Sobre a troca de veículo nos EUA, por meio do programa Cash for Clunkers. Entenda como funciona.

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    Sab_Ian
    Veterano
    # jan/10 · Editado por: Sab_Ian


    O texto em itálico, que postarei aqui, foi retirado de um blog. O autor desse texto chama-se Juvenal Jorge.

    Quem está com pressa ou não está afim de ler, leia apenas esse resumo abaixo feito por mim, editando e acrescentando palavras ao texto original.

    Cash for Clunkers significa dinheiro pelas máquinas decrépitas, as tranqueiras. O valor pago por qualquer carro usado, entregue ao governo e de até 25 anos, é de 4.500 dólares. Você leva seu carro a um concessionário que tenha um carro que você quer comprar. Se seu carro velho consome mais combustível que o novo, pronto, você compra o novo e recebe um desconto de 4.500 dólares, menos 50 dólares de despesas administrativas do concessionário. O carro que foi entregue na troca pelo desconto, deverá ser destruído, não importando o estado.

    Logo abaixo, o texto original:

    Por Juvenal Jorge

    O programa do governo americano, visando estimular a compra de carros novos, é conhecido como Cash for Clunkers. Significa dinheiro pelas máquinas decrépitas, as tranqueiras.
    O nome oficial, porém, é CARS ( Car Allowance Rebate System ). O valor pago por qualquer carro usado, de até 25 anos, é de 4.500 dólares. Se imaginarmos que existem muitos carros que podem ser lá comprados dentro de uma faixa de 1.000 a 4.500 dólares, qualquer coisa que valha menos de 4.500 significa um lucro para o proprietário.
    Funciona mais ou menos assim: você leva seu carro a um concessionário que tenha um carro que você quer comprar. Se seu carro velho consome mais combustível que o novo, pronto, você compra o novo e recebe um desconto de 4.500 dólares, menos 50 dólares de despesas administrativas do concessionário. Um espetáculo, não? Eu não acho.
    O governo americano gastou oficialmente, como aparece no site do programa, US$ 2.853.668.500 por 678.024 carros, pick-ups, furgões e outros não especificados, até a data de 2 de novembro de 2009. Quase 3 bilhões de dólares para acabar com uma quantidade inimaginável de carros, muitos deles seguramente em boas condições e que poderiam ssr usados por muito tempo ainda. Agora serão matéria-prima para outras coisas, outros bens.
    A destruição obrigatória do carro usado é cruel. Ouvimos a história de uma pessoa que entregou um Maserati Quattroporte em bom estado para comprar um carro novo. E o carro velho TEM que ser destruído, não pode ser vendido para colecionadores, mercado de usados, nada. Sabem como? A primeira ação é acabar com a vida do motor, retirando-se óleo e água e acelerando-o até que quebre, funda, exploda ou algo similar. Depois disso, o carro está morto, sem coração e deve ser desmanchado e encaminhado a uma estação de reciclagem. Tudo documentado, sem tramóias excusas.

    Nada de jeitinho brasileiro com a carroceria sendo usada parcial ou completa, peças sendo vendidas, ou regulamentar um carro legalmente morto para poder rodar de novo. Lixo, scrap, finito.
    Consigo imaginar a dor de um entusiasta ao presenciar uma cena dessas ou, pior, ter que efetuar essa ação. Sim, há muitos entusiastas trabalhando com carros nos EUA, muito mais do que aqui, basta ver revistas e sites sobre qualquer tipo de antigo. Muitas vezes o perfil dos donos mostra-os como mecânicos, autônomos ou de concessionárias.
    Dá para se imaginar drenando-se um cárter e o radiador de um V-8 , ligar o motor e deixar trabalhar até tudo travar? Ou pior, acelerar até o fundo, escutando aquele som maravilhoso, para cessar de vez em poucos minutos ou segundos?

    Eu consigo, minha imaginação é fértil para isso. Garanto que dói, de verdade.
    Mas como tudo tem o lado positivo, esse holocausto automobilístico poderá gerar incríveis histórias no futuro, quando alguns carros aparecerem restaurados, e for dito que ele foi, de alguma forma, um sobrevivente do programa. Isso pode demorar 20, 50 anos para começar acontecer, mas vai acontecer, sem dúvida.
    E será maravilhoso.


    A grande discussão, fica por conta da destruição de modelos que possam ter sido entregues em ótimo estado de conservação, e que pudessem durar muitos anos na mão de uma pessoa. Há também a questão do por quê da destruição, e também se o programa é algo realmente válido.

    Editei para incluir esse vídeo demonstrando o procedimento à ser tomado na destruição:



    Postem suas posições. Um bom dia com pão e geléia de uva.

    tncv
    Veterano
    # jan/10
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    feliz ano novo.

    Blade 1
    Veterano
    # jan/10
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    pelo próprio vídeo já dá pra notar o absurdo, acho q o primeiro passo deveria ser em reduzir a emissão de poluentes de carros novos, como por exemplo os motores já anunciados pela volks e bmw q desenvolvem alta potência (não me lembro exatamente quanto) com uma autonomia estimada de 60 km/litro (gasolina), aí talvez sim o programa fizesse mais sentido.
    acho q por enquanto em veículos como o desse video seria bem mais barato fazer uma manutenção

    Sab_Ian
    Veterano
    # jan/10
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    Blade 1

    Acho que o veículo entregue, deveria ser avaliado quanto ao seu estado de conservação, e derrepente, uma troca de motor para um mais econômico caso fosse viável. A venda de peças poderia ser apenas para colecionadores, que estes sim não iriam usar seus modelos de coleção antigos e de alto consumo.

    Excelion
    Veterano
    # jan/10 · Editado por: Excelion
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    Eu acho que o cara que escreveu o texto pensa que carro tem vida.

    E o Cash for Clunkers movimenta a indústria automobilística de forma essencial nessa crise. Tem muitos outros fatores, muito superficial esse texto aí que é contra apenas por sentir pena de Maseratis e V8s destruídos.

    Se quer saber, se eu fosse meu emprego destruir carros, eu nem reclamaria. Se viesse um Maserati, eu ia rir da ironia e acelerar o motor até a morte dele tranquilamente.

    Não sei "comofas" pra ter pena de carro.

    ghostbastard
    Veterano
    # jan/10 · Editado por: ghostbastard
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    Eu acho que o cara que escreveu o texto pensa que carro tem vida.


    HAUAHAU

    ia escrever a mesma coisa.

    Parece aqueles textos de blogs vegans, só que com carros.

    A destruição obrigatória do carro usado é cruel. Ouvimos a história de uma pessoa que entregou um Maserati Quattroporte em bom estado para comprar um carro novo. E o carro velho TEM que ser destruído, não pode ser vendido para colecionadores, mercado de usados, nada. Sabem como? A primeira ação é acabar com a vida do motor, retirando-se óleo e água e acelerando-o até que quebre, funda, exploda ou algo similar. Depois disso, o carro está morto, sem coração e deve ser desmanchado e encaminhado a uma estação de reciclagem. Tudo documentado, sem tramóias excusas.


    só faltou o "o pobre carro grita em desespero. Esse será seu ultimo som produzido na terra. Seu motor deverá dar um ultimo grito, engolindo em seco a ingratidão de seus antigos donos, que por um pouco de dinheiro, abandonam histórias, sentimentos, uma vida, junto de sua companhia."

    ghostbastard
    Veterano
    # jan/10 · Editado por: ghostbastard
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    só acho um desperdicio de materia prima. Todos esses carros serão reciclados? ou o plastico utilizado no painel vai parar no mar, junto com os outros polimeros que estamos produzindo desde a decada de 50 e que ainda existem em algum lugar? aí não adianta... menos carbono na atmosfera, porém mais extração de minerios, mais sujeira no solo.

    Sab_Ian
    Veterano
    # jan/10
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    ghostbastard

    Excelion

    Mas, pensem bem. Os caras receberam uma série de carros, que vão ser acelerados para quebrar e/ou fundir o motor de maneira errônea. Ao fazer isso, no momento da aceleração, o motor irá gerar uma fumaça que estará poluindo o meio ambiente. Por que não quebram fisicamente o motor, ao invés de destruí-lo acelerando? São vários carros que deverão passar pelo mesmo proceso, e no fim das contas acaba-se queimando combústivel, poluindo o meio ambiente. É como se os americanos tivessem o prazer, ou quisessem mostrar para o mundo que eles podem criar e destruir o que bem quiserem a hora que quiserem. Há meio que um sencacionalismo por trás disso.

    Excelion
    Veterano
    # jan/10
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    É como se os americanos tivessem o prazer, ou quisessem mostrar para o mundo que eles podem criar e destruir o que bem quiserem a hora que quiserem.Há meio que um sencacionalismo por trás disso.

    Você é que tá vendo coisa a mais cara.

    Aposto uma bala 7 Belo e uma barra de Twix que estourar o motor assim é muito mais barato que desmontar, à custo de uma emissão de CO² ridiculamente pequena por carro. Aí entra o custo x benefício...

    Sab_Ian
    Veterano
    # jan/10
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    Excelion

    Você é que tá vendo coisa a mais cara.

    Aposto uma bala 7 Belo e uma barra de Twix que estourar o motor assim é muito mais barato que desmontar, à custo de uma emissão de CO² ridiculamente pequena por carro. Aí entra o custo x benefício...


    Mas, já que o carro será desmanchado de qualquer forma, e os motores estragados propositalmente, provavelmente serão derretidos (ou talvez aglomerados em alguma área) para confecção de novos, é mais fácil pular essa etapa do processo de destruição, e quebrar ou derreter de uma vez. Tudo bem que a poluição é ínfima, mas é melhor sem ela.

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