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Pseudonimum Veterano |
# set/09
Tinham me mandado essa crônica há um tempo, mas eu nunca nem parei pra ler. Daí hoje eu li. Fiquei tão impressionado que senti quase uma necessidade de compartilhar. Vi um monte de coisa que eu penso descrita perfeitamente, fiquei bobo. Não é um texto curto, mas vale a pena!
"Bichos polêmicos sem o querer, porque sábios, mas inquietantes, talvez porisso. Nada é mais incômodo que o silencioso bastar-se dos gatos. O só pedir a quem amam. O só amar a quem os merece. O homem quer o bicho espojado, submisso, cheio de súplica, temor, reverência, obediência. O gato não satisfaz as necessidades doentias do amor. Só as saudáveis. Lembrei, então, de dizer, dos gatos, o que a observação de alguns anos me deu. Quem sabe, talvez, ocorra o milagre de iluminar um coração a eles fechado? Quem sabe, entendendo-os melhor, estabelece-se um grau de compreensão, uma possibilidade de luz e vida onde há ódio e temor? Quem sabe São Francisco de Assis não está por trás do Mago Merlin, soprando-me o artigo?
Já viu gato amestrado, de chapeuzinho ridículo, obedecendo às ordens de um pilantra que vive às custas dele? Não! Até o bondoso elefante veste saiote e dança a valsa no circo. O leal cachorro no fundo compreende as agruras do dono e faz a gentileza de ganhar a vida por ele. O leão e o tigre se amesquinham na jaula. Gato não. Ele só aceita uma relação de independência e afeto. E como não cede ao homem, mesmo quando dele dependente, é chamado de arrogante, egoísta, safado, espertalhão ou falso. "Falso", porque não aceita a nossa falsidade com ele e só admite afeto com troca e respeito pela individualidade. O gato não gosta de alguém porque precisa gostar para se sentir melhor. Ele gosta pelo amor que lhe é próprio, que é dele e ele o dá se quiser.
O gato devolve ao homem a exata medida da relação que dele parte. Sábio, é espelho. O gato é zen. O gato é Tao. Ele conhece o segredo da não-ação que não é inação. Nada pede a quem não o quer. Exigente com quem ama, mas só depois de muito certificar-se. Não pede amor, mas se lhe dá, então ele exige. Sim, o gato não pede amor. Nem depende dele. Mas, quando o sente, é capaz de amar muito. Discretamente, porém sem derramar-se. O gato é um italiano educado na Inglaterra. Sente como um italiano mas se comporta como um lorde inglês.
Quem não se relaciona bem com o próprio inconsciente não transa o gato. Ele aparece, então, como ameaça, porque representa essa relação precária do homem com o (próprio) mistério. O gato não se relaciona com a aparência do homem. Ele vê além, por dentro e pelo avesso. Relaciona-se com a essência. Se o gesto de carinho é medroso ou substitui inaceitáveis (mas existentes) impulsos secretos de agressão, o gato sabe. E se defende do afago. A relação dele é com o que está oculto, guardado e nem nós queremos, sabemos ou podemos ver. Por isso , quando surge nele um ato de entrega, de subida no colo ou manifestação de afeto, é algo muito verdadeiro, que não pode ser desdenhado. É um gesto de confiança que honra quem o recebe, pois significa um julgamento.
O homem não sabe ver o gato, mas o gato sabe ver o homem. Se há desarmonia real ou latente, o gato sente. Se há solidão, ele sabe e atenua como pode (ele que enfrenta a própria solidão de maneira muito mais valente que nós). Se há pessoas agressivas em torno ou carregadas de maus fluidos, ele se afasta. Nada diz, não reclama. Afasta-se. Quem não o sabe "ler" pensa que "ele não está ali. Presente ou ausente, ele ensina e manifesta algo. Perto ou longe, olhando ou fingindo não ver, ele está comunicando códigos que nem sempre (ou quase nunca) sabemos traduzir.
O gato vê mais e vê dentro e além de nós. Relaciona-se com fluidos, auras, fantasmas amigos e opressores. O gato é médium, bruxo, alquimista e parapsicólogo. É uma chance de meditação permanente a nosso lado, a ensinar paciência, atenção, silêncio e mistério. O gato é um monge portátil à disposição de quem o saiba perceber. Monge, sim, refinado, silencioso, meditativo e sábio monge, a nos devolver as perguntas medrosas esperando que encontremos o caminho na sua busca, em vez de o querer preparado, já conhecido e trilhado. O gato sempre responde com uma nova questão, remetendo-nos à pesquisa permanente do real, à busca incessante , à certeza de que cada segundo contém a possibilidade de criatividade e de novas inter-relações, infinitas, entre as coisas.
O gato é uma lição diária de afeto verdadeiro e fiel. Suas manifestações são íntimas e profundas. Exigem recolhimento, entrega, atenção. Desatentos não agradam os gatos. Bulhosos os irritam. Tudo o que precise de promoção ou explicação, quer afirmação. Vive do verdadeiro e não se ilude com aparências. Ninguém em toda natureza aprendeu a bastar-se (até na higiene) a si mesmo como o gato!Lição de sono e de musculação, o gato nos ensina todas as posições de respiração ioga. Ensina a dormir com entrega total e diluição recuperante no Cosmos. Ensina a espreguiçar-se com a massagem mais completa em todos em todos os músculos, preparando-os para a ação imediata. Se os preparadores físicos aprendessem o aquecimento do gato, os jogadores reservas não levariam tanto tempo (quase 15 minutos) se aquecendo para entrar em campo. O gato sai do sono para o máximo de ação, tensão e elasticidade num segundo. Conhece o desempenho preciso e milimétrico de cada parte do seu corpo, a qual ama e preserva como a um templo.
Lição de saúde sexual e sensualidade. Lição de envolvimento amoroso com dedicação integral de vários dias. Lição de organização familiar e de definição de espaço próprio e território pessoal. Lição de anatomia, equilíbrio, desempenho muscular. Lição de salto. Lição de silêncio. Lição de descanso. Lição de introversão. Lição de contato com o mistério, com o escuro, com a sombra. Lição de religiosidade sem ícones. Lição de alimentação e requinte. Lição de bom gosto e senso de oportunidade. Lição de vida, enfim, a mais completa, diária, silenciosa, educada, sem cobranças, sem veemências, sem exigências.
O gato é uma chance de interiorização e sabedoria posta pelo mistério à disposição do homem."
(Artur da Távola)
Fonte.
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oiio Veterano |
# set/09
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gato é traiçoeiro!
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Pseudonimum Veterano |
# set/09
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oiio
"Ele só aceita uma relação de independência e afeto. E como não cede ao homem, mesmo quando dele dependente, é chamado de arrogante, egoísta, safado, espertalhão ou falso. "Falso", porque não aceita a nossa falsidade com ele e só admite afeto com troca e respeito pela individualidade. O gato não gosta de alguém porque precisa gostar para se sentir melhor. Ele gosta pelo amor que lhe é próprio, que é dele e ele o dá se quiser."
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suco de laranja Veterano |
# set/09
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daqui a pouco o lucas borlini aparece postando 298.000 fotos de lolcats aqui... segura...
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Sam Keat Veterano |
# set/09
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meodeos nem a pau q eu vou ler tudo isso sobre gatos
bem q poderia ser gatas, mas eu desconfio da sexualidade de alguns caras
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oiio Veterano |
# set/09
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Pseudonimum
tá, convenceu!
agora fala do cachorro!
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Pseudonimum Veterano |
# set/09
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oiio
Ah, cachorro é um bestalhão submisso.
auhiahaiuhiaahiah
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oiio Veterano |
# set/09
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Pseudonimum
huahuahuahuahua
o cachorro é foda!!!
eles são demais! totalmente fiéis!
amor puro!
=')
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Pseudonimum Veterano |
# set/09 · Editado por: Pseudonimum
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oiio
o cachorro é foda!!!
eles são demais! totalmente fiéis!
Dependência pura! Gosta porque precisa gostar e ser gostado, não porque simplesmente acha a pessoa merecedora.
Ok, parei.
Mas sério, claro que isso é exagerado, que existem cães assim, assado, gatos assim, assado, mas... o que me marca mais é ver tão nitidamente que existem pessoas-cão e pessoas-gato, falando em termos de afetividade e (in)dependência mesmo, e de como eles se desentendem pra caralho.
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Konrad Veterano |
# set/09
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Ode ao Gato
Faço questão de ler "Ódio ao gato".
Essas adivinhações de cunho pseudo-psquiátrico não me convencem: Já cheguei a ler que homens que adoram seios tem tendéncias homossexuais. hehehhehe.
Olha o absurdo: se você tem tara por seios, você é gay.
PS: O Artur era um puta cronista.
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Clauber guns Veterano |
# set/09
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Por que sempre rola essas comparações entre cães e gatos... Acho isso errado, são animais diferentes, com comportamentos diferentes e atitudes diferentes! Cada um gosta mais do que se adapte melhor a sua personalidade! Gosto tanto de cães quanto de gatos, cada um no seu jeito, são seres muito fieis e ótimos amigos também...
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Pseudonimum Veterano |
# set/09
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Essas adivinhações de cunho pseudo-psquiátrico
q oÕ
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brunohardrocker Veterano |
# set/09
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cães e gatos
Tiveram um ancestral comum.
http://tribunaanimal.org/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=263
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brunohardrocker Veterano |
# set/09
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Bom, pra mim não importa se a relação seja calorosa ou fria, e sim, se for verdadeira ou falsa.
Só acho que quando existe muito apego, a expectativa é sempre maior, e se não for atendida o amor se transforma em ódio num instante, e vice-versa.
Alguém é capaz de provar que uma relação calorosa é necessariamente falsa? E que uma relação mais independente é necessariamente verdadeira?
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Headstock invertido Veterano |
# set/09
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bem q poderia ser gatas, mas eu desconfio da sexualidade de alguns caras
andou provando?
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Fastturtle Veterano |
# set/09
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topico pulguento
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maggie Veterana |
# set/09
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meau
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Mila Turunen Veterano |
# set/09
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Pseudonimum oi.
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Pseudonimum Veterano |
# set/09
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Mila Turunen
oi
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maggie Veterana |
# set/09
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O Gato
Vem cá, meu gato, aqui no meu regaço; Guarda essas garras devagar, E nos teus belos olhos de ágata e aço Deixa-me aos poucos mergulhar.
Quando meus dedos cobrem de carícias Tua cabeça e o dócil torso, E minha mão se embriaga nas delícias De afagar-te o elétrico dorso,
Em sonho a vejo. Seu olhar, profundo Como o teu, amável felino, Qual dardo dilacera e fere fundo,
E, dos pés a cabeca, um fino Ar sutil, um perfume que envenena Envolvem-lhe a carne morena.
Charles Baudelaire
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Mila Turunen Veterano |
# set/09
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Charles Baudelaire
/o\
:O
<o>
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Dogs2 Veterano |
# set/09
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maggie Como o teu amável felino,
zoofilia
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maggie Veterana |
# set/09
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Ode ao Gato, de Artur da Távola Dogs2
Run for you lifes!!
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Dogs2 Veterano |
# set/09
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maggie então corra, gata
(çeduzï)
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maggie Veterana |
# set/09
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Dogs2
^^
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