Tomate lábios de mel é a nova cultivar da Embrapa.

    Autor Mensagem
    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # mai/12


    Produtores de tomate contam agora com mais um material desenvolvido pela Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), em parceria com a empresa de sementes Agrocinco. Trata-se de uma nova variedade de tomate do tipo cereja, que recebeu o nome de BRS Iracema - lábios de mel, em tupi-guarani -, em referência ao sabor adocicado de seus frutos.

    Segundo a Empraba Hortaliças, a cultivar é híbrida, desenvolvida a partir de sementes produzidas por meio da polinização cruzada de plantas, e, além da doçura, resultante de seu alto teor de sólidos solúveis (brix), detém outras qualidades: frutos firmes, boa durabilidade pós-colheita, excelente sequência de pencas e tolerância a nematoides-das-galhas do gênero Meloidogyne, grupo de patógenos responsáveis por provocar grandes danos à tomaticultura.

    Recomendada para consumo in natura, a nova cultivar tem frutos arredondados, coloração vermelha intensa e brilhante, o que indica a forte presença de licopeno – substância que dá a cor avermelhada ao tomate e é antioxidante – quando absorvida pelo organismo ajuda a reparar danos causados pelos radicais livres, dizem os pesquisadores do órgão.

    Em condições protegidas em áreas produtoras de Tupã e Adamantina (SP), a cultivar apresentou potencial produtivo de oito a dez quilos de frutos por planta, de acordo com o coordenador do programa de melhoramento genético do tomateiro na Unidade, pesquisador Leonardo Boiteux. Segundo ele, a variedade também se destaca por sua versatilidade. “O híbrido pode ser plantado tanto em campo aberto, como em cultivo protegido”, salientou.

    Boiteux acrescenta que as sementes da cultivar podem ser adquiridas pelos produtores diretamente com a empresa parceira.

    Fonte

    Quem quer experimentar?

    snowwhite
    Veterano
    # mai/12
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    Prefiro tomate gaúcho tchê. Isto aí é coisa pra viadinho.

    Strato_Master
    Veterano
    # mai/12
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    hummm... é mesmo?!

    Viciado em Guarana
    Veterano
    # mai/12
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    hmmm... Tomate mais doce...
    Deve ser interessante para molhos.

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # mai/12
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    Viciado em Guarana

    Deve dar um ketchup true, sem adição de açúcares.

    Lìív
    Veterano
    # mai/12
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    Tomatinho cereja puro me dá enjoo, exatamente por ser mais adocicado.
    Mas deve dar um ketchup true.

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # mai/12
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    Viciado em Guarana
    Lìív

    Vocês acham correta a manipulação de vegetais a bel prazer, seja por seleção artificial da prole ou manipulação molecular direta?




    = D

    Cavaleiro
    Veterano
    # mai/12
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    Daily topic purpose only

    Lìív
    Veterano
    # mai/12
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    Die Kunst der Fuge
    Acho u_u

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # mai/12
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    Lìív

    Good girl \o/

    Já ouviu falar da produção de vacinas em plantas? É bem mais caro e lento do que a produção em animais e ovos embrionados de galinha, mas tem algumas vantagens.
    Tem, por exemplo, uma forma de fazer um "sucrilhos" que já contenha a vacina, aí a administração da parada é comendo.
    Também dá pra fazer com que a vacina seja produzida diretamente nas sementes, o que é ótimo pra transporte e armazenamento [que pode ser feito à temperatura ambiente, uma grande vantagem].

    Mas como demora mais pra produzir assim, não dá pra ser usado este método no caso de surtos e emergências, então, dependemos dos animais. Sem contar que em plantas o processo ainda é menos eficiente.

    Lìív
    Veterano
    # mai/12
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    Die Kunst der Fuge
    Eu li sobre isso em Biologia Molecular ano passado. Eles também fazem (ou tentam fazer) leite com vacina e tudo mais.
    Super lecäu!!

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # mai/12
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    Lìív

    Esse negócio é mó bonito. No laboratório.

    Já a maneira como vários desses progressos foram incorporados no mercado eu não achei nada lindo =/

    Viciado em Guarana
    Veterano
    # mai/12
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    Die Kunst der Fuge
    Seria interessante esse processo de vacina nas plantas. Mas isso não representaria uma ameaça por não ser muito desenvolvida? Achoq ue o risco de dar merda aí aumenta.

    Prefiro ainda que continuem investindo em transgênicos para melhorar a produtividade. Isso sim é lindo!

    Cavaleiro
    Veterano
    # mai/12
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    Die Kunst der Fuge
    Já a maneira como vários desses progressos foram incorporados no mercado

    Disserte.

    É para efeito de curiosidade não para dar uma de paladino do mercado.

    Lìív
    Veterano
    # mai/12
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    Die Kunst der Fuge
    Eu acho que, se fosse bem desenvolvido e aplicado, seria muito bom (até para acabar com a polêmica de testes em animais blá blá blá).
    O foda é que para ser eficaz/não perigoso, são necessários testes de longa duração e tudo mais, coisa que os desenvolvedores não parecem interessados em fazer.

    tambourine man
    Veterano
    # mai/12
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    variedades rústicas >>> variedades coxinhas

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # mai/12
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    Viciado em Guarana
    Mas isso não representaria uma ameaça por não ser muito desenvolvida?

    Como assim?

    Prefiro ainda que continuem investindo em transgênicos para melhorar a produtividade. Isso sim é lindo!

    Certo.
    Mas todo mundo sabe que quantidade não é o problema.

    Cavaleiro

    Complicado ser breve pra falar destes problemas tão complicados.
    Tem o exemplo do milho, por exemplo. Desde que descobriram o xarope de milho, ele é utilizado em praticamente todos os produtos alimentícios industrializados que nós consumimos.
    Nos EUA rolou um lobby que obriga os produtores de milho a super-produzirem, de forma que, com isso, o preço do milho despenca.
    Ficando mais barato, começaram a usar o milho como ração para gado, o que não é adequado, pois boi não come milho naturalmente. Isso faz com que, no sistema digestório do boi, crie-se um ambiente propício para o surgimento de uma variante de Escherchia coli, que causa doenças intestinais graves (diferente da E.coli "normal").
    Esta E.coli acaba por infectar toda a carne do gado. Para resolver esse problema, as empresas dão um banho de amônia nas carnes, o que elimina grande parte da E.coli, mas isso torna a carne menos saudável para o consumo.

    Apesar disso, esse processo todo fica mais barato do que alimentar o gado corretamente, mas temos uma carne de pior qualidade e a possibilidade da disseminação de uma E.coli patogênica, que pode até matar.

    Fora isso, você já deve ter ouvido falar na Monsanto, que é um prato cheio de exemplos negativos de aplicação dos progressos nos transgênicos no mercado.

    Além de tudo, o problema é que eu sou muito bonzinho. Igual o Carl Sagan era i.i

    Tenho certeza que ele seria contra isso também.

    Lìív
    Eu acho que, se fosse bem desenvolvido e aplicado, seria muito bom

    Também acho.

    Vick Vaporub
    Veterano
    # mai/12
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    Tomate lábios de mel
    Que nome gay. A que nível nossa sociedade chegou, caras. Preciso de uma dose de whisky.

    Cavaleiro
    Veterano
    # mai/12
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    Die Kunst der Fuge

    Você sabe se esta carne de pior qualidade é refletida no paladar ou "somente" há implicações para a saúde do consumidor?

    Porque ao meu ver, haveria um nicho bem grande de mercado para os que fazem da maneira correta, sem a utilização do milho e tal, a não ser que a diferença de custos seja absurdamente maior (o que apenas restringiria o market share)

    Monsanto

    Ah sim, caso bem conhecido.

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # mai/12
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    Cavaleiro
    Você sabe se esta carne de pior qualidade é refletida no paladar ou "somente" há implicações para a saúde do consumidor?

    Não sei dizer.

    Porque ao meu ver, haveria um nicho bem grande de mercado para os que fazem da maneira correta, sem a utilização do milho e tal, a não ser que a diferença de custos seja absurdamente maior (o que apenas restringiria o market share)

    Aí é que está. Todo o mercado de carne nos EUA é dominado apenas por 4 empresas muito grandes, acho que isso torna complicado entrar pra competir assim, não?
    Mas vou procurar esse lance do paladar.

    Ah sim, caso bem conhecido.

    Vários!
    Sabia que graças a eles, hoje em dia é possível patentear animais? (qualquer um que não seja humano)

    Cavaleiro
    Veterano
    # mai/12
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    Die Kunst der Fuge
    isso torna complicado entrar pra competir assim, não?

    Muito, mercado em oligopólio é bem complicado. As empresas que entram normalmente tem o objetivo de ser vendidas.

    Sabia que graças a eles, hoje em dia é possível patentear animais? (qualquer um que não seja humano)

    WTF? :O

    Como funciona isto?

    Até porque muitos animais são commodities comercializados na bolsa de mercadorias e futuros. O que também é bem tenso.

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # mai/12
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    Cavaleiro
    Muito, mercado em oligopólio é bem complicado. As empresas que entram normalmente tem o objetivo de ser vendidas.

    Ou seja, os caras podem fazer o que bem entenderem quanto a isso.

    WTF? :O

    Como funciona isto?


    São as patentes de biotecnologia. Quando os caras desenvolvem as sementes e animais transgênicos eles podem patentear. Isso começou porque começaram a chiar por conta das sementes de transgênicos da Monsanto. O acordo era que os agricultores não recolhessem as sementes depois de plantar, que comprassem as sementes novas com a Monsanto sempre que precisassem. Aí teve gente que recolheu e deu merda em tribunal e acabou assim.

    O problema original já foi resolvido, agora a Monsanto faz sementes que geram plantas que não dão sementes, ou seja, tem que comprar a cada safra novamente.

    Até porque muitos animais são commodities comercializados na bolsa de mercadorias e futuros. O que também é bem tenso.

    Os mano pira! o.o

    Viciado em Guarana
    Veterano
    # mai/12
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    Die Kunst der Fuge
    Que problemão!
    Mais uma vez os direitos autorais vem estragando tudo!

    Atom Heart Mother
    Veterano
    # mai/12
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    muito interessante

    TG Aoshi
    Veterano
    # mai/12 · Editado por: TG Aoshi
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    Cavaleiro
    Die Kunst der Fuge
    Você sabe se esta carne de pior qualidade é refletida no paladar ou "somente" há implicações para a saúde do consumidor?

    Porque ao meu ver, haveria um nicho bem grande de mercado para os que fazem da maneira correta, sem a utilização do milho e tal, a não ser que a diferença de custos seja absurdamente maior (o que apenas restringiria o market share)

    Saindo da carne e a amônia e indo pra um patamar mais amplo, faz diferença sim. E não é pequena.

    Pode ser que esteja meio distorcido, já que não me lembro muito bem, mas desde uns tempos atrás, tem se difundido uma corrente (no sentido ideológico mesmo) de "cultivo verde" (na verdade tem um nome, mas não me recordo... posso ver mais tarde caso interesse) na gastronomia, onde se valorizam os produtos frescos, agricultura orgânica, criação de animais de um modo mais natural, etc... Preza-se por uma agricultura com mais contato humano, mais cuidadosa e que visa a qualidade, ao invés daquela, no formato de produção industrial.

    Tem até restaurantes com cultivos vegetais e criações de animais no próprio quintal.

    O problema é que sai sim mais caro, como qualquer outro produto de qualidade, então o nicho é menor. É praticamente restrito a (alta) gastronomia e seus seguidores. No caso do Brasil seria pior ainda, porque aqui essa cultura de qualidade over preço + quantidade e cuidado na produção, além de ser mínima, é, assim como alta gastronomia, ainda vista como frescura e esnobismo pelo consumidor (muitas vezes até pelo próprio produtor).

    Voltando a carne, nicho pra carne de qualidade sempre existe. Vários restaurantes de renome, a exemplo, se não me engano, do Rubaiyat e o Fogo de Chão tem fazendas de gado próprias. Além disso Kobe Beef, cortes de Angus estão aí, e tem gente que paga o alto preço. Eu realmente não acho que seja frescura.

    TG Aoshi
    Veterano
    # mai/12 · Editado por: TG Aoshi
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    Na verdade, essa preocupação com qualidade sempre existiu. Não se faz gastronomia de verdade se não houver preocupação com a qualidade da matéria prima.

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