Disquetes velhos viram tela para pinturas de "artista social".

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    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # abr/12


    Fota

    Os discos flexíveis - mais popularmente, disquetes - um dia já representaram um tecnologia de ponta, a possibilidade de expandir a memória, transferir arquivos, fazer backups. "Eu cresci jogando jogos que eram salvos em uma pilha de disquetes", relembra Nick Gentry, artista britânico que hoje usa as "relíquias" tecnológicas como tela para suas pinturas.

    "Para mim, os disquetes marcam a guinada do mundo digital", conta, em entrevista ao Terra, por e-mail. Hoje, a maioria dos computadores sequer tem o leitor necessário para inserir os discos "três e meio", como eram chamados por causa da dimensão radial. "De alguma forma eu sempre estive às voltas com eles, e agora que os formatos de mídia física estão desaparecendo, imagino que é natural que eu considere fazer arte com disquetes", diz.

    O londrino, que também já experimentou trabalhar com fitas VHS, cassetes e negativos fotográficos, conta que o artista brasileiro Vik Muniz é uma de suas inspirações para o trabalho. "Estive no Brasil há alguns anos e vi as obras dele pela primeira vez. Ele considera a escolha do suporte como (um ponto) central na criação da arte. Isso me fez perceber que a arte pode escapar o confinamento da tela branca", afirma.

    Gentry coloca os disquetes uns ao lado dos outros, às vezes com etiqueta, às vezes sem, em outros casos com o que restou quando alguém tentou arrancá-las. Para formar a pupila dos retratos, algumas "peças" são viradas de trás para frente. A pintura, sobre a "tela tecnológica" construída com base de madeira, também não segue um critério fixo quanto a cobrir ou não os resquícios do que vai sob a tinta.

    "Estou interessado na ideia de as coisas se tornarem obsoletas. Todos parecemos concordar que quando a tecnologia produz algo mais eficiente, os precursores que antes usávamos são rapidamente considerados inúteis. Ao criar o tecido para as pinturas com essas evidências do que passou, a arte se apropria da história consolidada", explica.

    Além de versarem sobre o consumismo do mundo atual com o avanço tecnológico, as obras do inglês trazem também outro diferencial: o da arte construída socialmente. No início, os disquetes que usava eram seus, mas quando seu trabalho ficou conhecido, pessoas de todo o mundo agora enviam "pedaços de tela" - disquetes. "As pessoas querem se envolver em algo artístico e criativo, e gosto da ideia de que as pinturas podem ser, de algum modo, uma experiência compartilhada", opina. Questionado sobre como resumiria seu trabalho em uma frase, ele responde: "arte social feita a partir do obsoleto".

    As obras do londrino já figuraram em exposições no Reino Unido e nos Estados Unidos, além de em cidades de outros países ao redor do mundo. E quando elas serão vistas no Brasil? "Isso vai acontecer, espero, em breve. Tenho boas memórias das pessoas e cultura muito criativa das ruas (do País)", adianta.

    galeria de fotas

    A fonte

    E aí, isso é arte?

    Roy.Mustang
    Veterano
    # abr/12
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    poutz, numa sexta-feira abrir um tópico sobre arte com disquetes? Que decadência. Ainda mais vindo de vc...

    Headstock invertido
    Veterano
    # abr/12
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    E aí, isso é arte?

    Isso é.

    Scrutinizer
    Veterano
    # abr/12
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    Os disquetes estão prontos, ele só juntou tudo, não é arte.

    Roy.Mustang
    Veterano
    # abr/12
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    Die Kunst der Fuge
    E aí, isso é arte?

    Ah, disserte sobre o que vc entende por arte.

    snowwhite
    Veterano
    # abr/12
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    artistas sociais HUmf e Argh!

    snowwhite
    Veterano
    # abr/12
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    Aqui não abre as imagens. Nem precisa.

    Atom Heart Mother
    Veterano
    # abr/12
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    E aí, isso é arte?

    + 3 páginas

    snowwhite
    Veterano
    # abr/12
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    Agora briu a primeira. Nem achei tão ruim assim. Pensei qe era coisa mais escrota.

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # abr/12
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    snowwhite
    Agora briu a primeira. Nem achei tão ruim assim. Pensei qe era coisa mais escrota.

    É arte?

    Roy.Mustang
    Ah, disserte sobre o que vc entende por arte.

    Já fiz isso num tópico por ae.


    Scrutinizer
    Os disquetes estão prontos, ele só juntou tudo, não é arte.

    Ainda não fizeram nenhuma comparação equivalente ao que o Headstock invertido disse no outro tópico =P

    Scrutinizer
    Veterano
    # abr/12
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    Die Kunst der Fuge
    Você não tá defendendo o que ele disse, né?

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # abr/12
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    Scrutinizer
    Você não tá defendendo o que ele disse, né?

    Você sabe o que eu penso sobre arte.

    Scrutinizer
    Veterano
    # abr/12
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    Die Kunst der Fuge
    Sei lá, eu penso muitas coisas sobre arte e me contradigo o tempo todo.

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # abr/12
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    Scrutinizer
    Sei lá, eu penso muitas coisas sobre arte e me contradigo o tempo todo.

    Quando você tiver a minha idade, tudo se esclarecerá.

    /discurso de velhote padrão.

    snowwhite
    Veterano
    # abr/12
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    Die Kunst der Fuge
    É arte?

    Olha tem todos os pressupostos de arte em forma e conteúdo. Aliás, muito bemordenados na proposta. Ele usa os disquetes como base para a arte dele. Não sei qual a técnica usada na impressão. Mas é arte sim. Museus como o Pompidou ( Paris) e o Reina Sophia ( Madri) estão cheios de coisas assim e mais loucas ainda.

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # abr/12
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    snowwhite

    Saquei.

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