A má gestão da Petrobrás em números - Parte 1 de 3

Autor Mensagem
Konrad
Veterano
# nov/14 · Editado por: Konrad


Há cerca de três meses fui incumbido, juntamente com outros três colegas, da redação de um artigo sobre eficiência operacional e administrativa de algumas grandes empresas brasileiras, como cada autor do trabalho abordaria a área com a qual tivesse mais afinidade e na qual tivesse algum interesse como área de pesquisa ampla no mestrado, fiquei encarregado de olhar os números de algumas cias de capital aberto num período de tempo definido – a saber, de 2000 a 2013 – e cruzar dados com os preços praticados no mercado internacional, no caso de empresas com forte participação de commodities em seu resultado, por exemplo, ou com empresas participantes de mercados de igual tamanho e características parecidas com as nossas. Pois bem, dentre as empresas que analisei, obviamente estava a Petrobrás, a maior companhia de capital aberto da América Latina, a maior pagadora de tributos (alternando com a Vale nos últimos anos) à União e a grande joia da coroa aqui no Brasil (por motivos que nas últimas semanas ficaram cada vez mais evidentes).

Durante minhas pesquisas, deparei-me com n dificuldades justamente com a Petrobras. O motivo? O site de RI não disponibiliza os resultados anteriores a 2006, e como eu precisava dos demonstrativos financeiros anteriores, entrei com contato com o setor de RI, que me respondeu pedindo nome completo e CPF, questionando minha participação acionária na companhia em 2000 (eu tinha 13 anos) e – a cereja do bolo – a qual universidade eu pertencia (depois que eu pacientemente expliquei que tratava-se de trabalho acadêmico), se o artigo seria publicado e onde seria publicado. Esse imbroglio todo garante um artigo por si só, por isso pulo os detalhes e digo que consegui os documentos (que por lei devem ser públicos e disponibilizados a todos) por outros meios.

Durante as pesquisas também me deparei com a campanha eleitoral, em que a Petrobrás foi destaque, com o noticiário policial. Andando pela internet, encontrei um artigo do jornalista Luis Nassif em que haveria uma comparação mostrando a superioridade da gestão “petista” sobre a gestão “tucana”, utilizando números operacionais da empresa. Acontece que – partidarismos e preferências políticas a parte – o artigo está tão cheio de erros grosseiros e desinformação que decidi utilizá-lo em um outro trabalho sobre como não se fazer uma avaliação financeira de empresas.

Começo hoje abordando alguns erros, que inclusive foram repetidos ad nauseam na campanha da candidata reeleita (coincidência?), desmontando a tese falsa proposta pelo artigo e por outros antos jornalistas progressistas da internet.

Mais uma vez, acredito piamente que a diversidade de opiniões é o que faz qualquer sociedade valiosa, mas também acredito que a disseminação profissional e deliberada de desinformação, mentiras e distorções com o intuito de enganar o leigo é um ato criminoso, que subverte o próprio conceito de república.

Os trechos do artigo do jornalista vão abaixo, em itálico, comentários em sequência:

“Como o tucanato tem feito cavalo de batalha sobre o lucro da empresa em 2012– nada mais, nada menos que R$ 21,2 bilhões –, vamos recordar, que recordar é viver, que em 2002, o lucro da Petrobras foi de R$ 8,1 bilhões. E agora, José? “


O erro na afirmação acima é no mínimo crasso, principalmete tratando-se de um jornalista profissional. Comparar valores distantes 12 anos no tempo sem a devida correção dos valores é o que nem um estudante de segundo período de finanças faria. Vamos aos números reais, corrigidos pelo IGPM:

Lucro de 2002 trazido a valores correntes em 2012: R$ 19,08 bilhões

“Surpreendente, mais ainda menor do que o lucro petista!!!!!” ouço uma voz esganiçada, com camisa do Che e tênis Nike dizer. Então, olhar os valores nominais (sem correção) e sem compará-los com algum outro índice da companhia de então e de agora é um erro tão primevo quanto ao anterior, por isso vou utilizar o conceito de retorno sobre o patrimônio líquido como base de comparação. O índice mostra quanto de lucro a empresa gera com seu patrimônio líquido, ou seja para cada real “seu” quanto de lucro é obtido.

PL 2002 – 31.4 bi
LL 2002 – 8.1 bi

RSPL 2002: 23.73%

Observe-se que utilizei valores sem correção pelo fato de ambos estarem na mesma base (preços 2002). Trazendo valores presentes (corrigidos pelo IGPM) obtemos:

PL - 81.4 bi
LL - 19.08 bi

Agora os números de 2012:

PL 2012 - 316.1 bi
LL 2012 – 21.2 bi

RSPL: 6.7%

Ou seja, para os acionistas da Petrobrás, o retorno de cada real colocado na companhia hoje é um pouco maior do que a poupança, sendo que era quase quatro vezes maior 12 anos atrás, na “ruinosa” gestão “tucana”.

O que isso significa além do óbvio?

O número pode ser interpretado como uma acentuada queda na capacidade de geração de lucros da empresa, o que seria justificável em um cenário de crise no preço de seu produtos, custos em alta ou grande choque negativo de demanda conjugado com pressões ferrenhas sobre os custos operacionais. Entretanto, o cenário não se desenhou dessa forma.

Ruim? A situação fica ainda pior quando se olha o preço do petróleo no mercado internacional nos últimos 12 anos:

Brent 2002 – 19.48*
Brent 2012 – 110.99*

*preços em dólares

Ou seja, temos um cenário em que uma empresa vende mais (em volume) – com maior receita bruta, portanto – com preços favoráveis, que evoluíram 526.31% no período – e vê seu lucro avançar apenas 10.52% no mesmo espaço de tempo. Eficiência?

Agora vamos à receita:

“ Receita, o tucanato gosta muito de falar em receita. Aí é um escândalo: lá, em 2002, era de R$ 69,2 bilhões; em 2012, saltou para R$ 281,3 bilhões”

Mais um despropósito veiculado como fato sem a devida análise crítica. Vamos aos números:

Primeiro a correção do valor de 2002 a valores de 2012: R$ 162.5 bi

De fato, a comparação entre as receitas de 2002 não dá margem à dúvida: A Petrobrás vende mais, obtém mais receita. Lógico, não? Sinal da onipotência do governo e sua incrível capacidade de gestão, afinal, houve aumento real de receita, na base de 74%, ouço o estudante de Humanas da PUC dizer ao abaixar-se para pegar seu Iphone que caiu no chão junto com as chaves de seu Kia.

Não é bem assim. Não existiria explicação alternativa? Pois é. Existe. O número de veículos aumentou cerca de 81% no mesmo período, se descontarmos os ganhos em eficiência representandos pelos avanços tecnológicos, o crescimento de receita foi meramente inercial. Nenhuma relação com a empresa.

Aliás, é mais um indicativo forte da queda da eficiência da empresa uma vez que quando dividimos o lucro líquido pela receita obtemos o seguinte:

2002:

19.08/162.5 = 11.74%

2012:

21.2/281.3 = 7,54%

Grosso modo, a cada real vendido 12 anos atrás a empresa embolsava R$ 11.74 como lucro líquido, hoje embolsa R$ 7,54 – e com muita ajuda de maquiagens no resultado financeiro, diga-se de passagem.

O endividamento

Bom, se há um ponto em que houve de fato evolução e em que a diferença de gestão atribuída pelo autor da "reportagem" fica clara é no endividamento da Estatal. Vejamos os números de 2002:

Endividamento bruto 2002:

R$ 30,80 bi

Valor de mercado 2002:

R$ 111.87 bi

A relação entre valor de mercado e endividamento total era de 26.81%.

Endividamento bruto 2012:

R$ 281.4 bi

Valor de mercado 2012:

R$ 301.02 bi

A relação entre dívida e valor chegou a assustadores 93.35%. O cenário é ainda mais caótico quando consideramos que houve em 2010 uma capitalização de cerca de R$ 120 bi na Petrobrás, com o intuito, então, de financiar a exploração do pré-sal. Mas o que uma capitalização? Segue abaixo uma breve descrição do processo:

“O que é uma capitalização e para que serve?

A capitalização (ou aumento de capital) é um processo comum entre as companhias de capital aberto que por algum motivo precisam de mais recursos.
Uma alternativa à capitalização, por exemplo, seria o endividamento junto ao sistema bancário. Em alguns casos, no entanto, a empresa pode não achar conveniente aumentar seu nível de dívida.
No caso da capitalização, a empresa coloca novas ações à venda no mercado. O capital arrecadado com a venda desses papéis dá fôlego para novos investimentos.”

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/09/100901_entenda_presal _fp_rc.shtml


Ou, mais diretamente, uma empresa se capitaliza trazendo novos sócios que aportam dinheiro na companhia em troca da participação nos lucros e nas decisões em assembleia - no caso de detentores de ações preferenciais da Petrobrás são voto vencido logo de saída, uma vez que a União detem o controle acionário.

Desta forma, nota-se que mesmo com a capitalização recorde o endividamento da empresa aumentou e a meta de investimentos não passa nem perto de ser cumprida - até a presente data a execução do orçamento de investimento não chega a 12%, limitado em grande parte pelo atingimento do teto de dívida presente no estatuto da Petrobrás - e pelos crescentes estouros de orçamento nas obras já em andamento, com média de sobrepreço de 154%.

É como se você tivesse uma empresa em situação difícil, convidasse novos sócios com promessas de grandes e rentáveis projetos, se apropriasse do dinheiro deles, contraísse novos empréstimos junto ao banco e no final ainda piorasse a situação operacional e financeira da empresa.

E nem vou mencionar (ainda) o risco cambial da dívida dolarizada da Petrobrás e a traquinagem contábil utilizada em 2012 para aumentar o lucro líquido e ajudar o superavit primário no final do ano.

Vamos à última falácia, por hoje:

E agora, José? Quanto a investimentos, que é sempre bom comparar, em 2002, a empresa investiu R$ 18,9 bilhões. Em 2012, chegou a investir R$ 84,1 bilhões. É sempre um escândalo de superioridade

Este ponto é questionável por tantos lados que fica difícil saber por onde começar.

Mais uma vez, cifras nominais fora de contexto, ou em contexto distorcido não servem a nada além da desinformação. Em geral, pode-se utilizar como métrica do % de investimento - e consequentemente como um bom indicador do comprometimento da empresa com esse aspecto - a relação receita/investimento, lucro bruto/investimento ou ainda lucro líquido/investimento (que fique claro que não se quer dizer que o % encontrado seja a parte do lucro destinada ao investimento naquele ano, uma vez que há n rubricas contábeis que podem ser movimentadas para a execução do planejado em investimento). No caso proposto será utilizada a métrica lucro liquido/investimento, por ser de mais fácil visualização e dispensar maiores conhecimentos contábeis.

Em 2002, o total investido na companhia foi de R$ 18,9 bi, para um lucro líquido de cerca de R$ 8.1 bi, o que representa uma relação lucro/investimento na ordem de 2,33x.

Já em 2012 os números em investimento foram de R$ 84.1 bi para um lucro líquido de R$ 21.3 bi, uma relação de 4x o lucro líquido/investimento. Ou seja, a Petrobrás dobrou o investimento?

Não.

Na quantia mostrada, há cerca de R$ 40 bi oriundos da capitalização para exploração do pré-sal, que, por decisão tomada em assembléia era mandatório. Desta forma, com a exclusão dos R$ 40 bi do cálculo obtemos um investimento de cerca de 2.06 do lucro líquido, menor do que em 2002.

Mas por que excluir o valor do cálculo?

Simples. O valor investido foi obtido de forma não operacional, por meio da venda de novas ações no mercado, um fato extraordinário, que distorce o valor em favor do resultado da época.

Ademais, os recursos da capitalização foram contablizados pelo regime de competência (como tem que ser, obviamente) mas, devido a uma jogada duvidosa entre a União, a Presidência da República e o Conselho da Petrobrás, a empresa ainda acabou por pagar à União cerca de R$ 8 bi, recebendo de fato (em regime de caixa) apenas R$ 40 bi, cerca de 20% do que era necessário para cumprir a meta de investimento na exploração do pré-sal.

sallqantay
Veterano
# nov/14
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Konrad

pelo o que entendi a petrobras foi pro saco para segurar o preço dos combustíveis e evitar perda de controle sobre o câmbio e a inflação. Mas pelo o que você tá falando o buraco vinha de antes.

confere?

One More Red Nightmare
Veterano
# nov/14 · Editado por: One More Red Nightmare
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No aguardo da parte 2.

Qual o impacto benéfico do realinhamento do preço doméstico com o preço (em queda) internacional?

Há debate entre o que ocasionou a queda do preço e a possibilidade da OPEP aumentá-lo artificialmente. Pode-se dizer que representa um torniquete na sangria desatada dos demonstrativos financeiros?

PS: To aguardando as indicações bibliográficas, rapa.

Konrad
Veterano
# nov/14
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sallqantay
pelo o que entendi a petrobras foi pro saco para segurar o preço dos combustíveis e evitar perda de controle sobre o câmbio e a inflação. Mas pelo o que você tá falando o buraco vinha de antes.

confere?


A questão dos preços dos combustíveis é só uma parte do problema. É a de mais fácil visualização e entendimento, por isso ganha mais destaque na mídia. Mas há outros fatores que podem ajudar a explicar essa derrocada operacional que são concorrentes ao preço - que reduz a receita bruta e impacta toda a cadeia -, como o aumento do endividamento em moeda estrangeira, a queda de produtividade, o não atingimento das metas no pré-sal e as obras infindáveis que só fazem aumentar de orçamento.

Johnny Favorite
Veterano
# nov/14
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então tem que privatizar? =P

Konrad
Veterano
# nov/14
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One More Red Nightmare

Impacto benéfico?

A diferença entre ser atropelado por um carro a 200 km/h ou a 160 km/h. Hehe.

Ou a ideia de por um band-aid numa fratura exposta.

PS: Já vou postar lá.

Konrad
Veterano
# nov/14
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Johnny Favorite

Cara, depois de olhar n balancetes de empresas privadas, eu não acredito mais nessa eficiência toda que apregoam ter a iniciativa privada, essa figura mítica do empresário super-eficiente não. Basta ver - no caso de bancos - que os números de eficiência do BB e da CEF (com os ajustes necessários, claro) não ficam distantes do Bradesco, por exemplo.

A Petrobrás mesmo até 2003/04 tinha números próximos aos das grandes petrolíferas internacionais. A questão é melhorar a gestão. Não acho que privatizar seja a solução; mas não precisar gerir tão mal como está sendo gerida.

One More Red Nightmare
Veterano
# nov/14
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Há alguma outra explicação para esta má gestão além da interferência excessiva do governo?

Não havendo, há outra solução senão privatiza-la (considerando a permanência do atual governo)?

Não que o PSDB esteja alheio a qualquer possibilidade de acabar fazendo o mesmo (ou pior) mas é uma questão de trocar o certo - que está ruim - pelo duvidoso (potencialmente benéfico).

st.efferding
Membro
# nov/14
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potencialmente benéfico

lembrei aquela do "copo meio cheio, copo meio vazio"

No mais, aguardando as próximas partes o/

One More Red Nightmare
Veterano
# nov/14
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st.efferding
Mesmo que seja maléfico, worst case scenario, não temos certeza de que ocorrerá, ao passo que a atual situação é sabidamente ruim.

Em uma análise crua, parece-me lógica a troca.

Konrad
Veterano
# nov/14
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One More Red Nightmare

Não. A explicação passa necessariamente pelo estilo de administração, como a ampliação do número de diretorias - triplicaram - e consequente aumento de efetivo sendo que alem do impacto direto - gastos administrativos - há também o problema mais difícil de ser mensurado da burocratização e os custos que isso traz ao processo produtivo, além, claro, do evidente loteamento dos cargos com critério político - 36 diretores hoje tem filiação partidária - deixando a competência técnica de lado.

Não acredito que a solução seja privatizar, como já disse, a empresa tem função estratégica hoje no Brasil. Acredito que uma mudança estatutária que limite distribuição de cargos ou que dê limites claros em tempo de carreira e qualificação técnica seja o suficiente para trazer a administração de volta ao chão.

Claro que o fortalecimento do Controle Interno é essencial. É um absurdo que uma empresa desse porte tenha chegado ao ponto de ter as demonstrações analisadas por uma das Big 4 que se recusa a garantir a fidedignidade das mesmas devido aos seguidos escândalos nas subsidiárias. As pessoas não têm ideia da gravidade da recusa da PwC.

Viciado em Guarana
Veterano
# nov/14 · Editado por: Viciado em Guarana
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Estou vislumbrado com isso, abstenho-me de tirar qualquer conclusão.

Konrad
Se eu algum dia cursar economia a culpa será sua!

sallqantay
Veterano
# nov/14
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36 diretores

que porra é essa, totó?

erico.ascencao
Veterano
# nov/14
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Primeiramente, parabéns ao Konrad pela didática no texto.

Eu trabalho com Engenharia e tive um pouco de contato com colegas de profissão de lá, bem como com projetos da empresa. Na minha visão, duas coisas devem ter minado a empresa nos últimos anos: controle do preço dos combustíveis como forma de contenção da inflação e reserva de conteúdo nacional dos projetos.

O primeiro fator já foi amplamente discutido, portanto não tenho nada a acrescentar. O segundo é uma coisa que eu observei e ouvi falar a respeito. Nesta era do pré-sal, gerou-se uma grande expectativa em torno dos frutos desta nova fonte de petróleo. Se por um lado a Petrobras colocou muito dinheiro investindo no pré-sal, por outro lado os resultados demoraram a surgir. E eu acredito que a política de 80% de conteúdo nacional nos projetos (ou seja, 80% dos serviços, equipamentos e demais recursos devem ser de origem nacional) acabou gerando custos maiores do que se a empresa tivesse liberdade pra buscar fornecedores mais competitivos. Sem o conteúdo nacional, a Engenharia do Brasil ficaria na merda (hoje praticamente todo mundo do ramo está pendurado no rabo da Petrobras), mas do ponto de vista empresarial esta reserva de conteúdo não é uma boa ideia.

sallqantay
Veterano
# nov/14
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erico.ascencao

outro ponto importante. Corporativismo de classe (engenheiros, no caso) é marca forte do PT

erico.ascencao
Veterano
# nov/14
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sallqantay
Tá aí uma coisa que me surpreendeu. No meu meio de trabalho, não conheço e dificilmente vou achar algum entusiasta do governo atual e/ou do PT. Já entre alguns conhecidos meus dentro da Petrobras, rolava um misto de receio de uma eventual chegada do Aécio/PSDB ao poder com uma "vergonha" de assumir que queriam a manutenção do PT no governo federal.

Konrad
Veterano
# nov/14
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Viciado em Guarana

Rapaz, vai fazer Engenharia ou Medicina, que são coisas sérias. Hehe

erico.ascencao
e reserva de conteúdo nacional dos projetos.
E eu acredito que a política de 80% de conteúdo nacional nos projetos (ou seja, 80% dos serviços, equipamentos e demais recursos devem ser de origem nacional) acabou gerando custos maiores do que se a empresa tivesse liberdade pra buscar fornecedores mais competitivos.

Esse é um ponto polêmico que eu deixei de fora de propósito. Eu concordo plenamente com você na questão do impacto da política de conteúdo nacional na pressão sobre custos da empresa, o que a torna menos competitiva. Mas a questão é: até que ponto vale a pena não utilizar o potencial de formação de mercado de uma gigante em nome de uma economia de alguns milhões no resultado? Eu creio que o problema não seja a reserva de conteúdo, mas a forma pouco transparente com a qual ela é conduzida pela empresa, dando margem a sobrepreço e cartelização dos fornecedores - justamente o contrário do objetivo inicial.

Em Português mais claro, eu acho que o problema não é a política em si, mas os níveis de corrupção endêmica que ela causa, o que, mais uma vez, é problema de gestão e controle.

Um ponto que melhorou sensivelmente na gestão da Graça Foster foi a questão de fornecedores, que tinham na Petrobrás quase um banco. Mas o avanço é pouco frente aos problemas que se vê no dia a dia.

Snakepit
Veterano
# nov/14
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Quem comprou as ações hj se deu bem.

erico.ascencao
Veterano
# nov/14
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Konrad
Um ponto que melhorou sensivelmente na gestão da Graça Foster foi a questão de fornecedores, que tinham na Petrobrás quase um banco.
Fato. Cansei de ouvir falar de empresas quebrando devido a falta de fluxo de caixa porque a Petrobras cortou pagamento em função de não cumprimento de contratos por parte destas empresas.

cafe_com_leite
Veterano
# nov/14
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Post para declarar que estou aguardando a continuação da série.

Black Fire
Gato OT 2011
# nov/14
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Parabéns pelo estudo! Muito bom ver desmascarados picaretas profissionais do naipe do Luis na$ifra,

ogner
Veterano
# nov/14
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Konrad
Bem bacana!! Pq isso não sai no jornal? E principalmente, dessa forma clara!?

hehe!

Headstock invertido
Veterano
# nov/14
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04/nov/14 às 17:20

04/nov/14 às 17:34
pelo o que entendi

04/nov/14 às 17:44 ·
No aguardo da parte 2

Pessoal lê rapidão. Queria saber fazer isso.

One More Red Nightmare
Veterano
# nov/14
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Se você não consegue ler isso em 14 minutos eu acho que você deveria voltar para a escola.

Mas ele editou, eu também, não sei se altera o horário do post. Quando postei, já tinha lido.

Konrad
Veterano
# abr/15
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Nobres colegas,

Considerações

a - Tive (estou no processo ainda, devido a ausência de respostas e publicações pela Petrobrás) que rever e revisar TODO o volume de dados usado na elaboração e redação do texto.

b - Estimo quedas no intervalo de 10%-22% nos números relativos à eficiência e em questões operacionais (números já pífios) na gestão petista.

c - Qualquer que seja a "correção" contábil em função da corrupção, ela estará subestimada. O que aconteceu é surreal.

d - Eu estava mais certo do que pensava.

Beatlemaniac
Veterano
# abr/15
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Postando para acompanhar

Konrad
Parabéns pelo trabalho! Te digo que, durante a campanha, o que vi de gente postando esse artigo do Nassif no facebook não foi brincadeira não viu? hehehe

One More Red Nightmare
Veterano
# ago/15
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http://www.cartacapital.com.br/economia/por-que-o-lucro-pequeno-da-pet robras-engana-486.html

sallqantay
Veterano
# ago/15
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e a parte 2?

Gansinho
Veterano
# ago/15
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Headstock invertido
Pessoal lê rapidão. Queria saber fazer isso.

Pô, eu li em menos de 5 minutos eu acho.

Konrad
Parabéns pelo texto e obrigado pela explicação. Até pra mim que não saco muita coisa de economia ficou fácil de entender.

FELIZ NATAL
Veterano
# ago/15
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d - Eu estava mais certo do que pensava.

Frase caralhopsa, vou add ao meu 'kit frases de impacto'

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