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Gui Veterano |
# jan/10
FÁBIO TAKAHASHI da Folha de S.Paulo
A Secretaria da Educação de SP anunciou ontem (22) que poderá atribuir aulas a professores reprovados em seu processo de seleção para docentes temporários para a educação básica.
Dos temporários que já trabalharam na sala de aula (pouco menos da metade do total de docentes), 40% foram reprovados --não conseguiram acertar metade das 80 questões.
Segundo o secretário da Educação, Paulo Renato Souza, haverá dificuldades para preencher vagas em algumas escolas, principalmente para as matérias de física e matemática.
Ao justificar a possibilidade de convocar professores reprovados, o secretário afirmou que "a nossa prioridade é garantir aulas aos alunos".
Os sindicatos do setor dizem que é quase certo que os abaixo da nota de corte sejam convocados, principalmente para atuar na periferia das cidades da Grande SP, onde o desempenho dos alunos já é mais baixo.
Ainda não é possível saber quantos dos reprovados terão de lecionar, pois o processo de distribuição de aulas não começou --primeiro escolhem os concursados; os temporários preenchem as aulas que faltam.
Apesar do ano passado ter terminado com 80 mil temporários e cerca de 130 mil concursados, a rede chegou a precisar de mais de 100 mil não concursados (para suprir casos como licença e aposentadoria).
Além dos temporários, o exame também foi feito por outros candidatos --total de 182 mil, dos quais 48% não atingiram a nota de corte. O total de aprovados foi de 94 mil.
Novo discurso
A prova para seleção de temporários foi adotada no ano passado pelo governo José Serra (PSDB). Antes, o critério para a contratação eram os diplomas do candidato e o tempo de serviço.
Ao lançar o projeto, o governo afirmou que quem não atingisse a nota mínima não poderia lecionar. A possibilidade de reprovados darem aulas neste ano letivo foi anunciada ontem.
Paulo Renato afirmou que o corpo docente deste ano está melhor. A explicação do secretário é que foi "uma inovação" classificar docentes com base em seus conhecimentos.
Disse ainda que, caso tenha de contratar os reprovados, serão selecionados os de melhor desempenho. Além disso, a pasta irá criar cursos a distância para capacitação específica em física e matemática.
Um atenuante para o desempenho dos docentes, afirma Paulo Renato, foi a dificuldade das provas, consideradas por ele como "complexas e longas".
O presidente do CPP (um dos sindicatos dos docentes), José Maria Cancelliero, teve avaliação semelhante. O exame foi feito pela Vunesp, que aplica o vestibular da Unesp.
Além de permitir que reprovados lecionem, o governo alterou outro critério. Inicialmente, só iria valer a nota da prova. Após negociar com sindicatos, a pasta decidiu levar em conta o tempo de magistério (que dá bônus de até 20% na nota).
bica
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kiki Moderador |
# jan/10
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Ao justificar a possibilidade de convocar professores reprovados, o secretário afirmou que "a nossa prioridade é garantir aulas aos alunos".
então paguem um salario decente!!!
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-Toolbar- Veterano |
# jan/10
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caralho
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tncv Veterano |
# jan/10 · Editado por: tncv
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aulas vão ter, mas aprendizado vai ser dificil.
piada com a mila fail
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Mila Turunen Veterano |
# jan/10
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eu não li tudo (fail), mas o que auxilia isso ai é o fato de tempo no Estado contar mais que a prova. tem casos de recém formados que gabaritaram a prova não serem contratados, e um zé que é reprovado continua no cargo. puta que pariu...
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Mila Turunen Veterano |
# jan/10
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tncv eu li antes do seu edit, HAHA. nem funcionou :)
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thiaguinhu Veterano |
# jan/10
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kiki então paguem um salario decente!!!
Na minha opinião o salário não influencia a qualidade da aula. Tive excelentes professores na faculdade que davam aula por hobbie, isso é, ministravam as aulas pelo simples prazer de ensiar.
E segundo dizem, quem ensina...aprende duas vezes.
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Mila Turunen Veterano |
# jan/10
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thiaguinhu Na minha opinião o salário não influencia a qualidade da aula. Tive excelentes professores na faculdade que davam aula por hobbie, isso é, ministravam as aulas pelo simples prazer de ensiar.
faz muita diferença sim. de fato, existem professores puramente por hobby. a minha experiência com isso não é boa, um promotor com pós graducação em literatura comparada me fodeu no ano passado... hihi. mas de qualquer forma ele ganhava, no mínimo, 12 mil pra isso.
o fato é que dar aula em colégio particular ou cursinho é muito mais rentável ($$) que colégio público. ano passado eu ganhava 3x a hora/aula de um professor do estado, e detalhe: eu estava no primeiro ano da faculdade, e professor do estado é concursado e formado.
resumindo: um professor pode não desistir da área, mas provavelmente evita o setor público.
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Sam Keat Veterano |
# jan/10
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num vou comentar pq sou meio anarc
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L.A.M_Hard_Rock Veterano |
# jan/10
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Depois que vi o nick da Mila no último post que fui pensar: "Mila comentando futebol?"
Enfim, não é o SPFW(C).
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Absurdo isso, hein.
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Carla Andréa Veterano |
# jan/10
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Por essas e outras que desisti desse ofício.
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kiki Moderador |
# jan/10
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thiaguinhu Na minha opinião o salário não influencia a qualidade da aula. Tive excelentes professores na faculdade que davam aula por hobbie, isso é, ministravam as aulas pelo simples prazer de ensiar.
E segundo dizem, quem ensina...aprende duas vezes.
sim, eu também tive ótimos profs na escola. mas o prof nao pode passar fome. infelizmente quem dá aula por prazer é exceção. se pagassem bem teria mais profs se inscrevendo pra seleção.
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Kensei Veterano |
# jan/10
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Se o professor da aula por hobbie, é indicativo de ele possui uma outra fonte de renda, seja via salário, herança, megasena, enfim. Implica que ele não se importa com o salário.
Professor da rede pública, na maioria dos casos, depende do salário pra sobreviver, logo, seu salário modifica sim seu comportamento na sala de aula.
Aliás, observem isso:
"A maioria de nós acabou como professor por falta de opção ou ilusão juvenil ou incapacidade de enfrentar o mercado profissional ou porque sonhava em ser um novo Marx ou um novo Freud. Quem crê que a educação cria novos seres humanos o faz para disfarçar seu cotidiano ordinário, é uma mentira contada a si mesmo todo dia".
Esse texto é de Luiz Felipe Pondé, professor e articulista.
"Aside" esse texto, fica claro que um baixo salário não atrai muita atenção, assim sendo, não motiva os melhores profissionais a procurarem a rede pública de ensino, ou seja, nesse caso, a oferta / demanda por profissionais poderia sim, de certa forma, regular a qualidade dos profissionais envolvidos. Mas nossa, é tanta coisa que eu até fico perdido.
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brunohardrocker Veterano |
# jan/10
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Kensei Se o professor da aula por hobbie, é indicativo de ele possui uma outra fonte de renda, seja via salário, herança, megasena, ou, "bem casadas" no caso de muitas professoras que tive.
Faziam greve para ajudar os demais professores, mas acabavam estragando tudo, pois andavam de carro 0km todo ano. =/
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Lasanha Veterano |
# jan/10
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Esse merece um up
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Gui Veterano |
# jan/10
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o que ocorre em algumas áreas também é a quantidade de inscritos é menor que a de vagas..
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Konrad Veterano |
# jan/10
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eu não li tudo (fail), mas o que auxilia isso ai é o fato de tempo no Estado contar mais que a prova. tem casos de recém formados que gabaritaram a prova não serem contratados, e um zé que é reprovado continua no cargo. puta que pariu...
Por isso amo este país sério e preocupado (concerned).
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Konrad Veterano |
# jan/10
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brunohardrocker ou, "bem casadas" no caso de muitas professoras que tive.
Das minhas também.
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