Empresas Brasileiras migrando para a África.

    Autor Mensagem
    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # nov/12


    Um nova aliança atlântica

    As empresas brasileiras estão indo para a África, carregadas de capital e conhecimento

    No calor suado do norte de Moçambique, Vale, uma gigante da mineração brasileira, está cavando carvão em sua mina perto da vila de Moatize. Um monte de 400.000 toneladas aguarda pronto para queimar. A mina pode despejar 4.000 toneladas por hora, mas as ferrovias e os portos não conseguem acompanhar. A Vale está trabalhando para melhorar uma linha até Malawi para levar o carvão para exportação. A construtora OAS, outra empresa brasileira, assinou um acordo com a mineradora para construir parte de um novo porto de Nacala, 1.000 km (620 milhas) ao norte-leste, para fazer o mesmo.

    O continente é uma parte importante do futuro da Vale, entusiasma Ricardo Saad, chefe da empresa África. Ele não está sozinho em sua empolgação com as perspectivas do Brasil. Relações com a África floresceram durante a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva. Ele viajou para lá uma dúzia de vezes e os líderes africanos arrebanharam-se para o Brasil. Seu zelo foi em parte ideológico: ele dedicou grande parte de sua diplomacia para relações "sul-sul" - ao custo, dizem os críticos, de negligenciar mais poderosos parceiros (e mais ricos) comerciais, como os Estados Unidos.

    Lula ressaltou "dívida histórica" ​​do seu país para a África, uma referência para os 3.5m africanos enviados ao Brasil como escravos. Fora da Nigéria, o Brasil tem a maior população negra do mundo. Dilma Rousseff, atual presidente do Brasil, está continuando as políticas, embora com mais ênfase em como o relacionamento beneficia o Brasil. Há muitas maneiras para que isso possa ocorrer. A África precisa de infra-estrutura e no Brasil tem muitas empresas de construção. A África está sentada sobre petróleo e minerais em abundância, o Brasil tem as empresas para tirá-los. Gigantes do agronegócio também estão de olho na África. Se a economia do continente continua a crescer, como tem acontecido nos últimos anos, irá produzir milhões de clientes bem semelhantes com a classe média Brasileira.

    Empresas brasileiras parecem ansiosas. Em 2001, o Brasil havia investido US $ 69 bilhões em África. Até 2009, os últimos dados disponíveis, esse número havia aumentado para 214 Bilhões de Obamas. Inicialmente as empresas brasileiras concentraram seus esforços na África Lusófona, Angola e Moçambique em particular, aproveitando a afinidade linguística e cultural para ganhar uma posição. Agora eles estão se espalhando por todo o continente.

    Até agora, algumas grandes empresas dominam. A mina de carvão da Vale em Moçambique é a sua maior operação fora do Brasil. A Odebrecht tem construído coisas na África desde a década de 1980. Logo no início ela estava envolvida na construção da vasta barragem de Capanda em Angola. Ela ergueu o primeiro shopping do país, na capital, Luanda. Em Gana, onde a demanda por casas é tão feroz que os inquilinos têm que pagar aluguel com até dois anos de antecedência, OEA, uma empreiteira da Camargo Corrêa, um grande conglomerado, está construindo habitações populares.

    Andrade Gutierrez, outra empresa de construção, trabalha em tudo, de habitação a saneamento em Angola, Argélia, Congo e Guiné. Petrobras, gigante estatal de petróleo do Brasil , já está extraindo petróleo em Angola e na Nigéria e está em busca de mais em Benin, Gabão, Líbia Nigéria e Tanzânia. Empresas de consumo estão direcionando suas atenções para um mercado em crescimento, também. O Boticário, uma empresa brasileira de cosméticos, vem vendendo seus produtos em Angola desde 2006.

    Brasil vs China

    Já que o Brasil não pode competir com a China na escala de seus investimentos, tem que oferecer algo extra: em particular, técnica especial. Com climas semelhantes, a agricultura tem sido um campo fértil de colaboração. Em 2008, a Embrapa, um instituto de pesquisa agrícola brasileiro, montou um escritório em Gana. Por meio da Embrapa, o Brasil tem fornecido assistência técnica à indústria do algodão em Benin, Burkina Faso, Chade e Mali. As empresas brasileiras que produzem soja, cana-de-açúcar, milho e algodão foram farejar investimentos na Tanzânia no início deste ano.

    As empresas brasileiras esperam que a sua reputação irá garantir que as oportunidades continuam chegando. Eles estão ansiosos para se distinguir dos concorrentes, especialmente os chineses. Eles não querem ser vistos como se estivessem agarrando tudo o que podem, diz Rodrigo da Costa Fonseca, presidente da Andrade Gutierrez na África. Considerando que as empresas chinesas estão criticado suas práticas de trabalho, seus colegas brasileiros enfatizam que jogam pelas regras, são bons empregadores e querem construir relacionamentos duradouros, oferecendo ajuda ao desenvolvimento, bem como o investimento privado.

    Em particular, brasileiros enfatizam que na África eles empregam africanos (as empresas chinesas são muitas vezes criticados por levarem seu próprio povo). Cerca de 90% dos funcionários da Odebrecht em Angola são moradores locais, assim como 85% dos empregados da Vale em Moçambique.

    Os brasileiros não conseguiram evitar todas as críticas. Vale tem estado sob fogo por sua reassentamento de mais de 1.000 famílias para abrir caminho para sua mina de carvão. A maioria foi transferido para uma aldeia nova em Cateme, 40km de Moatize. Moradores descontentes dizem que o custo de vida aumentou por causa da despesa adicional de chegar a Tete, capital da província. O solo é menos fértil e água é menos abundante no novo local, dizem habitantes, e as casas fornecidas pela Vale são mal construídas. Em janeiro, um grupo de moradores irritados bloqueou uma linha de trem, em protesto.

    Vale diz que está a lidar com esses problemas, consertando as casas e colocando em um ônibus para a cidade. A empresa está pagando o preço por ser a primeira, diz Altiberto Brandão, que dirige a mina da Vale em Moatize. A Vale tem uma concessão de 35 anos, então éla precisa manter os moradores locais do seu lado: "nós não queremos 35 anos de problemas", o Sr. Brandão insiste.

    O Brasil ainda está desfrutando de sua lua de mel na África, diz Oliver Stuenkel do Global Public Policy Institute, um think-tank. Ainda assim, o Brasil deve aprender com os erros dos outros, diz ele. Com a sua proeminência na mineração, há sempre o perigo de que o Brasil seja visto como um novo poder colonial. Embora sua presença esteja crescendo, ainda é insignificante comparada com China. Ao contrário da China, o Brasil não precisa de recursos da África, mas está mais interessado em diversificar seus mercados. Não há construção na Europa, não há mais nada para construir lá, ri o cabeça da OEA na África, Leonardo Calado de Brito. "A África é o lugar para se estar."

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    Texto traduzido no tradutor do google e com uns tapinhas descompromissados. Leiam o original AQUI.

    Dissertem sobre uma porra destas.

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # nov/12
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    Post de lastro.

    Simonhead
    Veterano
    # nov/12
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    "A África é o lugar para se estar."

    Bela frase!

    Shredder_De_Cavaquinho
    Veterano
    # nov/12
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    queria dissertar, mas nem vou.

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # nov/12
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    Shredder_De_Cavaquinho

    Por favor, por todos nossos 3 anos de amizade.

    Simonhead

    É de efeito, só que só deve ser verdadeira pela perspectiva dele :P

    Simonhead
    Veterano
    # nov/12
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    Die Kunst der Fuge
    deve ser verdadeira pela perspectiva dele

    É a perspectiva dele, no doubt!

    tambourine man
    Veterano
    # nov/12
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    Lula ressaltou "dívida histórica" ​​do seu país para a África

    o meu pau de óculos, não tenho nenhuma dívida com o estado que não seja a extorsão diária dos meus impostos

    Roy.Mustang
    Veterano
    # nov/12
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    Virou comum na minha cidade o pessoal daqui ir trabalhar na Angola, que está sendo reconstruída após a guerra civil.

    Cara que aqui ganhava uns 1K, lá tá ganhando 10K.

    Msess
    Veterano
    # nov/12
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    Cara que aqui ganhava uns 1K, lá tá ganhando 10K.


    >)<
    ( __ )

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # nov/12
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    tambourine man

    Aproveitando que você tá on, dá uma trollada furacônica ae pro meu tópico bombar, por favor.

    Headstock invertido
    Veterano
    # nov/12
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    A agência África criou om programa de seleção de estágios chamado African Idol, onde os 5 estagiários serão escolhidos pela performance no vocal e na dança, por jurados de gabarito, como Evandro Santo, do Pânico na Band.

    Eu sei que não tem nada a ver, mas eu queria compartilhar essa informação e aqui era o lugar mais adequado, já que tem empresa e África no mesmo título.

    Valeu.

    Caledonian
    Veterano
    # nov/12 · Editado por: Caledonian
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    Lula ressaltou "dívida histórica" ​​do seu país para a África
    Além de nada ter a ver com as novas gerações essa colocação dele tem uma enorme carga demagógica.

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # nov/12
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    Headstock invertido

    Gostei do seu post.

    The Laughing Madcap
    Veterano
    # nov/12
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    legal, usaremos a África como celeiro industrial para competir com a China.

    pra que gastar com navios negreiros se podemos escravizá-los lá?

    tambourine man
    Veterano
    # nov/12
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    Die Kunst der Fuge
    Aproveitando que você tá on, dá uma trollada furacônica ae pro meu tópico bombar, por favor.

    nada me ocorreu. Eu falhei, sorry

    Ken Himura
    Veterano
    # nov/12
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    Roy.Mustang
    Cara que aqui ganhava uns 1K, lá tá ganhando 10K.

    Mesma coisa aqui, e recebendo em dólar. Nego diz que só vai embora de Angola quando não o quiserem mais lá.

    Aí eu me pergunto: por que fui ser músico? E, mais tenso ainda, compositor?
    >(
    ahahah

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