| Autor | Mensagem | 
| Juliano de Oliveira Veterano
 | # abr/05 
 
 Os Modos Gregorianos foram usados durante a Idade Média e o Renascentismo. Progressivamente, tornaram-se
 nossas escalas maiores e menores. O número de modos varia de acordo com o período e visão dos teoristas,
 mas no geral, oito modos gregorianos foram identificados.
 
 Modos Gregorianos tinham um final, uma nota na qual a melodia terminava e na qual era baseada. Sua função
 era similar à que tem a tônica em escalas maiores e menores. E também tinham uma dominante que era a nota
 sobre a qual havia muita insistência durante a melodia.
 
 Modos são dividos em duas categorias: autênticos e plagais. Cada modo plagal é associado com um autêntico.
 Ambos tem as mesmas notas e o mesmo final. A diferença entre o modo autêntico e sua plagal relativa está na
 natureza da nota dominante e na extensão.
 
 Teóricos em Canto Gregoriano associam os números I, III, V e VII à modos autênticos. A relativa plagal aos
 números II, IV, VI e VIII. Ou seja, a relação é I-II, III-IV...etc..
 
 Alguns teóricos usam nomes gregos tais como Dórico, Frigio, Lídio e Mixolídio para se referir aos modos
 autênticos I, III, V e VII respectivamente. E para os modos plagais, o prefixo hipo é adicionado ao nome da
 relativa autêntica: modo II torna-se modo Hipodórico, IV o Hipofrigio..etc..
 
 Esses modos foram esquecidos por vários séculos. Contudo, variações tem surgido e usados novamente
 na música Clássica e também no Jazz.
 
 Retirado de: http://www.clannad.hpg.ig.com.br/TeoriaMusical/teoria04_10.htm
 
 
 | 
| Marisco Veterano
 | # abr/05 · votar
 
 Juliano de Oliveira
 
 Complementando:
 
 Modos Gregorianos tinham um final, uma nota na qual a melodia terminava e na qual era baseada
 Essa nota se chama "finalis"
 
 E também tinham uma dominante que era a nota
 sobre a qual havia muita insistência durante a melodia.
 Chamada de "confinalis"
 
 
 | 
| Marisco Veterano
 | # abr/05 · votar
 
 Eu não gosto muito dessa forma de abordagem aos Modos Gregorianos. É muito ultrapassada. Na época em que se estudou dessa forma os modos era usados quase que exclusivamente para Cantos (ou seja, só a melodia era importante). Hoje o sistema modal é usado muito harmônicamente também.
 
 
 | 
| Juliano de Oliveira Veterano
 | # abr/05 · votar
 
 Tmb acho meio ultrapassado. Essa explicação prioriza os modos utilizados apenas na antiguidade, nos cantos gregorianos.Por isso o nome: modos gregorianos e ñ modos gregos.
 
 
 | 
| Marisco Veterano
 | # abr/05 · votar
 
 Juliano de Oliveira
 Além do que os modos plagais não são mais utilizados hoje...
 
 
 | 
| jpredhot Membro
 | # jun/13 · votar
 
 ja procurei aqui mas nunca consegui entende como criar uma musica para que ela de sonoridade por exemplo dorico.. um Ddorico seria a escala de C maior partindo de ré sim mas ae a musica estaria no tom de ré mas utilizando todos os acordes do campo harmonico de dó? e eu improvisaria em ré mixolidio entendem nao quero da intencao só a um trecho mas na musica toda .. peço tambem mais exemplos de musicas em modos gregos pra facilitar o entendimento .. grato
 
 
 | 
| edman Veterano
 | # jun/13 · votar
 
 jpredhot
 
 Tenta postar sua duvida neste Tópico:
 http://forum.cifraclub.com.br/forum/3/196149/
 
 
 | 
| Ken Himura Veterano
 | # set/13 · Editado por: Ken Himura · votar
 
 Só vi este tópico hoje!
 
 jpredhot
 Pensa assim: dórico = escala menor natural com 6a maior. Em dó: Dó, Ré, Mib, Fá, Sól, Lá, Sib. Aí você usa essa escala normalmente num contexto tonal. Por que a 6a é maior (e não menor, como na menor natural)? Para amenizar a tensão/dissonância da 6a menor e prover uma escala sem grandes tensões - perfeita para criar uma música mais reflexiva, com aquela aura de mistério/fervor. Não é a toa que boa parte da música sacra é feita em cima do modo dórico.
 
 Pro contexto modal original, esquece tudo o que você sabe sobre harmonia e vai estudar contraponto modal pra entender como era o pensamento e aplicações na época - são 12 modos aqui (jônio, dórico, frígio, lídio, mixolídio, eólio e seus plaguais), e a harmonia é decorrente da combinação das melodias - não existia pensamento "harmônico" do jeito que entendemos hoje. Um bom manual - apesar de não ser exatamente deste pensamento modal, é o Gradus Ad Parnassum, de J.J. Fux. Pruma abordagem mais estilística mesmo, pode procurar os livros de Knud Jeppesen, principalmente o "Counterpoint - The polyphonic vocal style of XVI century"
 
 Exemplos:
 http://www.youtube.com/watch?v=1Y1O-BcZQwY
 http://www.youtube.com/watch?v=RbQ6ISRC-60
 http://www.youtube.com/watch?v=D2w58GmIUC4
 http://www.youtube.com/watch?v=2nx_oFD_3WY
 
 Note nos exemplos como a sonoridade harmônica é completamente diferente da "harmonização modal" que se usa tanto hoje em dia.
 
 Pro contexto mais atual, basta usar estes guias de música popular (principalmente jazz), é uma abordagem completamente diferente sobre o modalismo, porém bem interessante também - no fórum de guitarra tem várias discussões neste tema. Pruma abordagem mais "erudita", você pode começar a estudar Bartók e Guerra Peixe e ler o capítulo 2 do livro "Harmonia do Século XX", de Vincent Persichetti (trata exatamente de modos, escalas exóticas, construção de escalas e trabalho melódico sobre eles).
 
 
 |