Aposentado aos 37, megainvestidor Jim Rogers critica economia do Brasil

    Autor Mensagem
    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # ago/13 · Editado por: Die Kunst der Fuge


    Em entrevista ao G1, ele desaprova ação do BC sobre controle cambial.
    Lendário no mercado americano, Rogers estará no Brasil no sábado (31).


    A recente estratégia do Banco Central brasileiro para tentar conter a disparada do dólar, que inclui leilões diários de venda de moedas no mercado futuro, não é bem vista pelo lendário investidor norte-americano – e um dos maiores do mundo – Jim Rogers, de 70 anos, que há mais de quatro décadas, ao lado de George Soros, criou o fundo de investimento com a maior valorização na história do capitalismo – 4.000% em dez anos –, e sentiu que poderia se aposentar no auge dos seus 37 anos e dar duas voltas ao mundo anos depois.

    "O Banco Central não deve tentar controlar a moeda. Deve deixar que o mercado faço isso sozinho. Seria uma melhor saída. A economia brasileira deveria estar indo bem, mas o governo tem cometido sucessivos erros", disse Rogers em entrevista exclusiva ao G1 por telefone, de Cingapura, para onde se mudou em 2007, com o objetivo de acompanhar de perto a economia asiática. O investidor estará no Brasil neste sábado (31) para participar do 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais da BM&FBovespa, em Campos do Jordão.

    Durante a entrevista, Rogers também criticou a falta de abertura do país ao capital estrangeiro, mantida pelo governo atual, que prejudica o comércio bilateral, principalmente com seus grandes parceiros: os asiáticos. "A abertura ao capital deveria ser maior. O Brasil precisa de capital estrangeiro e expertise de fora, mas o governo continua cometendo erros", afirma o megainvestidor.

    As críticas de Rogers também são direcionadas à agricultura brasileira que, em sua opinião, recebe poucos investimentos diante do poder que possui dentro da economia e da contribuição que poderia dar se fosse tratada com "mais atenção" pelo governo. Em 2009, em entrevista à revista "Veja", Rogers disse que a riqueza viria dos campos e que os operadores da Bolsa de Nova York teriam de procurar emprego como motoristas de táxi. Passados quatro anos, o investidor ainda vê a agricultura como o grande filão mal aproveitado pelos países, como o Brasil.

    "A agricultura brasileira, especificamente, deveria estar muito melhor do que está hoje, porque tem condições", afirmou. O Brasil, segundo o investidor, passa por um bom momento em relação às commodities que produz, mas erra ao fechar o mercado para investidores estrangeiros e controlar o câmbio.

    Se suas avaliações sobre a condução da política econômica não são positivas, suas perspectivas sobre a economia mundial são ainda piores. Rogers disse acreditar que, enquanto países como Estados Unidos e Japão continuarem injetando moeda nos mercados, os dados econômicos serão positivos e mostrarão uma falsa recuperação. "O problema aparecerá quando os bancos centrais desses países pararem de imprimir dinheiro artificial, e o mundo perceber que a crise continuará viva", disse.

    Conhecido por suas gravatas-borboletas coloridas e pelos inúmeros livros que escreveu, Rogers, que tem dois filhos, deu duas voltas ao mundo – uma de moto e outra de carro – traçando os perfis de investimento de muitos países que conheceu.

    Fonte

    Dissertem.

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # ago/13
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    Post pros santos que receberam despacho ontem.

    sallqantay
    Veterano
    # ago/13
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    concordo quanto à agricultura, mas ela precisa de infraestrutura, que precisa se investimento de longo prazo (um grande problema num país politicamente instável onde a moeda é de 1994 e a constituição é de 1988)

    Tears Of Fire
    Veterano
    # ago/13
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    viva a revolução agraria!!!!!

    Snakepit
    Veterano
    # ago/13
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    Basicamente são os mesmo problemas que a industria enfrenta, mas de forma menos grave. Falta de infra estrutura e bagunça generalizada do país.

    Viciado em Guarana
    Veterano
    # ago/13
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    É o campo que sustenta este país.

    Enquanto as estradas forem uma porcaria, os portos estiverem entupidos e não houver silos para guardar o milho a soja esqueçam qualquer melhoria sólida na economia e a possibilidade se tornar uma potência mundial.

    LeandroP
    Moderador
    # set/13
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    Infra-estrutura é fundamental. De que adianta eu tentar um negócio em "Cabrobró do Brejo" se nem de cavalo se chega lá?!

    Em SP, você é refém das empresas de ônibus e dos pedágios.

    Numa viagem de São Paulo a Santos gasta-se mais de R$ 22,00 em pedágio, num trecho muito curto de rodovia. E não é uma rodovia boa. Tem seus problemas e quando fica engarrafada, o risco de ser assaltado é enorme, sem contar o assalto legalizado na guarita do pedágio.

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