Quarteto de cordas - Caio Facó (Opinem!)

Autor Mensagem
Caio Facó
Veterano
# jun/12


Olá pessoal, sou novo aqui no fórum, embora já o acompanhe a bastante tempo. Estou cursando bacharelado em composição musical e gostaria que vocês ouvissem e opinassem a respeito de uma de minhas obras:

http://www.youtube.com/watch?v=-vXT8aANptg

Eu compus este quarteto de cordas como uma peça de estudo dos métodos de composição do século XX (ele contém um material bem dissonante). A música está apresentada em três movimentos. Qualquer crítica ou sugestão será bem vinda. Obrigado.

Ps.: Achei que postar no forúm de música erudita seria mais apropriado.

makumbator
Moderador
# jun/12
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Caio Facó

Gostei. Tem temas muito interessantes, como um tema belíssimo que entra em 1:29 e depois se transforma em tremolos(aliás o uso de tremolos é uma constante na sua peça). Me lembrou em alguns momentos quartetos do Camargo Guarnieri (em que já trabalhei como copista e revisor), pelo clima da composição.

Parabéns!

SODAPOP
Veterano
# jun/12 · Editado por: SODAPOP
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Antes de tudo parabéns
Esses timbres me lembram uma orquestra de cordas, vai soar completamente diferente num quarteto. Acho que pra orquestra de cordas deve soar até mais legal do que um quarteto...
Tem uns intervalos incrivelmente chatos de afinar, mas se tocarem direito... nenhum problema. Não vai ser qualquer grupo que vai tocar essa peça bem tocada.
A parada que eu mais curti é de como vc alterna linguagens no primeiro movimento, indo de algo mais tonal pra linguagens mais extremas.
Curti também como a música é comedida e paciente... as coisas acontecem numa velocidade muito boa, sem pressa.
Curti as texturas, como que vc sustenta sutilmente notas que levam de uma textura a outra sem deixar "quebras".
Como fator negativo, a peça inteira tá com o mesmo caráter, tudo pastoso, lento... não sei se foi sua proposta, mas não faria mal um movimento mais agitado, ou alguma idéia mais contrastante em algum aspecto (mudar a forma de trabalhar o som, usar outras texturas...). Em determinado ponto da peça, a monotonia me tomou conta.
Como foi o seu processo de composição? seria legal você explicar para a gente. Fala da micropolifonia...
Parabéns!

makumbator
Moderador
# jun/12
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SODAPOP

Concordo que o ideal seria colocar o som mais para instrumentos sozinhos do que como naipe (que é como está soando). Ele está usando o Sibelius, e basta trocar os samplers para modificar isso. O efeito sonoro será bem diferente.

Caio Facó
Veterano
# jun/12
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Muito obrigado pelas críticas! E desculpa pela demora na resposta.
Bom, em relação ao assunto quarteto vs orquestra, eu tenho consciência que a peça seria bem mais interessante em uma orquestra de cordas. Na verdade eu escrevi a peça para orquestra, mas tive de adaptá-la para o quarteto aqui da faculdade. (Tive de rever os 'doubles-stops', digitações...). É realmente uma peça de difícil execução, mas eu acho que, se for bem trabalhada, o resultado final será gratificante.
Vocês conseguiram perceber várias ideias que eu tentei expor nesta composição. A relação entre sistemas consonantes e dissonantes é constante na peça; o andamento lento foi proposital, visto que, na minha opinião, a alternância entre estes dois extremos (tonal - atonal) já ajuda a evitar a monotonia. Tentei usar ao máximo as articulações possíveis para as cordas (tremolos, pizz, sul tasto...), fiz isso para criar várias 'texturas' como vocês perceberam bem. A micropolifonia é uma ferramenta bastante usada por Ligeti; aqui eu a usei no terceiro movimento, percebam como as mudanças na harmonia são bem sutis, o acorde vai lentamente se transformando até atingir seu 'objetivo'. No geral são três movimentos bem independentes, mas que no fundo conservam algo comum.
Fico feliz que tenham gostado. Vou ver se consigo a gravação do quarteto para postar aqui.

Ps.: Não sei se conhecem o livro do Persichetti: Twentieth Century Harmony. É uma leitura bastante interessante, me ajudou bastante nesta música.
Onde eu posso escutar o material do Camargo Guarnieri? Fiquei interessado!

SODAPOP
Veterano
# jun/12
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Caio Facó
Ps.: Não sei se conhecem o livro do Persichetti: Twentieth Century Harmony. É uma leitura bastante interessante, me ajudou bastante nesta música.

Conheço, é um livro divertido, compila muitos arquétipos

makumbator
Moderador
# jun/12 · Editado por: makumbator
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Caio Facó
Onde eu posso escutar o material do Camargo Guarnieri? Fiquei interessado!

O quarteto Radamés Gnattali gravou um CD com peças nesse estilo. Eu tive o prazer de ser o copista e revisor (ao lado do antigo cellista do grupo, o Paulo Santoro, que também fez a revisão) no quarteto do Camargo Guarnieri para esse disco.

Aqui o álbum:

http://www.americanas.com.br/produto/6749214/cdsedvdsmusicais/classico /instrumental/cd-quarteto-radames-gnattali-quadro-brasil?epar=pla&opn= YSMESP&WT.mc_id=googleshopping

http://www.quartetoradames.com.br/index.php

Adler3x3
Veterano
# jun/12 · Editado por: Adler3x3
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Parece uma peça interessante, cheia de sutilezas.
Digo parece, porque foi gravada no Sibelius com os seus samplers e suas limitações.
A interpretação esta prejudicada, pois o Sibelius é um excelente editor de partituras, mas esta longe do ideal para ser utilizado como gravador de áudio.
Falta humanizar as notas e melhorar os timbres dos instrumentos.

A dinâmica musical esta comprometida.
Os instrumentos não soam como um quarteto.
O timbres estão mais para uma orquestra com várias seções de instrumentos.

Uma nova gravação poderá revelar outros aspectos.
Não é uma peça de fácil execução nem por músicos de verdade, muito menos por instrumentos virtuais.
Não me parece que seja possível um quarteto de verdade executar esta peça conforme esta na partitura.
Tecnicamente observando a partitura deveria soar melhor.
Tem partes em que a música fica sem volume, inaudível.
Sou sincero, tá difícil de avaliar,. não parece um quarteto de cordas.
Mas é muito bom ver material de alto nível aqui no fórum.

Caio Facó
Veterano
# jun/12 · Editado por: Caio Facó
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Conheço, é um livro divertido, compila muitos arquétipos

Ele realmente aborda muitas situações interessantes!

O quarteto Radamés Gnattali gravou um CD com peças nesse estilo. Eu tive o prazer de ser o copista e revisor (ao lado do antigo cellista do grupo, o Paulo Santoro, que também fez a revisão) no quarteto do Camargo Guarnieri para esse disco.

Já conhecia algumas coisas dele, mas ainda não escutei o quarteto. Deve ter sido uma experiência incrível trabalhar ao lado de um músico como este. Vou providenciar o material.

A interpretação esta prejudicada, pois o Sibelius é um excelente editor de partituras, mas esta longe do ideal para ser utilizado como gravador de áudio.

Eu concordo. O Sibelius tem muito a melhorar quando o assunto é samples.

Os instrumentos não soam como um quarteto.
O timbres estão mais para uma orquestra com várias seções de instrumentos.

Como eu disse, a peça foi pensada para orquestra de cordas. No entanto, estava com pressa de escutá-la e fiz uma adaptação para quarteto de cordas, é claro que no quarteto não soa tão 'densa' como em uma orquestra. Eu disponibilizei a partitura pois sei que o áudio não é dos melhores. Mas, para uma análise, o áudio é irrelevante. Quando se tem as notas escritas, não são necessários samples monumentais para se captar a ideia da peça.
Próximo mês eu consigo os samples da Vienna Symphonic, vou tentar fazer uma gravação mais precisa. Vlw!!!

Adler3x3
Veterano
# jun/12
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Caio Facó
O Vienna é um dos melhores, é um dos meus sonhos de consumo.
Tenho alguns instrumentos do Vienna no Kontakt Player e são fantásticos.
Bons samplers sempre ajudam e até estimulam o processo de composição.
Mas não é fácil fazer gravações de música clássica com instrumentos virtuais.
A maior dificuldade esta na humanização de todo o processo midi, efeitos, fora a mixagem e a masterização.


para uma análise, o áudio é irrelevante.
Até pode ser mas o áudio é o produto final, a música propriamente dita.
Tecnicamente uma peça pode estar bem pautada e é um outro lado do processo de composição.
Muitas vezes a beleza de uma peça esta na técnica de composição e nem tanto no resultado final do áudio ou da perfomance.
Mas poder ouvir o som completo é fundamental, tem que soar bem.
As vezes a partitura pode conter pequenos erros que podem passar desapercebidos, e numa audição são detectados.
As notas distribuídas pelos instrumentos até podem estar dentro da boa técnica, mas nem sempre soam bem tanto individualmente como no conjunto.
Ouvindo bem até pode influenciar a própria composição fazendo alterações dos tempos das notas, ou até retirando notas que muitas vezes não acrescentam nada, mas que no aspecto sonoro podem prejudicar o som final.

Quando se tem as notas escritas, não são necessários samplers monumentais para se captar a ideia da peça.
Concordo!
Até com alguns samplers básicos dá para fazer uma análise superficial.

Bem ficamos no aguardo de uma nova gravação, pois a peça tem um bom potencial.

makumbator
Moderador
# jun/12 · Editado por: makumbator
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Adler3x3
Até pode ser mas o áudio é o produto final, a música propriamente dita.

Como ele está na verdade escrevendo a peça como parte do bacharelado de composição, imagino que seria perda de tempo ficar editando midi de maneira mais profunda ou tentando tirar o melhor dos samplers, uma vez que a idéia é a música ser tocada por um quarteto de verdade (na faculdade ou fora dela). Nesse caso o produto final não seria o áudio computadorizado, e sim a execução por grupos reais.

Evidentemente que quanto melhor e mais "real" a apresentação do som sampleado, melhor será a apreciação da demo, mas concordo com ele que é um tanto irrelevante nesse caso. Mas nada o impede de também investir nesse quesito.

Inclusive há professores de composição e arranjo que desaconselham (e alguns até proibem) o uso de software de partitura ainda no plano da composição (só liberando o uso na finalização e edição da partitura), pois pode se tornar uma muleta. Eu não chegaria a esse extremo, mas compreendo essa preocupação de alguns.

Já tive professor de contraponto que proibia tais ferramentas, e na aula só se podia usar papel pautado, lápis e borracha...

Adler3x3
Veterano
# jun/12
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Makumbator

Concordo com tudo com o que você escreveu que é válido para o estudo das formas de composição.

Ken Himura
Veterano
# jun/12
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makumbator
Conheço alguns assim, mas com a quantidade de coisas a se fazer hoje em dia, copiar 2x a partitura (a mão, na concepção e depois no pc, pra versão final) é irreal, ao meu ver. Eu mesmo, faço agora aulas de composição da faculdade da UFRJ e tô fazendo uma pós em orquestração no CBM. Toda semana, em média, tenho umas 2, 3 músicas pra apresentar a partitura, não tenho tempo pra fazer isso hehehe.

O ideal seria isso mesmo, você pensar na peça e depois editar no pc, mas pro nosso dia-a-dia atual é impossível. Alguns professores têm de rever a didática, o mundo mudou e o perfil dos alunos também, não se pode mais aplicar a mesma forma de ensinar de décadas atrás.

Mas em aulas, eu acho o ideal só usar lápis, borracha e papel. E como diz o Tim Rescala, "mais a borracha que o lápis". Hehehehe... fazendo exercícios em casa também acho legal fazer assim.

---
Caio Facó
Cara, vou ouvir sua peça daqui a pouco, agora não tô com tempo pra prestar atenção! =D

Mas meus parabéns pelos comentários dos colegas.

---
Além do Persichetti (ótimo livro!), tem alguns outros que abordam estes temas, só que de formas diferentes, igualmente indispensáveis:

S.Kostka - Materials and Techniques of 20th Century Music
L.Dallin - Techniques of Twentieth Century Music
D.Cope - Techniques of the Contemporary Composer

E tem mais dois que tratam de um tema que é importantíssimo pro século XX: o pós-tonalismo. Indispensável pra entender essa linguagem direito.

A.Forte - The Structure of Atonal Music
J.Straus - Introduction to Post-Tonal Theory (tem uma versão em português!)

São livros ótimos, eu já li alguns, outros vou ler ainda. Vida de compositor não é fácil! hehehe

Caio Facó
Veterano
# jun/12 · Editado por: Caio Facó
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Inclusive há professores de composição e arranjo que desaconselham (e alguns até proibem) o uso de software de partitura ainda no plano da composição (só liberando o uso na finalização e edição da partitura), pois pode se tornar uma muleta.

Eu sei bem o quanto isso é verdade. Antes de estudar composição de maneira mais séria eu era dependente do Sibelius, simplesmente não conseguia escrever nada sem ele. Então, a medida que fui passando a escrever no papel e treinando a "leitura mental" da partitura, fui ficando mais livre do software. Esta música foi escrita a maior parte na mão e isso me deu um trabalho enorme (principalmente pelo fato de não existir uma tonalidade dominante na peça), isso é um tipo de treinamento que desenvolve bastante a mente. Mas os softwares estão aí para ajudarem, acho que o músico atual deve sim aproveitá-los, mas sem depender deles. Como já foi dito:

Bons samplers sempre ajudam e até estimulam o processo de composição.

Caio Facó
Veterano
# jun/12
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Eu mesmo, faço agora aulas de composição da faculdade da UFRJ e tô fazendo uma pós em orquestração no CBM. Toda semana, em média, tenho umas 2, 3 músicas pra apresentar a partitura

E eu achando curto o meu prazo de duas composições por semestre!

Além do Persichetti (ótimo livro!), tem alguns outros que abordam estes temas, só que de formas diferentes, igualmente indispensáveis:

Muito obrigado pelas dicas! Vou providenciar todos eles (o único que já li na lista foi o D.Cope). Tu não teria estes livros em pdf?

Ken Himura
Veterano
# jun/12
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Caio Facó
Tenho sim! Achei todos em pdf na internet. Ou no 4shared ou no Scribd.

Dallin

Cope

Kostka

Forte

Straus

Eu tô com uma biblioteca de quase 3GB desses livros que acho pela net que me interessam hehehe. Vou soltando aos poucos quando surgirem os assuntos.

E eu achando curto o meu prazo de duas composições por semestre!

O meu é por aí também, só que tem os exercícios também né. Orquestração, principalmente, vira e mexe tem que orquestrar um trecho de alguma música pra piano ou melodia e tal. O tempo é curto mesmo hehehe

Caio Facó
Veterano
# jun/12
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Eu tô com uma biblioteca de quase 3GB desses livros que acho pela net que me interessam hehehe. Vou soltando aos poucos quando surgirem os assuntos.

Muito obrigado pelos links! Eu também estou montando minha coleção, mas ainda não cheguei em 1 gb.
Vou começar estas leituras agora nas férias de julho. Alguma dica na ordem dos livros? Qual seria interessante ler primeiro?
Abraço.

Ken Himura
Veterano
# jun/12
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Caio Facó
Bom, creio que a ordem não faz tanta diferença, os de características da música moderna abordam os mesmos temas (com detalhes diferentes) e citam-se mutuamente.

Eu comecei pelo Persichetti e pelo Kostka, agora tô lendo o do Dallin e vou começar o do Cope. O do Forte, eu achei por citação no capítulo 9 do Kostka (que também cita um capítulo de pitch class no livro do Cope). E pesquisando sobre esse livro do Forte, achei o do Strauss. Estou pra ler este do Forte urgentemente, tô querendo dominar este assunto pra, com calma, montar minhas ferramentas de análise de conjuntos (existem algumas na internet já, como as do composertools.com, mas eu queria bolar as minhas na programação mesmo hehheeh).

Na minha opinião, o melhor a se fazer é ler todos eles juntos. Já que os assuntos são complementares, começa lendo um capítulo do Kostka, aí você para e vê logo em seguida o que o Dallin e o Cope tem a falar sobre o assunto, além dos livros que eles vão citar no fim de cada capítulo. É a melhor maneira de fixar os conteúdos, na minha opinião. Além de, é claro, otimizar o tempo de estudo e tornar a leitura uma atividade bastante agradável - imagina o quanto seria massante ler 3 livros grandes inteiros sobre os mesmos assuntos um após o outro...

Ken Himura
Veterano
# jun/12
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Acabei de ouvir, ficou muito bom, cara! Parabéns! O terceiro movimento ficou show!

Caio Facó
Veterano
# jun/12
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Ken Himura
Acabei de ouvir, ficou muito bom, cara! Parabéns! O terceiro movimento ficou show!
Fico feliz que tenha gostado. O terceiro movimento é o meu preferido!
Valeu também pelos livros!!!


Agradeço a todos vocês que comentaram. São as críticas que fazem o trabalho melhorar!
Abraços

Bárbara K.
Veterano
# jun/12
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pelo que eu entendo de música (em especial do meu violino) eu nem devia comentar aki, mas gostei muito desta obra.
ali pelo 1mim e 43s do primeiro movimento o uso da técnica q está lah ficou muito show (embora pareça difícil - a meu ver de quem toca pouco)
o segundo movimento me fez pensar em filmes de suspense num caribe... muito legal.
o terceiro é fascinante! algo surrealista...

(espero que não se incomode se "leigamente" escrevi alguma besteira aki - Abrss)

Caio Facó
Veterano
# jun/12
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Bárbara K.
pelo que eu entendo de música (em especial do meu violino) eu nem devia comentar aki, mas gostei muito desta obra.
ali pelo 1mim e 43s do primeiro movimento o uso da técnica q está lah ficou muito show (embora pareça difícil - a meu ver de quem toca pouco)
o segundo movimento me fez pensar em filmes de suspense num caribe... muito legal.
o terceiro é fascinante! algo surrealista...

(espero que não se incomode se "leigamente" escrevi alguma besteira aki - Abrss)

Oi Bárbara! Muito obrigado por escutar!!!
Em relação à técnica, você observou bem. É uma peça meio complicada, mas nada que um pouco de treino não resolva.
Gostei muito das descrições. O segundo movimento é o que mais foge do conceito tonal, por isso ele cria essa sonoridade meio 'obscura'. Já o terceiro é caracterizado por uma lenta evolução das frases, em que os acordes vão se misturando entre si, criando esta ideia de algo 'surrealista'. No geral eu também tive opiniões semelhantes às suas para esta música.
Abraço

Ps.: E não deixe nunca de citar o que pensa por achar que é leiga, pois você não é. Infelizmente, as pessoas em geral tendem a pensar que música erudita é algo elitizado, mas isto não é verdade. Se a música clássica fosse mais difundida pelos meios de comunicação, tenho certeza que ela seria tão apreciada quanto os estilos mais populares. Essa ideia de música elitista só existe pela falta de informação.

Bárbara K.
Veterano
# jun/12 · Editado por: Bárbara K.
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Caio Facó
Infelizmente, as pessoas em geral tendem a pensar que música erudita é algo elitizado, mas isto não é verdade.

concordo plenamente, mas o problema é meu pequeno conhecimento de
música as vezes me traí, acabo falando umas coisas erradas as vezes (e diria que simplesmente pelo fato de a música erudita ser pouco difundida, realmente, "impossibilitando" a existência de uma escola de música de qualidade onde pudesse ter aprendido algo - obs: agora estou morando em uma cidade onde há escola de música, pretendo frequentá-la e talvez algum dia posso integrar um quarteto e participar da execução desta tua primorosa obra ;)).

Caio Facó
Veterano
# jun/12 · Editado por: Caio Facó
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Bárbara K.
obs: agora estou morando em uma cidade onde há escola de música, pretendo frequentá-la e talvez algum dia posso integrar um quarteto e participar da execução desta tua primorosa obra ;)).

Valeu pelo elogio! Espero que um dia isto aconteça!!!

Ken Himura
Veterano
# jun/12
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Aproveitando o tópico aqui, pra não criar outro com tema bem parecido, vou subir uma pequena peça minha. Foi meu trabalho de fim de semestre num curso, as regras são:
* Duração: entre 1 a 2 minutos;
* Forma: intro, A - B, coda;
* Instrumentação: quarteto de cordas.


Taí aí então, "Miniatura I".
http://soundcloud.com/himurator/rodrigo-furman-miniatura-i

Adler3x3
Veterano
# jun/12
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Ken Kimura

Já escutei, mas estou muito atarefado, quando tiver tempo quero fazer um post com comentários mais detalhados.
O importante é produzir, desejo todo sucesso no seu curso.

makumbator
Moderador
# jun/12 · Editado por: makumbator
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Ken Himura

Agora que vi. Achei legal, e bastante conciso, o que é uma boa prática ao se compor miniaturas (aliás, eu adoro miniaturas). Vc também colocou o som de naipe (apesar de ter feito pensando em quarteto de cordas). Chegou a testar em um banco só de quarteto mesmo?

Tem uns trechos bem densos (como antes da parada do meio). Gostei do clima que se estabelece na retomada (os agudos).

Ken Himura
Veterano
# jun/12
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makumbator
Não é de naipe não. São três camadas de soundfonts diferentes pra cada instrumento, todos samples de instrumentos solo. Eram os únicos samples que tinha a mão aqui pra usar hehehe.

Eu tenho idéia de até o fim do ano criar um set de miniaturas, acho que elas dão uma liberdade maior de testar idéias que em outras formas. O professor não pediu necessariamente uma miniatura, mas pelas regras impostas foi a primeira idéia que me veio à cabeça.

Adler3x3
Opa, obrigado!

Ken Himura
Veterano
# jun/12
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makumbator
O que deve ter dado a impressão de naipe foi que eu mixei (com pressa pra caramba) do jeito que eu mixo orquestra. Talvez tenha errado a mão no reverb individual dos instrumentos. Mas os soundfonts não eram grandes coisas também, tive que me esforçar muito na montagem da midi, várias horas pra cada instrumento.

Vou ver se arrumo alguns desses softwares badalados atuais, como as da East West, vão me quebrar um galhão.

Adler3x3
Veterano
# jun/12
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Ken Kimura

Gostei da peça.
Tem integridade.
Na primeira parte em 37 e poucos segundos tem muita expressaõ.
Gostei muito da evolução das cordas na segunda parte.

Quanto ao áudio, não cabe comentar, pois com soundfonts você fez um bom trabalho.
E teve que usar bastante compressão.
Se gravar com samplers de boa qualidade vai ficar show.

Quando for adquirir softwares de instrumentos faça uma boa pesquisa, e ouça outras opiniões.
Existem melhores opções.
Eu particularmente não gosto muito da East West, o som final fica sempre parecido com áudio de filme, um pouco forçado.

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