CURIOSIDADES...

    Autor Mensagem
    Matheus_Strad
    Veterano
    # set/04


    Antonio Stradivari



    Antonio Stradivari nasceu em 1644 e viveu 93 anos! O seu nome confunde-se com a própria História da Música e é sinônimo universal de coisa perfeita. Ele foi aluno de Nicola Amati, filho caçula de Andrea Amati, o fabricante que fixara as proporções dos violinos, violas e violoncelos modernos. Amati foi também professor de Francesco Rugieri, Andrea Guarneri, Giovanni Battista Rogeri (bolonhês que se estabelecera em Bréscia) e Giacomo Gennaro e manteve vantajosa rivalidade com Giovanni Paolo Maggini, consagrado luthier da cidade de Bréscia.

    Stradivari fabricou instrumentos musicais durante mais de 70 anos, dos quais 650 ainda funcionam. Ele herdou as tradições de Cremona, onde nascera, na criação de instrumentos de corda. Ele tinha 40 anos quando morreu Amati, o seu mestre. A partir daí, investiu o seu talento na produção de instrumentos de som mais encorpado. Em 1685 ele começou a produzir um tipo de violino muito elegante e ligeiramente maior, de sonoridade mais brilhante, parecido com os que eram feitos por Rogeri em Bréscia.

    Sempre se propagou que a grande inovação de Stradivari residia no verniz que passou a usar já no início do século XVIII, ao qual adicionava pigmentos corantes, cujos efeitos estéticos foram evidentes. Contudo, as propriedades acústicas dos instrumentos, até hoje insuperáveis, estão ligadas a outras qualidades mais objetivas do que aos "segredos" de sua química. Atualmente sepultou-se a lenda dos vernizes, com o que se perdeu um pouco do mistério tão charmant quanto desnecessário. Stradivari associou a delicadeza de formas à excepcional qualidade das madeiras e deu a seus instrumentos a medida e a proporção adequadas. O verniz, que os conservou durante tanto tempo, dá-lhes a nobreza e beleza mas não influi decisivamente no som produzido, tal como um perfume não altera a inteligência de quem o usa. O Stradivarius utilizado nesta gravação foi fabricado em 1709, pouco antes do célebre violino Alard, que apareceu 6 anos depois, e do incrível Messias, construído em 1716. Este último pertenceu ao antiquário Luigi Tarisio que o manteve durante anos trancado numa caixa que acorrentara à sua cama de ferro! Morto Tarisio em 1855, Jean-Baptiste Vuillaume apressou-se a adquirir a maravilha e a libertar o gênio que, como na lâmpada de Aladim, ficara mais de um século à espera de quem o acariciasse. A partir daí, Vuillaume, que já se tornara o grande facteur do século XIX, produziu diversas cópias do Stradivarius Messias.

    Juliano de Oliveira
    Veterano
    # fev/05
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