eu escrevo pizz ele já muda corretamente para o som adequado (vale o mesmo para arco, spic, surdina, etc...).

    Na verdade quando se usa o próprio som do Sibelius (neste caso o Sibelius 7 sound set) ele já faz a troca automaticamente, aqui também funciona ok.

    O meu problema é que quando eu carrego outros samples (no caso o Vienna Symphonic) esta troca não ocorre quando eu mudo de articulação. Queria saber como fazer para que os samples sejam tocados com as articulações corretas. Se eu começo uma música com 'sul tasto' ela fica assim até o final. Eu tentei o dicionário, mas não consegui o que queria.

    Acho que vou tentar pelo Cubase, mas se você tiver alguma ideia me fala, ok?

    makumbator
    Moderador
    # jun/12
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    Caio Facó

    Mas aqui ele também faz a troca quando uso o GPO, mas isso pelo fato do Sibelius já ter o mapa(sound set) desse VSTi, então basta carregar que ele entende tudo.

    Em outros vc precisa editar manualmente, ou comprar o sound set(O Vienna tem dele grátis no site do fabricante). Depois que tiver o mapa carregado o Sibelius passa a tratar o Vienna tão bem quanto o sampler interno.

    Aqui uns links:

    http://vsl.co.at/en/68/141/460/576/655.htm

    http://www.soundsetproject.com/soundsets/

    Caio Facó
    Veterano
    # jun/12
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    makumbator

    Mas aqui ele também faz a troca quando uso o GPO, mas isso pelo fato do Sibelius já ter o mapa(sound set) desse VSTi, então basta carregar que ele entende tudo.

    Em outros vc precisa editar manualmente, ou comprar o sound set(O Vienna tem dele grátis no site do fabricante). Depois que tiver o mapa carregado o Sibelius passa a tratar o Vienna tão bem quanto o sampler interno.


    Opa! Valeu pela ajuda! Não sabia como isso funcionava direito, pelo menos não vai ser preciso fazer manualmente.
    Valeu!!!

    Ps.: Só uma curiosidade, tu usa o Sibelius principalmente para composição ou para trabalhos de copista? É porque vou precisar copiar umas partituras e me disseram que o Sibelius não é tão aconselhado para cópias. Embora a interface dele (e o próprio software) seja bem melhor que o Finale (na minha opinião) parece que a escrita do Finale é mais prática. Será que é verdade? Já que tu conhece os dois, o que tu acha disso?

    makumbator
    Moderador
    # jun/12 · Editado por: makumbator
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    Caio Facó

    Eu o uso principalmente para trabalho de copista (para terceiros ou para mim mesmo) e arranjos para casamento (quarteto de cordas). Em menor grau o utilizo para outros meus arranjos diversos e composições (exercícios inclusive).

    É porque vou precisar copiar umas partituras e me disseram que o Sibelius não é tão aconselhado para cópias.

    Lorota. Isso é papo de quem não sabe usar. Uso ele para trabalhos profissionais de copista e ninguém reclama.


    Embora a interface dele (e o próprio software) seja bem melhor que o Finale (na minha opinião) parece que a escrita do Finale é mais prática

    Isso é questão de prática. Depois que vc se acostuma com o programa A ou B, tudo fica mais acessível.

    Será que é verdade? Já que tu conhece os dois, o que tu acha disso?

    Eu não sou um conhecedor profundo do Finale, pois nunca o usei de maneira extensa (eu iniciei no Encore e alguns anos depois passei para o Sibelius, e estou com dele desde a versão 2.11). Mas pode-se obter grandes resultados com os dois programas (Sibelius e Finale). A diferença é a prática e conhecimento de quem opera.

    Adler3x3
    Veterano
    # jun/12
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    Este tópico esta bem interessante e proveitoso.
    E vou fazer mais algumas colocações para levar a reflexão, e quem sabe obter novas opiniões sobre este fascinante tema.
    Não uso nem o Sibelius e o Finale.
    Fiz alguns testes com estes softwares e me pareceram equivalentes.
    Mas não sei explicar por que mas gostei mais do Sibelius.
    São dois excelentes editores de partitura que evoluiram muito nos últimos tempos.
    Mas ainda não são o ideal para gravar o resultado final que ao meu ver numa DAW fica melhor.
    Uma coisa é a edição de partituras, outra coisa é a gravação da música.
    Na partitura tudo tem que ficar perfeito conforme a orientação do compositor.
    Já no áudio (gravação) entra a interpretação e o midi que é exportado pelos editores de partitura requerem uma humanização, que software nenhum consegue realizar satisfatoriamente.
    Alguns tem até funções de pseudas humanizações, mas na verdade são robos.
    Pude observar que quando se exporta para midi, quando soa na DAW geralmente os instrumentos ficam com o som baixo, por causa da velocidade das notas que estão configuradas para o player interno dos softwares, que seguem um certo padrão ( e nem sempre são as ideais) e não conseguem cobrir todos os tipos de variações que podem existir numa música.
    E esta questão do mapeamento de seleção dos instrumentos é complicada.quando não se tem os mapas apropriados conforme a DAW que se usa.
    Não uso o Cubase, uso o Mixcraft, e tenho a opção de alterar a seleção dos instrumentos via instruções midi, mas dá um trabalheira danada.
    Na questão da velocidade das notas observei que pode variar muito de instrumento para instrumento, o que é "p" num determinado VST, pode ser "F" em outro.
    Como já escrevi uma coisa é a edição da partitura outra coisa é a gravação da música.
    Assim quando é possível, ao meu ver a melhor forma de produzir um bom resultado é tocar num teclado que tenha sensibilidade e gravar os arquivos midi track por track, e depois adicionar efeitos se for necessário.
    O arquivo midi gerado assim nunca vai ser igual o da partitura, pois é uma interpretação do músico da partitura, e vai soar muito melhor, e assim cada articulação (sustain, piz, tremolo) é um instrumento e uma track a parte.
    E cada perfomance gravada é exclusiva para o instrumento utilizado, se for trocar o instrumento, o resultado pode não ficar tão bom quanto a primeira gravação. (pois cada instrumento tem um envelope diferente, um nível básico de gravação dos samplers também diferente)
    E assim quando o músico toca com sentimento a velocidade das notas variam conforme o instrumento.
    De qualquer forma a variação das velocidades de uma peça bem tocada no teclado pode ser aproveitada para a edição da velocidade de outros instrumentos. (só que a edição dá trabalho)
    Já quando se faz o processo ao contrário, tocando no teclado para se obter uma partitura no editor, é necessário usar quantização para desumanizar o midi e a partitura ficar esteticamente correta sobre o ponto de vista da notação musical.

    makumbator
    Moderador
    # jun/12
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    Adler3x3
    Uma coisa é a edição de partituras, outra coisa é a gravação da música.
    Na partitura tudo tem que ficar perfeito conforme a orientação do compositor.


    O Notion é um software desenhado justamente para tentar suprir essa lacuna. Ele busca ter grande qualidade em toda a parte de recursos e layout de escrita musical, somado a diversas ferramentas para edição visando a produção sonora.

    Caso não conheça, vale a pena vc testar e depois nos dizer o que achou.

    A humanização das execuções "virtuais" é uma busca constante, e apesar de termos avançado muito em vista do que se tinha há 20 anos (por exemplo) concordo que fica MUITO abaixo do verdadeiro toque humano, somado às inúmeras variáveis que a prórpia natureza reserva ao se tocar um instrumento real, em um ambiente físico de verdade com um músico humano habilidoso.

    Adler3x3
    Veterano
    # jun/12
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    Makumbator
    Já tinha pesquisado sobre o notion.
    Mas parece que não tem download de versão demo.
    Mas vou voltar lá no site para checar.

    Para as minhas produções atualmente estou usando o Miroslav Philamonik

    Sua citação:
    A humanização das execuções "virtuais" é uma busca constante.

    E nunca vai ter fim.
    Cheguei a conclusão que a melhor forma de humanizar e tocar o instrumento virtual.
    Só que tem uma limitação, a nossa capacidade de execução (tocar) peças mais complicadas, principalmente na música clássica onde não temos o domínio e o devido conhecimento de toda a gama de instrumentos, e também quando simplesmente não temos a capacidade de tocar um determinado instrumento.
    E fazer a humanização via mouse não é fácil não.
    Como saber quando devemos baixar ou aumentar a velocidade das notas num contexto musical de uma obra complexa com vários instrumentos?
    Quando não sei para onde ir, se devo subir ou descer uso um método um tanto fora do comum, pego um pendulo e coloco sobre a partitura para observar a melhor indicação.
    O mesmo processo uso para compor, quando não sei se devo ou não subir nas escalas.
    rsss

    makumbator
    Moderador
    # jun/12
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    Adler3x3

    Tem demo sim do Notion, pois eu mesmo já usei.

    Cheguei a conclusão que a melhor forma de humanizar e tocar o instrumento virtual.

    Mas há também um detalhe: por exemplo, tocar uma linha de cello em um teclado é melhor do que escrever a mesma linha com o mouse, mas ainda muito fora da realidade daquele instrumento. Pois tocar teclas para acionar um instrumento de arco fica sempre deficiente. Vale o mesmo para sopro, voz, instrumentos de cordas sem arco, etc...

    O contrário também é ruim: tentar escrever uma linha de piano usando uma guitarra com captação midi.

    Enfim são vários problemas! Heheh!

    O "menos" pior talvez seja ter vários instrumentos midi diferentes (teclado, guitarra, baixo, pelo menos um sopro daqueles modernos com midi, e um instrumento de arco também com a mesma capacidade).

    O problema adicional é conseguir tocar minimamente cada um deles, de forma a conseguir extrair a maior humanização possível em um suporte instrumental mais próximo do instrumento original.

    Adler3x3
    Veterano
    # jun/12
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    Makumbator
    Comecei o download do Notion.

    Parece ser até uma opção melhor que o Sibelius e Finale, no sentido do conjunto, ou seja das ferramentas de edição de partituras e da bibiloteca dos instrumentos próprios, e também custa mais barato.

    Adler3x3
    Veterano
    # jun/12
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    Makumbator[b][/b]

    O "menos" pior talvez seja ter vários instrumentos midi diferentes (teclado, guitarra, baixo, pelo menos um sopro daqueles modernos com midi, e um instrumento de arco também com a mesma capacidade).

    Teria que ser um músico múltiplo.
    O mesmo para a bateria.
    E tem um outro lado:
    Tem um amigo meu que toca quase de tudo, guitarra, baixo, teclado, gaita de boca e bateria, mas na parte virtual de softwares não sabe mexer em nada.

    makumbator
    Moderador
    # jun/12
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    Adler3x3
    Parece ser até uma opção melhor que o Sibelius e Finale, no sentido do conjunto, ou seja das ferramentas de edição de partituras e da bibiloteca dos instrumentos próprios, e também custa mais barato.


    O Edson Caetano aqui do FCC tem o Notion e gosta bastante! Eu penso em comprar o Notion usando o crossgrade de uma de minhas licenças (Encore ou Sibelius), assim ficaria ainda mais barato. Com isso eu teria os 3 programas.



    Teria que ser um músico múltiplo.
    O mesmo para a bateria.


    É, ainda esqueci da bateria, que também fica muito superior se tocada por um músico real em uma batera midi.

    Tem um amigo meu que toca quase de tudo, guitarra, baixo, teclado, gaita de boca e bateria, mas na parte virtual de softwares não sabe mexer em nada.

    Pois é, o cidadão ainda tem que ser bom na parte da informática musical. É muita coisa! Hhashashs!

    Adler3x3
    Veterano
    # jun/12
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    Makunbator

    Testei ontem o notion, gostei.
    Experimentei alguns midis e me sou bem.
    Entrou na lista das minhas futuras aquisições.
    Agora será que os 10 GB de samplers são bons?

    makumbator
    Moderador
    # jun/12
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    Adler3x3

    Pergunta para o Edson Caetano, pois ele tem o programa original e pode te dar mais detalhes sobre os samplers. Mande uma mp para ele:

    http://forum.cifraclub.com.br/membro_66923.html

    Adler3x3
    Veterano
    # jun/12
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    Makunbator

    Obrigado!

    Caio Facó
    Veterano
    # jun/12 · Editado por: Caio Facó
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    makumbator
    O Notion é um software desenhado justamente para tentar suprir essa lacuna. Ele busca ter grande qualidade em toda a parte de recursos e layout de escrita musical, somado a diversas ferramentas para edição visando a produção sonora.

    Caramba, nunca tinha ouvido falar deste software.
    Acabei de ver algumas demos no youtube e fiquei impressionado! Pelo jeito é um programa que pode ser muito útil na composição e ainda possui uma qualidade sonora muito boa. O Sibelius 7 Sounds é quase 40gb e não chega nem perto do que eu ouvi no Notion Music (minha opinião).
    Estou baixando para fazer o teste!

    Adler3x3
    Quando não sei para onde ir, se devo subir ou descer uso um método um tanto fora do comum, pego um pendulo e coloco sobre a partitura para observar a melhor indicação.
    O mesmo processo uso para compor, quando não sei se devo ou não subir nas escalas.


    hehe. Realmente um tanto fora do comum!

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