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Die Kunst der Fuge Veterano |
# jul/12
A época na qual o movimento radical anticapitalista adquiriu um conveniente poder irresistível fez surgir um novo gênero literário: a história de detetive. A mesma geração de ingleses cujos votos levaram o Partido Trabalhista ao governo foi arrebatada por autores como Edgar Wallace. Um dos autores socialistas ingleses mais destacado, Q. D. H. Cole, é também famoso autor de histórias de detetive. Um marxista coerente deveria chamar a história de detetive — junto talvez com os filmes de Hollywood, com as histórias em quadrinhos e com a “arte” do strip-tease — de superestrutura artística da época do sindicalismo e da socialização.
Muitos historiadores, sociólogos e psicólogos tentaram explicar a popularidade desse estranho gênero. A investigação mais profunda foi a do professor W. O. Aydelotte. O professor Aydelotte está certo quando afirma que o valor histórico das histórias de detetive está em elas descreverem castelos no ar e, assim, esclarecerem algo às pessoas que as leem. Ele também está certo quando diz que o leitor se identifica com o detetive e que, em termos gerais, faz dele uma extensão do seu ego.
Ora, esse leitor é o homem frustrado que não atingiu a posição para a qual sua ambição o impelia. Como já dissemos, para consolar-se ele culpa a injustiça do sistema capitalista. Ele falhou por ser honesto e submisso à lei. Seus competidores tiveram mais sorte e sucesso por terem sido desonestos; valeram-se de golpes ilícitos que ele, consciencioso e límpido como é, jamais imaginara. Se as pessoas soubessem o que há de desonestidade nesses novos-ricos arrogantes! Infelizmente seus crimes permanecem encobertos e eles continuam desfrutando de uma reputação que não merecem. Mas o dia do julgamento há de chegar. Ele mesmo irá desmascará-los e revelar seus crimes.
A típica sequência de fatos numa história de detetive é esta: um homem que todos consideram como respeitável e incapaz de qualquer atitude indigna comete um crime abominável, ninguém suspeita dele. Mas o esperto detetive não pode ser enganado. Sabe tudo sobre esses santarrões hipócritas. Reúne todas as provas para condenar o culpado. Graças a ele, a boa causa finalmente triunfa.
O desmascaramento do trapaceiro que se faz passar por cidadão respeitável era, com implícita tendência antiburguesa, um tópico muitas vezes tratado até em alto nível literário como, por exemplo, por Ibsen em The Pilars of Society. A história de detetive desvenda a trama e nela introduz o caráter desprezível do investigador farisaico que se compraz em humilhar um homem que todos consideravam cidadão impecável. O que motiva o detetive é o ódio subconsciente que tem do “burguês” - bem-sucedido. Do lado oposto ao detetive estão os inspetores da força policial do governo. São por demais tolos e parciais para resolver o mistério. Fica às vezes subentendido que eles estão inconscientemente inclinados a favor do culpado, cuja posição social muito os impressiona. O detetive supera os obstáculos que a morosidade dos inspetores coloca em seu caminho. O triunfo dele corresponde ao fracasso das autoridades do governo burguês que escolheram tais policiais.
Isso explica por que a história de detetive tem popularidade junto às pessoas que sofrem de ambição frustrada. (É claro que também existem outros leitores de história de detetive.) Sonham dia e noite em despejar sua vingança sobre os competidores bem-sucedidos. Sonham com o momento em que seu rival “de pulsos algemados é levado pela polícia”. Esta satisfação lhes é indiretamente fornecida através do clímax da história na qual se identificam com o detetive e veem no criminoso apanhado o rival que os sobrepujou.
Autor não revelado propositalmente.
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Atentando para a parte sublinhada, dissertem.
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Die Kunst der Fuge Veterano |
# jul/12
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Post para Arthur Conan Doyle.
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rodsom Veterano |
# jul/12
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me recuso a ler um texto desse tamanho
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Die Kunst der Fuge Veterano |
# jul/12
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rodsom
Que êsso, nem precisa rolar a página pra ver o texto inteiro, logo, ele é pequeno.
=P
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rodsom Veterano |
# jul/12
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Die Kunst der Fuge faz um resumo com palavras faceis, senao nada feito.
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neologist_ Veterano |
# jul/12 · Editado por: neologist_
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hahaha, reconheci pelo título. =P
Edit.: tá lendo o livro todo?
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Wanderer on the Offensive Veterano |
# jul/12
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me recuso a ler um texto desse tamanho[2] Até porque, é sempre o mordomo.
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Die Kunst der Fuge Veterano |
# jul/12
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rodsom Wanderer on the Offensive
Deem uma moral ae =/
neologist_
Ah, muleque bão! \o\
Li todo sim, foi esse que me motivou a ler o de economia.
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BokuWa Veterano |
# jul/12
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Post para Hercule Poirot!
Estou lendo agora, e me parece que ele é melhor que o Sherlock.
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tambourine man Veterano |
# jul/12
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é tudo uma grande apologia ao método científico indutivo-dedutivo e sua suposta capacidade de iluminar um mundo dominado pelas trevas de um passado medieval
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rodsom Veterano |
# jul/12
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Die Kunst der Fuge Deem uma moral ae =/
tentei, mas meu cerebro de mecanico nao conseguiu traduzir.
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LemyLebeau Veterano |
# jul/12
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me recuso a ler um texto desse tamanho[3]
Die Kunst der Fuge Deem uma moral ae =/
tentei, mas meu cerebro de mecanico nao conseguiu traduzir[9999].
Li uma palavra e parei.
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Will Bejar Veterano |
# jul/12
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Die Kunst der Fuge Tradução: "Lá vem outro texto grande FUJA"
tu-dum-pá!
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guizimm Veterano |
# jul/12
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que texto grande, não cheguei nem na metade
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One More Red Nightmare Veterano |
# ago/12
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cerebro de mecânico
sauhusahsauhsauhsa
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