e o minimalismo

    Autor Mensagem
    Jabijirous
    Veterano
    # abr/08


    O que vocês acham do minimalismo?

    Ken Himura
    Veterano
    # abr/08
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    O pouco que eu conheço dos minimalistas, eu gosto. Mas tem uns poucos que são mais travados, não conseguem expor suas idéias com clareza.


    Mas é legal o estilo, toda vez que ouço fico tendo idéias mirabolantes em cima de coisas bem simples!

    _music_4_ever_
    Veterano
    # abr/08
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    Jabijirous

    Vou dar o minimalismo inda este ano... por isso inda não tenho bem noção do estilo...

    Jabijirous
    Veterano
    # abr/08
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    Eu particularmente to ficando mais fanático pelo minimalismo, principalmente pela música de steve reich

    Ricnach
    Veterano
    # abr/08
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    Eu particularmente não gosto do minimalismo não, os estudos sobre musicas de outras culturas nos trouxe novos conceitos para pensar o ritmo e etc... o minimalismo absorveu estes traços de uma maneira tipicamente ocidental, ou seja, reduzindo suas possibilidades.

    Eles têm preceitos interessantes, mas as realizações em geral considero muito pobre, eu gosto muito do uso do minimalismo em produções de musica popular, em algumas musica de John Cale com o Velvet Underground acho que conseguem um efeito fantástico, um ótimo uso da repetição.

    Já a ideia de se usar ritmos em fases dierentes para causar uma evolução paulativa, é uma idéia interessante, porem a execução mecanica desta ideia não me pareceu musicalmente muito interessante... estou lembrando aqui agora do Continuo for cembalo do Ligeti.. que não segue os preceitos do minimalismo extritamente, mas considero uma peça musical extremamente rica e densa.

    A repetição e a transformação são assuntos muito caros à musica, e ambos elementos não podem existir excludentemente, nas piores realizações do minimalismo acho que este preceito não é respeitado, e nas melhores execucões.. de Steve reich por exemplo, não contém tanta informação interessante...

    O Flo menezes colocou na capa dos cd's dos concurssos do estudio panorama o termo, Musica Maximalista, como resposta ao minimalismo..

    Naka-man
    Veterano
    # abr/08
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    Ken Himura
    Eu acho exatamente ao contrario , a idéia fica nua e crua na sua frente.

    Jabijirous
    Veterano
    # abr/08
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    Depende do minimalismo!! o minimalismo do philip glass eu acho chato, prefiro do steve reich, louis andriessen e john adams, mas o steve é meu favorito, a técnica de phase é impressionante

    Echo Delta
    Veterano
    # abr/08
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    Jabijirous
    O que vocês acham do minimalismo?

    Uma reação interessante (e previsível) à crescente (e por vezes, estéril) complexidade da música ocidental.

    Pessoalmente, acho q se aproxima demais da música pop... uma sistematização do vulgar. Estou exagerando um pouco, é claro...

    Echo Delta
    Veterano
    # abr/08
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    Uma pergunta de leigo:

    - O minimalismo não veio na esteira de música eletrônica + eleaborada? Pergunto isso, sem relação direta com o Philip Glass (de quem não gosto muito), mas pelo uso de modulações eletrônicas (phase, flanger...) por Reich.

    Obrigado, desde já, pelas informações.

    Jabijirous
    Veterano
    # abr/08
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    quando disse phase não estava falando de música eletronica e sim da técnica composicional phase ou defasagem!!!

    baixe o piano phase, violino phase, clap music, acho que drumming tb é com phase

    aqui tem a piano phase no you tube numa versão bem escrota e curta pois a música tem 20 minutos de duração



    eusebio
    Veterano
    # abr/08
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    Viva La Monte Young, John Cage, e principalmente, o Velvet Underground!!!

    Echo Delta
    Veterano
    # abr/08
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    b]Jabijirous[/b]

    Grande Jabijirous... Valeu! É exatamente s/ isso o meu questionamento: a utilização de phase ou phasing por Reich, também não partiu de experiências com uso de fitas magnéticas ou outro meio eletrônico?

    Ricnach
    Veterano
    # abr/08
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    Echo Delta

    Com certeza o minimalismo passou por esta experiência, como também toda musica a partir dos anos 50 incorporou de algum modo a experiência da musica concreta e eletronica.


    Jabijirous

    Gostei do exemplo do Reich que você colocou... porém tenho sérias restrições com este tema em ostinato, mas entendo que a simplicidade do tema permite mais possibilidades de variação... mas ainda, por outro lado, a musica renascentista, com o mesmo princípio de sobreposição, construiu temas mais ricos, ou, simplesmente largavam a função temática ao próprio desenvolvimento...

    O Minimalismo como movimento me desagrada, escuto um certo "reacionismo" que ruma em direção oposta ao que persigo musicalmente, ela se adaptou muito bem a trilhas sonoras, e eu mesmo não tenho nada contra a trilha sonora que Philip glass fez para o filme Koyanikatsi (não lembro como se escreve) porém, reservo o lugar da musica comercial a seu lugar.
    Inclusive este movimento é um movimento tipicamente americano, se você ver como uma faculdade de composição norte americana funciona, você entende o solo onde foi possível surgir um minimalismo... o paralelo na filosofia deste tipo de pensamento se dá com Richard Rorty, com o Pragmatismo.

    Escutei recentemente uma peça para clarineta solo de Elliot Carter, uma peça modesta, não dura muito mais que 3 minutos, não há, auditivamente falando, grandes desafios, porém é densa e desafiadora o suficiente... Excelente peça, acho que se chama GRA, é de 1993...
    A questão da complexidade atual da musica, é mais um discurso do que uma realidade, e esta reação a esta pretensa complexidade não é nada mais do que uma pura vontade de se fazer o que se faz...
    Não acho que deva haver uma corrente única na musica, mas não acredito que o minimalismo venha a sanar qualquer deficiência da musica do final do seculo XX e começo do XXI, as composições daqueles que participaram de Darmistad, as obras eletroacusticas mistas, espectral e mesmo a nova complexidade não nos trazem "informações demais" elas trazem aquilo que queremos, musica, muira musica, densidade, experiência, vivência musical.

    O discurso que visa "ralear" a substância musical, é um discurso que pertence à industria cultural, à musica popular, ao punk... se o minimalismo quer isto,.. bom é exatamente o que eu não quero.

    Ricnach
    Veterano
    # abr/08
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    Echo Delta

    Com certeza o minimalismo passou por esta experiência, como também toda musica a partir dos anos 50 incorporou de algum modo a experiência da musica concreta e eletronica.


    Jabijirous

    Gostei do exemplo do Reich que você colocou... porém tenho sérias restrições com este tema em ostinato, mas entendo que a simplicidade do tema permite mais possibilidades de variação... mas ainda, por outro lado, a musica renascentista, com o mesmo princípio de sobreposição, construiu temas mais ricos, ou, simplesmente largavam a função temática ao próprio desenvolvimento...

    O Minimalismo como movimento me desagrada, escuto um certo "reacionismo" que ruma em direção oposta ao que persigo musicalmente, ela se adaptou muito bem a trilhas sonoras, e eu mesmo não tenho nada contra a trilha sonora que Philip glass fez para o filme Koyanikatsi (não lembro como se escreve) porém, reservo o lugar da musica comercial a seu lugar.
    Inclusive este movimento é um movimento tipicamente americano, se você ver como uma faculdade de composição norte americana funciona, você entende o solo onde foi possível surgir um minimalismo... o paralelo na filosofia deste tipo de pensamento se dá com Richard Rorty, com o Pragmatismo.

    Escutei recentemente uma peça para clarineta solo de Elliot Carter, uma peça modesta, não dura muito mais que 3 minutos, não há, auditivamente falando, grandes desafios, porém é densa e desafiadora o suficiente... Excelente peça, acho que se chama GRA, é de 1993...
    A questão da complexidade atual da musica, é mais um discurso do que uma realidade, e esta reação a esta pretensa complexidade não é nada mais do que uma pura vontade de se fazer o que se faz...
    Não acho que deva haver uma corrente única na musica, mas não acredito que o minimalismo venha a sanar qualquer deficiência da musica do final do seculo XX e começo do XXI, as composições daqueles que participaram de Darmistad, as obras eletroacusticas mistas, espectral e mesmo a nova complexidade não nos trazem "informações demais" elas trazem aquilo que queremos, musica, muira musica, densidade, experiência, vivência musical.

    O discurso que visa "ralear" a substância musical, é um discurso que pertence à industria cultural, à musica popular, ao punk... se o minimalismo quer isto,.. bom é exatamente o que eu não quero.

    Echo Delta
    Veterano
    # abr/08
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    Ricnach

    Gostei muito do teu post... em uma palavra? Lucidez!

    se adaptou muito bem a trilhas sonoras

    Arrisco palpitar q P. Glass se encaixa neste aspecto, no sentido + musical. Reich é quase sonoplastia, ruído... E essa "pequenez", essa música de "segundo plano", como q abdica de grandeza e se reconhece como débil? Há méritos nisso?


    o paralelo na filosofia deste tipo de pensamento se dá com Richard Rorty, com o Pragmatismo

    Não haveria tb, um "q" de desencanto niilista?


    A questão da complexidade atual da musica, é mais um discurso do que uma realidade, e esta reação a esta pretensa complexidade não é nada mais do que uma pura vontade de se fazer o que se faz...

    Heheheh... Perfeito!


    O discurso que visa "ralear" a substância musical, é um discurso que pertence à industria cultural, à musica popular, ao punk... se o minimalismo quer isto,.. bom é exatamente o que eu não quero.

    "Triple Quartet" me deixou com uma péssima impressão de Reich. Não lhe nego méritos intelectuais, mas musicais... overdubs e mais overdubs de guitarras carregadas de clip de diodo e manipulações de "sampler" de marimba? É dose... e tudo muito enfadonho e repetitivo... quase constrangedor.

    Enfim, mas estas são as minhas rápidas impressões de leigo absoluto. Se for possível aos amigos Rinach, Jabijirous e outros, tecerem alguns comentários, agradeço a aula.

    Obrigado.

    Jabijirous
    Veterano
    # mai/08 · Editado por: Jabijirous
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    também não partiu de experiências com uso de fitas magnéticas ou outro meio eletrônico?

    sim, foi exatamente isso! só que ele foi tentar tocar e viu que era possível ser tocado por humanos hehehehe


    Ricnach

    eu acho interessante pq com um simples motivo você pode criar mundos, mas se for pensar nisso, bach ja fazia isso, obvio que não do phase hehehe mas sim de explorar o motivo até dizer chega! e a forma que o reich coloca ali é outra forma de explorar o motivo!!

    eu particularmente achei muito interessante essa técnica, inclusive to fazendo uma música com essa técnica e uma ja está pronta que eu utilizo a técnica de adição e to fazendo outra em forma de canone para 2 violões!! assim que tiver gravação eu posto aqui

    Ricnach
    Veterano
    # mai/08
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    Jabijirous

    Poste sim.. como técnica é claro que é valido... eu tenho problemas é com o movimento minimalista mesmo... eles mesmo impõe um uso dogmático de suas técnicas, que na verdade não são originais, pertencem a outras culturas..ilha de Bali e adjacências..


    Echo Delta

    Temos este ponto em comum, que acho que seria exatamente sobre a escolha temática que o minimalismo insiste em empregar... e o uso de uma unica tecnica... como ideia , eu não tenho restrições, porém, quanto a obras concretas, e pelo fato desta ser uma ideia construida onde foi, realmente não posso ficar neutro na questão...

    Jabijirous
    Veterano
    # mai/08
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    tem outra coisa importante que vale lembra é que quando se fala de um movimento, não devemos ficar focado somente na música, tem que ver um todo, ou seja, arquitetura, literatura, pintura, artes plásticas etc etc, acho que a arte se distanciou muito disso!! hj é cada um no seu canto! pelo menos é o q eu vejo hehehe

    Ricnach
    Veterano
    # mai/08
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    Jabijirous

    Não sou contra movimentos, ... mas especificamente do minimalismo, o identifico como uma reação à musica erudita, um movimento externo a musica erudita que tende a "popularizar", no sentido da industria cultural mesmo, a produção erudita.

    Não vejo problema se uma técnica veio de outra cultura, ou mesmo de um lugar que eu não tenha afinidade ou concordancia, eu pessoalmente me interesso por obras musicais, e não por quem as produziu ou por seu contexto, e me interesso em compor também, não importa que técnica ou linguagem eu tenha que usar. Neste sentido qualquer musica, de qualquer época e localidade me interessa... John Cage disse que, em um determinado momento ele teria que fazer uma escolha, entre estudar Dodecafonismo ou partir para um neo-classicismo... no momento, diz ele, não que fosse errado tomar o caminho de um neo-classicismo, mas que a musica mesmo estava pendendo para o que Schoenberg e seus discipulos estavam produzindo, e a propria segunda escola de Viena, como movimento, permitia uma visão e entendimento novo sobre a musica. Não creio que o Minimalismo traga uma nova compreensão musical, e nem que suas produções figurem como um ramo principal do trabalho musical nas últimas decadas.
    Mas não só de uma linha histórica caminha a musica e o mundo, e devemos absorver sim tudo aquilo que possa ser significativo em nosso trabalho e em nossa escuta.

    Jabijirous
    Veterano
    # mai/08
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    provavelmente nessa época,era o bum do dodecafonismo hehehehe teve uma época que nos eua ou voce era dodecafônico ou voce não era porra nenhuma!!

    ophius
    Veterano
    # mai/08
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    Jabijirous
    Cara...me ajuda ae!

    Seguinte... estou tentando usar uma serie de VST´s de teclado e sintetizadores que um amigo me enviou, mas..simplesmente naum consigo gravar no editor de audio.

    Tipo...usar...eu uso normalmente eles sozinhos.
    Agora na hora de gravar não rola.


    se der me manda um mail: alex_fsr no HOT.




    valeu

    _music_4_ever_
    Veterano
    # mai/08
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    minimalismo melódico é um pouco enjoativo... :s

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