Die Kunst der Fuge Veterano |
# abr/12
Para alguns tipos de feijão, como o carioquinha, o preço subiu 100%. Quilo do feijão verde debulhado passou de R$ 5 para R$ 8.
A seca que atinge vários estados do Nordeste provocou um aumento no preço do feijão nas feiras livres e no Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa). A estiagem não afetou o preço de frutas e verduras mas, para alguns tipos de feijão, o preço subiu 100%.
O feijão carioquinha duplicou de custo: o fardo de 30 quilos subiu de R$ 70 para R$ 140. O quilo custa R$ 6,20. "O feijão carioquinha vem apresentando, ao longo dos anos, uma gangorra de preços muito acentuada. Ora tá muito caro, ora muito barato. Isso causou um desestímulo na produção do feijão. Você veja, o Paraná reduziu 27% da sua zona produtora. A Bahia, por questão de seca, perdeu 80% da produção. Então juntou a seca com o desestímulo da produção e diminuiu a oferta e estourou o preço", analisa o diretor técnico da Ceasa, Paulo de Tarso.
O impacto pode ser sentido no corredor da Ceasa onde costumava-se encontrar feijão. Em tempos normais, haveria sacas e mais sacas de feijão verde, trazidas por comerciantes de todo o estado e ainda do Rio Grande do Norte e da Paraíba. A média de trinta produtores caiu para cinco. Produtor há 25 anos, Manuel dos Santos mora em Vitória de Santo Antão, mas vai todos os dias cuidar do plantio em Pedro Velho, no Rio Grande do Norte. Ele diz que antes conseguia colher quatro toneladas por hectare e agora só consegue entre 1.700 e 1.800 quilos. "O preço teve que aumentar bastante. Esse ano vendo por R$ 2,50 o quilo, no ano passado, vendia por R$ 1, R$ 1,20", explica.
Nas feiras, o que mais se vê é gente reclamando. O preço do quilo do feijão verde debulhado fez esta dona de casa desistir da compra. "Geralmente eu compro no mercado por cerca de R$ 5 o quilo, debulhado já. Aqui o quilo debulhado tá R$ 8. Eu tou achando caro, hoje não levo feijão", decide a dona de casa Zuleide Porfírio.
Mas nem sempre é possível substituir. Em uma escola-berçário de Olinda que atende 120 crianças, não existe dia sem feijão. Os meninos querem no almoço e no jantar. "Mesmo com o aumento a gente não pode deixar de servir aquilo que eles gostam e aquilo que é necessário para a saúde. O feijão preto tem o preço mais acessível, então duas vezes na semana a gente faz a variação dele com o carioquinha, mas feijão, tem que ter", conta a coordenadora da creche, Elcy Mendonça.
Fonte da juventude.
Dissertem, por tudo que é mais sagrado.
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