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# nov/12 · Editado por: SODAPOP
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O controle maior do sistema sobre nossas vontades pessoais é algo horrível e que deve ser evitado mediante medidas cabíveis. Em primeiro caso, é possível estarmos diante de um eterno e intrincado paradoxo/dilema: estarei eu sendo vítima da ação ou agente da ação? Serei eu o responsável direto pelas minhas atitudes, ou sou eu uma simples marionete de infinitas constantes? Ser ou não ser? Entre tais constantes, estariam os valores. Valores são adquiridos desde criança. Sua mãe desde cedo diz "Claudinho, põe a camisa pra dentro da bermuda", "Bruninho, não ponha o dedo no nariz". E do nariz o desejo vai pro pinto (tira a mão do pinto menino), do pinto pro peito da namorada (tira a mão do peito dela menino tarado)... e desde cedo vamos nos adestrando a podarmos nossas vontades mais profundas de penetrar orifícios. Afinal, Freud já explica que a fase nasal-sádica implica a transferência da vontade de botar o dedo no nariz para o dedo no clitóris alheio, na época púbere de nossas juventudes, nos fazendo perpetuarmos enquanto seres dito humanos a nível de espécie. E com isso, mais uma vez, até nossas atitudes ousadas se refletem num profundo e frustrante determinismo, nos fazendo chorar de depressão e gorfarmos de ânsia de vômito perante nossas existências plásticas, opacas e insípidas. Por fim, deve-se lembrar que o homem romântico gozava de plena crença em seu livre-arbítrio, o que nos faz refletir sobre uma possível volta do romantismo como esperança única para a recuperação de valores de uma já saturada sociedade. Afinal todos sabemos que na sociedade perfeita, Gustav Mahler estaria no top 10 das paradas de sucesso, e Jack Johnson seria só um hippie vendedor de miçangas em Pirenópolis. Desejo a todos um feliz natal e ótimo 2013
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