Os ciclos da civilização

    Autor Mensagem
    Cavaleiro
    Veterano
    # fev/12 · Editado por: Cavaleiro


    Você já parou para pensar o quanto a civilização é cíclica?

    Na economia temos variações entre o keynesianismo quando a economia está mal e o governo precisa segurar e livre mercado quando as coisas estão bem e querem acelerar.

    Na religião há ciclos mais longos entre monoteísmo e politeísmo, quando as pessoas sentem que o deus está muito distante e poderoso, clamam pelo politeísmo para torná-lo mais humano, quando ele acaba tornando-se muito próximo do ser humano, voltam ao monoteísmo.

    Na política há ciclos entre integração e separação dos estados, grandes países acabam querendo separar-se e pequenos países querem se unir para formar um bloco consolidado.

    A própria moda e o ser humano é cíclico, temos uma crise de adolescência aos 40 e usamos frauda mais velhos.

    Dissertem, ou não.

    O poder é de vocês.

    Atom Heart Mother
    Veterano
    # fev/12
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    No OT há ciclos também, multis vão e vem, e no fim das contas, isso aqui não tem mais do que 30 users.

    Comuna CCCP
    Veterano
    # fev/12
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    É a maldição da humanidade, repetir os mesmos erros... geração após geração.

    Mary Lennox
    Pitéu OT 2012
    # fev/12
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    A arte é cíclica.

    Idade clássica, caiu no medievo, depois renasceu no renascimento (jura?), Foi caindo (não no mal sentido) da arte impressionista até a contemporânea, e agora tudo volta com o hiper-realismo.

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # fev/12
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    Isso acontece por uma geração sempre negar a anterior.

    Uma geração valoriza algo e o torna popular, a geração seguinte, que cresce nesse meio e possui este algo em abundância desde cedo, não valoriza ou valoriza pouco. E quando chega sua hora, busca algo diferente, que negue aquilo com o qual ela cresceu.

    Desta forma, conceito são deixados de lado e futuramente reaproveitados, mas claro, sem nunca voltar a ser exatamente o que um dia foram, sempre incorporando novas características.

    Um exemplo disso é a própria evolução das espécies. Características surgem, são perdidas e outras semelhantes podem voltar a aparecer, vejam os animais aquáticos, que saíram da água pra depois de muito tempo retornarem.

    Os conceitos que se mantém constantes ao longo do tempo, como os bancos e o dinheiro, por exemplo, devem a sua estabilidade à maneira suja com que evitam a força de negação.

    - Fátima Bernardes

    One More Red Nightmare
    Veterano
    # fev/12
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    Pois a base dessa cadeia toda é e sempre foi a mesma. As pessoas produzem conhecimento e superam os velhos erros, mas as mesmas pessoas que erraram no passado estarão no futuro, errando também.

    5,5 de comprometimento com a inteligibilidade.

    Mary Lennox
    Pitéu OT 2012
    # fev/12
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    mas as mesmas pessoas que erraram no passado estarão no futuro, errando também

    Como?

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # fev/12
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    Mas nem tudo que é cíclico envolve a dualidade acerto/erro. Os ciclos podem envolver as preferências de época envolvendo aspectos subjetivas. A moda é um exemplo disso. Não existe moda certa ou errada.

    Scrutinizer
    Veterano
    # fev/12
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    Mary Lennox
    Reencarnação. der

    One More Red Nightmare
    Veterano
    # fev/12
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    Mary Lennox
    Viagem no tempo.

    Não sei, é só um tiro longo, as mesmas pessoas estarão em ambas ocasiões pois pessoas sempre serão pessoas. O Zeitgeist muda, a natureza humana é sempre a mesma.

    Mary Lennox
    Pitéu OT 2012
    # fev/12
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    Scrutinizer

    Suspeitei.

    One More Red Nightmare

    Só depois li isso:

    5,5 de comprometimento com a inteligibilidade.


    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # fev/12
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    5,5 de comprometimento com a inteligibilidade.

    Trolagem, pois foi um dos textos mais claros que você já escreveu na sua vida, perdendo apenas para "eu tenho um lápis de tabuada."

    One More Red Nightmare
    Veterano
    # fev/12
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    Die Kunst der Fuge
    Depois que você escreveu sobre eu precisar ser tratado à base de porrada, nunca mais terei certeza se você está me refutando como um gajo honesto ou simplesmente me tirando pra loco.

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # fev/12
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    One More Red Nightmare
    nunca mais terei certeza se você está me refutando como um gajo honesto ou simplesmente me tirando pra loco.

    Quando for sério você saberá, prometo-lhe.

    One More Red Nightmare
    Veterano
    # fev/12
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    Die Kunst der Fuge
    Jura de dedinho?

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # fev/12
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    One More Red Nightmare

    Juro por J.S. B'ch!

    Cavaleiro
    Veterano
    # fev/12
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    Comuna CCCP
    É a maldição da humanidade, repetir os mesmos erros... geração após geração.

    Não deixa de ser verdade.

    Aí entra um assunto que eu gosto na gestão de projetos, lições aprendidas.

    Kerzner é considerado um dos principais autores da área e ele sempre diz que as lições aprendidas (ato de registrar ao fim do projeto o que deu certo e o que deu errado para servir como base de riscos para os próximos projetos) normalmente são utilizadas para certificar-se de que você errou nas mesmas coisas dos projetos anteriores.

    O problema é que se você começar a corrigir todos os problemas, vai acabar estourando os custos e/ou prazo e o projeto vai acabar tornando-se inviável e aí que tem duas saídas: tratamento de riscos formal, no qual os projetos que possuem um nível de impactoxprobabilidade aceitáveis (critério arbitrário com base na literatura e reação da empresa frente aos riscos) ou simplesmente usar o princípio de Pareto de 80/20.

    Pareto afirmava a partir de observações e estatísticas com foco na qualidade que em média 80% dos problemas estão relacionadas com 20% das causas (assim como cerca de 80% do valor de sua compra está ligada com 20% da quantidade de produtos), ou seja, focar no que é crítico.

    Eu fico assustado como as diretrizes em países que tem sérios problemas como é o caso do Brasil não tem este tipo de posição.

    É economicamente ineficiente gastar 80% do esforço para acabar com os outros 20% enquanto a situação não estiver boa (problemas críticos resolvidos).

    One More Red Nightmare
    Veterano
    # fev/12
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    B'ch
    aaushsauhsauhsahu nice

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # fev/12 · Editado por: Die Kunst der Fuge
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    Cavaleiro
    Pareto afirmava a partir de observações e estatísticas com foco na qualidade que em média 80% dos problemas estão relacionadas com 20% das causas (assim como cerca de 80% do valor de sua compra está ligada com 20% da quantidade de produtos), ou seja, focar no que é crítico.
    É economicamente ineficiente gastar 80% do esforço para acabar com os outros 20% enquanto a situação não estiver boa (problemas críticos resolvidos).

    Esse negócio me lembrou a determinação da herdabilidade de uma característica, mais especificamente quando isso é aplicado a características relacionadas a doenças.

    Só que ao invés de estipular esta taxa fixa de 80/20, procura-se determinar o quanto de uma característica é ambiental / o quanto é genética. Então se, por exemplo, uma doença possui uma herdabilidade de 90% significa que 90% desta característica será condicionada pelos genes e, portanto, o investimento maior na cura deverá ser em drogas, com a intervenção ambiental (alimentação, exercícios, etc) surtindo pouco efeito.

    Comuna CCCP
    Veterano
    # fev/12 · Editado por: Comuna CCCP
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    Cavaleiro

    Sim, é como nos processos, por mais que você mapeie ele geralmente os erros voltam acontecer...

    Nenhum autor explica isso?

    brunohardrocker
    Veterano
    # fev/12
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    Na religião há ciclos mais longos entre monoteísmo e politeísmo, quando as pessoas sentem que o deus está muito distante e poderoso, clamam pelo politeísmo para torná-lo mais humano, quando ele acaba tornando-se muito próximo do ser humano, voltam ao monoteísmo.

    Já vi um sujeito falar sobre isso.
    Acho que é desses que escrevem livros.

    Comuna CCCP
    Veterano
    # fev/12
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    Comuna CCCP

    Ah, você explicou que era inviável... malz

    Cavaleiro
    Veterano
    # fev/12
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    Comuna CCCP

    Sim, é como nos processos, por mais que você mapeie ele, geralmente os erros voltam acontecer...

    Não é o que eu experimento na minha realidade, a menos que o processo tenha sido feito em alto nível, disfunção burocrática ou tenha sido top down (um gerente/diretor fez e os usuários tiveram que aceitar).

    Não precisa nem ler Max Weber para entender a burocracia, se o custo/benefício de realizar ela for positivo, vale a pena.
    Um dos últimos projetos que eu gerenciei foi a implantação do CMMI, quem é da computação normalmente conhece, é um processo de desenvolvimento de software com uma estrutura bastante complexa e dividida em 5 níveis de maturidade.

    Vou entrar um pouco em termos técnicos, mas no CMMI já no nível 2 que tem um foco na gestão de projetos há os processos de gestão de configuração onde você deve garantir que todos os produtos de trabalho estejam controlados e versionados e o gerenciamento de requisitos que faz com que você tenha todos os requisitos daquela release levantados e tenha uma matriz de rastreabilidade que indique o que vai impactar por exemplo, se o cliente pedir uma nova funcionalidade.

    Também tem os processos de planejamento, monitoramento e controle de projetos, medição e análise, gerenciamento de fornecedores e gestão de qualidade do produto e do processo ainda no nível 2, o nível 3 foca na parte de engenharia de software em si e o 4 e 5 nos controles estatísticos dos processos.

    Isto é crítico na área de software e reduz muito o retrabalho, faz com que o programador não precise ficar perdendo finais de semana ou noites e não sofra uma pressão tão grande.

    Além disto o processo não é estático, normalmente ele muda de versão várias vezes por ano, com atualizações, e melhora MUITO o trabalho. Os processos ruins sim fazem os erros voltar a acontecer, pelos motivos que citei no primeiro parágrafo.

    Die Kunst der Fuge

    O princípio de Pareto é pra quem tem preguiça de fazer análise de riscos ou em projetos em que o custo/benefício não compensa.

    One More Red Nightmare
    Veterano
    # fev/12
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    brunohardrocker
    Sua escrita descompromissada e formalmente provinciana me lembra muito as traduções feitas de Dostoiévski.

    Uma das razões para eu sempre achar você parecido com algum personagem.

    The Laughing Madcap
    Veterano
    # fev/12
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    isso acontece pois temos memória seletiva

    tambourine man
    Veterano
    # fev/12
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    por isso que eu acho esse blablabla cíclico oriental um saco. O negócio é a tradição judaica-cristã: nascimento, vida e queimar no inferno pela eternidade depois da morte

    /papa_fan_boy

    Cavaleiro
    Veterano
    # fev/12
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    O ciclo mais perigoso é o das mulheres.

    tambourine man
    Veterano
    # fev/12
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    Cavaleiro

    Por isso que o ciclo solar foi instituído em substituição ao lunar [o que também marca a sedentarização e a passagem do nomadismo para a sedentarização]

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