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-Dan Veterano
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# mai/12
A seca no Nordeste é sempre sinal de sofrimento para o sertanejo. Mas a falta de chuva também movimenta o meio político e o comércio das cidades atingidas pela estiagem. A chamada “indústria da seca” fatura alto com a falta de alimentos para os animais e de água para os moradores.
O exemplo mais conhecido no sertão é o uso político na distribuição dos carros-pipa, marca registrada do assistencialismo simples. Segundo os relatos, alguns políticos visitam as comunidades e se apresentam como “responsáveis” pelo envio da água. Os moradores também reclamam da alta nos preços de serviços e alimentos para os animais.
“A prefeitura nos ajuda muito, nos mandando água por carros-pipa. Às vezes demora, mas sempre vem”, conta a agricultora Maria Gildaci, 66, de Tacaratu (PE), sempre citando que o prefeito é "quem manda" o carro para a sobrevivência dela e da família, que vive em uma pequena casa no sítio Espinheiro.
Falas como a Gildaci, agradecendo os políticos, são comuns, mas a prática está sendo combatida por organizações do semiárido. “Água é um direito, não é dada de favor. Agricultores relatam com frequência que vereadores se apresentam trazendo carros-pipa e que prefeitos estão se utilizando disso para as eleições. Estamos fazendo levantamentos e vamos tentar identificar onde isso está ocorrendo para tomarmos providências”, afirma o coordenador da ASA (Articulação do Semiárido), Naidson Batista.
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Segundo o coordenador, os investimentos cobrados, como poços, barragens e cisternas, não foram feitos a contento ao longo dos anos, o que facilitou a política assistencialista. "Isso faz parte da indústria da seca, pois deixa o sertanejo vulnerável, à espera sempre de ações emergenciais."
O diretor do Polo Sindical do Médio São Francisco da Fetape (Federação dos Trabalhadores em Agricultura de Pernambuco), Jorge de Melo, também relata que políticos e fazendeiros ainda se aproveitam da seca para lucrar. “É só começar a escassez de alimentos para ter gente aumentando o preço das coisas. É o que chamam da lei da oferta e procura.
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O carro-pipa também é um negócio rentável. Os preços cobrados pelos “pipeiros” no sertão inflacionaram com a seca. “Existe, e muito, a indústria da seca. Um exemplo: antes, a prefeitura contratava um carro-pipa por R$ 100 para lavar o matadouro. Hoje, para o sujeito trazer a mesma quantidade de água ele obra R$ 200. E olhe que o preço do combustível não subiu e ele pega água no mesmo lugar”, afirma o secretário de Infraestrutura de Batalha (AL), Abelardo Rodrigues de Melo.
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/05/19/alime ntada-pela-escassez-industria-da-seca-fatura-com-a-estiagem-no-nordest e.htm
E o Brasil enviando ajuda humanitária pra tudo qto é lado. Quero vê na copa!
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LeandroP Moderador |
# mai/12
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É uma velha e vergonhosa verdade.
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dibass Veterano |
# mai/12
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..depois eu leio. Post pra marcar tópico.
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tambourine man Veterano |
# mai/12
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o caminhão pipa apenas atende uma demanda, o seu preço é ditado pelo mercado, que aloca os recursos de maneira mais eficiente segundo a preferência do sertanejo por matar a sua sede (ele é perfeitamente livre para não fazê-lo)
/lero-lero utilitarista
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-Dan Veterano
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# mai/12
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tambourine man
Hshuahua.. Apenas a mão invisivel atuando.. logo tudo se ajusta..
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tambourine man Veterano |
# mai/12
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-Dan
claro, planejamento do território, clima, topografia, ocupação é tudo perda de tempo
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-Dan Veterano
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# mai/12 · Editado por: -Dan
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tambourine man
claro, planejamento do território, clima, topografia, ocupação é tudo perda de tempo
Exato! O mercado nos conduzirá à redenção!
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tambourine man Veterano |
# mai/12
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-Dan
o pouco que eu sei do assunto me permite dizer que é semelhante ao que ocorre em áreas urbanas: os pobres têm as piores terras, e acabam por depender de um sistema que se apóia em um personalismo quase feudal (metaforicamente falando).
Aí vem a transposição do S. Francisco fazer mais uma obra messiânica que só vai reforçar isso tudo.
Neguinho em Israel vive com muito menos água
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snowwhite Veterano |
# mai/12
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Segundo os relatos, alguns políticos visitam as comunidades e se apresentam como “responsáveis” pelo envio da água “A prefeitura nos ajuda muito, nos mandando água por carros-pipa. Às vezes demora, mas sempre vem”, conta a agricultora Maria Gildaci, 66, de Tacaratu (PE), sempre citando que o prefeito é "quem manda" o carro para a sobrevivência dela e da família, que vive em uma pequena casa no sítio Espinheiro.
Realidade podre ( pode falar que realidade é podre?). Senão eu uso uma palavra como "triste" e boto carinha assim =\ mimimi
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jimmy vandrake Veterano |
# mai/12
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Caminhão pipa duzentão. Cem pro caminhão e cem pro prefeito, tá normal ué !
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