Ronin
Veterano |
# ago/08
Trocar de nacionalidade para poder competir na Olimpíada se tornou mais visível em Pequim do que em outros Jogos e começa a ser um motivo de preocupação das federações esportivas internacionais.
Atletas trocam de nacionalidade por diferentes motivos: alguns têm ancestrais em outro país e outros simplesmente estão atrás de dinheiro.
Para Becky Hammon, que não conseguiu entrar na seleção feminina de basquete dos Estados Unidos e decidiu defender a Rússia, a motivação era poder competir em uma Olimpíada.
"Esta era a porta que estava aberta para mim", disse. "Esta é uma oportunidade única na vida."
"Eu poderia ter ido para casa, sentado na minha poltrona e assistido aos Jogos na TV como todo mundo, ou poderia vir aqui e participar. Então, para mim, a decisão, nestes termos, é bem fácil", explicou Becky.
Desrespeito
Hammon não acredita que está desrespeitando as Olimpíadas. A jogadora pensa que o objetivo dos Jogos é reunir os melhores atletas do planeta, e é irrelevante saber de onde eles vêm.
Mas a decisão dela de jogar pela Rússia foi criticada pelo técnico da equipe americana.
"Eu acho que se você pesquisar vai descobrir que centenas de atletas fizeram isso. Eu acho que eu sou a primeira a chamar atenção para isso", responde a jogadora.
"Os Estados Unidos já fizeram isso. Os Estados Unidos ganharam muitas medalhas com atletas que nasceram no exterior", lembrou.
"É um sonho"
Os Estados Unidos podem conquistar mais medalhas com seu esquadrão estrangeiro. Todos os velocistas dos 1,5 metro trocaram de passaporte.
Bernard Lagat inclusive já ganhou prata e bronze em outros Jogos defendendo Quênia. No ano passado, ele virou cidadão americano. Ele acredita que chegou a hora de pagar a dívida que tem com seu país adotivo.
"É um sonho que um garotinho do Quênia sonhou e finalmente se tornou verdade, e não aconteceu sozinho", diz.
"Ao técnico que me mandou aos Estados Unidos, ao técnico que me treinou na (Universidade) Washington State e à própria bolsa que veio dos contribuintes americanos... eu estou tentando devolver aos Estados Unidos o que eles me deram bem antes", detalhou.
Independentemente da motivação de cada um, o número de atletas mudando de nacionalidade se tornou uma preocupação para os dirigentes esportivos.
A Federação Internacional de Atletismo dificultou o trabalho dos países árabes de "comprar" velocistas da África.
Segundo Craig Reedie, um alto dirigente do COI, cerca de 25 atletas de Pequim trocaram de nacionalidade na véspera dos Jogos, e as autoridades esportivas estão monitorando a situação.
"Se essa tendência se desenvolver, sim, eu tenho certeza de que o COI vai observar isso", disse Reedie.
"Eu acho que as regras estão certas. Eu acho que no final nós preferiríamos que as pessoas participem dos Jogos do que negar a eles essa oportunidade. Mas se as portas se abrirem demais, isso claramente ofenderia os princípios gerais", acredita.
Sentimentos
Atletas que adotam novas nacionalidades têm sentimentos muito distintos.
Becky Hammon disse que cantou o hino americano quando a Rússia enfrentou os Estados Unidos.
Bernard Lagat admite que se emociona com o hino do Quênia e dos Estados Unidos, mas que não divide sua lealdade.
"Minha lealdade é para o país que estou defendendo agora, que são os Estados Unidos".
Nem todos abraçam a nova nacionalidade com tanto entusiasmo. A maioria dos africanos orientais que aceitaram dinheiro para representar Estados do Golfo ainda mora nos seus países de origem.
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Grande piada isto tudo. Primeiro, o COI nunca se preocupou com isto enquanto era só os EUA e o Canadá que ficavam "comprando" atletas de outros países. A equipe de atletismo americana é lotada de atletas "contratados".
A crítica de um técnico americano é mais ridícula ainda, quando o país que ele defende é um dos maiores praticantes deste tipo de "contratação". ALém da equipe de atletismo americana, temos ainda a técnica do volley feminino, que é Chinesa (tendo jogado pela China em outras olimpíadas).
Parece uma piada que o COI comece a se dizer preocupado com esta prática só quando ela começa a ser feita por outros países como Georgia, Rússia e etc... enquanto era só os EUA, Canadá e Inglaterra, era tudo tranquilo e aceitável.
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Kensei
Veterano |
# ago/08
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Ronin
man, apenas aproveitando a oportunidade, vou lhe fazer uma recomendação que tenho certeza de que ira gostar muito, leia o livro " A coroa, a cruz e a Espada - Lei, ordem e corrupção no Brasil Colonia", o autor é Eduardo Bueno. Ganhei o livro de presente do meu chefe e to achando sensacional. É como não tivesse se passado 500 anos!
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