A maior poesia do mundo.

    Autor Mensagem
    R. Marcone
    Veterano
    # jul/11


    Olho o céu, vejo estrelas
    Mas não está de noite
    Acho que estou delirando
    Será que isso é amor?

    Só sei este começo. Agora vamos ir completando.

    Simonhead
    Veterano
    # jul/11
    · votar


    Poesia do Borges:


    A CHUVA


    A tarde bruscamente se aclarou,
    porque já cai a chuva minuciosa.
    Cai e caiu. A chuva é só uma coisa
    que o passado por certo frequentou
    Quem a escuta cair já recobrou
    o tempo em que a fortuna venturosa
    uma flor lhe mostrou chamada rosa
    e a cor bizarra do que cor tomou
    Esta chuva que treme sobre os vidros
    alegrará nuns arrabaldes idos
    as negras uvas de uma parra em horto
    que não existe mais. A umedecida
    tarde me traz a voz, a voz querida
    de meu pai que retorna e não é morto.

    Murillo Wendel
    Veterano
    # jul/11
    · votar


    R. Marcone
    Simonhead


    Poesia em forma de música:

    Ponte Sobre Águas Turbulentas

    Quando você estiver exausta
    Sentindo-se insignificante
    Quando as lágrimas estiverem em seus olhos
    Eu enxugarei todas elas

    Eu estou ao seu lado
    Oh, quando os tempos ficarem difíceis
    E os amigos não mais puderem ser encontrados
    Como uma ponte sobre águas turbulentas
    Eu me deitarei
    Como uma ponte sobre águas turbulentas
    Eu me deitarei

    Quando você estiver chateada
    Quando você estiver na rua
    Quando a noite descer pesadamente
    Eu a confortarei

    Eu a ajudarei
    Oh, quando a escuridão vier
    E a dor estiver por perto
    Como uma ponte sobre águas turbulentas
    Eu acalmarei sua mente
    Como uma ponte sobre águas turbulentas
    Eu acalmarei sua mente

    Continue a viver em brilho
    Continue vivendo
    Sua hora chegou para brilhar
    Todos os seus sonhos estão a caminho

    Veja como eles brilham
    E se você precisar de um amigo
    Eu estarei logo atrás
    Como uma ponte sobre águas turbulentas
    Eu acalmarei sua mente
    Como uma ponte sobre águas turbulentas
    Eu acalmarei sua mente

    Simonhead
    Veterano
    # jul/11
    · votar


    Murillo Wendel

    Muito fera isso ai. Me lembrei da 1ª vez que ouvi essa música com o meu pai por perto.

    Chespirito
    Veterano
    # jul/11
    · votar


    Volta o Cão Arrependido
    Com suas orelhas tão fartas
    Com seu osso roido
    E com o rabo entre as patas

    Volta o Cão Arrependido
    Com suas orelhas tão fartas
    Com seu osso roido
    E com o rabo entre as patas.

    O verso é repitido + 44 vezes. \m/

    Simonhead
    Veterano
    # jul/11
    · votar


    Chespirito

    Pobre cão, snif snif!

    R. Marcone
    Veterano
    # jul/11
    · votar


    Simonhead

    Que chora sem dono
    Sem a sua casinha em algum quintal
    sem a latinha de comida.
    Quem sabe amanhã!!!

    SODAPOP
    Veterano
    # jul/11
    · votar


    E é na estírfida trabuquilha que se fratiz - não obstante sua bela cadíspota - que consfilia-se em extorvração, num puro, singelo e sarânfio pinoste de moriz.

    Dav_Ness
    Veterano
    # jul/11
    · votar


    Murillo Wendel
    Simonhead

    vão gostar dessa tbm =D

    O Som do Silêncio
    Olá escuridão, minha velha amiga
    Eu vim para conversar contigo novamente
    Por causa de uma visão que se aproxima suavemente
    Deixou suas sementes enquanto eu estava dormindo
    E a visão que foi plantada em meu cérebro
    Ainda permanece
    Entre o som do silêncio

    Em sonhos agitados eu caminho só
    Em ruas estreitas de paralelepípedos
    Sob a auréola de uma lamparina de rua
    Virei meu colarinho para proteger do frio e umidade
    Quando meus olhos foram apunhalados pelo lampejo de uma luz de néon
    Que rachou a noite
    E tocou o som do silêncio

    E na luz nua eu vi
    Dez mil pessoas talvez mais
    Pessoas conversando sem falar
    Pessoas ouvindo sem escutar
    Pessoas escrevendo canções que vozes jamais compartilharam
    Ninguém ousou
    Perturbar o som do silêncio

    "Tolos," eu disse, "vocês não sabem"
    O silêncio como um câncer que cresce
    Ouçam minhas palavras que eu posso lhes ensinar
    Tomem meus braços que eu posso lhes estender"
    Mas minhas palavras
    Como silenciosas gotas de chuva caíram
    E ecoaram no poço do silêncio

    E as pessoas curvaram-se e rezaram
    Ao Deus de néon que elas criaram
    E um sinal faiscou o seu aviso
    Nas palavras que estavam se formando
    E o sinal disse, "As palavras dos profetas estão escritas nas paredes do metrô
    E corredores de habitações"
    E sussurraram no som do silêncio

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # jul/11
    · votar


    O Fortuna
    velut luna
    statu variabilis,
    semper crescis
    aut decrescis;
    vita detestabilis
    nunc obdurat
    et tunc curat
    ludo mentis aciem,
    egestatem,
    potestatem
    dissolvit ut glaciem.

    Sors immanis
    et inanis,
    rota tu volubilis,
    status malus,
    vana salus
    semper dissolubilis,
    obumbrata
    et velata
    mihi quoque niteris;
    nunc per ludum
    dorsum nudum
    fero tui sceleris.

    Sors salutis
    et virtutis
    mihi nunc contraria,
    est affectus
    et defectus
    semper in angaria.
    Hac in hora
    sine mora
    corde pulsum tangite;
    quod per sortem
    sternit fortem,
    mecum omnes plangite!

    SODAPOP
    Veterano
    # jul/11
    · votar


    Die Kunst der Fuge
    vita detestabilis

    percursor do emo

    SODAPOP
    Veterano
    # jul/11
    · votar


    precursor*

    maldita palavra

    Die Kunst der Fuge
    Veterano
    # jul/11 · Editado por: Die Kunst der Fuge
    · votar


    SODAPOP
    precursor do emo


    Precursor do realismo :)


    Checa lá o tópico do par ou ímpar, página 3, entendi o que tu tava querendo dizer.

    SODAPOP
    Veterano
    # jul/11
    · votar


    Die Kunst der Fuge
    eu vi, vcs que são desorganizados e botam os dados de qualquer jeito \o\

    renansena777
    Veterano
    # jul/11
    · votar


    Sou foda
    Na cama te esculaxo
    Na sala ou no quartoo
    No beco ou no carro
    Ah, eu sou sinixtro
    Melhor que se marido esculaxo seu amigo
    No escuro eu sou perigo

    A-vassalador
    Um cara interressante
    esculaxo seu amante
    até o seu ficante
    Ah, mas nao se esqueça
    Que eu sou vagabundo
    Depois que a putaria começou rolar no mundo

    Pra te enlouquecer
    Pra pra te enlouquecer
    Todas todas que provaram nao conseguem esquecer
    Sou foda.

    Thiago Teixeira
    Veterano
    # jul/11 · Editado por: Thiago Teixeira
    · votar


    Não é poesia, mas acho foda.


    Lillium

    Os Iusti
    Meditabitur sapientiam
    Et lingua eius
    Loquetur iudicium

    Beatus vir qui
    Suffert Tentationem
    Quoniam cum probatus furerit
    Accipiet coronam vitae

    Kyrie ignis divine eleison
    Kyrie ignis divine eleison

    O quam sancta
    Quam serena
    Quam Benigna
    Quam amoena

    O castitatis lillium

    Murillo Wendel
    Veterano
    # jul/11 · Editado por: Murillo Wendel
    · votar


    Dav_Ness
    O Som do Silêncio


    Ai vc me mata!

    Paul Simon é um gênio!

    D:

    Simonhead
    Veterano
    # jul/11
    · votar


    Dav_Ness


    Muito bom esse tal de Som do Silêncio. \o/

    Dav_Ness
    Veterano
    # jul/11
    · votar


    Murillo Wendel
    Simonhead

    Desde a Primeira vez que ouvi o Paul Simon e o Garfunkel, foi amor a primeira vista, são dois genios

    Codinome Jones
    Veterano
    # jul/11
    · votar


    "Sou uma Sombra! Venho de outras eras,
    Do cosmopolitismo das moneras...
    Pólipo de recônditas reentrâncias,
    Larva de caos telúrico, procedo
    Da escuridão do cósmico segredo,
    Da substância de todas as substâncias!
    A simbiose das coisas me equilibra.
    Em minha ignota mônada, ampla, vibra
    A alma dos movimentos rotatórios...
    E é de mim que decorrem, simultâneas
    A saúde das forças subterrâneas
    E a morbidez dos seres ilusórios!
    Pairando acima dos mundanos tetos,
    Não conheço o acidente da Senectus
    — Esta universitária sanguessuga
    Que produz, sem dispêndio algum de vírus,
    O amarelecimento do papirus
    E a miséria anatômica da ruga!
    Na existência social, possuo uma arma
    — O metafisicismo de Abidarma —
    E trago, sem bramânicas tesouras,
    Como um dorso de azêmola passiva,
    A solidariedade subjetiva
    De todas as espécies sofredoras.
    Com um pouco de saliva quotidiana
    Mostro meu nojo à Natureza Humana.
    A podridão me serve de Evangelho...
    Amo o esterco, os resíduos ruins dos quiosques
    E o animal inferior que urra nos bosques
    É com certeza meu irmão mais velho!
    Tal qual quem para o próprio túmulo olha,
    Amarguradamente se me antolha,
    À luz do americano plenilúnio,
    Na alma crepuscular de minha raça
    Como uma vocação para a Desgraça
    E um tropismo ancestral para o Infortúnio.
    Ai vem sujo, a coçar chagas plebéias,
    Trazendo no deserto das idéias
    O desespero endêmico do inferno,
    Com a cara hirta, tatuada de fuligens,
    Esse mineiro doido das origens,
    Que se chama o Filósofo Moderno!
    Quis compreender, quebrando estéreis normas,
    A vida fenomênica das Formas,
    Que, iguais a fogos passageiros, luzem...
    E apenas encontrou na idéia gasta,
    O horror dessa mecânica nefasta,
    A que todas as coisas se reduzem!
    E hão de achá-lo, amanhã, bestas agrestes,
    Sobre a esteira sarcófaga das pestes
    A mostrar, já nos últimos momentos,
    Como quem se submete a uma charqueada,
    Ao clarão tropical da luz danada,
    O espólio dos seus dedos peçonhentos.
    Tal a finalidade dos estames!
    Mas ele viverá, rotos os liames
    Dessa estranguladora lei que aperta
    Todos os agregados perecíveis,
    Nas eterizações indefiníveis
    Da energia intra-atômica liberta!
    Será calor, causa úbiqua de gozo,
    Raio* X, magnetismo misterioso,
    Quimiotaxia, ondulação aérea,
    Fonte de repulsões e de prazeres,
    Sonoridade potencial dos seres,
    Estrangulada dentro da matéria!
    E o que ele foi: clavículas, abdômen,
    O coração, a boca, em síntese, o Homem,
    — Engrenagem de vísceras vulgares —
    Os dedos carregados de peçonha,
    Tudo coube na lógica medonha
    Dos apodrecimentos musculares!
    A desarrumação dos intestinos
    Assombra! Vede-a! Os vermes assassinos
    Dentro daquela massa que o húmus come,
    Numa glutoneria hedionda, brincam,
    Como as cadelas que as dentuças trincam
    No espasmo fisiológico da fome.
    É uma trágica festa emocionante!
    A bacteriologia inventariante
    Toma conta do corpo que apodrece...
    E até os membros da família engulham,
    Vendo as larvas malignas que se embrulham
    No cadáver malsão, fazendo um s.
    E foi então para isto que esse doudo
    Estragou o vibrátil plasma todo,
    À guisa de um faquir, pelos cenóbios?!...
    Num suicídio graduado, consumir-se,
    E após tantas vigílias, reduzir-se
    À herança miserável dos micróbios!
    Estoutro agora é o sátiro peralta
    Que o sensualismo sodomista exalta,
    Nutrindo sua infâmia a leite e a trigo...
    Como que, em suas células vilíssimas,
    Há estratificações requintadíssimas
    De uma animalidade sem castigo.
    Brancas bacantes bêbedas o beijam.
    Suas artérias hírcicas latejam,
    Sentindo o odor das carnações abstêmias,
    E à noite, vai gozar, ébrio de vício,
    No sombrio bazar do meretrício,
    O cuspo afrodisíaco das fêmeas.
    No horror de sua anômala nevrose,
    Toda a sensualidade da simbiose,
    Uivando, à noite, em lúbricos arroubos,
    Corno no babilônico sansara,
    Lembra a fome incoercível que escancara
    A mucosa carnívora dos lobos.
    Sôfrego, o monstro as vítimas aguarda.
    Negra paixão congênita, bastarda,
    Do seu zooplasma ofídico resulta...
    E explode, igual à luz que o ar acomete,
    Com a veemência mavórtica do ariete*
    E os arremessos de uma catapulta.
    Mas muitas vezes, quando a noite avança,
    Hirto, observa através a tênue trança
    Dos filamentos fluídicos de um halo
    A destra descarnada de um duende,
    Que, tateando nas tênebras, se estende
    Dentro da noite má, para agarrá-lo!
    Cresce-lhe a intracefálica tortura,
    E de su'alma na caverna escura,
    Fazendo ultra-epiléticos esforços,
    Acorda, com os candeeiros apagados,
    Numa coreografia de danados,
    A família alarmada dos remorsos.
    É o despertar de um povo subterrâneo!
    É a fauna cavernícola do crânio
    — Macbeths da patológica vigília,
    Mostrando, em rembrandtescas telas várias,
    As incestuosidades sanguinárias
    Que ele tem praticado na família.
    As alucinações tactis* pululam.
    Sente que megatérios o estrangulam...
    A asa negra das moscas o horroriza;
    E autopsiando a amaríssima existência
    Encontra um cancro assíduo na consciência
    E três manchas de sangue na camisa!
    Míngua-se o combustível da lanterna
    E a consciência do sátiro se inferna,
    Reconhecendo, bêbedo de sono,
    Na própria ânsia dionísica do gozo,
    Essa necessidade de horroroso,
    Que é talvez propriedade do carbono!
    Ah! Dentro de toda a alma existe a prova
    De que a dor como um dartro se renova,
    Quando o prazer barbaramente a ataca...
    Assim também, observa a ciência crua,
    Dentro da elipse ignívoma da lua
    A realidade de uma esfera opaca.
    Somente a Arte, esculpindo a humana mágoa,
    Abranda as rochas rígidas, torna água
    Todo o fogo telúrico profundo
    E reduz, sem que, entanto, a desintegre,
    À condição de uma planície alegre,
    A aspereza orográfica do mundo!
    Provo desta maneira ao mundo odiento
    Pelas grandes razões do sentimento,
    Sem os métodos da abstrusa ciência fria
    E os trovões gritadores da dialética,
    Que a mais alta expressão da dor estética
    Consiste essencialmente na alegria.
    Continua o martírio das criaturas:
    — O homicídio nas vielas mais escuras,
    — O ferido que a hostil gleba atra escarva,
    — O último solilóquio dos suicidas —
    E eu sinto a dor de todas essas vidas
    Em minha vida anônima de larva!"
    Disse isto a Sombra. E, ouvindo estes vocábulos,
    Da luz da lua aos pálidos venábulos,
    Na ânsia de um nervosíssimo entusiasmo,
    Julgava ouvir monótonas corujas
    Executando, entre caveiras sujas,
    A orquestra arrepiadora* * do sarcasmo!
    Era a elégia* ** panteísta do Universo,
    Na podridão do sangue humano imerso,
    Prostituído talvez, em suas bases...
    Era a canção da Natureza exausta,
    Chorando e rindo na ironia infausta
    Da incoerência infernal daquelas frases.
    E o turbilhão de tais fonemas acres
    Trovejando grandíloquos massacres,
    Há de ferir-me as auditivas portas,
    Até que minha efêmera cabeça
    Reverta à quietação da treva espessa
    E à palidez das fotosferas mortas!

    R. Marcone
    Veterano
    # jul/11
    · votar


    Você roubou a minha vida
    A alma inteira
    Você não sabe como é a minha dor
    Mas eu não quero a sua pena
    Você não sabe o tanto que eu perdi
    Não liga se meu mundo quebrar e cair
    Em um abismo de desilusão
    Você já me roubou a vida
    E eu me sinto
    Como uma pedra onde
    O mar derrama a onda
    E acostumada, nada sente
    Você não sabe o importante que foi
    Que sua ausência nunca
    Vai chegar ao fim
    Que eu te dei um pedaço de mim
    Você não sabe o que é o amor
    Que o medo invade qualquer solidão
    Você não sabe que dano causou
    Que faz em pedaços meu pobre coração
    Que batia quando ouvia
    O som vazio em sua voz
    O som macio em sua voz
    Você que me roubou a vida
    Todos os sonhos
    E me deixou somente
    O frio da sensação
    De já não ter mais esperança
    Você não imagina o quanto eu perdi
    Não sabe que será impossível esquecer
    E que a saudade só pensa em você
    Você não sabe o que é o amor
    Que o medo invade qualquer solidão
    Você não sabe que dano causou
    Que fez em pedaços meu pobre coração
    Que batia quando ouvia
    O som vazio em sua voz
    O som macio em sua voz
    Você não sabe a verdade de quem ama
    Você não sabe como foi que me deixou
    Você foi fria e congelou a minha alma
    Você deixou em mim o vazio e a dor
    Você não sabe o que é o amor
    Que o medo invade qualquer solidão
    Você não sabe que dano causou
    Que fez em pedaços meu pobre coração
    Você não sabe o que é o amor
    Que o medo invade qualquer solidão
    Você não sabe que dano causou
    Que fez em pedaços meu pobre coração

    Sedank
    Veterano
    # jul/11
    · votar


    http://pt.wikipedia.org/wiki/Mahabharata

    Abraço.

      Enviar sua resposta para este assunto
              Tablatura   
      Responder tópico na versão original
       

      Tópicos relacionados a A maior poesia do mundo.