Dossiê sobre consumo brasileiro chama atenção do mercado internacional.

    Autor Mensagem
    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # mar/12 · Editado por: Die Kunst der Fuge


    Site britânico Marketing Week ressalta que o Brasil não pode mais ser ignorado pelas empresas. Aposta das marcas é investir no digital e na cultura local

    O Brasil recentemente passou o Reino Unido e se tornou a sexta maior economia do mundo, atraindo os olhares britânicos. Este foi o gancho que o site Marketing Week usou para publicar um dossiê sobre o consumo brasileiro, dizendo que não se pode mais ignorar este mercado, mas já faz tempo que o país atrai os olhares estrangeiros. A maior aposta das marcas internacionais para começar seus negócios por aqui é investir no relacionamento pela internet e adicionar um sabor local às ações de Marketing e até aos produtos.

    De acordo com uma pesquisa da Forrester Research, o Brasil tem atualmente 91 milhões de pessoas online, o que equivale ao terceiro país com mais usuários na internet. Este é um fato que potencialmente agrada a qualquer marca, já que abre a oportunidade de realizar Marketing digital, sem a necessidade de um grande orçamento por trás. A popularização do smartphone nos últimos anos, que só deve aumentar, também dá a chance para os profissionais se anteciparem em relação a ações mobile. O site sugere que as marcas prestem atenção nesta tendência e que invistam mais em estratégias digitais do que na abertura de muitas lojas.

    Tempero brasileiro

    A aposta na internet como relacionamento é efetiva, mas não é o suficiente. O site argumenta que não adianta tentar ter sucesso no país sem incorporar a cultural local, de alguma maneira. A marca deve ser relevante para a vida do consumidor brasileiro. Como sugestão, está o patrocínio de eventos nacionais, sempre com um elemento digital. Com a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 a caminho, abrem-se diversas oportunidades neste campo.

    Além de se relacionar com o estilo de vida local, também é recomendado que se adicionem alguns detalhes mesmo nos produtos, para se adaptar ao mercado. Como exemplo, a Unilever lançou para o Fruttare sabores como de goiaba e maracujá existentes apenas aqui. A Pantene também adaptou sua receita do Pantene Pro-V ao mercado nacional, com menos química, após perceber que os brasileiros usam mais condicionador do que outros povos.

    Para complementar, a mensagem também deve se encaixar com as características nacionais. Para os britânicos, algumas das mais fortes são o otimismo, a energia e a felicidade.

    Brasilidade também na infraestrutura

    Além de pensar localmente para as mensagens de Marketing, também é preciso entender as particularidades em relação à estratégia de negócios. Em parte para evitar as altas taxas de importação, marcas como a Apple e a Nissan possuem bases de produção dentro do país.

    Segundo o site, mesmo se a empresa não quiser ir tão longe, é essencial ter funcionários brasileiros na equipe. Para isso, outro conselho é formar parcerias com as empresas locais, pelo menos para entender o modelo de negócios.

    Diferença entre regiões

    Um ponto bem lembrado é a preocupação com as cinco distintas macro-regiões do país, cujo tamanho não se compara com o da Inglaterra. Alguns produtos têm um consumo muito diferente entre as regiões e a própria mensagem não é uniforme. Como exemplo, o Nordeste é citado como mais interessado nas músicas e ingredientes culinários locais.

    Já São Paulo e Rio de Janeiro são consideradas cidades mais internacionais e cosmopolitas, com mais influências de fora, especialmente em relação à música e às mídias que utilizam. O Marketing Week cita a Johnnie Walker como um case neste quesito, reforçando a herança familiar em algumas áreas enquanto apresenta a marca como um símbolo de sucesso individual em outras.

    Pontos fracos

    O site diz que o Brasil deveria estar no radar de todo profissional de Marketing, mas mostra que nem tudo é simples. Como maiores pontos negativos estão o protecionismo e a burocracia. Para ultrapassar este quesito é preciso de mais investimento do que nas outras áreas, além de tempo.

    O Marketing Week cita também que os consumidores brasileiros prezam o relacionamento e os modos de negócios são muito baseados nesta estratégia. A necessidade de um compromisso a longo prazo é mostrada como uma questão problemática.

    A preferência dos brasileiros por marcas já reconhecidas também pode ser uma dificuldade para pequenas empresas que desejam ter sucesso no país. Para as marcas menores, as altas taxas de importação são ainda mais desafiadoras.

    Fonte

    Alguns pontos interessantes da matéria original em inglês:

    Brazil - the issues UK marketers need to know about

    Import tax
    Brazil is a protectionist country. Many brands get round this by manufacturing in Brazil or partnering with local companies, but this takes time, research and investment, especially as manufacturing laws are complicated and the minimum wage is high.

    Long-term commitment
    Launching in Brazil often requires a long-term commitment, as business is very much based on relationships.

    Difficulties for small brands
    Economic issues and a preference for well-known brands may make it difficult for small businesses wanting to set up in Brazil. Brewdog co-founder James Watt, who is in the process of taking the craft ale business to Brazil, explains: "Import taxes will always be a challenge. We have grown 280% since starting in 2007, and retailing outside of the UK still works out very lucrative for us. Brazil is a very obvious contender minus the taxes and manufacturing laws."

    Language
    Brazil is a Portuguese-speaking country and marketers shouldn't think that English will see them through in all their business meetings. UK Trade & Investment director for Brazil John Doddrell warns: "You will almost certainly come up against business colleagues, often very highly educated contacts, that don't speak English."

    Conservative media market
    All media buying in Brazil is done by creative agencies. The country's largest media owner is Globo, which controls around 75% of ad spend in Brazil, according to an Ebiquity report. Outdoor advertising has also been illegal in São Paulo since 2007, which is another reason that many marketers opt for digital campaigns.


    Top brands in Brazil (millions of users)

    Coca-Cola (38.7)
    Colgate (37.6)
    Omo laundry brand (33.2)
    Veja magazine (32.2)
    Moça condensed milk (31.2)
    Hellman's (31.1)
    Ypê FMCG brand (30.2)
    Bombril FMCG brand (26.9)
    Knorr (26.7)
    Nissin noodle brand (26.3)

    Of the above brands, only Ypê and Bombril are Brazilian-owned.

    É isso ae, não comentem nada.

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # mar/12
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    Post para os braços de Morfeu.

    Dental Floss Tycoon
    Veterano
    # mar/12
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    não comentem nada.

    Psicologia reversa. =P

    SODAPOP
    Veterano
    # mar/12 · Editado por: SODAPOP
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    Die Kunst der Fuge
    Tempero brasileiro

    me lembrou de uma piada interna HUAHUAHUAHUAHUAHUAU

    a pimenta e pá...

    TG Aoshi
    Veterano
    # mar/12 · Editado por: TG Aoshi
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    Of the above brands, only Ypê and Bombril are Brazilian-owned.

    Eita, Bombril não tinha sido comprada por uma empresa italiana?

    EDIT: Ah, acabei de ver aqui que voltou pra mãos brasileiras.

    Comuna CCCP
    Veterano
    # mar/12
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    Brazil is a protectionist country

    É mesmo?

    François Quesnay
    Veterano
    # mar/12 · Editado por: François Quesnay
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    já tá chovendo china aqui caraio, se vier mais vou começar a levar facão pro trampo.

    Roy.Mustang
    Veterano
    # mar/12
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    Brazil is a protectionist country

    É mesmo?²

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # mar/12
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    Comuna CCCP
    Roy.Mustang

    Cês tão de sacanagem com esse comentário?
    Não consideraram o contexto em que ele foi feito?

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # mar/12
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    Dental Floss Tycoon

    Mas eu falei sério =P

    SODAPOP

    SAUHSADUHSAUHSADUHSAUASHUHUAS

    Comuna CCCP
    Veterano
    # mar/12
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    Die Kunst der Fuge

    É protecionista ser complicado?

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # mar/12
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    Comuna CCCP

    Aaah, eu pensei que você estivesse sendo sarcástico pois a informação era muito óbvia e tal.

    Cê acha que o Brasil não é protecionista?

    Comuna CCCP
    Veterano
    # mar/12
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    Die Kunst der Fuge

    Acho que não, existem algumas medidas pontuais ou reação contra alguma coisa feita no exterior... por exemplo a Argentina enchendo o saco por causa dos carros...

    Mas tudo muito reativo.

    Atom Heart Mother
    Veterano
    # mar/12
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